I Hate You, I Need You, I Love You escrita por Fabi_M


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Demorei mais to aqui! Na reta final dessa short-fic que eu adooorei escrever!
Não me matem, e leiam até o final ok? :(
e lembrem-se que ainda tem o Epilogo, que pode surpreender hein!

Então preparem os lencinhos e boa leitura!



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Eu abri lentamente meus olhos, meu corpo estava parcialmente dolorido mais eu não me sentia mal, era como se eu tivesse dolorido depois do primeiro dia em uma academia ou algo do tipo, olhei em volta e notei que estava no quarto que antes era da Bella, vi que a minha esquerda havia uma maca vazia e eu não estava conectado a nenhum aparelho, suspirei imaginando se saia ou não dali.

Eu já estava quase me levantando quando uma enfermeira adentrou no quarto.

- Boa Tarde Sr. Cullen, como se sente? – ela sorriu.

- Bem – respondi me sentando – E a paciente do meu pai já saiu da cirurgia?

Ela me olhou confusa.

- Não sei ao certo, deixe-me confirmar – ela deu alguns passos até a porta e se virou – Qual é o nome do paciente?

- Isabella – respondi aflito.

Meu coração começou a acelerar a medida que o meu estado de letargia desaparecia, eu me levantei lentamente sentindo minhas pernas formigarem, andei de um lado para o outro tentando conter meu nervosismo e dor que se instalava em meu coração a cada segundo que se passava.

Fui até o banheiro que havia ali e vi minhas roupas penduradas, coloquei-as lentamente sentindo meus músculos protestarem contra meus movimentos, e uma dor fraca se instalar em minhas costas, sentei no vaso sanitário e calcei meu par de tênis, quanto mais a enfermeira demorava mais eu sentia uma dor aguda em meu coração, e a imagem da Bella sorrindo estava gravada em meu cérebro, eu fechei meus olhos me focando apenas em sua imagem, tentando driblar a agonia que me consumia, foquei-me em seus olhos amendoados brilhando, nas vezes que ela ia até minha casa apenas por um telefonema louco meu.

Sorri ao invocar a lembrança.

 

         Flash Back On.

 

         Eu estava tendo o que a Bella chamava de crise.

         Sentia meu corpo tremer, e parecia que haviam injetado água gelada em minhas veias, eu não sentia nada, apenas a dor dilacerante e os monstros zombando de mim, rindo do meu sofrimento, pisando ainda mais em meu coração despedaçado, racionalmente eu sabia que estava intacto e deitado em minha cama. Mas a dor era tanta que eu parecia estar em chamas.

         Nesta época eu havia decidido que deixaria Bella saber de meus sentimentos, eu havia tomado essa decisão, eu a amava e poderia deixar ela terminar de cuidar do que restava de meu coração.

         Mas tarde da noite quando a tristeza e a solidão batiam a minha porta, eu me dei conta, ou melhor os malditos monstros me fizeram questão de lembrar.

         O que Bella iria querer com alguém como eu?

         Ela merecia mais, muito mais. Ela merecia ter alguém que pudesse cuidar dela, amá-la do jeito que lhe era preciso. Eu não podia fazer isso, eu não poderia fazer Bella arruinar sua vida ao meu lado, ao lado de alguém com quem ela sempre teria pena e nada mais que isso.

         Você é um estúpido egoísta, vai acabar matando-a também.

         Eu não podia, por Deus, o que eu estava pensando? Que ela se doaria incondicionalmente a mim? Um cara sem vida, sem futuro.

         Estúpido, você é nada mais que um estúpido! Bella merece alguém melhor que você! Maldito egoísta olhe para ela, você acha mesmo que ela cuidaria de você? Você acha mesmo que deve exigir mais dela?

         Eu não podia, Deus, eu não podia fazer isso.

         As vozes continuavam a me açoitar, me humilhar, e eu sabia que era um nada comparado a ela.

         Em meio a minha dor senti meu celular vibrar em meu lado na cama. Eu o peguei e vi a foto que eu havia tirado de Bella distraída, ela havia brigado comigo por ter colocado como papel de parede de meu celular e também quando ela me ligava, mas eu não pude excluir, ela estava linda.

         Absolutamente linda e intocável para mim.

         - Alo? – atendi rouco.

