Freddy's War - Interativa escrita por Titã


Capítulo 34
The Second Toy-Old War: Part 9 — Invincibility


Notas iniciais do capítulo

Estou de volta! Com 4.000 palavras! Avisando, a última parte foi escrita pela Mallu Ka. Esta é a penúltima parte da Segunda Guerra Toy-Old antes de chegarmos à Marionette VS Plasma. Tradução: Invencibilidade.
Aguardem a Sala Secreta...
Aproveitem o capítulo>>>



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/650356/chapter/34

Capítulo 32 — Segunda Guerra Toy-Old: Olhos Negros

 

1 Hora, 10 Minutos e 1 Segundo Restantes

 

Porão — 4 AM

A figura olhou em volta, os olhos cinzas sendo as únicas coisas visíveis na escuridão.

O barulho de metal se batendo no teto era a coisa mais alta e mais frequente que ouvia ultimamente. Desde que buracos foram abertos no teto de seu lar — segundo alguns endosqueletos fofoqueiros e um dos quais conseguira encontrar — a estrutura do mesmo parecia prestes a rachar a qualquer momento, mas ele confiava que o teto de sua casa resistiria a seja lá o que estava acontecendo em cima dele. Ignorando o barulho, o velho robô foi em direção ao principal ponto de encontro dos habitantes desse lugar, A Clareira. Um dos poucos lugares do Subterrâneo que continuava com a eletricidade funcionando. Seus pés pisaram num velho papel de uma antiga pizzaria, apenas com as letras “Fun-im-” visíveis, vestígios de uma palavra de um velho cartaz, pelos rasgos e sujeira. Os pés se arrastavam pelo piso de cimento, a fricção sendo facilmente ouvida no silencioso porão. Ao longe, um ponto luminoso era facilmente visível, fazendo com que ele começasse à ir até lá, passando pelo apodrecido e destroçado corpo de Very, um velho animatronic pertencente aos exos que tinha perdido a cabeça numa luta com um outro animatronic. Ele adentrou n’A Clareira, seus olhos estudando o local, procurando por alguém. Seu corpo externo tinha o formato de um gambá, mas da cintura para baixo apenas o endosqueleto era visível, exceto pelos pelos que se prenderem ao sistema de pernas. Um dos braços sumira, deixando-o apenas com um dos braços inteiros.

— Olá? Onde você está, estranho? — Questionou pelo ser que pedira a reunião.

— Olá, meu caro. — Uma voz grossa e possante apresentou-se. Ele estava escondido em um dos corredores que levavam à Clareira, apenas seus olhos e dentes visíveis. — Primeiramente, deixe que eu me apresente, eu sou Rw, o fiel braço direito de Sombra.

— Sombra? Quem é esse, amigo? Um endo ou um exo? — Questionou, seus olhos faiscando. — E por que está escondido ai, camarada?

— Nenhum dos dois, na verdade. Ele... Nós, quase não somos animatronics. Estamos numa missão para livrar a todos dessa degradada pós-vida. Mas, para isso, precisamos de uma informação que apenas alguns animatronics possuem. A maior parte, está localizada aqui no Porão.

Curvou a cabeça. Não sabia ao certo o que pensar da misteriosa figura. Ele fazia parte da gangue dos Exo’s, que ficaram muito insatisfeitos ao descobrir a invasão de “Inteiros” ao território deles, principalmente os que se uniam à Endo’s. Desde que o coelho — um quase destruído, mas inteiro o bastante para não se juntar à eles —, as raposas, a gata e o endo passaram por boa parte da Área Neutra e causaram o desabamento de parte do teto, os exos tomaram providências e avisaram para não confiar em ninguém. Não iria desobedecer Frexo, não iria mesmo.

— Desculpa amigo. Não faço a menor idéia do que está falando, procure outros para contar essas históriazinhas infantis. — Se virou para a saída dos Exo’s.

— Vai voltar correndo para seus amiguinhos semi-inteiros, Gambi? Não é do feitio de vocês, como é mesmo o nome? Endos?

Voltou-se para o Olhos-Dentes-Brancos e rangiu os dentes. Viu um sorriso surgiu na boca branca. Fechou a única mão em punho, encarando com raiva o tal de Rw.

Exos. Não nos xinguem com esse nome.

