Meu doce Rogers escrita por Aquarius


Capítulo 45
Mais do que palavras


Notas iniciais do capítulo

O capítulo terá uma parte com música. Quem quiser ler com ela de fundo, o link é esse
https://www.youtube.com/watch?v=UrIiLvg58SY
É more than words .



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Em um segundo John está me segurando antes que eu caísse no chão, no outro sinto sua respiração muito próxima ao meu rosto. Escuto a porta do elevador se abrindo e logo ele se afasta um pouco de mim.

—Helena? Steve demonstra preocupação em sua voz, e logo reconheço o toque de suas mãos me tomando em seus braços. –O que aconteceu? Ele pergunta de modo rude.

—Calma. John fica na defensiva. –Helena estava caindo e eu só a segurei.

—Não era isso que estava aparecendo. Steve praticamente rosna. –Vou leva-la até a enfermaria, não me faça perder a minha paciência de uma vez por todas te vendo aqui quando voltarmos.

—Você não tem esse direito! John soa como uma criança mimada.

—Não! VOCÊ que não tem direito algum! Combinamos uma coisa, mas você nunca dá importância! Faz o que te der vontade, e não se importa com as consequências!

—Ah é, quais consequências?

—Sarah! Ou não se importa com sua filha? Steve coloca um ponto final e finalmente me leva para a enfermaria.

—Steve. Consigo sussurrar quando estamos distantes de John.

—Você está se sentindo bem amor?

—Sim. Não precisa me levar na enfermaria.

—Mas Helena..

—Estou bem, só foi uma pequena tontura.

—Mas você está com essas pequenas tonturas já tem um tempo.

—Eu sei. É só fadiga por causa do trabalho. Não se preocupe à toa. Nada que uma boa noite de sono não resolva.

Steve me coloca no chão e eu fico apoia por um tempo com a mão envolta de seu pescoço. Encaro ele por alguns segundos e trocamos um rápido selinho em seguida.

—Me perdoa amor.

—Por que eu precisaria te perdoar?

—Porque estou te fazendo passar por tudo isso. Ele me olha com ternura e eu desmancho. -Você é tão bom comigo e com nossa filha, e não merece ser submetido a situação em que estamos vivendo.

—Helena. Eu amo vocês, não há o que perdoar. Se esse é o melhor caminho, enfrentarei ele até o fim com você ao meu lado. Steve toma minha mão livre e deposita um beijo. 

Eu o abraço forte, e depois seguimos para buscar a Sarah.

Após o almoço, que ocorreu sem problemas, uma ideia repentina surge em minha mente. Adianto todos as minhas atividades o mais rápido possível e começo a colocar meu pequeno plano em ação. Faço algumas ligações, passo na sala da Pepper, explico minha pequena ideia sapeca e que já havia cumprido com todas as minhas obrigações e consigo sair algumas horas antes do fim do meu expediente com minha filha.

Vou até o shopping e começo a bater perna olhando algumas vitrines, paro de repente em uma loja especializada em roupas para bebês e sorriu involuntariamente lembrando dos tempos que Sarah era um.

—Você já foi daquele tamanho macaquinha. Falo apontando para os bonequinhos vestidos com roupas de bebês.

—Sério mamãe? Então era assim que eu cabia na sua barriga?

—Sim e não. Quando estava aqui. Falo apontando. –Você começou do tamanho de um grãozinho de feijão e foi crescendo, crescendo, até que não tinha mais espaço e teve que sair.

—E como eu sai?

—Com a ajuda de um médico, espertinha. Agora vamos, tenho muita coisa para comprar em pouco tempo.

Pov Sharon Carter

Minha missão já havia acabado, mas eu ainda morava no mesmo prédio que Helena e Steve. Adorava passar um tempo com a Sarah, e sempre que estivesse dentro das minhas possibilidades fazia um favor aqui e ali para Helena, e hoje eu fiz um deles, levei Sah até a fazenda de Clint.  Não sei o que Lena estava planejando, mas seria algo importante pelo tom de súplica em sua voz. São quase 18h e Steve deve chegar logo para seja lá o que ela esteja preparando. De qualquer modo, eles merecem um tempinho a dois.

Pego o elevador e quando as portas estão quase fechando, escuto alguém pedindo para que o segurasse e mantenho as portas abertas. Um homem loiro e alto entra e sem se tocar, aperta para o botão do meu andar, o qual eu já havia selecionado. Tenho a estranha sensação de que o conheço e seguindo minha intuição começo a puxar conversa.

—É novo aqui? Não me lembro de ver alguém se mudando esses dias.

—Não, na verdade vim fazer uma visita.

—É mesmo? Você deve ser o neto da senhora Jones, não é?

—Não. Vim ver Helena Ocean, ela estava mal hoje cedo. Ele sorri ao falar o nome dela.

A ficha cai e eu finalmente lembro quem ele é. –John Allen. Seu sorriso se desfaz assim que digo seu nome. –Olha antes que me encha de perguntas sobre como sei seu nome ou qualquer outra coisa, sugiro que apenas vá embora, Ok? Helena está ótima.

—Quem você pensa que é para me dar ordens? Ele soa irritado.

—Sou uma das amigas dela e que eu saiba você não deveria aparecer aqui hoje.

—Apareço quando quiser. Ninguém pode me negar meu direito de pai!

