Meu doce Rogers escrita por Aquarius


Capítulo 25
Eu sempre te amarei


Notas iniciais do capítulo

Olá. Como está sendo esse comecinho de ano para vocês? Espero que ótimo. xD
Bem, quero agradecer a YurippeNakamura pela recomendação, obrigada moça :D, tentarei sempre melhorar cada vez mais.
Boa leitura e boa semana para todos. E aos leitores novos, sejam bem-vindos.



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Horas antes, Pov John Allen.

–É sua primeira consulta?

–Sim. Tentei responder o mais normal possível.

–Qual o motivo de sua vinda?

–Bem... digamos que eu queira controlar...minha raiva, pretendo ser um bom pai para minha filha quando a encontrar e... não quero que isso venha me atrapalhar quando este momento chegar.

–Hum...Posso saber por que ela não está com você agora?

–É realmente necessário? Falei com pouca paciência.

–Creio que o máximo de conhecimento possível pode me auxiliar em seu caso.

Fiquei relutante, mas acabei cedendo já que estava ali justamente para ter ajuda.

–Abandonei a...mãe dela quando soube da gravidez.

–A mãe dela, abandonei, abandonei a mãe. A psicóloga repetia irritantemente o que eu havia acabado de falar.

–Sim.

–A mãe dela, e não minha ex-namorada, ex noiva, ex-mulher, ex qualquer coisa. Deixa ver se eu entendi, a mãe da sua filha foi um ou alguns encontros rápidos e não havia nada mais, nenhum relacionamento?

–Não. Quero disser, ficamos por quase dois anos, tínhamos... algo...especial, mas nada oficialmente. Digamos que na prática, acho que erámos namorados, mas nunca... deixa para lá. Falei ficando irritado.

–Calma John, acho que já entendi o que você quis disser, mas continuando, ter raiva pode ser uma coisa normal, porque você acha que essa sua raiva pode prejudicar sua futura relação com sua filha?

–Porque foi justamente ela que me fez perder... as duas garotas da minha vida.

–Então não é apenas pela menina, certo?

Respirei fundo, passei minhas mãos pelo meu rosto, e encarei aquela mulher. –Não. Mas Sarah é minha prioridade. Nada pode mudar o fato de que eu sou o pai dela, mas quanto a Helena...

–Ela é uma total incerteza. Ela completou. –Bem senhor Allen, me conte tudo do começo. Vamos iniciar com a busca pela origem da raiva e como ela afeta sua vida.

–Isso é fácil, tudo começou por causa do meu pai.

–Então você poderá contar tudo nos mínimos detalhes, todos os seus relacionamentos em que a raiva interferiu.

–Eu nunca soube o que realmente havia acontecido com minha mãe, mas o período que tenho alguma lembrança foi... até os meus cinco anos. Ela era bem dedicada e amorosa comigo, sempre cuidando de min. E em um belo dia... ela desapareceu, me deixando só com o meu pai que não fazia nada além de gritar comigo, me mostrando o quanto sou inútil, irresponsável, imaturo desde o momento em que só restou eu e ele.

–Ele te tratava como se estivesse descontando algo em você?

–Pensando bem... as vezes era justamente assim que parecia. A maioria desses momentos em família eram durante o jantar, o que claro ocorriam após um longo dia de trabalho dele.

–E quanto as outras pessoas?

–Bem... cresci com pouco contato com a família por parte de pai e nunca conheci alguém do lado de minha mãe. Amigos reais, talvez até a minha juventude, porque a medida que fui crescendo meu pai sempre me falava o quanto nossa família era importante e que as pessoas só iriam se aproximar por interesse, então mantive a maioria afastada, sendo somente companheiros de farra e nada mais.

–Até Helena?

–Não. Ela nunca foi assim. Quando a vi pela primeira vez ela me deu um fora, comentei rindo, e se não fosse por minha insistência, eu nunca teria tido qualquer chance. Não havia encontros em restaurantes caros, presentes de grife, ou coisas nesse sentido, mas ela sempre estava comigo. Erámos felizes com pouco, e Helena era meu mundo naquela época.

–Se ela era tudo isso, porque nunca assumiu um relacionamento?