Ah... Estou vendo a diferença. Vocês são menos confiáveis, não é? Acho que a informação da superfície pode ir para os que estão sem cobertura...

— Não! Quero dizer, nós somos confiáveis. Qual é essa informação?

Rw sorriu, sabia que o tal de Gambi não iria recusar informações que pudessem ser importantes para os Endos. Quando estava prestes a falar, Rw foi interrompido pelo exo.

— Espere um pouco ai. Como posso saber que você não é um Endo que está tentando me enganar? — Questionou, encarando as orbes brancas. — Saia da escuridão e me deixe vê-lo. Se não sair, não fecharei acordo algum com você, xará.

— Confie em mim, Gambi, você não vai querer me ver completamente. — A voz grossa aconselhou, mas o Exo não se convenceu.

— Vá logo seu comparsazinha de merda! Deve ser apenas um peão para o rei dos endos, não é? — Deu uma forte risada. — Acho que é um animatronic frágil.

Se virou e foi em direção a saída, mas algo o impediu. Uma mão negra agarrou seu braço, puxando-o contra a parede. Ele sentiu os sistemas oculares dando curto-circuito. Ele gritou de dor, enquanto faíscas saiam de todo o seu corpo. Uma corrente elétrica anormal percorreu seus sistemas, provocando uma sensação humana que nenhum animtronic podia normalmente sentir. Faíscas saíram de suas pernas, que logo começaram a pegar fogo, enquanto seus olhos apenas viam uma forma negra gigantesca e um sorriso aberto feito apenas de dentes. Sua cabeça de gambá foi arrancada e jogada longe, sendo esmagada por uma espécie de tentáculo negro. As luzes da Clareira piscaram antes de cair na escuridão, mas não antes do animatronic vislumbrar Rw em toda sua essência. Seu outro braço foi desligado, fios sendo brutalmente arrancados e fritando, faíscas caindo no chão, enquanto o fogo das pernas extinguiam-se, deixando apenas metal carbonizado visível. Ele foi solto da mão do monstro, derrubando-o. Ele não conseguia se mexer, não sentia nenhuma parte de seu corpo. O Exoesqueleto estava destroçado, os pelos artificiais queimados, e o metal distorcido e em formatos estranhos.

— O-o ckkekkekeke écckkkkkééé vvvooooccckkkkêeee? O ckkkkkeee qqquuueeereerererrr? — Sua voz saiu falha, desconexa e falhando, sua caixa de voz estava destruída, tinha certeza. Ergueu o único olho funcional, já que o outro estava destruído no chão, como uma bola de cristal partida.

— Onde está o Buraco dos Endos? Aquele buraco que está localizado em seu território. — Abaixou o rosto, seus olhos brancos penetrantes quase faziam-no sentir novamente a maldita dor. Por favor, não, pensou. Não quero sentir aquilo de novo. Então fale a ele a localização.

— Eesesettttcchhhaaaaa ppppeeerrrrrttttttoooo dddooosososo ssoonnnssss, mais ppparararra llollooongggegee. Nnnuuummmm ddfdoooss exxckeeemoooss. — Disse. Sua fala foi o suficiente para provocar um sorriso em Rw.

— Obrigado. Mas há um probleminha. Não posso deixar ninguém saber sobre nossa procura, então terei que o destruir.

— Eesssspprrrekkkek! — Gritou.

Tarde demais. As mãos negras perfuraram seu peito. As faíscas saíram em maior quantidade do que da última vez. As faíscas saíram em maior quantidade, enquanto gritava, porém uma das mãos subiam sobre seu corpo, provocando um caminho de faíscas pelo tronco, subindo, e chegando até o crânio de endosqueleto. As faíscas aumentaram em um rastro de fogo, numa linha reta. Ao chegar na cabeça, porém, o fogo transformou-se em uma explosão. O crânio foi completamente destroçado, os pedaços de metal voaram para todos os lados. O corpo do que antes era um animatronic caiu no chão, irreconhecível. A cabeça desaparecera, explodida, enquanto que boa parte do corpo transformara-se em metal queimado, distorcido ou carbonizado.

As luzes da Clareira acenderam, porém, não havia sinal de Rw.

