Oh, Calamity! escrita por Leh Linhares


Capítulo 16
Capítulo Quinze - Shatter Me


Notas iniciais do capítulo

Oi, meu povo amado! Muito obrigada pelos reviews e desculpa pela demora em postar. Ano novo é sempre complicado.
O capítulo é em parte inspirado numa música linda: Shatter me da Lindsey Stirlng uma violinista. Se tiverem oportunidade de escutar super recomendo.



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Pov. Raven Reyes

É tudo muito rápido. Em um momento estou me despedindo de Bellamy e no outro o exército da Nação do Gelo nos obriga a partir. Não quero ir, tenho um péssimo pressentimento quanto a tudo isso, mas a ideia de ver Bellamy ou salvá-lo de um perigo que eu nem mesmo sei se existe é o suficiente para me impulsionar.

São dois dias de caminhada, dois dias de pura reflexão. Octavia é a única que ousa se aproximar. Ela sabe de tudo, de como meu relacionamento com Bellamy começou e como vou me destruir se ele terminar tão bruscamente. São momentos de tortura, onde eu não me alimento e nem durmo direito, Octavia é a única que ousa se aproximar me obrigando a comer algo, mas nem a insistência dela é o suficiente para me trazer de volta a normalidade. Passo todo o tempo fazendo perguntas sobre nossos líderes da Nação do Gelo para o exército e só recebo silêncio. O que só me apavora ainda mais. Repito a mim mesma que ele está bem e que logo vou vê-lo o que na realidade não funciona nem um pouco.

Sinto uma raiva descomunal e inexplicável só de pensar em Clarke, ao ponto de ás vezes desejar que ela morra ou que tivesse morrido como nós tínhamos pensado. Sei que a culpa não é dela. Conheço Clarke o suficiente para saber que ela não me machucaria dessa maneira se pudesse evitar, mas de todo modo não consigo parar de pensar que nada disso deveria ter acontecido. Que meu casamento com Bellamy foi a melhor coisa que me aconteceu e que arrancá-lo assim de mim é simplesmente injusto. Bellamy prometeu que voltaria para mim, que seria só meu como era antes dela voltar, contudo não consigo acreditar. Os assisti desde o início, vi o ódio se transformar em respeito e o respeito se transformar em amor.

Me sinto insegura, meu porto seguro está longe fazendo sabe se lá o quê com ela. Octavia repete que os dois prometeram não se aproximar mais, porém como posso acreditar? Finn me prometeu a mesma coisa anos atrás e mesmo assim gastou grande parte do seu tempo com Clarke sem se preocupar se eu existia ou como me sentia.

Contudo mais do que isso, minha maior preocupação é com a sua segurança. A cada quilômetro me sinto mais aflita, quero me afastar desse povo, contudo não posso. Bellamy está lá dentro e mesmo que nosso casamento esteja no fim devo a ele essa lealdade.

Como eu queria ser a menos envolvida. Como eu queria superar tudo isso do dia pra noite. Ser uma pessoa boa o suficiente para esquecer e seguir em frente. Mas mesmo que eu tente só perco meu tempo, quanto mais eu tento esquecer, mas me lembro de cada momento. Do dia em que perdemos nosso filho, no nosso casamento, das nossas conversas, da última vez em que estivemos juntos. O amo, não na mesma intensidade que a Finn, entretanto o amo e preciso dele por perto. Não sei mais como viver sem ele, sem um apoio constante, alguém para conversar sobre as minhas escolhas e desejos. Sou apaixonada por Bellamy e o conheço tão bem que sinto o perigo sobre o nosso relacionamento mesmo a quilômetros de distância. É graças a ela que nosso amor começou e pelo visto será através dela que ele terá um fim.

Sei o quanto ele a ama, conversamos sobre isso tantas vezes que é impossível recordar todas. Dialogamos sobre como o moreno nunca notou seus sentimentos e como queria ter a chance de colocá-los em prática. Cada palavra dele soa em meus ouvidos como uma música irritante que por mais que eu fuja está em todos os lugares, como uma confirmação constante que tudo que construí nesses anos está ruindo por uma vida que deveria ter sido perdida. Talvez se nosso filho tivesse nascido as coisas fossem diferentes.

