Oh, Calamity! escrita por Leh Linhares


Capítulo 4
Capítulo Três - Better Than I Know Myself


Notas iniciais do capítulo

Então, gente eu disse que não ia postar durante a semana porquê tinha que estudar, mas quem disse que eu consegui focar só no estudo. Estudei bastante, mas também fiz a revisão pra postar o capítulo.
Espero que gostem!



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Quando contamos do casamento para o Acampamento, surpreendentemente a maioria foi a favor. Abby é uma das pessoas a nos apoiar, mesmo sabendo de toda a bagagem com Clarke, a realidade é muito óbvia até mesmo pra ela. Clarke está morta, é hora de seguir em frente. Infelizmente Octavia não é uma dessas pessoas. Sua reação é ainda pior do que eu poderia imaginar.

— Só eu que vejo o quão surreal é o que vocês estão fazendo? Vocês dois casando? Por que todos agem como se fosse normal? – Octavia anda de um lado para o outro nervosa. E eu tento ignorar a raiva que venho sentindo dela nos últimos meses, não quero dizer nada para magoá-la, porque sei que dei motivos o suficiente para que ela partisse sem sequer se despedir, contudo ao mesmo tempo, queria que ela tivesse ficado, que tivesse tentando mais algumas vezes. Talvez toda essa história com Raven não precisasse ter acontecido.

— Porque é. Já é hora de seguir em frente. É o certo a fazer – respondo não querendo ser ríspido, porém acabo sendo.

— É o certo a fazer? Como assim? O que está acontecendo que vocês não estão me contando? – a morena parece ainda mais raivosa, não vejo outra opção sem ser falar a verdade.

— Nós queríamos contar depois, Raven queria esperar um pouco mais, mas acho que não será um problema. Raven está grávida.

— E?

— E eu sou o pai – digo respondendo o óbvio que aparentemente Octavia não repara. A morena me olha surpresa.

— Desde quando vocês estão juntos? Quando fui embora você sequer falava conosco. E agora é o pai do filho dela? Desculpe se eu não acredito...

— Se tivesse ficado aqui talvez soubesse.

— Bellamy, por favor… Não jogue essa carta agora. Estamos discutindo algo muito mais importante. Essa sua vontade insana de proteger todos a sua volta. Você não é obrigado a assumir um filho que não é seu.

— Não estamos juntos, ok? Não do jeito que você está com Lincoln. Eu e ela temos sido amigos com benefícios há um tempo. Raven me ajudou a me afastar da bebida e das ficadas de uma noite nesses últimos meses. O bebê foi um acidente de percurso, mas é sim meu.

— Tem certeza do que está fazendo? Sei que ainda está mal pela Clarke, mas casar com Raven não vai resolver isso. É só mais um modo de mentir pra si mesmo. De qualquer maneira, uma criança não é razão suficiente para um casamento.

— Aprecio a sua preocupação, mas eu e Raven já somos bem grandinhos. Não tomamos essa decisão à toa. Eu vi nossa mãe passar por tudo aquilo sozinha, posso não amar Raven da maneira que o Lincoln te ama, mas não vou deixá-la passar pelo mesmo.

— Você não precisa casar com ela por isso. Sabe disso, certo? Não é sua responsabilidade. Sei que o que nossa mãe te falou quando eu nasci você não precisa moldar sua vida naquela frase. Você não é responsável por todas as mulheres à sua volta.

— Eu sei, mas eu quero. Não aguento passar as noites bêbado, tentando evitar pensar na Clarke. Passei esses anos todos perdido, fugindo do fantasma dela e pela primeira vez minha vida tem um destino de novo. Eu acho… Que realmente posso amar Raven, ela é minha melhor amiga, nos damos bem juntos… Eu só quero superar Clarke.

— E eu só espero que você realmente saiba o que está fazendo, que vocês dois saibam. Casamento não é brincadeira, ainda mais com uma criança chegando. Vai exigir mais do que vocês imaginam e se um de vocês não estiver tão comprometido como o outro. Não preciso dizer muito, vai gerar apenas infelicidade e mais problemas. O que quero dizer é que não sei se só a sua vontade de esquecer Clarke é suficiente para fazer vocês dois felizes.

