12- “Um dia: lenço e um beijo”

Apenas um dia para o casamento

     Alice Cullen estava no quarto do Volturi acompanhada com Bella, que lhe auxiliava vez ou outra. A baixinha guardava algumas linhas de costura numa bolsinha e a esposa de Edward observava o dia pela janela. Ambas aguardavam Alec terminar de se vestir.

— Isso não é trabalho da Rose? – Bella resmungou sem olha-la.

— Ela insistiu que queria sair com Ness e Edward. – respondeu enquanto caminhava até Bella e colocava sua cabeça em seu ombro esquerdo. – Eu queria que os três ficassem e ajudassem na decoração, mas os guardas Volturis estão dando conta do que eu disse.

      Comentou olhando para o jardim. Sorriu ao ver Jasper ajudando alguns da guarda, dizendo onde por a mesa, cadeira, flores e qualquer objeto de decoração frágil que merecesse um intenso cuidado ao movimenta-lo.

       Ouviu-se o ranger da porta ser aberta e as Cullens viram-se para ver o noivo. Ele se posiciona na frente do espelho e passa as mãos pelo tecido. Ele usava um meio fraque azul e gravata vinho. Junto com o terno vinha acompanhado um sapato marrom.

        Alice tampou a boca com as mãos se aproximando de Alec.

— Diga que não sou demais, Bella? – Alice olhou para a vampira com um sorriso largo no rosto. Isabella se movimentou no quarto observando o Volturi melhor. – Flor ou lenço na lapela?

        A fada pegou de cima da cômoda uma flor branca e um lenço da mesma cor. Alec olhou de uma para a outra com dúvida.

— Tenho certeza que Eliza irá adorar o lenço. – a baixinha sorriu de canto chamando a atenção dele.

— O lenço estará de bom tamanho. – respondeu sorrindo e voltando a se ver melhor no espelho. Alice entrega a flor a Bella e vira-se para Alec colocando delicadamente o lenço no bolsinho do paletó. – Está bom?

      Perguntou para as duas vampiras virando-se para elas analisarem.

— Eu não entendo muito disso, mas – Bella se pronunciou. – Alice fez um bom trabalho.

— Tudo bem. – voltou-se a Alec. – Quando tira-lo, tome cuidado para não amassar. Amanhã...

— Jane amanhã me ajudará. Obrigada, Alice. – Alec a cortou. Ela assentiu pegou suas coisas chamando Bella e saíram do quarto do Volturi.

     Ao saírem Jane gesticula que não fechem a porta, agradeceu sorrindo e entrou.

— Bom dia, Alec. – caminha até o irmão o observando pelo espelho. – Está bonito. Acha que Eliza irá gostar? – Alec sorrir ao ouvir seu nome. – Sempre gostou dela não foi?

    Ao ver o irmão feliz a loira sentia o mesmo.

— Elizabeth foi uma garota difícil de lidar, ainda mais quando descobriu que quando fizesse dez iria casar-se. Era só um bebé – entrou no banheiro para trocar de roupa. – No entanto aquele bebé cresceu e se tornou uma linda mulher.

— Ah, já sei. – Jane ri sentando na cama. – Você gosta de mulheres, alias, vampiras difíceis, hum?

— Eliza não se parece nada com nossa espécie. – saiu do banheiro. – Parece aqueles humanos que lutam, que persistem até o fim para conseguir o que querem. Talvez seja por isso que eu goste dela. – olhou para os próprios pés antes de continuar. – Por todos aqueles humanos inocentes que eu já matei, com Eliza por perto eu sinto que seja ela a parte humana que eu preciso.

      Alec caminha em passos lentos até a janela e, por coincidência, ela estava lá em baixo dando ordens para alguns da guarda: – Ela me lembra nossa mãe.

...

— Oi. – Elizabeth virá o rosto e se endireita na sacada. Após respirar um ar puro no jardim ela volta para o quarto. Sorri para o vampiro e volta sua atenção para o céu.

— Oi. – o cumprimentou. – Alice disse que você estava um Deus no terno. É verdade?

— As noticias correm, hein? – Alec ri um pouco tímido.

— Na verdade, ela estava se gabando por ter feito um ótimo trabalho. – murmurou risonha. – E sobre a confusão de uma flor e um lenço.

— Prefere a flor? – franziu o cenho.

— “O lenço estará de bom tamanho”. – repetiu o que o Volturi disse fazendo aspas com as mãos. – É sério.

— Alice não me contou nada sobre o vestido. – Alec se apoiou na sacada a observando.

— O castelo é antigo e vampiros mais ainda, ela tentou me forçar a usar um vestido de 1864 para ficar a vigor. – parou rindo e abaixando a cabeça. – Por sorte ela percebeu a besteira que estava pensando.

— Você teve sorte, quando Alice coloca algo na cabeça é difícil de tirar. – o vampiro coloca uma mecha de cabelo rebelde de Elizabeth atrás da orelha.

— Me contaram. – sorriu de lado. – Ninguém me contou a programação de amanhã, disseram que foi você que preparou. Não vai compartilhar comigo?

         Ele encostou as costas na grade sorrindo largo e cruzando os braços. – Surpresa!

 Eliza fechou a cara o fitando. Alec sabia que ela não gostava de surpresas desde pequena.

— Não. – a híbrida tentou rir forçadamente, porém não conseguiu. – Você não pode deixar de me contar, eu sou sua futura esposa. – apontou o dedo na cara dele. Ele da de ombros virando o rosto fingindo prestar a atenção em um filtro dos sonhos que ela tinha no quarto. Eliza o olhava incrédula enquanto balançava a cabeça.

         Depois de olha-lo cima a baixo, caminha em sua direção e abre os braços dando-lhe um abraço. O Volturi ela bem mais alto, no entanto ela não se intimidou de encostar a cabeça em peito. Sem pensar duas vezes, Alec passa os braços ao redor dela apertando-a no abraço.

— Não irá me fazer abrir a boca com um abraço, moça. – Alec sorri ao ouvir sua risada. Eliza levanta a cabeça sem desfazer o contato que tinham e dá um rápido selinho no Volturi. Ele balança a cabeça negativamente segurando o riso. A híbrida fica de ponta de pé e da um rápido beijo em cada parte de seu rosto: ponta do nariz, bochecha, testa, queixo e por ultimo na boca do vampiro. – Não é assim que me conquista.

— E como é? – junta as sobrancelhas esperando sua resposta.

         Com sua velocidade vampírica, Alec a prensa na parede. Ele leva sua mão até a nuca dela puxando-a delicadamente até o encontro dos seus lábios onde deposita um beijo calmo enquanto fazia círculos com o dedo na cintura de Elizabeth.

Rosalie passa pelo corredor, mas seus pés param de frente a porta de Eliza. Sabia que Alec estava ali e sabia o que ambos estavam fazendo. A loira arqueou as sobrancelhas enquanto descia o olhar, por fim suspirando.