A Seleção da Herdeira escrita por Cupcake de Brigadeiro


Capítulo 8
Iniciando (Bônus) | A Seleção


Notas iniciais do capítulo

OOOOOEEEEE! *sorriso* Infelizmente não é um capítulo do Peeta, e sim da Katniss, mas eu combinei com a beta de que poderia ser assim. Alguns capítulos são BEM grandes, então, para não ficar chato para ela, se apressando para betar, conclui que seria melhor se, a cada três capítulos POV Peeta, um bônus POV Katniss, ou de quem vocês pedirem, sem ser betado (por isso, perdão pelos erros gramaticais ou de não ter um sinal correto indicando a fala, ok?) O que acham? :)
Espero que gostem desse capítulo, pessoal! Beijos! E me perdoem. A culpa é exclusivamente minha, pois o capítulo que mandei para ela tem mais de seis mil palavras :s Eu sempre sou muito exagerada..me desculpem mesmo por isso.
Hm... ah! a música do capítulo é... Same old love, Selena Gomez, quem quiser dar o play, e espero que a leitura não tenha ficado entediante, tanto das notas como o capítulo. BEIJOS!
PS: Vejam se vai todos os links, ok? E a música que tem no meio do capítulo é not a bad thing, justin príncipe timbarlake



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Pegue todas suas coisas e vá embora

Você não pode retirar o que disse, eu sei

Eu já ouvi tudo isso antes, um milhão de vezes, no mínimo

Eu não sou fácil de esquecer, você sabe disso

Eu não acredito, eu não acredito nisso

Você foi embora em paz, e me deixou em pedaços

É muito difícil de respirar, estou de joelhos

Agora

Eu já estou cheia desse mesmo velho amor, essa droga, acaba comigo

Eu já estou cheia desse mesmo velho amor, meu corpo não aguenta mais

Oh, esse mesmo velho amor

Eu já estou cheia desse mesmo velho amor, sinto como se eu tivesse explodido

Eu já estou cheia desse mesmo velho amor, do tipo que parte seu coração

Oh, esse mesmo velho amor

Same old love, Selena Gomez

– O que sugere, Katniss? - Meu pai perguntou, enquanto eu estava no fundo da sala, anotando rapidamente tudo o que eles tratavam na reunião à respeito dos levantes no Sul, que estavam se intensificando cada vez mais.

– Sugiro que aja uma reforma no sistema de ataque. Os que foram para proteger as fronteiras de nossos próprios cidadãos estão cansados, feridos. Creio que seria melhor se nós fizéssemos uma troca pelos novos recrutas, deixar eles fazerem seu trabalho por duas semanas, então outros, os recuperados, voltam. - Os conselheiros me olhavam atentamente - E não acho que seria um mal momento para investir na saúde e educação do Distrito Oito.

– Anotaram isso? - Meu pai perguntou - Acho uma excelente ideia.

– Exceto pelo fato de que enfraqueceria a segurança dentro e aos arredores do palácio... - Notou Carlos, um dos mais sábios conselheiros do governo

– Sim, mas vejamos... Não precisaríamos de guardas tão fortes e altamente preparados se as manifestações fossem contidas. - debati - Mas enquanto ela acontece, sugiro novas remessas de guardas. Muitos estão completando 18 anos nos próximos meses.

– Eu apoio. - Meu pai disse e contive um sorriso grato - Ordene que preparem os guardas recém-recrutados, por favor, Sandra. - A única mulher além de mim nas reuniões era Sandra, grande amiga de minha mãe e da confiança de meu pai, mas nunca fui muito com a cara dela, honestamente. Só que ela era muito competente e dedicada ao seu trabalho, então nunca falei nada.

– Sim, vossa majestade. Agora mesmo estarei os avisando. - E saiu, depois de uma reverência.

– Mais alguma ideia, Princesa? - Carlos perguntou sorrindo gentilmente para mim

– Os índices de problemas renais vêm aumentando gradativamente por causa da água dessalinizada. Sei que não é o assunto da pauta, mas isso tem haver. Os guardas estão ficando doentes.

