Purpose escrita por laracollins


Capítulo 2
Distrust


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal, desculpem a demora! Gostaria de avisar que pretendo me inspirar em alguns capítulos a partir da 4 temporada. Aproveitem!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/651598/chapter/2

Já era tarde quando Carl e eu chegamos a casa em que ele e seu pai estavam abrigados, devido ao meu tornozelo, Carl teve que literalmente me carregar. A floresta não era muito longe da casa mas isso não significava que não toparíamos com alguns mortos-vivos no caminho.

– Vamos entrar. – ele disse abrindo a porta. Ao pisar ali dentro demos de cara com Rick que andava de um lado para o outro, Carl havia me contado um pouco sobre ele.

– AONDE VOCÊ ESTAVA? – Rick veio em nossa direção assustando não só Carl como a mim.

– E-eu sai para procurar por comida, o senhor dormindo e eu queria ajudar. – o menino respondeu.

– Me deixar preocupado não ajudou muito, Carl. – ele passou a mão entre os cabelos. – Quem é a garota? – ele disse dessa vez olhando para mim.

– Olá, sou a Srta. Klen. – disse me aproximando do homem, apesar de Carl ter me trago até aqui e me contado quem ele e o pai eram nem meu nome eu havia revelado, digamos que eu não confie muito em estranhos.

– Rick. – o mesmo apertou minha mão. – Pretende ficar conosco?

– Ela me ajudou com uns walkers, pensei que ela poderia ficar conosco por enquanto. – Carl respondeu ao pai.

– Não temos comida nem para nós, como vamos alimentar mais uma boca? – Rick respondeu o encarando.

– Ela torceu o tornozelo, não poderia deixá-la sozinha, não somos assim! – Eles falavam como se eu não estivesse ali.

– Desculpa interromper a conversa de vocês, mais eu ainda estou aqui. – me intrometi.

– Tudo bem, você pode ficar. – sorri. – Mas antes, tenho que te fazer 3 perguntas. – desfiz o sorriso.

– E quais são? – perguntei sentando no sofá.

– Quantos walkers já matou? – acho que sempre vou querer rir do apelido que eles dão aos mortos-vivos.

– 207. – respondi. – Como sabe que matou tudo isso? – Rick perguntou.

– Você perguntou e eu respondi. – disse sorrindo, desde que tudo começou eu sempre contei quantos mortos-vivos eu matei, era uma maneira de me distrair, o que soa meio que irônico pois como uma pessoa se distrairia matando aqueles bichos?

– Quantas pessoas já matou? – Ele continuou a perguntar.

– Quando você fala “pessoas” não inclui aquelas que morreram e voltaram né? – perguntei e ele negou com a cabeça percebi Carl revirar os olhos devido a minha pergunta. – Então nenhuma. Ainda.

– Por quê? – não esperava por essa.

– Você já fez as suas 3 perguntas.

– Por quê? – ele perguntou de novo pausadamente.

– Porque não houve necessidade, Rick. – disse me levantando. – Eaí? Vou poder ficar?

– Sim, Carl arrume um lugar para ela. – Carl o obedeceu levando minha mochila para o segundo andar, eu ia segui-lo mas Rick segurou em meu braço.

– Devo me preocupar com você? – ele perguntou olhando nos meus olhos, devo admitir, esse cara me dá medo.

– Com essa é a quinta pergunta que você me faz, mas não precisa se preocupar, meu tornozelo vai melhorar. – disse me virando para a escada até que Rick segura meu braço novamente, dessa vez, com certa brutalidade.

– Não é disso que eu estou falando, estarei de olho em você.

– Eu não sou um inimigo Rick, não o seu. – o encarei puxando meu braço, ele é sempre assim?

Subi as escadas e caminhei pelo corredor, vi que a luz de um dos quartos estava acesa e supus que Carl estava lá. Ao sentir minha presença, Carl se virou ficando de frente para mim.

– Não liga pro meu pai, passamos por muitas coisas desagradáveis ultimamente então se ele for meio rude apenas o ignore.

– Ele não está errado, só está protegendo a família. – sorri para ele.

– É, talvez seja isso. Ah, tem roupas no armário, o chuveiro não é elétrico mas dá para tomar banho... E digamos que você precise de um. – ele disse zombando de mim.

– Valeu pela sinceridade. – coloquei a mão no peito fingindo estar magoada.

– Que nada. Se precisar de alguma coisa é só me chamar. – ele disse se retirando.

– Carl! Obrigada. – o abracei, ele se assustou com meu ato, até eu para ser sincera.

– É uma troca de favores. – ele piscou e fechou a porta do quarto. Tirei as botas e me joguei na cama e nem fiz questão de tomar banho, eu estava exausta e deixaria essa tarefa para depois. Algo me diz que terei um grande dia amanhã.