— Tem que ser. Não posso mais esperar uma pessoa que não vai voltar.

— Espero que dê sorte, irmão. Realmente quero que você seja feliz. Os dois. E sabe, pelo menos, tem um lado bom – Octavia me abraça forte, não acho que a convenci, mas sei que no fundo ela se sente aliviada. Um casamento impulsivo é bem melhor que um vício em bebida.

— Qual? – questiono sem entender.

— Eu vou ser tia.

— Você não muda, né?

— Claro que não.

— Me desculpe, tá? – falo baixo, é complicado para mim se rebaixar dessa maneira, entretanto sei que é o que preciso fazer.

— Tudo bem. Você estava magoado.

Raven está linda, não é nada como uma noiva convencional está de calça e com uma das suas blusas comuns, na sua cabeça há uma coroa de flores, que Octavia insistiu que ela usasse. Não é como se tivéssemos muitas roupas disponíveis, meu traje também não é um smoking, mas estou feliz. Tenho uma flor na minha mão e um meio sorriso no rosto, por mais que tente é difícil deixar de pensar em Clarke.

Em nenhum momento da minha vida eu pensei que fosse me casar, quando estava na Arca nenhuma mulher aceitaria esconder Octavia e minha mãe, por isso era uma ideia impensável na minha cabeça.

Mais tarde, já na Terra, era uma possibilidade que eu nunca tinha gastado meu tempo pensando, a guerra com os Grounders seguida da luta com Mount Weather, foram coisas suficientes para distrair minha cabeça, mas quando tudo começou a dar certo, quando consegui um lugar no Conselho, um emprego como Chefe dos Guardas, eu só queria ter alguém pra comemorar quando chegasse em casa, alguém com quem eu pudesse falar dos meus sentimentos: os alegres e os tristes. Foi quando me dei conta que a amava: Clarke, que queria dividir tudo aquilo com ela.

Consequentemente foi quando acabei me entregando para bebida, era doloroso demais estar só. Cada uma das garotas que eu me diverti por uma noite eram substitutas baratas da garota que eu queria na minha cama todas as noites, meninas que eu não me dei ao trabalho de conhecer, de saber seus nomes, idades ou interesses. E essa é a grande diferença de Raven, não vou dizer que ela não é uma substituta de Clarke porque estaria mentindo, mas a amizade que nós temos condicionou nosso relacionamento. Com aquelas garotas, grande parte sempre foi mentira, muitas delas acreditavam que eu pudesse de alguma maneira me apaixonar por elas no processo, com Raven é honesto, sincero, ela sabe de tudo. Eu não preciso mentir ou me esconder e a mesma coisa vale pra morena. Vão ter dias em que eu vou desejar Clarke, vão ter dias que ela vai desejar Finn, porém podemos lidar com isso.

No fundo estamos felizes de nos libertar de anos de sofrimento. Vamos ter um filho juntos e isso é simplesmente incrível. Posso amá-la, sei que posso. Sua barriga ainda não é aparente, e gostamos de passar nosso tempo discutindo se é um menino ou uma menina, não pensamos em nenhum nome ainda. Talvez ela quisesse homenagear o Finn e por mim está tudo bem se ela o fizer. A ideia e um filho vem nos afastando cada vez mais de nossos passados e estou animado com isso.

Volto meus olhos pra ela de novo e Raven sorri timidamente na minha direção, seguro sua mão sorrindo. Ela não é Clarke, contudo posso aprender a amá-la.

Nada está bem. Faz dois meses do meu casamento com Raven, não que eu saiba a exata forma que eu devo lidar com ela. Tenho tentado trabalhar menos e estar mais em casa, porém parecemos mais dois estranhos que recém-casados.