– Muitos empregados da cozinha tem reclamado disso também. - Outro conselheiro disse

– E por que isso tem acontecido? - Endireitei a postura para que minhas palavras não desmoronem, apenas construam confiança e estabilidade - Ninguém tem revisado as indústrias dessalinizadoras. Nossa população já é pequena, com dois quartos do que tínhamos quando Panem foi fundada 140 anos atrás pelas péssimas condições das quais as pessoas são submetidas todos os dias. Radiação ultravioleta, água dessalinizada e o lixo espacial que vire e mexe estão caindo. - Usei os principais dados, os mais preocupantes - As pessoas tem por 10 centavos a cura do câncer, mas precisam comprar protetores solares e chapéus grandes, assim como se hidratar, mas como fazer isso se a água não possui o cuidado necessário? Cheia de sal e iodo desregulado.

– Não podemos fazer nada se a nossa camada de ozônio tenha sido destruída por conta das bombas nucleares e uso inconsciente de aerossóis, Katniss. - Snow foi severo, meu pai - Ou se continuam usando de forma errada.

– Mas e a água? Temos a do mar ainda, graças a Deus, mas ela não fica limpa sozinha. - Pus me de pé, caminhando decidida até a mesa, então fiquei de costas para meu pai, mas de frente para os conselheiros - Por favor, Carlos. Peça para que ainda esta tarde verifiquem as máquinas que dessalinizam a água. Se estiverem velhas, compre novas. Se não estiverem funcionando corretamente, conserte-as.

– Reunião encerrada. - O rei decretou, então todos me aplaudiram, me deixando com uma boa sensação, de dever cumprido.

...

– Não, não! - Minha mãe gritou de raiva - Você é burra, surda, ou o que?! Idiota! - E apagou tudo o que eu tinha escrito, jogando as folhas na minha cara, na mesma tarde, sem se importar com os aplausos que recebi dos conselheiros de papà - Fica esperta, sua idiota! Problemática! - Aquelas palavras me afetaram, fizeram minha cabeça latejar, mas não deixei transparecer.

– Me desculpe, mamma. - O que mais eu poderia fazer, a não ser pedir desculpas e procurar melhorar, não cometer os mesmos erros? A gente tem que sempre dar a outra face, e é sempre o que eu faço quando isso acontece, mesmo que seja frequente

– Desculpas? - Olhou-me incrédula - O que aconteceria se seu pai lesse isso, hein? Permitir que as pessoas possam mudar de Distritos? Isso ia mudar com todo o sistema! Ia quebrar tudo o que temos! É loucura!

– Mas a senhora quem disse que gostaria de fazer isso, que não gosta dos Distritos e essa divisão injusta, mãe - Não estou mais entendendo nada - Eu quero o fim dos Distritos, por... - não consegui terminar porque ela estalou um tapa na minha cara, fazendo eu encarar o chão e depois um tapa forte na minha boca, fazendo as coisas rodarem, rodarem, como se fossem.... Parecia fogos de artifício, mas sem beleza e encanto.

Meus olhos se encheram d'água, de dor, e com sua voz mais fria, disse - Eu não quero ouvir você. Sai. Não precisa voltar por hoje, e é bom que vá colocar gelo para não inchar. Agora! - Só de raiva, não a reverenciei

– Me dispensou tarde. - E sai, deixando-a bufando de raiva.

Me apoiei na parede mais próxima, fechei os olhos e desejei ter outra mãe, outras obrigações, mas nada aconteceu. Quando abri os olhos, ainda vestia calças sociais, sapatilhas e blusa de seda. - Por favor... - chamei o guarda mais próximo - Poderia por favor chamar algumas de minhas criadas urgente aqui? - Ele imediatamente assentiu, e saiu em disparada na direção de meu quarto.

– Um dia, eu vou dar um tapa na cara da sua mãe! - sussurrou Madge, caminhando devagar comigo, abraçada a minha cintura - Um tapa bem forte!

– Não, não precisa - Tudo estava turvo - A vida... Se encarrega de tudo, principalmente de dar boas lições de moral, mais eficazes que um tapa - Garanti - Acho que vou... Desmaiar. - Meus olhos fecharam, e quase senti meu corpo ir ao chão se não fosse Madge me segurando e um guarda vir correndo ajudar ela.

