Meu doce Rogers escrita por Aquarius


Capítulo 1
Meu vizinho vem dar as boas-vindas




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Já são quase onze e meia e o apartamento ainda está uma completa zona de guerra, várias caixas abertas e fechadas, papeis de jornais e plástico bolhas pelo chão, objetos espalhados por quase todo o local. Paro o que estou fazendo, suspiro alto, e me sento no sofá apoiando meus cotovelos nas minhas pernas enquanto tento inutilmente colocar meus cabelos para trás. Fico imaginando o que vou fazer, como terminar a arrumação logo. Curvo-me ainda mais sobre minhas pernas e decido ficar assim por só por um minutinho, quando em menos de um minuto escuto a campainha tocar. Ela toca duas vezes e na terceira já estou abrindo a porta.

– Olá. Fala um homem alto e loiro timidamente -Sou Steve Rogers, seu vizinho do 505 e vim te dar as boas-vindas. Estendendo a mão com um pouco de receio.

–Ah! Oi! Dou uma risadinha sem graça- Helena Ocean, prazer. E pego em sua mão.

–Lindo nome.

–Obrigada. Meus pais colocaram em homenagem a minha avó.

–Ela deveria ser tão encantadora quanto você. Fala rápido e baixo, mas suficiente para que eu tivesse ouvido.

–E era. Respondo e vejo ele corando um pouco.

–Ah! Já ia esquecendo isso aqui. Fala mostrando um pequeno saquinho, tentando quebrar aquele clima estranho que se formou -Um conjuntinho de imãs para geladeira. Fala enquanto vira o saquinho, fazendo cair os imãs em forma dos pinguins de Madagascar na minha mão.

–Obrigada. Eu simplesmente amei.

–De nada. Bem, Helena, gostei de te conhecer. Se precisar de ajuda não hesite em me chamar.

– Também gostei de te conhecer e estou disponível caso necessite de algo.

– Então, te vejo por aí. Virou-se e foi em direção ao elevador. Contudo, antes de chegar no mesmo, girou em seus calcanhares e andou até min. Parecia estar tomando coragem para falar algo. Ele dá um sorriso quase imperceptível, respira, balança a cabeça duas vezes como se estivesse negando ou tentando se livrar da timidez e inicia meio que inseguro.

–É... bem está quase no horário do almoço e... você ainda não deve estar totalmente familiarizada com a região, então... se não tiver planos, gostaria de almoçar comigo?

– Bem Steve. Posso te chamar de Steve não? Ele confirmar acenando com a cabeça- Infelizmente hoje não posso, ainda não terminei de organizar as coisas da mudança e daqui a pouco tenho que correr com a Sarah para deixa-la na creche e de lá ir para o trabalho.

– Sarah? Quem é Sarah? Pergunta fazendo uma cara de surpresa.

– Ah, é minha filha. Ela está dormindo agora, mas qualquer dia desses você pode conhece-la.

– Eu adoraria. E dá um pequeno sorriso- Bem, acho melhor eu não atrapalhar mais a sua arrumação. O almoço fica para depois, se ainda quiser.

–Claro.

– Mas...seu marido não vai se importar não, não é? Fala meio sem graça.

–Marido? Ah, não. Só há eu e a pequena Sarah. Nós duas contra o mundo, se é que você me entende.

–Ah, tudo bem. Então até. E qualquer coisa você sabe onde me encontrar.

Fechei a porta sentindo euforia.

–É Lena, parece que este lugar foi uma ótima escolha. Finalmente um pouco de luz na sua vida.

Encarei mais um vez a grande bagunça e fui enfrentar meu destino. Mãos a obra.


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