 

1 Hora, 9 minutos e 59 Segundos Restantes

 

Prize Corner — 4 AM

Hunter puxou seu “irmão” para a sala, escondendo-se do estranho animatronic negro.

Desde que as memórias pré-morte voltaram, Hunter e Blake estavam fugindo de um estranho animatronic que parecia que sabia exatamente o que acontecera durante a luta entre os dois. Ele parecia um lobo, também, mas não havia nenhum traço Toy ou Old que o caracterizava. Algumas vezes, parecia que ele sabia o que pensavam, já que muitas vezes eles se escondiam em algum lugar, e lá estava ele, onde pensaram em abrigar-se. Ele tinha uma forma de lobo, mas seus olhos eram completamente negros, como se não tivesse-os. Os dentes eram afiados e pareciam ter sangue, apesar de ser apenas impressão. As orelhas eram projetadas para fora, mas não havia sinal algum de partes do endosqueleto, como se fosse apenas uma roupa flutuante. O Lobo era como se fosse um caçador, mas imparável, incansável e invencível.

— Consegue vê-lo? — Blake questionou, seus olhos vasculhando a sala, da mesma forma que fazia como quando estava vivo... Retirou os pensamentos da cabeça, não pensaria isso, ainda não.

— Nenhum sinal do Lobo. — Hunter disse, seus olhos focando-se em cada animatronic, tentando ver se era ou não seu perseguidor. — Acho melhor você me substituir aqui, Blake. Seus olhos são mais tecnológicos, e acho que você deve ter um sistema de reconhecimento facial, não é?

Blake encarou Hunter por alguns segundos, ficando calado e balançando a cabeça, assentindo, tomando o lugar do old. Hunter se ajoelhou, sentindo o corpo estalar e faiscar. Seus olhos semicerraram, pensando sobre o Lobo. Seu formato remetia à ambos, Hunter e Blake, mas sua agressividade e seus olhos vermelho-sangue tornava-o um verdadeiro monstro. Hunter não sabia o que esse tal de animatronic queria, as únicas coisas que sabiam sobre aquilo era que forte, quase indestrutível, e um caçador nato. Que ironia, pensou, meu nome significa caçador, mas estou sendo caçado. Acho que o jogo inverteu-se.

— Ele está vindo para cá. Acabou de jogar Lady para o lado, e está vindo diretamente para cá. — Blake revelou, voltando seus olhos para o old. — Temos que sair, agora, senão ele chega e nos pega.

Hunter assentiu, se levantando e correndo para longe da entrada para o Salão de Premiação. Ambos começaram a sair dali, quando foram detidos pelo outro Lobo.

Eles se viraram para a saída, quando se puseram cara a cara com o Lobo. Antes de poderem fazer algo, o animatronic avançou contra eles, derrubando-os. Hunter caiu de cara, enquanto Blake era levantado e jogado contra a parede pelo Caçador. Hunter tentou ajudá-lo, mas o braço direito do adversário já estava atacando-o. Um soco certeiro no focinho de Hunter provocou um cambaleio, e logo em seguida, um chute em sua barriga amaçou o metal e jogou-o contra a parede. Calado, Lobo se virou para Blake, que já avançava contra o de olhos vermelhos. Socou a face dele, que apenas continuou parado, imóvel. Mais ataques de Blake acertaram o alvo, que continuou na mesma posição, sem qualquer dano visível. Blake novamente o socou, mas a mão de Lobo parou o ataque na metade. Puxou o corpo do toy contra si, enquanto chutava-o com toda a força no peito. A carcaça externa se partiu enquanto sua força o empurrava contra a parede, destroçando as costas do outro.

Hunter, rapidamente, correu e chutou fortemente as costas de seu adversário, que cambaleou. Socou-o também, mas teve o braço pego e puxado por Lobo. Foi jogado sobre os ombros dele, caindo com força no chão. O metal estalou, assim como seu braço foi jogado com força contra o piso. Tentou levantar, até perceber que apenas um dos braços estava funcional, já que o que acabara de ser pego estava muito maior, repleto de fios soltos e soltando faíscas.

Blake tentou levantar também, mas um forte chute do Caçador acertou-o em cheio, derrubando-o contra a parede com mais força; suas costas sendo esmagadas. Lobo encarou a ambos, ainda quieto, e virou para uma área da Prize Corner que estava coberta por sombras.