         - Oi Edward, tudo bem com você? – ela perguntou docemente e eu senti meu coração falhar.

         - T-Tudo – gaguejei pateticamente.

         - Edward? Você tem certeza? Está chorando? O que houve? – ela perguntou nervosa e com nojo de mim mesmo eu deixei algumas lágrimas inúteis escaparem.

         - N-Não, está tudo bem – insisti, mas aquilo soava como mentira até para meus próprios ouvidos.

         - Por favor Edward, me conte, o que aconteceu? Você sabe que pode me falar tudo... – ela pausou – Você quer que eu vá até ai?

         Eu poderia fazer isso com ela? Eu poderia exigir mais dela do que eu já exigira?

         Bella tinha sido meu ponto focal, a única razão de colocar um sorriso em meu rosto novamente... Eu era egoísta o bastante pra fazer isso?

         - Eu estou a caminho Edward.. – ela sussurrou – Não faça nenhuma besteira, eu estarei ai em um minuto.

         Humilhado e me sentindo ainda o pior dos seres humanos eu concordei.

         - T-Tudo bem – respondi fracamente e ela desligou.

         Eu olhei para a tela do meu celular, o único ponto de luz em meu quarto, e ela estava ali, linda.

         Seu rosto frágil em forma de coração estava docemente amável, e seu olhar ela distraído, porém incrivelmente brilhante, seus olhos achocolatados brilhavam mais do que qualquer outra coisa. Ela mordia suavemente seu lábio inferior, uma mania que eu havia observado nela, toda vez em que ela pensava demais ou ficara nervosa ela o fazia.

         Meu coração se aqueceu inexplicavelmente ao pensar em seus lábios juntos ao meu, sua mão frágil e pequena em meu rosto, e eu pude facilmente visualizar nós juntos, Bella ao meu lado na igreja, uma pequena menina com os mesmos cabelos sedosos de Bella, com o mesmo jeito meigo, a mesma doçura transparente ao corar, uma filha perfeita com todos os seus traços.

         E eu queria isto, pela primeira vez na minha vida eu quis uma garota com todas as minhas forças. Mesmo sabendo que isto seria egoísmo, doentio.

         - Edward? – Ouvi a voz do meu anjo no outro lado da porta.

         Me sentei na cama, e fui até a porta nem me importando se eu estava apenas com a calça do pijama, tudo que eu queria era vê-la e abraçá-la sentir Bella perto de mim, do que restava do meu coração.

         Vê-la ali tão perto de mim e ao mesmo tempo tão intocável, me fez sentir ainda mais dor, uma agonia profunda que me assolava a toda hora. Puxei-a para meus braços, em um abraço urgente, inspirei profundamente tentando memorizar seu cheiro de morangos e frésias. Eu queria absorver Bella naquele momento, queria deixá-la ali em meus braços para sempre.

         Ela afastava meus monstros, ela me dava forças, eu precisava disto.

         Era egoísmo, mas eu não via saída.

         - Shhh... – ela falava docemente passando sua mão em minhas costas – Tudo bem Edward, tudo bem, eu to aqui.

         Percebi que as lágrimas ainda saltavam por meus olhos, abracei-a ainda mais apertado, encostei meu nariz suavemente em seu pescoço inspirando ainda mais fundo, e ouvindo seu coração disparar, formando a sinfonia mais importante de minha vida.

         Lentamente eu a soltei, agora eu me sentia aquecido, o quarto parecia mais colorido, mais vivo. Isabella tinha este dom, o dom de dar vivacidade as coisas em sua volta.

         Ela me fitava preocupada, e eu quis me socar por ter feito esse estardalhaço, por tirá-la da cama tão tarde.

         - Vem cá – Ela pegou minha mão e me guiou até a cama.

         Bella sentou-se na ponta da cama e deu um tapinha do seu lado, me deitei apoiando a cabeça em seu colo, como já havia feito muitas vezes.

         - Fala pra mim Edward, o que aconteceu? – sua voz doce soou preocupada.

         - E-Eu... – respirei fundo – Eu precisava te ver.

         Ela me fitou com um pequeno sorriso em seus lábios, seus cabelos castanhos caiam em cascata por seus ombros, e suas orbes brilhavam enquanto ela me fitava com compaixão.