...

– Estou cansada... - sussurrei, sentindo meu corpo sendo terrivelmente sugado pelo colchão - E com fome.

– Sabíamos que iria dizer isso, bem sua cara gorda mesmo. - Annie conseguiu me fazer rir - Está sentindo alguma coisa?

– Não sinto o lado esquerdo do rosto... - Toquei o mesmo, e não senti nada - Colocaram gelo? - Assentiram - Oh...

– Está avermelhado, mas sem marcas. - assenti levemente - Quer alguma coisa? - Johanna tirou alguns fios do meu rosto, com carinho

– Chamem a Prim, por favor... - pedi, fazendo-as trocarem olhares nervosos - O que aconteceu? - já fiquei preocupada

– Ela teve uma crise...fazem duas horas - Annie disse baixinho, como se não fosse verdade - Apenas sua mãe conseguiu toca-lá.

– Quase que ela convulsiona... - Madge continuou - Todos ficaram em alerta dobrado. Agora, está tudo bem, mas sabe o que aconteceu. Depois ela vem aqui, tudo bem? E nada de querer ir lá, pois não tomou o remédio vermelho! - suspirei - Daqui a meia hora você vai lá ver ela, ok?

– Ok... - Não tinha outra opção nesse caso - Faltam quantos dias para os Selecionados virem para o palácio? - mudei de assunto para não continuar triste e nem contagiar os outros com o humor

– Um! Amanhã já serão recolhidos nos Distritos Sete e Cinco! - Madge bateu palmas animada

– Êêêêêêê... - Annie levantou as mãos levemente, em tom de ironia, fazendo nós rirmos - Vou ter que elaborar roupas novas e pomposas!

– E a gente costurar, mas nem por isso estamos resmungando, Chata. - Johanna deu um soquinho no ombro da amiga - Aquele do Distrito Sete... O que sua mãe escolheu com Prim... Começa com P... - a morena tinha gostado do loiro do Distrito mais inferior, o mais menosprezado pelos meus pais e irmã, mas não nos passou como um qualquer, muito pelo contrário - Peter?

– Hm... - A abusada da Annie pegou um dossiê com todos os Selecionados, foto, entrevistas e preferências - Peeta Mellark! Peeta Ryan Mellark!

– Nossa, olha esse homem! - Madge puxou a folha da mão da amiga -Ele tem sardas! Nem reparei quando apareceu na TV.

– Covinhas bem sexy's... - Johanna me olhou maliciosamente - Ele todo é sexy, sejamos sinceras.

– Isso não significa nada - falei sorrindo torto, depois de me sentar na cama - Ele pode ser um cara feio.

– Pelo amor de Deus! - Madge se exaltou - ELE TEM OLHO AZUL COMO A ÁGUA DA CACHOEIRA E AS BOCHECHAS ROSADAS! OLHA ESSE SORRISO, SENHOR! OLHA! OLHA! - Esfregou a foto na minha cara, enquanto eu ria de seu ataque, assim como Annie e Johanna - Ele é lindo! E olha! É um Sete, mas fala Espanhol e Italiano! Esse nome só pode ser italiano ou francês! Peeta Mellark... Olha que sensual dizer isso! Imagina em um gemido, cara! - Ela fez uma cara tão tarada, que até nos surpreendemos - Desculpem. - Ficou séria, me devolvendo a ficha, ajeitando suas roupas, mas não aguentei e comecei a rir, assim como as meninas

– É... Gemer esse nome seria bem sexy. Vai saber a voz dele, tipo... - Annie começou a dizer - Rouca, ai ele fala no seu ouvido uma coisa bem tarada, ai você diz "Peeta..." - Eu odeio assuntos como esse, mas a cara da minha amiga e seu tom de voz me fez cair na risada, até Johanna.

– E tem muitos irmãos...provavelmente é bem carinhoso e paciente. - Johanna suspirou sorridente - Se não quiser, pode deixar para mim. Eu me torno uma Sete com prazer!

– Ela não fará isso, iludida. - Madge revirou os olhos - Foi o que ela mais gostou.