— Veja o que temos aqui, dois lobinhos irmãos. Acho que de alguma forma suas lembranças foram “desbloqueadas”. É uma pena que terei que trancá-las e destruí-las. Não posso arriscar que haja brechas, falhas, exceções e erros na Maldição. Desculpe, meus caros amigos, mas acho que terão que se despedir. — Uma voz foi ouvida de dentro da área escura, impossível de ver o corpo, ou qualquer outra coisa da figura.

— O que isso quer dizer? — Questionou Blake, seus braços tremendo enquanto tentava levantar. Lobo, porém, foi mais rápido, empurrando-o contra o chão.

— S-seu maldito! Solte-o! — Hunter gritou, irritado. Lobo apenas o olhou, sem expressão.

— Por favor, não vamos brigar. Eu peço desculpas por estar escondido, mas mesmo se eu apagar as memórias de vocês, possa ser que reconheçam-me quando me revelar. Não posso deixar isso acontecer. Deem tchau para o outro, lobinhos. Perderão as memórias de quando estavam vivos, para impedir que a Maldição acabe.

— O que? Do que está falando? — Hunter disse, confuso.

— É, se não estão entendendo, não vou continuar explicando. Lumbra, destrua as memórias.

— Não, espere! NÃO!

Lumbra agarrou a cabeça de ambos, que gritaram de dor. As memórias de antes da morte foram drenadas, sugadas pelo Lobo. Os gritos foram aumentados, mais fortes, até toda memória ser pega pelo Caçador. Então, tão rápido quanto ganharam as lembranças, perderam-as. Lumbra soltou a cabeça, ambos estavam desligados, as cabeças baixas.

— E, assim, meu plano começa a se concretizar, começa a ser construído. E, desta vez, não haverá ninguém para me deter.

 

1 Hora, 7 Minutos e 3 Segundos Restantes

 

Area Principal — 4 AM

Quando Jordan abriu os olhos, a única coisa que via era uma mistura de metal distorcido e quebrado.

Ao seu redor, havia uma mistura de metal distorcido, olhos mecânicos, e partes de exosqueletos, todos jogados no chão ao seu redor. Ele colocou as mãos na cabeça, sentindo uma dor inexplicável. Quando finalmente recobrou a consciência, percebeu que Lurke ainda estava perto de si, desligado. Forçou seus sistemas a lembrarem o que acontecera. A última coisa de que tinha registro era uma figura grande e acinzentada jogá-lo contra a parede, antes de alguma coisa escura o circundar. Se aproximou do antigo adversário, vendo as marcas e amassados que ele próprio fizera.

Ele estava confuso ainda sobre o que acontecera. As únicas coisas que lembrava eram flashs dele destruindo o animatronic desconhecido e atacando Lurke. Balançando a cabeça para retirar as lembranças, Jordan levantou-se e saiu dali, não queria ver o que ele fizera inconscientemente. Seus pensamentos voavam soltos. O que acontecera? O que fizera com Lurke e o old desconhecido? Uma cor negra... Se não estava enganado, toda vez que atacara alguém, foi por causa de uma estranha cor negra que ocupava sua visão, apesar de não ver nada ou conseguir movimentar-se, ele sentia seu corpo respondendo e atacando suas “vítimas”. Sentiu um calafrio ao pensar sobre isso. Ele estava mesmo chamando aqueles olds de vítimas? O que estava acontecendo?

Ele desviou do ataque de um old contra uma toy, correndo para longe dali, xingando. Havia uma guerra ocorrendo, e ele esquecera disso. Deixaria suas preocupações para quando a guerra acabasse. Ele se aproximou do corredor que ia até a Partes e Serviços, e foi em direção à entrada. Melhor ali do que no campo de batalha. Duas vozes surgiram em seus sistemas auditivos enquanto aproximava-se do objetivo. Ele forçou seus sistemas a reconhecerem, e logo depois descobriu que era Balloon Boy e Lya, um toy e uma old, respectivamente, conversando baixo.

— Tem certeza, Balloon? — Lya perguntou. — O Plasma está indo atrás da Marionette e o Fritz está ai, planejando algo. Não acho que seja seguro sair agora.