         - E então você estava chorando por que queria me ver? Ora ora Edward, você podia apenas ter me ligado – ela tocou minha testa e eu fechei meus olhos apreciando seu toque – Eu viria, você sabe eu estou aqui.

         - Vou manter isso em mente – sorri fracamente enquanto sentia sua mão delicada passar por meus cabelos.

         Nós ficamos por alguns instantes em silencio e eu notei que Bella estava caindo de sono, já era tarde afinal.

         Ela soltou um bocejo confirmando minhas suspeitas.

         Levantei-me e fui até o armário apanhando uma manta, ela me olhou surpresa, e eu não sabia exatamente como pedir isto.

         Bella dormiria aqui se eu pedisse? Apenas dormir ao meu lado, eu precisava disto, do seu cheiro, da sua doçura, do calor da sua presença.

         Deus, eu precisava de Bella para me manter inteiro.

         - Dorme aqui? – falei timidamente.

         Ela sorriu e tirou seus sapatos e sua jaqueta pesada, e se levantou pegando a manta de minha mão, esticando-a na cama.

         - Só se você prometer que não roncar – ela me olhou com um sorriso tímido.

         Sorri sentindo meus olhos se enxerem de água, eu sabia que era um patético fodido, mas Bella conseguia sempre me fazer sorrir, ela não havia pensado besteiras, ou se insinuado para mim como qualquer uma das outras garotas fariam.

         Ela era diferente, uma luz no final do meu túnel negro repleto de dor. Bella era minha cura.

         Me deitei de barriga para cima, olhando o teto enquanto sentia a cama se afundar levemente com seu peso, ela deitou na mesma posição que eu.

         - Você não quer falar sobre isto Edward? – ela me fitou um pouco mais séria – É bom que desabafe, você sabe, guardar tudo ai dentro pode acabar com o emocional de qualquer um.

         - Por agora não Bella – me repreendi para não tocar seu belo rosto e sentir sua pele de pêssego – Só não quero dormir sozinho. – até mesmo eu ouvi a timidez em minha voz.

         - Oh, não está com vergonha de mim, está? – ela sorriu enquanto me fitava.

         As vozes pareciam estar caladas agora. Bella estava aqui, espantando meus demônios pessoais sem ao menos se dar conta.

         - Na verdade não – fitei-a com um pequeno sorriso – Quer dizer, me sinto uma bomba emocional, sabe? Como uma adolescente no auge de seus hormônios.

         Ela balançou a cabeça e com aquele belo sorriso em seus lábios, deixando escapar um pequeno bocejo.

         - Sei bem como é isso – seu sorriso parecia preguiçoso – Eu costumo descontar isto em chocolates, é uma boa dica.

         - Vou pensar sobre isto – eu suspirei.

         Eu queria aninhá-la em meu peito, senti-la mais perto de mim, um silencio estranho se instalou sob nós e eu estava quase quebrando quando Bella se mexeu, passando seu braço delicado por meu peito, percebi que ela já estava dormindo, mas não consegui me refrear, eu precisava de seu cheiro, do seu calor.

         Passei meus braços ao seu redor, e enterrei meu rosto em seus cabelos que exalavam aquela fragrância única, perfeita pra mim.

        

         Flash Back off

 

         Suspirei sentindo meu coração se contrair em meu peito.

         Onde estava a maldita enfermeira?

         E por que eu estava com esse mal pressentimento? Deus, algo doía dentro de mim, mas eu sabia que não era efeito da cirurgia, eu sabia muito bem o que era.

         Era algo que você sentia quando retiravam alguma parte sua, não existia monstros ali, não existia demônios pessoais, só a dor nua e crua, a dor cortante que vinha impiedosa, dilacerante.

         A culpa chegava junto ao arrependimento, e juntos formavam um coquetel de horrores que desciam por minha espinha, me queimando, me atirando ao fundo de um mar negro de sentimentos.

         Eu já podia sentir a dor irracional se apossar de mim, me fazendo ofegar como um bebê, chorar pateticamente como uma garotinha perdida, eu não agüentava mais, por Deus, eu havia chegado no limite, no limite do que eu poderia perder, ultrapassado o fim do posso indo direto ao inferno.

         Não poderia mais viver assim, eu apenas sabia que Bella não mais respirava, eu sabia que havia sido uma tentativa falha, Bella havia sido retirada de mim assim como Rosalie.