– Não fooooi! - Cobri o rosto com as mãos, mas é verdade. Só com o sorriso, esse Peeta se mostrou uma pessoa incrível, apaixonado pelo o que faz, pelo o que acredita. Eu inexplicavelmente me simpatizei e gostei dele! - Tá, simpatizei e gostei dele sim, mas! O Gale do 5 é uma graça. Viu o sorriso dele? E tem o Odair.

– Eita! Olhem esse do 4! - Annie na mesma hora abriu um sorrisão para o loiro bronzeado, que rapidamente atraiu a atenção da minha mãe, escolhendo Finnick Odair pela fama no Distrito devido sua simpatia e carisma. A prova está no sorriso dele, e gostei mesmo, apenas pela foto.

– Eu gosto desse aí! - falei - Todas gostamos. Esse sorriso dele é maravilhoso. Ele é lindo, e não curte administração. Amei esse cara. - Sorriram. Eu odeio administração, e por pouco minha mãe mudou de opinião a respeito dele.

Bem, algo deve ser dito sobre isso... Não foi sorteio. Meus pais e seus conselheiros abriram todas as fichas, e as do Distrito Seis, Sete e Oito, jogaram fora, porém uma ficou para trás, desse tal Peeta Mellark, e Prim pegou, correndo para entregar a eles.

Flashback On -

– Vai ser bom para acalmar quem é desses Distritos menores, Clara. O que acha? - Meu pai disse para minha mãe, que ia jogando fora todas as fichas ao ver o número do Distrito

– É, deixa eu ver, Snow. - Ela disse, olhando de forma acusadora para mim. Depois de um tempo olhando, deu seu veredito - Ele pode entrar. Mas só ele. E o que fora na primeira oportunidade.

– Mas por que, Mamma? - Prim perguntou inocentemente, sentando-se ao meu lado, balançando as pernas. - Ele é bonito, parece bem legal e simpático, como os outros Selecionados. Me parece mais adequado do que seu favorito, pertencente ao Distrito Dois.

– A vida não é sobre amor, Prim... - Nossa mãe suspirou com as próprias palavras - É sobre posições.

– Papà te amou sem dinheiro. - Eu disse. Odeio concordar com o que ela diz. Odeio. - Por que um Distrito Sete não pode competir por minha mão? A senhora não era uma Cinco? - Não fazia ideia de quem eles estavam escolhendo, só os Distritos porque é o último dia. Quero apenas ver o que está havendo.

– Sim, eu amei, mas hoje temos a chance de garantir o melhor para você. - Interveio meu pai - E eu ainda a amo. Tenha ou não dinheiro.

– Obrigada, Snow. - Ela disse corada, sem graça e apaixonada - Nós queremos o melhor, e um Sete não sabe nem se portar a mesa! Isso se ele sabe o que são bons modos. Nem com todo o suporte ele saberia como dirigir o País. - Meu pai assentiu, infeliz, sentado na ponta da mesa com algumas fichas em mãos - Um Dois, Três, pode aprender mais facilmente, com conhecimento aprimorado de como governar isso tudo... - Fez um vago sinal com as mãos, abrangendo todo o palácio - Ao seu lado.

– Que seja - Me levantei - Eu me dispenso. - E sai.

– Flashback Of -

– Esse Cato é muito bonito, né? - Madge me disse, empurrando-me, então voltei a realidade

– Qual Distrito? - Peguei a ficha em mãos. Tinha um loiro, bonito, traços marcantes, olhos tão claros como os de Prim, esbanjando confiança - Modelo? Já o vi em algumas revistas... Perai. Johanna! Ele tem seu sobrenome!

– É, é, mas não é da minha família... - Ela sorriu ao dizer isso - Estou muito bem casada com o Troy.

– Ela não é mais uma Seis, ui! - Brincou Annie, sorrindo - E agora se chama Johanna Sparks!

– Fazer o que, né? - Sorriu cínica para Annie - Você tanto falou do Troy e nos casamos. Nos amamos e até se gostam agora.

– Esse sobrenome... Sparks. Horrível. - Madge tinha que botar defeito, é claro. - Mason era melhor.

