O Canto da Sereia escrita por Camilla Reis


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Eu sou apaixonada por seres mitológicos e quando a ideia pra escrever essa fic veio na minha cabeça eu não resisti e tive que começar a escreve-la, eu espero que vocês gostem e acompanhem a estória e claro comentem bastante sobre o que estão achando porque a opinião de vocês é muito importante pra continuação da fic, esse primeiro capitulo é mais como um prologo é bem curtinho, mas mostra a ideia central da fic então leiam com atenção e carinho.



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Olhei mais uma vez para os lados a procura de algo ou alguém que pudesse me colocar em perigo eu não era de sentir medo, mas precisava estar preparada para qualquer coisa que pudesse vir a acontecer eu estava entrando no lugar mais procurado e temido de todo os sete marés. Ravenna poderia destruir o seu futuro em apenas um piscar de olhos, mas a tentação de deixa-lo em suas mãos é enorme, ainda mais quando ela é a única que pode resolve-lo. A medida que me aproximo o lugar se torna mais medonho, suas águas vão se colorindo de um tom escuro, a luz do sol se torna cada vez mais distante, as arvores que cobre a cabana vão se tornando cada vez maiores e é possível ver o imenso musgo que as cobre.

"Pensei ser uma tartaruga que se aproximava devido a vagareza que se movia." me assusto com sua voz e principalmente com sua imagem, Ravenna possuía a pele negra e os cabelos rastafári com algumas tiras de pano amarradas nele, seu olhar era intrigante, ameaçador e zombeteiro, seus dentes eram de um tom amarelado e suas roupas possuíam diversos tipos de panos com tons vermelho, branco e marrom.

"não sabe falar peixinha?" pergunta me encarando.

"sei." é a única coisa que consigo pronunciar.

"então me diz o motivo de querer as pernas."

"como...como você sabe o que eu quero?" pergunto confusa.

"eu sei de tudo que se passa nessas águas peixinha e a resposta para o seu desejo é Alma."

"Alma?" eu ainda estava confusa e ela não me dava tempo de raciocinar jogando tudo de uma vez encima de mim.

"só existe uma maneira de se ter pernas e ela não tem volta, quando conseguir as pernas perdera a cauda para sempre." ela fala me encarando com um olhar provocador como se estivesse me testando para saber até onde eu iria.

"eu já imaginava que seria assim, mas o que uma alma tem a ver com isso?" volto a perguntar eu realmente não estava entendendo onde ela queria chegar com essa conversa.

"para se ter pernas você precisa ser humana e para ser humana você precisa de uma alma, afinal belas peixinhas como você são vazias por dentro." Eu sabia que não possuía alma, mas ouvir ela falar que eu era vazia me incomodou de alguma forma.

" e qual o feitiço necessário para se ter uma alma?"

Ela soltou uma gargalhada alta antes de responder "não existe feitiços para se ter alma, para se ter uma é necessário aprender, conhecer e possuir sentimentos humanos".

"creio que não seja possível então eu conseguir uma alma." Repondo enquanto a observo mexer em um anel em seu dedo que até então eu não tinha reparado.

"na verdade existe uma maneira." Ela diz de forma natural ainda distraída em seu anel.

"e qual seria?" pergunto um pouco rápido demais, eu já estava me cansando dessa conversa.

"você pode aprender e possuir sentimentos com a ajuda de uma pessoa." Ela volta a sua atenção para mim.

" você?"

"não, apenas um simples mortal pode lhe ensinar isso, na verdade apenas um homem." ela responde com um sorriso malicioso nos lábios.

"um homem? isso é bizarro a única coisa que consigo fazer com um homem é mata-lo" Ravenna só poderia estar de brincadeira todos sabem o que as sereia fazem com um homem.

"olhos azuis como um oceano em sua calmaria, cabelos loiros como o mais reluzente brilho do sol e um coração tão romântico e puro que pode se dizer que foi esculpido pela própria vênus." Ela ignora o que falei e o descreve enquanto continua a me encarar.

"eu não me envolverei com um humano." Falo tentando soar um pouco autoritária por mais arriscado que fosse falar nesse tom com ela isso era absurdo demais para simplesmente aceitar.

"quando o encontrar um calafrio tomara seu corpo e seu coração batera mais rápido pela primeira vez, faça com que ele te leve até a nascente do rio pó e lá encontrara uma náiade." e mais uma vez ela ignora minhas palavras e continua a falar calmamente.

"uma ninfa? o que eu iria querer com uma ninfa da água doce?" Ravenna só pode estar louca, primeiro quer fazer com que eu me envolva com humanos e agora uma ninfa de água doce, a cada palavra que sai de sua boca me sinto mais perdida e enfurecida.

"náiades tem o dom da profecia e da cura, você precisara muito de um deles."

"porque?" eu achei que ela que falaria o meu futuro e não uma ninfa.

"por que o último sentimento humano que você terá que aprender e sentir será o da perda, você terá que mata-lo para conseguir as pernas." ela responde me fazendo compreender que não será da profecia que precisarei.

"eu sou uma seria Ravenna matar homens é minha especialidade e em todos esses ano não me arrependi de nenhuma morte." Falo encarando seus olhos tentando deixar bem claro o meu desprezo pelos humanos.

“Sabe o que é amor peixinha?” ela pergunta enquanto volta a olhar para o seu anel.

“Algum sentimento bobo que os humanos sente.” Respondo enquanto encaro seu anel tentando ver o que ela tanto acha de interessante nele.

Ravenna percebe que estou olhando para o seu anel e diz “você é bem curiosa peixinha, no dia que sua curiosidade a fazer sentir um imenso vazio dentro de si você saberá o que é o amor e se quiser ouvir um conselho, nessa hora o arrependimento poderá ser de grande ajuda. Procure a ninfa você precisara dela e se por acaso algo der errado clame por vênus quem sabe ela não lhe ouve, agora vá o barco dele se aproxima da Croácia, faça ele voltar."

"Eu não vou fazer isso, eu não quero me envolver com um humano." torno a repetir o que já lhe disse antes.

"não rompe com o caminho do seu destino, as consequências podem ser devastadoras.” Ela me dá as costas e caminha em direção a porta de sua cabana, mas para pouco antes de chegar e me encara novamente. “Não diga a ele que o está usando para conseguir algo, ele não pode saber de absolutamente nada, com exceção da ninfa diga que precisa que ele a leve até ela, você sabe que as náiades não permitem que nadem nas águas próximas a nascente que protegem, diga a ele que precisa dele para que peça permissão por terra a ninfa para que você chegue até ela.” Após terminar de dizer isso ela se vira abre a porta e some de minha visão, eu vim aqui saber o meu futuro e conseguir uma maneira de ter o que desejo e o que ouvi não me agradou em nada ... um humano, eu não poderia me envolver com um humano, mas eu queria as pernas eu estava cansada da solidão do mar eu queria explorar o mundo que existe além das águas e eu farei isso, irei atrás desse homem e terei minhas pernas e minha alma, será um bom negócio, Ravenna está muito enganada eu o matarei sem problema algum.


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Notas finais do capítulo

agora me contem ai nos comentários o que acharam dessa minha ideia meio louca kkk então amores pode ser que eu demore um pouco pra atualizar pq a facul ta uma loucura final de período é terrível, mas sempre que sobrar um tempinho eu estou aqui bjsbjs



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