Por mais que tenhamos passado grande parte desses meses juntos, não é a mesma coisa, como eu pensei que seria a gravidez vem deixando Raven ainda mais irritada que o normal. Uma bomba de emoções, que eu nunca sei quando vai estourar. Tendo dias que eu não posso nem tocar nela, ou falar uma palavra.

Talvez me casar tenha sido um erro. O fantasma de Clarke ainda parece pairar sobre nós, por mais que eu tente esquecê-lo. E as brigas que vem acontecendo por mais que tente evitar são simplesmente insuportáveis. Falo coisas que não devo, ultrapasso todos os limites, mas mesmo assim só a ideia de desistir de nós dois é apavorante. Raven é a única coisa que fez sentido em um longo tempo, não posso facilmente abdicar disso.

Como já é normal nos últimos dias, resolvo estender um pouco meu trabalho, um tempo livre, sem ter que ouvir reclamações ou o silêncio que a Raven muitas vezes me ataca. Tenho uma garrafa de Moonlight do meu lado e eu tomo algumas doses. Não pretendo ficar bêbado e não fico, volto pra casa, o que seriam trinta minutos mais tarde, desculpas é que não faltam para meu atraso. Encontro Raven já deitada com lágrimas nos olhos.

— O que houve? – digo sentando na nossa cama numa distância considerável dela.

— Nada. Eu só estive pensando.

— No quê? Posso saber? – pergunto devagar, nunca sei quando eu posso ou não conversar com ela.

— Em nós dois. Acho que cometemos um erro com isso – ela me encara sem lágrimas, há só tristeza no seu tom de voz.

— Talvez não. Ainda é cedo pra dizer – coloco minha mão em seu rosto com carinho. Quero que isso dê certo, mas confesso que também não sei se é possível.

— Eu me sinto uma traidora, Bellamy. Não devíamos estar fazendo isso. Não é certo – Raven se senta, se afastando mais uma vez do meu carinho.

— Por que não é certo? Vamos ter um filho, somos solteiros. Você não deveria se preocupar tanto. Isso faz mal ao bebê.

— Eu não consigo não pensar nisso. Finn pode estar morto, mas Clarke... Não está… Isso é errado.

— Você não sabe disso. Nós não temos garantias.

— Bellamy …

— Não sei onde Clarke está, se ela está viva, morta, ou o que for, e sendo bem realista, nesse momento eu não me importo, não posso fazer nada por ela, gostaria de poder, gostaria que nada tivesse acontecido dessa maneira, mas aconteceu. E agora eu sou seu, talvez não inteiramente, da mesma maneira que você também não é inteiramente minha, mas sou seu e você precisa aceitar isso. Sou pai do seu filho e seu marido. Desculpe se eu não sou o cara que você gostaria, eu nunca vou ser e você sabia disso quando aceitou minha proposta. Eu não sou o Finn e é uma das únicas coisas sobre mim que eu não posso mudar. Quanto antes aceitar isso mais cedo podemos começar a fazer isso dar certo.

Raven não diz nada, ela me abraça forte e eu correspondo. Ela é a única pessoa que eu tenho por perto nesse momento. Não vou deixá-la se afastar tão facilmente.

...

Desde nossa última discussão temos estado bem. O humor de Raven ainda não é o melhor de todos, porém estamos tentando. Nos dedicando um a outro, conhecendo o que ainda há pra conhecer e focando no futuro da criança que ainda não chegou.

Temos visitado Abby com uma frequência maior do que eu gosto. Olhar pra ela é doloroso demais, um lembrete constante que Clarke não só existe, como também não está aqui. Raven sabendo disso tenta me convencer a não ir às consultas, porém recuso, é o mínimo que posso fazer pela criança por enquanto. Aparentemente tudo corre seu curso normalmente, pelas contas de Abby, Raven está com aproximadamente quinze semanas, e logo sua gestação se tornará mais aparente.

Após a consulta nós dois seguimos para nossos respectivos trabalhos. Já é tarde quando volto pra casa, houve uma briga entre dois dos soldados e eu como Chefe do Guarda fui responsável por apartá-la e solucioná-la.