– Não importa o sobrenome se o coração dele bate pelo meu. - Debateu Johanna, serena como sempre - Vocês ainda não acharam alguém assim. Eu gostei desse Gale... Olha só. Tudo o que ele gosta e sabe fazer você também sabe, e fora que parece ser super simpático.

– Nada haver Katniss Hawthorne - Eu disse - Nem Katniss Odair!

– Combina simmmm! - Madge balançou meus braços em um movimento de vai e vem - Tal como Katniss Mason, ou Katniss Collins. - Marvel Collins é um fofo, com um sorriso carinhoso, e com família que possui contato direto com povos da Nova Ásia, com pessoas importantes, tornando-o um candidato que precisa ser avaliado com cautela antes de ser eliminado. Não que isso seja importante para mim, mas é importante para o povo de Panem, então... Que vida...

– Ela gosta mais de Katniss Mellark! - Annie disse alto demais, afrontando minha sanidade, rindo

– Eu gosto mais de uma nova criada! - falei pondo as mãos na cintura, corando como um pão chapa - Olha só, Annie, tú se controle! Se controle! - Fiz pose de barraqueira, e ela até tentou ver aquilo como uma bronca, mas acabou soltando uma risada pelo nariz, ai todas começamos a rir como doidas sem razão alguma

– Acho que todas nós somos bipolares. - Johanna disse, com a cabeça sobre minha barriga, toda largada na minha cama, assim como Annie e Madge. Temos essa intimidade faz tempo, mas não sei como chegamos a esse ponto. Nunca sabemos, quando se trata de amigos, amigos.

– Talvez... - disse Annie, ofegante - Quem se importa? As diferenças e medos não nos escondem. Nos destacam. - Sorri - Agora, se me dão licença...preciso desenhar alguns vestidos. - Ela se levantou em um pulo, suspirando alto e profundamente - Odeio vocês.

– Também te odiamos. - dissemos uníssono, distraídas com nossos cabelos ou unhas

– Precisamos costurar os vestidos, Katniss. Qualquer coisa nos avisa, está bem? - Johanna disse tocando meu cabelo - Vai ver Prim. - Assenti - Tchau. - Todas se despediram, e eu senti um vazio de repente no peito, a ponto de me deixar ofegante.

Coloquei uma música para tocar (Not a Bad Thing, Justin Timberlake) e fiquei pensando na letra...

Sei que as pessoas fazem promessas o tempo todo

Depois dão às costas e as quebram

Quando alguém parte o seu coração e o abre com uma faca

Agora você está sangrando

Mas eu poderia ser o cara pra curar isso com o tempo

E não vou parar até você acreditar

Porque, baby, você vale a pena

Então não aja como se fosse uma coisa ruim

Se apaixonar por mim

Porque você pode procurar por aí

E descobrir que seus sonhos se tornam realidade comigo

Pode gastar todo o seu tempo e dinheiro

Só para descobrir que o meu amor era de graça

Então não aja como se fosse uma coisa ruim

Se apaixonar por mim, por mim

Não é uma coisa ruim se apaixonar por mim, por mim

Não existe mal nenhum em se apaixonar por mim

Será? Digo... Será que pode acontecer comigo isso, de encontrar uma pessoa que realmente me ama, porém desprezá-la? Será? Quais as probabilidades, na verdade, de eu encontrar uma pessoa que realmente me ame, e não meu dinheiro e posição? Existe uma pessoa que valha todos nossos sonhos? Existe resposta para perguntas assim?

Algo se quebra. Abri meus olhos (que nem sabia que estavam fechados) e vi o estrago no meu quarto. Sem querer ou sentir, quebrei o espelho enorme e caro. - Oh, droga... Droga! Droga! - gritei, cerrando os pulsos, batendo o pé no chão com força, irritada comigo mesma - Sua maluca! Retardada! - Chutei alguns cacos, mas me lembrei de que Annie, Madge e Johanna teriam que limpar, então comecei a recolher alguns sem me importar com os cortes. O que eu estou fazendo?