— Eu não vou deixá-lo acabar com nós, Lya, ele vai fazer algo, talvez até com Rw. Quer enfrentá-lo novamente? — A voz com certeza era de Balloon Boy, por causa do tom infantil, quase como se ele fosse realmente uma criança.

Jordan não sabia o que fazer, então entrou no corredor. Lya e BB se assustaram ao encontrar com ele, erguendo as mãos, para a old, e os acessórios para o garotinho robótico. Jordan levantou as mãos, mostrando que não estava ali para brigar. Por um momento não falaram nada, até BB crispar os olhos e parecer pensar um pouco, antes de falar.

— Jó Dã? — BB questionou, seus olhos pareciam brilhar. — O que está fazendo aqui?

— Meu nome é Jordan. — Disse com um tom mais elevado em seu nome. — Estou fugindo da bagunça da “guerra”, estou c- — Parou de falar. Quase que dissera que estava com medo de perder o controle novamente pela estranha “Mancha Negra”.

— Tá, tanto faz. — Lya falou, seus olhos percorrendo o lugar, o nervosismo visível em suas atitudes. — Pode sair?

Jordan encarou os dois. Tão diferentes entre si. Uma gata mecânica antiga, destruída e quebradiça, o outro um garoto robótico inteiro, novinho e resistente, o contraste tornava aquilo curioso para Jordan; ele não sabia o que pensar.

— Por quê? — Perguntou, seus olhos analisando os dois outros. — O que estão escondendo?

Viu quando uma das articulações robóticas de Lya, visíveis num dos espaços em branco onde o endoesqueleto aparecia, contorcer-se, indicando que ela tinha ficado alerta para algo. Era oficial, aqueles dois estavam escondendo algo importante, só que Jordan não tinha a mínima ideia do que eles escondiam.

— Nada. — BB apresou-se a dizer. — Não é nada importante.

Jordan, desconfiado, tentou falar algo, mas um soco em suas costas o impediu de conseguir falar algo. Foi jogado contra ambos, e acabou caindo no chão junto de Balloon Boy, que rolou junto com ele, ambos caídos no chão. Virou a cabeça para visualizar seu agressor e se surpreendeu. Lya, a gata antiga, estava atacando um lobo danificado e raivoso. Ele viu uma coisa que nunca acontecera antes. Um old atacando um old. Lya socou com força a cara do lobo, que cambaleou para trás, tão surpreso quanto Jordan.

— O que está fazendo, Lya?! — Gritou, seu tom de voz estava carregado de raiva e incredulidade. Lya apenas sorriu.

— Te detendo, Leonard.

Avançou num golpe novamente, enquanto que Jordan ajudava BB a se levantar, enquanto também ficava em pé. Leonnard desviou do golpe da gata, e deu um forte chute, seu golpe danificando a perna da old. Rangendo os dentes, Lya deu mais um soco, enquanto Balloon Boy dava um forte golpe com sua placa nas costas do tal de Leonard. Jordan não sabia o que fazer. Não queria deixá-los batalhando sozinhos, mas não queria que a Mancha Negra o controlasse novamente. Fechou os olhos, praguejando, e fugiu dali.

Porém, enquanto passava pela luta de dois contra um, percebeu surpreso que BB e Lya estavam perdendo. Leonard atacava com fúria, quase como se algo o tivesse motivando a isso. Seus olhos estavam negros, com apenas um pontinho branco no meio, assim como Marionette sempre ficava. Quando viu, estava mudando o rumo da corrida para a batalha, que estava péssima para seus “amigos”. BB estava jogado contra a parede, tentando levantar, enquanto o lobo transferia um golpe certeiro na outra perna de Lya, derrubando-a. Os danos em ambas as perna impediram-na de se mover, que olhou para cima, assustada, enquanto um golpe certeiro acertaria em sua cabeça. Percebeu, aterrorizado, que um golpe dessa forma, com o pescoço exposto, poderia destruí-la; ele nunca desejou tanto que algo acontecesse como naquele momento. Quero que você me ajude, Mancha Negra! Gritou, enquanto avançava contra Leonard.