         A enfermeira parou em frente a porta e eu vi seu olhar de pena sobre mim, eu não precisava confirmar o que dentro de mim já havia sido concretizado.

         Eu estava sozinho.

         Bella se fora.

         O choro saiu esganiçado de minha garganta e eu sai do quarto praticamente cego, senti as chaves de meu carro em meu bolso, eu sabia o que eu tinha que fazer, desci as escadas desesperado, sentindo a dor da perda com força total, e agora eu não podia sobreviver.

         Não, eu não podia.

         Bella se tornou meu porto seguro, meu guia, e sem ela nada mais podia fazer sentido, nada.

         Não éramos como um casal de adolescentes apaixonados, Deus, era mais que isto, eu queria que Bella se casasse comigo, queria que ela carregasse um filho meu, queria acordar todos os dias ao lado dela, eu sentia que ela era a pessoa certa.

         Burro, imbecil, estúpido! Fui perceber tarde demais, eu ri dela, deixei uma vadia qualquer envergonhá-la, minha doce e frágil Bella.

         Se eu tivesse prestado atenção antes, se eu apenas tivesse parado de pensar no meu próprio umbigo, no meu próprio prazer, eu a enxergaria.

         Eu não havia ouvido Rosalie sobre isto, e mais uma vez eu havia acabado com qualquer chance de ser feliz, de viver, de continuar.

         Por que Isabella Swan não respirava mais, e no momento que o ar deixou seu pulmão, no momento que algum anjo da morte a levou para os céus, ele estava também acabando comigo, com o pouco que restava de mim.

         Liguei meu carro, dirigindo as cegas, cenas e flashs, de seus sorrisos invadiam minha mente, fazendo meu coração palpitar, aplacando a dor, eu podia até mesmo sentir seu cheiro, o calor da sua presença, e isso me fez realizar que nunca mais eu a teria em meus braços.

         Senti minhas mãos formigarem do aperto que eu mantinha no volante, rangi meus dentes tentando conter a dor mais nada parecia funcionar, eu sabia que estava furando sinais, e dirigindo como um louco, mas eu não me importava.

         A morte seria um alívio agora.

         Deus, eu não podia me levantar sozinho, não podia me conformar com uma segunda perda, eu não agüentaria, meu coração dilacerado não poderia se conter com o vazio dos lugares em que íamos, com o vazio da minha rotina sem fim e graça, a falta do brilho de Bella em minha vida, éramos um apoiando o outro, e como poderia apenas uma seguir em frente? Não.

         Eu não podia.

         Pela primeira vez em todo esse tempo eu iria ao tumulo de Rosalie.

         Eu precisava fazer isto antes de colocar um ponto final.

         Estacionei sem cuidado algum, deixando as lágrimas me cegarem, eu caminhei pelo cemitério tentando enxergar as pequenas placas de mármore, até ver uma com a foto de Rose.

         Uma chuva gelada começou a cair e eu paralisei ali, onde jazia o corpo de minha irmã, de repente aquilo era demais pra mim, eu cai de joelhos deixando minhas lágrimas caírem junto com a chuva, eu chorei, por Deus, eu chorei com toda a minha alma, colocando toda a minha dor pra fora naquele maldito momento.

         - Rose – balbuciei – Rose eu a perdi, Bella se foi ela estará ai com você agora.

         Limpei meus olhos e toquei seu rosto por cima da pequena foto, seu sorriso era acolhedor, como sempre fora, sua beleza prepotente, imponente, mas todos sabiam o belo coração que se escondia por trás deste rosto.

         - Rose, me desculpa por não vir aqui antes – sussurrei – Mas eu precisava fazer isto, eu precisava aceitar antes, eu perdi vocês duas Rose, as duas garotas mais importantes da minha vida.

         Meus dedos gelados contornavam a foto oval.

         - Ela quebrou meu gelo Rose, lembra quando você falava que eu iria encontrar uma garota que me mostrasse o real significado da palavra amor? Então minha pequena, eu a encontrei só que tarde demais. Ela foi arrancada de meus braços tão cedo Rose. Eu sinto que eu não vou conseguir continuar. Eu vim apenas me despedir.