– Jesus! Princesa! - Com certeza é Troy, um guarda do Distrito Quatro, marido à três meses da Johanna. Ele é da idade dela, 20 anos, um amor de pessoa, e, depois do meu pai, é o homem quem mais converso e me divirto, em seguida, Caesar. - Katniss! - Ele tirou alguns cacos da minha mão - O que pensa que está fazendo?! - Seus olhos verdes escuros estavam preocupados, deixando-o com aparência de mais velho, mas sábio, entrando em contraste perfeito com sua pele de oliva, como a de Johanna, e os fios lisos cor de mel, que já lhe caiam na testa, fazendo ele precisar ajeitar o cabelo. Boa escolha, Johanna.

– Eu não sei... - Senti-me tonta - Estava ouvindo música, pensando na Seleção, e droga. - Fechei os olhos, suspirando - Não sei o que aconteceu. Quebrei o vidro sem querer, mas não quero dar trabalho para as meninas.

– Entendo, mas sabe o que aconteceu da última vez que quebrou algo e tentou limpar. Ficou com as mãos e pés enfaixados! - Ele sempre me acha nessas horas onde não respondo por minhas atitudes - Vamos na enfermaria. Maggs sabe melhor do que eu sobre seus remédios.

– Eu to-to-tomei todos! - Comecei a querer chorar, segurando-o pelos ombros - Por que isso aconteceu?

– Vem, vamos na Maggs. - Me pegou nos braços como se eu fosse um bebê, acolhendo-me em seu peito. Sei que Johanna não sente ciúmes, porque ele é meu amigo e realmente ama ela.

– Não! Não! Não! - Comecei a querer sair de seu colo, chorando desesperadamente, me debatendo - Não quero ir! Não! Nããooooo! - meus gritos eram extremamente altos, berros. - TROY! TROY! NÃO ME LEVA LÁ! NÃOOOOO! AAAAAAAAAA! - Abracei ele pelo pescoço, fechando os olhos com força. - Não me deixa lá, por favor.

– Johanna! Madge! Annie! - Senti ele acelerar os passos, e as vozes de minhas amigas foram como borrões em minha mente por causa dos meus soluços desesperados.

– Rápido! Enfermaria! - Pude escutar Annie, e em sua voz vinha muita preocupação e desespero - Rápido, Troy! - Os quatros corriam, eu podia sentir e escutar, quando comecei a sentir uma dor de cabeça forte, então tudo ficou escuro.

...

O silêncio sempre foi um problema para mim, pois me faz pensar, e pensar demais quando troco meus remédios não faz bem. Tomei meu remédio para controlar a ansiedade, no lugar do antidepressivo, em uma quantidade errada, claro, e isso gerou esse meu "ataque", lembrando-me que vai ser difícil encontrar alguém que me respeite. Não preciso de aceitação. Ninguém precisa. Preciso de respeito. Preciso de espaço e que tenham paciência comigo.

Ficar em lugares muito movimentados e barulhentos me estressam, fazendo eu arranhar os pulsos, ocasionalmente. Nunca me cortei, mas a área arde, admito. Minha mãe, quando quer me corrigir em um local público, enfia as unhas em meus pulsos, deixando marcas que cicatrizam, porém, sempre tiro a "casquinha". Nada pode tirar isso agora, formaram-se cicatrizes eternas, mas nem ligo. Há momentos de nossa vida que convivemos com as bordoadas da vida, e quando olhamos as marcas em nossos corpos e/ou alma, só pensamos no quanto somos fortes por ainda estarmos vivos.

Cada dia para mim é uma dádiva, um presente de Deus para superarmos o dia anterior.

Em passos lentos e silenciosos, caminhei até uma árvore grande, tendo uma visão magnífica de um pássaro gorducho, que ajudaria a alimentar boa parte dos criados e empregados, proibidos de comer o mesmo que eu como. Como não posso mudar isso por enquanto, ajudo-os com tudo o que caço na floresta. Mesmo princesa, preciso abaixar a cabeça e me curvar perante o re e a rainha, e eles entendem isso.