Seu corpo esfriou abruptamente, enquanto uma mancha negra tomava conta de sua visão, mas ao invés de perder a consciência, uma nova forma de visão percorreu seus olhos. Via tudo em preto e branco, exceto Balloon Boy, Lya e Leonard. Os dois primeiros brilhavam numa fraca luz azul, enquanto o lobo brilhava numa luz avermelhada. Suas pernas, mais rápidas que o normal, fizeram-no chegar mais rápido até seu alvo. Socou com força, inconscientemente, jogando-o contra a parede. Então, uma voz que não era sua saiu de sua boca.

— Venha cá, lobo. Vamos acabar com isso. Não vai ferir nenhum dos três. Principalmente Jordan.

— Falando em terceira pessoa, toy? — Sorriu, maldoso seus olhos brilharam em vermelho. — Vem cá.

O corpo de Jordan atacou o old, que desviou para o lado e socou-o. Mais rápido que achava possível, sua mão esquerda agarrou a mão do seu alvo, enquanto que a direita deu gancho direto em seu queixo, jogando a cabeça dele para cima. Chutou o tronco do outro, derrubando-o. Irritado, Leonard atacou novamente. O corpo de Jordan foi mais rápido, fora de seu controle, desviando dos golpes e atacando ao mesmo tempo. Destroçou o peito e rasgou a roupa velha e podre que vestia. Leonard foi derrubado por um forte chute. Caído no chão, Leonard puxou as pernas de Jordan, derrubando-o. Leonard levantou, mas antes de ficar em pé, Mancha Negra já estava em pé e levantando-o, jogou seu corpo contra a parede. Leonard debateu-se, mas um golpe direto em seus sistemas vitais o fez fechar os olhos, desligando-o. Soltou-o, derrubando seu corpo e virou-se para Lya e BB, que estavam parados, com os olhos arregalados de surpresa. Até Jordan estava assustado. Não recebera um soco, um chute, nada. Mancha Negra controlara-o e vencera perfeitamente. Sentiu um sentimento novo. O sentimento de poder. Ele era poderoso. Ele era invencível.

Então, como em todas as outras vezes, Jordan desmaiou.

 

1 Hora, 5 Minutos e 53 Segundos Restantes

 

Area Principal — 4 AM

Penalty saiu de seu esconderijo, olhando em volta.

A raposa finalmente ganhara coragem para sair de seu esconderijo atrás do palco e foi atrás de uma luta. Ela estava escondida, vendo as lutas e a guerra transcorrendo-se, viu a destruição de Rin por Withered Freddy, viu a forma sobrenatural pelo qual Marionnete lutava. Queria encontrar Toy Foxy, de onde foi baseada, mas sabia que seria impossível com aquela grande quantidade de toys e olds lutando em todo o canto da Área Principal. Sua procura pela raposa toy destruída acabou por levá-la até uma outra animatrônica. Âmber, uma toy em forma de gata cinza, que parecia que estava esperando por ela, já que se virou exatamente no momento em que Penalty encarou-a.

— Olá, cópia fajuta da Mangle. — Âmber disse, sorrindo maliciosa. Mais havia algo errado, a old sabia. Seus olhos estavam negros, mas havia uma pequena pupila branca, quase invisível na escuridão ocular. — Vamos lutar?

— Não era você a gatinha pacifica? — Perguntou a raposa, curiosa e confusa. — Por que quer lutar?

— Sim, mas acho que a guerra mexeu um pouco comigo — respondeu a gata, seus olhos negros davam calafrios na old. Ambas se encararam e ficaram em posição de luta.

— Acho que encontrei o que eu procurava! — Falou Penalty tirando seu tapa-olho, revelando seu olho faltante.

— O quê? — Questionou a gata robótica, seus olhos brilhando num tom meio avermelhado.

— Eu quero acabar de uma vez com essa guerra! Os Toys são só versões fofas de nos Olds... — Disse a raposa se aproximando da gata — Somos os Originais

— VOCÊ É SÓ UMA CÓPIA RECOLORIDA DE MANGLE! — Gritou com fúria a gata.

— Mas sou diferente! Não sou a raposinha rosa mimada que ela é! — disse Penalty.

— Ah, mas é claro... E eu sou o Papai Noel. Ops! Te magoei? Deveria ter ficado calada? — Provocou a toy.

— Deveria! — disse a raposa investindo contra ela

Penalty utilizou seu gancho para cortar uma parte do rosto da gata, a fazendo andar um pouco para trás, Âmber correu em volta da raposa, parecia procurar o ponto fraco de Penalty, que logo sacou sua katana de brinquedo, mas afiada pelo tempo em que ficou isolada, melhorando-a, escondida em baixo de suas roupas.