— Raven… – chamo assim que entro pela porta da frente. Não escuto nenhum barulho. Estranho, normalmente a ouviria fazendo um dos seus experimentos já do andar de baixo. Subo as escadas depois de verificar a cozinha. Ao chegar ao nosso quarto levo um susto: Raven está no chão e há uma poça de sangue ao seu redor. Tento não pensar nas possibilidades, tudo é apavorante demais...

Me aproximo do seu rosto e vejo seus olhos abertos. Raven está desesperada. Abby nos alertou sobre isso semanas antes, sobre ainda haver risco de um aborto, mas nenhum de nós dois pensava que realmente pudesse acontecer. Coloco-a em meus braços e a levo até a enfermaria. Não pode estar acontecendo, não com nós dois, não depois de tudo.

— Desculpe Bell. Desculpe… – a morena parece estar sentindo muita dor, não sei se física ou psicológica, mas a ignoro, teremos tempo pra conversar depois, quando ela e o bebê estiverem a salvo.

— ABBY! – grito assim que entro, recebendo a ajuda de alguns voluntários que a colocam numa maca improvisada.

— Onde está Abby?

— Um dos nossos já foi procurá-la. Agora precisamos que você nos conte o que aconteceu.

— Eu não sei. Estava trabalhando, quando cheguei a encontrei sangrando muito.

— Ela reclamou de algo específico? Cólica? Dor Lombar? – a garota pergunta como se já soubesse o que há de errado.

— Hoje de manhã ela disse estava com um pouco de dor nas costas, mas… Você acha que talvez já estivesse acontecendo?

— Muito provável.

— Como não notaram nada? Ela estava aqui do lado de vocês…

— Agora não é momento de encontrar culpados. Vamos ajudá-los, ok? – A menina se afasta, me deixando sozinho, não pode estar acontecendo. Não pode. Escuto Raven gritar de dor e invado a baia onde ela está. A morena sangra ainda mais, Abby já está ali.

— O que estão fazendo com eles?

— No momento um exame pélvico, Bellamy. E não acho que você deva estar aqui para assistir isso – ignoro o que ela fala e me posiciono do lado de Raven segurando sua mão. Seu olhar é um misto de dor e medo, será que será assim? O bebê que já amamos e imaginamos, está partindo assim? Como se nunca tivesse estado ali? – observo Abby em cada movimento, ela realiza o exame com foco, porém não parece ter boas notícias ao terminá-lo.

— O colo do útero já está dilatado...

— O que isso quer dizer? – pergunta Raven baixo na sua direção ela parece fraca para gritar e eu o faço por ela.

— O QUE ISSO QUER DIZER?! – Abby me ignora, colocando sua cabeça na barriga de Raven buscando algo que eu não sei o quê, talvez ouvir os batimentos cardíacos do bebê.

— O QUE ISSO QUER DIZER? ALGUÉM PODE ME RESPONDER?!

— Você pode me acompanhar, Bellamy. Eu posso te explicar com calma o que está acontecendo – Raven segura sua mão com força quando ele pensa em seguir Abby, ela também precisa da verdade.

— Na verdade, não posso… Diga, Raven também merece saber.

— Eu não queria ter que dizer isso a vocês, mas o colo do útero dela está dilatado, seu útero está se contraindo e o sangramento só aumenta…

— O que isso quer dizer? Estamos perdendo o bebê? – questiono nervoso.

— Infelizmente, sim, tudo isso indica que Raven está tendo um aborto espontâneo – não que eu já não suspeitasse, porém ter essa resposta é apenas devastador demais. Nosso filho, o filho que nem queríamos há três meses está morto ou morrendo antes mesmo de ter a chance de viver. Por quê? Não é justo, não é justo… Não depois de tudo que já passamos, seguro a mão de Raven ainda mais firme.

— Deve existir algo que você possa fazer.