Acordei com o sol batendo em meu rosto e como eu odiava isso, não o sol, mas o fato de ter que acordar e lembrar que vivo um inferno. Levantei e senti que meu tornozelo não doía tanto quanto no dia anterior, agradeci mentalmente por isso. Abri o guarda-roupa de madeira procurando por algo para vestir. Seja lá quem foi a pessoa que dormia nesse quarto não tinha um bom gosto na hora de se vestir. Peguei uma blusa quadriculada azul e uma calça jeans.

– 40? Vou precisar de um cinto. – pensei alto ao ver a etiqueta da calça. Sai do quarto me dirigindo ao banheiro no qual eu só sabia por conta da plaquinha que dizia “Banheiro” na porta, fala sério, que tipo de pessoa coloca plaquinha nos cômodos da casa.

Entrei no banheiro e me despi, liguei o chuveiro e coloquei a pontinha do pé em baixo d’água, quando Carl disse que a água era gelada, ele estava falando sério. Apesar da água um tanto que congelante entrei em baixo do chuveiro pulando para que o frio passasse, como a mamãe me dizia quando pequena.

– Pula, Soph! Pula – ela disse pulando embaixo do chuveiro para que a imitasse.

– Tá muito gelada. – disse rindo e pulando.

– Vai passar, meu amor. – ela disse desligando o registro. - Agora um abraço quentinho que não está nada quentinho. – ela agachou para me abraçar. – Tudo passa com um abraço né?

– Sim, mamãe. – apesar de estarmos nuas eu não ligava, amava os abraços dela. – Ainda mais se for de quem a gente ama.

Senti uma lagrima quente escorrer em meu rosto e ri ao lembrar do quanto eu era melosa com meus pais, eu os amava e sentia tanto por ter os perdidos e se tinha algo que faria essa dor diminuir era acabar com quem havia acabado com a minha vida, e não é aos mortos-vivos que me refiro.

Sai do banheiro em direção ao quarto secando meus cabelos com a toalha até ouvir alguns cochichos vindo do andar de baixo, me aproximei da escada para ouvir melhor a conversa.

– Você por acaso é doido? – era Rick, e ele estava na sala.

– Pai, ela salvou a minha vida! – o menino protestou. Eles estavam falando sobre mim? Desci mais um degrau.

– Você não conhece a palavra “Obrigado”? Poderia ter usado ela. – Ok. Agora eu tenho certeza que eles estavam falando de mim.

– O que quer que faça, que quer eu suba lá e a diga para ir embora? – Isso Carl, me defenda.

– Não, não é isso... É só que... Eu não posso me preocupar com mais ninguém, você sabe que é só tudo se tranquilizar que já aparece alguém querendo me matar. – FALA SÉRIO! Rick com toda aquela pose de “eu sou o xerife que vai acabar com você se entrar no meu caminho” estava se sentindo ameaçado por uma garota? Como eu queria rir, se não fosse um tanto que perigoso para mim.

– Suba e a chame para o café, temos que sair para procurar por comida. – Corri em direção ao quarto me jogando na cama e segundos depois ouvi batidas antes dela ser aberta por Carl.

– Oi. – sorri sentando na cama como se nada tivesse acontecido, ou melhor, como se eu não tivesse ouvido nada.

– Ah... Meu pai me mandou chama-la para comer algo antes que saíssemos novamente.

– Tudo bem. – disse passando por ele. – Vamos? – o chamei.

Desci as escadas passando pela sala, Rick não estava mais ali, segui em direção a cozinha onde ele estava sentado à mesa.

– Bom dia, Rick. – disse sendo educada, ou falsa, como preferir.

– Olá, Srta. Klen. – ele sorriu sem mostrar os dentes, talvez o falso seja ele mesmo. – Seu tornozelo já está melhor? – ele perguntou mordendo o pão.

– Sim, já me sinto bem melhor. – respondi me juntando a ele e ao filho a mesa.

– Bom saber, você e eu teremos que sair a procura de suprimentos.

– O quê? E eu? Ela não está em condições de sair lá fora, eu posso ajudá-lo.

– Ela já está melhor, não é mesmo? – ele disse me olhando e fiz que sim com a cabeça. – Você vai ficar para proteger a casa, sabe... caso apareça alguém por aqui. – disse finalizando a conversa.

Não sei o que ele tinha em mente para deixar Carl sozinho em casa e me levar com ele mas se tinha algo de que eu sabia era que Rick havia acordado muito irônico essa manhã e isso não iria prestar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então é isso pessoal, até o próximo capítulo. Ah, me digam o que acharam do capítulo nos comentários! Beijos.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Purpose" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.