— Ótimo! Uma Katana! Você vai precisar mesmo, já que não tem chance contra mim. — Disse a gata.

— Tenho meus truques! — Revelou a pirata investindo novamente contra a gata, que segurou o braço da raposa impedindo outro ataque.

E com uma agilidade que ninguém via de um Toy antes, a gata deu um chute na barriga da raposa que cambaleou para trás, parecia que o lado mais pacífico da gata desaparecia com o decorrer daquela luta. A raposa correu e investiu novamente, dessa vez acertando um dos braços de Âmber, que revidou com um soco na face da Old. Uma tanto atordoada, Penalty pegou sua espada do chão e golpeou o braço esquerdo da gata, no corte, os fios pulavam para fora. Com um segundo de diferença do golpe da Old, a Toy utilizou suas botas, que as ajudaram a desviar de mais um corte em seu corpo. Um tanto atordoada ela pulou para longe de Penalty, ainda em seu modo mais insano, entrou nas sombras e foi atrás de Toy.

— Eu vi você aí! — disse a gata, em posição de luta.

— É ÓTIMO QUE TENHA VISTO MESMO! — Disse a raposa, já com seu tom de voz alterado.

Eu não sei o que está acontecendo, pensou a Old. Parece que estou perdendo o controle...

Ignorado o momento pensativo da Old, Âmber deu um chute no rosto da outra, mas esse chute custou caro, Penalty se recuperava mais rápido a cada golpe, então em segundos ela já tinha dado um único soco na barriga de Âmber e feito um corte maior em seu rosto.

— AGORA VÊ QUE NÃO SOU COMO A MANGLE! — disse a raposa azul jogando a gata no chão.

— VOCÊ É PIOR! — Falou, se levantando rapidamente e golpeando o rosto de Penalty novamente. — ELA NÃO NOS TRAIU COMO VOCÊ!

— SUA GATA IDIOTA! — Gritou a raposa, que logo levou um belo soco no meio de seu rosto, lhe custando seu outro olho, que se despedaçou, mas ainda estava funcional.

Em alguns segundos, seu controle esvaiu-se. Sentiu algo circundando-na, não físico, mais como se uma corda amarrasse em volta de sua cabeça, apertando-a.

AGORA VOCÊ NÃO TERÁ CHANCES! — disse a raposa com uma voz que ecoava pela sala.

Com mais uma investida sobre a adversária, ela acabou perdendo sua espada, mas continuou tentando rasgar a pele da gata com seu gancho, Âmber se aproximou da katana de Penalty e conseguiu tê-la em mãos, assim a enfiado na barriga da Old. A raposa um tanto atordoada não deixou barato, ela fazia aquilo com ódio em seu corpo, tudo se misturando em uma perca total de controle sobre suas ações. Com a mistura da insanidade e do ódio, Penalty golpeou o rosto da gata com seu gancho, a arrancando uma orelha e um olho. Mas, mesmo naquele estado, elas não pararam de se atacar, Âmber investiu um soco na barriga da Old, seguida de um chute. A Old estava quase desativada, quando teve a grande ideia de fazer a única coisa que ela podia, contra atacar, e assim ela se levantou e chutou a costa da Toy que foi instantaneamente desativada; num baque surdo de seus sistemas robóticos presos ao endoesqueleto.

Resmungando, a raposa parou para olhar a gata, que tinha seu corpo totalmente cortado, sua orelha estava a metros de distância, sua barriga estava totalmente amassada e dava para ver perfeitamente seu endoesqueleto, a carcaça estava destroçada, além de um de seus olhos estava completamente destruído. Depois desta analise da toy, ela analisou a si mesma, sua barriga estava mais amassada que a de Âmber, mostrando seu endoesqueleto, em seu peito havia um profundo furo, onde a gata a enfiou a espada, seu rosto estava rasgado e sua orelha mais quebrada do que nunca. Sem tempo para olhar mais, ela caiu ao chão, desligada. Seria o fim da Old, se alguém não a resgatasse.

Porém, ninguém veio.

Continua em Marionette VS Plasma...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram?? Comentem!!

Titã