–Talvez porque eu não queria admitir que... estava finalmente me envolvendo emocionalmente com alguém. E quando ela falou da gravidez, eu tive uma das minhas explosões de raiva, fiz ameaças para que não me procurasse, e uma vez quase a machuquei.

–É pelo que vejo seu caso será bem complicado. Se eu fosse a mãe dessa menina não deixaria você nem olhar para ela.

–Mas de que lado você está? Perguntei indignado.

–De lado nenhum. Estou aqui para te ajudar, mas se coloque no lugar desta moça. Você deixaria alguém que tentou te machucar e te ameaçou perto de um filho seu? Mães são verdadeiras feras John, na defesa de seus filhos.

Até que não havia sido tão ruim. Apesar de ter me sentido um pouco contrariado com a psicóloga, acho que tive um bom aproveitamento. Cheguei pela primeira vez tranquilo em casa, sem vontade de sair pelo mundo e voltar somente quando meu pai estivesse dormindo.

–Como foi a tal consulta? Luther me perguntou assim que me viu passando pela sala.

–Foi ótima. Respondi com uma pitada de sarcasmo. –Mas, não lembro de ter comentado sobre ela com o senhor.

–E você realmente não o fez, mas como dono da empresa e seu pai, eu devo e eu sei de tudo que acontece com você.

–Uau. Não sabia que eu tinha alguma importância para o senhor.

–Sem dramas John. Você sabe que tudo que faço é para seu próprio bem.

–Interessante, mas tenho que discordar por que tudo o que você fez, só me fez sentir como a pior pessoa que poderia existir.

Ele ficou em silêncio por alguns segundos, me encarando seriamente sem desviar o olhar em nenhum momento e por fim se manifestou. –O jantar será servido em quinze minutos, esteja aqui pontualmente.

–Receio que não poderia comparecer papai. Estou sem apetite. Falei andando até o meu quarto e parei no meio do caminho. – Faça bom aproveito da sua excelente companhia.

Entrei em meu quarto e assim que tirei toda a minha roupa, liguei um pequeno rádio que tinha no banheiro para tomar um banho relaxante. Entrei de vez no chuveiro e enquanto uma música eletrônica terminava, eu relembrava meus momentos com Helena naqueles nossos dois anos.

–E agora a pedido de vários ouvintes, um grande clássico para trazer a nostalgia a todos vocês... Always do Bon Jovi.

https://www.youtube.com/watch?v=pqRKl6rbmwQ

Ótimo pensei comigo mesmo. Não poderia haver uma música tão perfeita para este momento.

Era um daqueles dias em que eu estava sozinho em casa e levava Helena para passar um tempo comigo.

–Quer beber um pouco de vinho? Falei enquanto abria uma garrafa.

–Sim. Helena respondeu vermelha.

–Vamos para meu quarto? E ela balançou a cabeça em afirmação me dando um pequeno e lindo sorriso.

Assim que estávamos lá, Helena e eu começamos a nos beijar intensamente e assim que me aproximei da cama fiquei impressionado pela atitude dela. Helena havia me empurrado na cama e tirado sua blusa. Ficando parada, olhando sensualmente em meus olhos por um tempo.

–Desculpe. Falou envergonhada. –Eu não deveria ter feito isso.

–Isso o que?

–Essa lingerie, dar uma de garota selvagem... Alice disse que poderia ajudar a esquentar as coisas...

–Eu adorei Helena.

–Mesmo? Ela ficou em dúvida, colocando as mãos no rosto.

–Sim. Disse me aproximando e tirando suas mãos dali. –Minha mulher fatal. Falei arrancando risos dela.

–Ahhh, John... eu te amo. Ela disse carinhosamente e começou um novo beijo.

E eu te amarei para sempre... Helena Ocean.


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Notas finais do capítulo

Então... o que acharam... vocês curtem isso de músicas durante as cenas?
Pensei em colocar um pedaço da letra, mas achei melhor só link do vídeo pq quem não quiser ver a letra dá para pegar o "sentimento" pelo som, ai depois se gostar e ler a tradução verá como ela se encaixa na cena. Enfim, ainda vou ser um pouco má com John, HAHA.



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