— Não nesse caso. Tentei tudo o que podia, mas nada parece surtir feito. Muito pelo contrário, o aborto parece seguir seu curso natural. Como eu expliquei a vocês, é raro, mas algumas vezes essas coisas acontecem. Sem que nós possamos entender o que a causou. A única coisa que posso fazer agora é deixar Raven o mais confortável possível.

— Peraí, Raven também está em risco? – olho-a com raiva, sei que não é sua culpa, mas preciso administrá-la em alguém antes que exploda.

— Não é comum, mas…

— Segundo você mesma, abortos também não são comuns…

— Isso é ainda mais raro, acontece na maioria das vezes pela falta de tratamento, o que não é o caso da Raven. Vamos cuidar dela, Bellamy. Vai dar tudo certo.

— Como espera que eu acredite em você? Meu filho está morto e você disse que ele estava bem hoje pela manhã.

— Se ainda estivéssemos na Arca as coisas seriam diferentes. Tudo o que disse era verdade ou ao menos eu acreditava ser. Não temos mais os equipamentos que possuíamos.

Abby e todos os outros enfermeiros saem da baia, a única coisa que eles pedem é que, caso ela comece a ter calafrios, febre ou dor abdominal, os avisem. Em silêncio seguro a sua mão e rezo para que ela não tenha nada disso. Não posso perdê-la também. Observo-a dormir, será que ao acordar ela vai se lembrar? Será que vou ter que contar tudo a ela, reviver isso de novo?

Beijo sua testa com delicadeza, não foi assim que eu planejei minha vida. Ela abre os olhos devagar, parece confusa e ainda com dor.

— Olá. Está se sentindo melhor? – pergunto tentando parecer calmo.

— Na verdade, não… Me desculpe, Bellamy – ela parece prestes a desabar, seu olhar é triste, desapontado e culpado.

— Pelo quê?

— Nos casamos pelo bebê e agora ele não existe mais. Nunca deveria ter te contado, se eu soubesse como tudo terminaria…

— Se eu soubesse não teria feito nada diferente – falo e seguro seu queixo para que ela me olhe nos olhos. Tento segurar as lágrimas, mas elas são inevitáveis, e percebo que tudo na vida acontece por um motivo. Não teremos um filho agora, porém, quem sabe o que acontecerá daqui há três, seis meses. Não estamos preparados para uma criança ainda, mas agora teremos a chance de ter o tempo que precisamos para nos conhecer.

— Me dói perder esse bebê, mas vamos ter tempo de fazer outro. Talvez tenha sido melhor. Talvez haja um Deus que planejou isso para nos unir.

— Você acha?

— Acho que nunca te amei tanto como amo agora – Raven se levanta um pouco e me beija. Não sei explicar exatamente o que acontece, contudo é diferente de qualquer outro que já tivemos. É doce e salgado ao mesmo tempo, nossas lágrimas se misturam, mas não sinto nojo, as mesmas servem para que eu me sinta ainda mais conectado a ela. De uma forma que eu nunca me senti antes. Nem mesmo com Clarke… É diferente.

— Ainda não sei como Clarke conseguiu ir embora… Eu não teria ido se fosse ela.

— Xiii… Não fale dela, já passamos tempo demais remoendo nossos passados. Finn e Clarke não estão mais aqui, mas nós estamos. Acho que devemos parar de sobreviver e começar a viver.

— Deita comigo? – diz ela enquanto com dificuldade chega um pouco pro lado. Não digo nada apenas me deito a seu lado. Beijo seu ombro e me calo, ela precisa descansar. O que parecem ser horas depois acordo, a morena ainda dorme e eu me desvencilho dela com cuidado, preciso de um tempo sozinho antes de ter que ser forte pra ela de novo.


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Notas finais do capítulo

Música desse capítulo: Better Than I Know Myself - Adam Lambert
Esse capítulo é maior do que os outros, porquê juntei dois quero ver as reações de vocês no próximo logo.
Espero que tenham gostado, estou esperando reviews e um spoilerzinho pra animar vocês: uma Princesa perdida deve aparecer no próximo capítulo.