O animal não notou minha presença, o que me fez sorrir animada, e a flecha deslizou dos meus dedos e arco, atingindo exatamente o olho no bicho, atravessando seu crânio, matando-o sem dor, fazendo-o cair em um barulho mudo sobre as folhas caídas, indicando a aproximação do inverno, porém, aqui na Capital dificilmente faz frio. Nunca tive a felicidade de ver neve cair na janela de minha casa, mas já em outros países, como Alemanha. Falando nisso, preciso conversar com a Dama Effie sobre minhas aulas de alemão! Sou péssima nisso!

Foco, Katniss. Foco. Foi uma enorme dificuldade provar para o Doutor Aurelius de que estava bem e sana para vir até a floresta sozinha.

Abati mais três, que levantaram voo apressadamente por causa do susto de terem perdido um "amigo", então finalmente me aproximei das aves, me sentindo um pouco culpada, por ter tirado vida de seres inocentes, porém a vida é assim. Se não tivermos cuidado, sermos atentos, alguém vem e nos abate, sem termos chance de nos defendermos.

Evitando pensar muito sobre os pássaros, tirei as flechas rapidamente, para não começar a correr e perguntar a Maggs se ela mão sabe ressuscitá-los. Os enfiei com um pouco de dignidade na minha sacola especial para isso e comecei a caminha de volta para o palácio, que brilhava intensamente com a luz do sol, fazendo arder minha visão.

Sinto-me mais viva e humana na floresta, sem ninguém me observando, sem ninguém se importando com minha bipolaridade ou se vou aumentar a sentença de pessoas das quais foram injustamente punidas por roubarem algo extremamente necessário para vossa sobrevivência.

Sinto-me mais humana longe dos seres humanos... Pode-se compreender?

– Me desculpem... - murmurei para a bolsa, enquanto cavalgava sobre Cookie, meu cavalo favorito. Ele parece me entender, não me olha com pena ou raiva. Ele me ama, do jeito que sou, e a cada dia que se passa, mais o amo, por conhecer os humanos.

– Sabe, acho que ela vá escolher alguém do Distrito Dois. Aquele Cato, por exemplo. - Ouvi quando ia entrar na cozinha para deixar a carne com Sue, a melhor cozinheira que existe, uma senhora simpática e gentil.

Infelizmente, não sou muito boa com vozes e rostos, por causa do meu Déficit de Atenção, mas eu sabia que era um novo empregado. A voz nunca fora ouvida por meus ouvidos. - Não, ele é muito pomposo. Ela é como ele, mas disfarça. Não sabe que ela tem ataques de bipolaridade? - Acho que essa é Claudia, uma assistente de cozinha que minhas criadas não suportam - Ela deve se casar com o Marvel.

– Talvez... - Uma voz feminina familiar disse - Ela vai se casar com quem o povo der IBOPE.

– Aposto 300 dólares de que ela se casa antes do natal com um Dois. Duvido se casar com o Sete, embora ele tenha minha torcida. Pobres como nós não possuem muitas chances. - Levei uma mão na boca - Ela vive de aparências, seja na relação com os pais como com o povo. Por que com o casamento não seria o mesmo, hein?

– Verdade, mas a Princesa é muito gentil, quando não está tendo um ataque. - Surpreendi-me com a voz de Sue na conversa - Com certeza ela vai se casar com quem ama.

– Ou com quem aceitar esses piripaques malucos dela, né? - Claudia entrou na conversa e algumas pessoas riram - Aposta quanto, Hugo?

– Aposto 200 dólares que ela se casa com quem sobrar! - O guarda mencionado lançou - Ela com certeza vai ter um ataque na frente de algum deles, e se não tiver, porque é uma doença, então é plausível que a entendam, pedem para sair quando invadirem o palácio. Não soube das manifestações no sul? Muitos não aguentam. Aposto que ela casa com o Sete, Claudia.

– Eu aposto que ela fica sozinha, gente. 250 dólares!

– Quanta ousadia, Francis! - Uma voz nada familiar disse - Sério?

– Sério, cara. Ela é muito doida. Nem tem capacidade para cuidar da irmã vai cuidar do país? Aos frangalhos? Quem vai casar com ela? - bufou - Ela vai ficar sozinha. - Não ouvi muito depois disso, por ter usado outra entrada para a cozinha

– Eu aposto que ela se casa por amor! - Ouvi Sue dizer, sorrindo - Ela é uma boa menina, e nem todos os Selecionados são lobos. Há muitas ovelhas. Os rapazes do Quatro, Cinco e o loiro do Sete possivelmente ficarão na Elite.