O elevador abre as portas e eu rapidamente aperto para o térreo. –Não pode, mas você mesmo afirmou que veio ver Helena, eu já te falei que ela está bem, e Sarah não está aqui no momento, então dê meia volta, não tem nada para fazer aqui!

—Onde mais minha filha estaria? Helena não pode sair deixando ela por aí...isso é.

—Você só veio botar lenha na fogueira! O interrompo. –Pode até estar mesmo se importando com a Sarah, mas qualquer um pode ver claramente que está usando a menina para se aproximar de Helena.

—Sua, vadia!

Agarro seu braço e o deixo imobilizado, pressionando-o em um canto. Ele geme de dor. -Vadia? Nunca mais fale perto de mim com essa boca suja. Aumento minha pressão. –Abra bem seus ouvidos, você vai embora agora mesmo e nunca mais quero te ver aqui incomodando Helena ou Steve, Ok?

—Oook. Me solta por favor.

As portas abrem e eu o libero. Ele ajeita sua camisa e sai do elevador.

—Não adianta me olhar com essa cara! Nem sonhe em voltar quando eu sair, porque eu ficarei de olho.  

Pov Steve Rogers

O trabalho na polícia havia sido bem pesado. Várias ocorrências pequenas durante o dia, mas que sugava um pouquinho ali e aqui da minha energia, fora a grande quantidade de papelada que deveria ser preenchida e arquivada. Mas tudo isso sumia assim que eu atravessasse a porta do apartamento 506, pois lá era o lugar onde minha paz ficava.

Chego pontualmente no mesmo horário de sempre, apesar de não ter ido buscar Helena no trabalho. Sinto um cheiro agradável assim que eu abro a porta.

—Helena... Me direciono até a cozinha.

—Eu sei, eu sei. Exagerei na comida não foi? Ela aparece com um sorriso sapeca brincando em seu rosto.- Mas vai logo se arrumar que logo o jantar estará pronto.

—Deixa eu adivinhar. Risoto de camarão, macarrão com queijo e...Brownie de chocolate? Começo a tirar a tampa das panelas.

—Tem sorvete de flocos para acompanhar também, mas isto você não teria como sentir o cheiro. Ei! Nada disso mocinho. Ela dá um leve tapinha na minha mão e tampa a panela. -Anda vai logo. Ela praticamente me empurra para o banheiro.

Demoro uns cinco minutos no banho, visto minha boa e velha calça moletom cinza e uma camisa branca.

Sento na mesa que está absurdamente linda e troco um sorriso cumplice com Helena. Eu sei que esses é um de seus meios de tentar me agradecer, pois algo que temos em comum é apreciar as atitudes, principalmente desse tipo. Um abraço quando estamos quietos e tristes, um carinho, uma mensagem de voz com um eu te amo no meio da tarde, ou um lembrei de você agora a pouco.

—Sarah?

—Está com os filhos de Clint e Alma, na fazenda. Hoje eles vão fazer uma festa do pijama!

 -O que significa...

—Que vamos fazer um programinha a dois. Helena coloca as panelas na mesa e começamos a nos servir.

Não falamos uma palavra, mas trocamos olhares tão intensos que colocariam fogo no nosso apartamento.

No final do jantar, ajudo Helena a retirar a mesa e limpar todo o resto da nossa bagunça. Assim que terminamos, ela segura minha mão e me conduz até a sala. Liga o aparelho de som em seguida, encosta seu rosto no meu peitoral e começamos a dançar lentamente. https://www.youtube.com/watch?v=UrIiLvg58SY

—Esquecemos da sobremesa. Comento brincalhão.

—Não. Só vamos deixar ela para depois mesmo. Ergo meu braço para que ela faça um pequeno giro e a trago para perto de mim.

—Ei! Calma aí garotão, assim você vai me fazer ficar com enjoos. Helena fala sapeca.

—Só com um pequeno giro? Amor você tem mesmo que procurar um médico. Falo em um tom de sermão, mas ao mesmo tempo preocupado.

—Não exagera Steve. Ela ri. –Uns tonturas e enjoos aqui e ali não irão me matar, é coisa boba.

—Amor, um dia desses você estava vomitando também.

—Só uma sensibilidade do estômago. Já está tudo bem.  

—Por que você sempre tem que ser teimosa?

—Porque somos iguais, e você também é teimoso quando quer. Ela mostra a língua e me dá um leve tapinha no ombro.  Seu rosto está iluminado e ficamos um tempo em silêncio apenas admirando um ao outro.

Me aproximo dela. -Obrigado. Sussurro com meus lábios praticamente encostados em sua testa.

—Pelo que?

—Por ter me permitido entrar na sua vida, e por dar sentido a minha.   

Helena se afasta um pouco e olha diretamente nos meus olhos.-Eu que te agradeço Steve. Acho que... nós dois resgatamos um ao outro da nossa escuridão particular.  E me desculpa mais uma vez por hoje.

—Shsss. Coloco meu indicador em seus lábios. Não vamos estragar o momento lembrando de algo que não vale a pena.

Ela esboça um pequeno sorriso e eu a beijo. Helena começa a subir sua mão em minhas costas por baixo da minha camisa e eu a pego no colo sem interromper nosso beijo. Ela coloca a mão na minha cabeça e bagunça meus cabelos. A coloco delicadamente no sofá e me deito encima dela.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Tenso em parte, não é? RSRSRS
Morta com essa gif.