         Eu pude ouvir uma trovoada forte.                                           

         - Eu não sei para onde eu vou, céu, inferno, sono eterno – sussurrei – Mas eu quero que você saiba que eu te amo minha Rosalie, eu não me culpo mais, não mais por sua morte, Bella me fez ver a verdade, ela me ensinou a viver, não substituindo você, mas ocupando um lado que eu não sabia que existia em meu coração.

         Suspirei rangendo os dentes, a dor parecia querer me consumir por completo.

         - Eu amo você Rose, amo Isabella também, sei que você não gostaria que acabasse desta forma, mas eu não vejo outro jeito, eu não tenho alternativa. – respirei profundamente tentando aplacar minha dor.

         Chegara a hora de ir, eu não sabia como seria, como colocaria um fim em tudo, mas eu precisava.

         Me levantei dando alguns passos vacilantes, sentindo a chuva fria ensopar até meus ossos, eu me sentia derrotado, um nada que o destino parecia zombar a toda hora, era como se tudo que eu amasse tivesse que acabar, tudo.

         Em meu carro eu só pude lembrar de Isabella, de seu sorriso meigo, do seu beijo doce e suave, da sua pele alva e macia. Ela era tão nova, tão boa para ter um fim tão cedo. Isabella era o tipo de garota que doava a si mesmo em prol das pessoas que amava, deixando sua meiguice, toda a sua compaixão irradiar em seus atos, transformando a vida das pessoas para o bem, para o que há de melhor.

         Eu nunca havia conhecido alguém como esta garota, e sabia que poucos tinham o privilégio de conhecer pessoas como ela, anjos na terra, bons como só eles conseguiam ser.

         O meu anjo.

         A pessoa que me resgatara de um poço sem fim, eu sabia que não existiam clichês, que minha vida jamais fora do jeito que eu imaginara, que nunca seria.

         Tantas pessoas no mundo, tantos que saiam de casa para uma curta ou longa jornada e não voltavam mais, tantos desaparecidos, doentes, a beira da morte.

         A morte.

         Ela estava aqui, cercando cada um de nós, com sua inevitabilidade ela é irreversível, não existe alternativas, a quem decorrer, um preço a pagar para se livrar. Quando ela batia a nossa porta, estava ali para levar, sem piedade arrancar quem quer que fosse, por que era chegada à hora.

         Mesmo sendo repentina, premeditada, de longa ou curta data, ela só trazia sofrimento. Dor, depressão, tristeza, saudade, agonia, um pouco mais de dor, lançando entes queridos á um espiral de emoções ruins que se é impossível de suportar, não existe coração que não se ate diante a um sofrimento de tamanha escala, não existia tempo que curasse, palavra que amenizasse, nada.

         Um nada incessante, um nada agonizante.

         Assim era a morte, assim era uma de suas mil faces, fazendo quem quer que seja sofrer, a única certeza que temos em todas nossa vida, é a de que vamos morrer, mas sempre acreditando que este dia está longe.

         E de repente você se dá conta que ele está mais perto do que imagina.

         Para mim, não existia mais o que fazer aqui, nessa vida inútil, eu poderia dar tudo de mim a Isabella, se ela precisasse de um coração, doaria facilmente o meu próprio. Um pulmão, rins, fígado, meu corpo inteiro.

         Mas mais uma vez o destino me golpeou, me fazendo inútil, incapaz de ajudar a pessoa mais importante de minha vida.

         Eu sabia que meus pais sofreriam minha perda, mas eles tinham um ao outro, Carlisle daria forças a Esme, e com o passar do tempo tudo ficaria bem.

         O que nunca aconteceria comigo, por mais que tivesse uma vida longa, nunca sairia deste martírio, de toda essa droga na qual eu estava atolado até o pescoço.

         A imagem de Bella permanecia em minha mente como flashs, me entorpecendo para o que viria a seguir.

         O asfalto molhado, o sinal vermelho, o carro acelerado, os faróis em minha direção, o carro girando, a minha consciência se esvaindo.

         E nessa fração de segundo, eu pude visualizar a imagem mais perfeita em minha mente. Rosalie e Bella sorrindo para mim, me chamando para a eternidade.

 


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Notas finais do capítulo

:'( Mereço reviews? recomendações?



Posto o Epilogo ainda hoje!



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