Meus olhos me traíram por alguns instantes, e meu cérebro fazer uma graça, embaralhando meus pensamentos, mas eu tinha total controle sobre minhas ações e não me arrependi do que fiz a seguir.

O único som que se ouviu depois de "Elite" foi a minha flecha atravessar uma maça no topo da fruteira farta para eles, e seus gritos assustados. Dois guardas, por instintos, como lhes fora ensinado, apontaram para minha cabeça e atiraram perto do meu rosto

– Se vocês acertassem meu rosto, não teriam nenhum para enterrar depois. - Meu tom foi tão severo quanto o de minha mãe, e pela primeira vez eu não me importei - Quando vos dei permissão para tratar de meus sentimentos como objetos de leilão? - Cruzei os braços, fazendo aquela pose básica indicando poder e senti meu cenho franzir de raiva.

Muita raiva.

– Alteza... É... Hm... - Imediatamente todos se levantaram e curvaram-se em reverência - Nos perdoe, por favor. - Um moreno pediu

– Sim, vossa alteza. Nós não fomos sábios e nossas palavras! - Admitiu um homem moreno - Me perdoe.

– Anda. De postura ereta, todos vocês. - Queria todos na altura de meus olhos - São homens ou mulheres suficientes para dizerem na minha cara o que eu ouvi?

–O que é que você ouviu, Katniss? - perguntou Sue, apreensiva, então me virei bem séria para ela

– A parte da qual eu não sou capaz de encontrar um par. A parte da qual eu sou um objeto de valor a ser leiloado, e de brinde, meus sentimentos. Essa parte. A parte que me faz querer mandar os guardas daqui para morrerem no Sul, sem água, comida, por terem se dirigido de maneira incorreta, e por quase acertarem minha cabeça. A parte que me faz querer mandar as criadas presentes para limparem os estábulos até o fim de seus dias. - Olhei severamente para todos - Algo a me dizerem a respeito?

– Senhora... - disse Claudia, de cabeça baixa. Incrível como a culpa acaba com a gente. - Me perdoe, fui indelicada.

– Eu também. - Outro confessou

– Aquele que ousar comentar sobre quem escolherei mais uma vez, pode se considerar um morador do Distrito Oito. Aquele que ousar apostar o meu coração e sentimentos, pode se considerar um Oito. Aquele que me chamar de instável mais uma vez, pode-se considerar morto, pois será enviado para lutar no lado Sul do país. E sabem o quão preparados eles estão para nos atacar, não é mesmo? - Peguei a flecha que atravessava a maça, vendo-os oscilar de medo - Eu nunca lhes dei autorização para me tratar como objeto, muito menos o que eu sinto. Sempre os tratei com respeito e cuidado, pois vocês são importantes, tanto quanto eu. - Joguei a maça no colo da que mais fofocou sobre mim, a tal Claudia - Podem repassar o que eu disse. - E sai, raivosa por eles terem visto que meus olhos estão cheios d'água e triste por estarem falando nesse tom sobre mim, mas está tudo bem. Esse foi o ato mais rebelde e impulsivo que tomei em toda minha vida, e nunca me senti tão... Mal.

Mas mesmo brava e triste, voltei, ainda assustados, e fiz uma reverência, dizendo mais confiante do que nunca, por ter aprendido a disfarçar meus sentimentos.

– Obrigada pela sua consideração.


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Notas finais do capítulo

E.... foi isso! O que acharam? Ela já se interessou pelo Peeta, né?! Beijooooos! Amo vocês! *outro sorriso sincero, aceno e mandando um beijo* Gostaram desse capítulo? *~* Foi mal mesmo qualquer erro, mas vou para a Igreja agora. Vou responder assim que voltar, os outros comentários. Me descukpem mesmo, pessoal :// ta tudo uma correria.
AVISO: Quem lê minhas outras fics, atualizarei ainda neste final de semana