Deveria sentir raiva pelo o que ele fez, entretanto não consigo. Não com todas essas palavras ressoando nos meus ouvidos e uma preocupação tão forte alertando meu coração. Só consigo pensar em abraçá-lo, beijá-lo e tê-lo do meu lado o máximo de tempo possível. Enquanto nós ainda existimos e enquanto ele ainda está vivo. Tenho pesadelos horríveis com a nossa chegada e com ele morrendo bem a minha frente sem que eu possa fazer nada.

...

Chegar lá é a melhor coisa que me acontece. Estou tão estasiada e preocupada com o moreno que não presto atenção em nada a minha volta, não sei onde entramos e nem como toda a construção se parece. Em um momento estou sobre o sol e no outro em um prédio enorme e branco. A primeira pergunta que faço é onde está Bellamy, e a resposta que eu ganho é a melhor que posso esperar: seus braços enlaçam meu corpo com força e eu choro impulsivamente. Ele está vivo. Graças a Deus.

— Meu Deus, Bellamy! Você está vivo.- Digo olhando pros seus olhos ainda sem acreditar.

— Estou melhor agora. - Não hesito em beijá-lo mesmo sabendo que provavelmente Clarke está nos assistindo. Ele não vacila em me corresponder e eu sorrio. Talvez ainda haja uma chance.

— Como senti sua falta, Bel. Nunca mais faça isso. Fiquei tão preocupada.- Eu tenho lágrimas nos olhos mesmo sem saber porquê.

— Eu também. Quando eles disseram que teriam que apressar a vinda de vocês quase morri. É muito bom te ver.- O abraço de novo, reparando agora que a maior parte dos Sky já não está mais ali, só Clarke que nos observa de longe com um sorriso triste no rosto. Por um segundo me sinto culpada, Bellamy nunca fez parte do meu destino, mas sim do dela.

Bellamy segura minha mão e me leva até nosso dormitório. Rapidamente descubro que Clarke, Monty e Nathan também vão ficar conosco. Estranho, mas não digo nada. Um quarto particular seria pedir demais. Não há ninguém no quarto e uma chave na porta. Tranco nós dois o mais rápido que posso e beijo o moreno que não hesita novamente. Preciso dele.

Eu beijo seu pescoço e suas costas e Bellamy mostra através de seus gemidos e súplicas que sentiu tanto a minha falta quanto eu a dele.

— Raven… Aqui não.- Ele diz suplicante. Enquanto eu desço minha boca até seu pescoço. Bel geme de prazer todo tempo e eu sorrio. Duvido que Clarke possa provocar tantas sensações nele.Só eu sei como fazê-lo ir a loucura com alguns poucos toques. É Bellamy quem puxa minha cabeça de volta para um beijo apaixonado e excitante. A mão dele toca meu corpo com tanta força que sei que terei roxos daqui um tempo, mas ignoro é bom senti-lo. A trilha de beijos percorre todo meu corpo e eu grito de prazer. Seu dedo brinca com a minha vagina, subindo e descendo com tanta calma, que me irrita. Ele sussurra no meu ouvido coisas que eu nem ouso repetir e eu faço mesmo o atiçando ainda mais. Preciso dele.

...

Cansada eu olho pra ele depois de tudo ainda mais apaixonada. Estamos abraçados e ele sorri pra mim e eu ouso fingir que nada mudou.

— Bellamy… Eu sei que você está ai. Destranca essa porta por favor.- Reconheço logo de primeira a voz de Clarke.

— Já vou.- Bellamy vesti sua camiseta, mas sua roupa amassada e cabelos desgrenhado são sinais óbvios. Me visto também, porém Clarke percebe assim que abre a porta o que interrompe.

— Desculpe. Eu só vim avisá-lo. Você está atrasado. - A loira se afasta quase correndo e Bellamy pela primeira vez hesita. é obvio que ele quer ir atrás dela mesmo sabendo que não deve. Sou tola de imaginar que ele agiria de outro modo.

— Vá.Digo, sem coragem de encará-lo. Não gosto de vê-lo sair correndo. Sei que tê-lo por hoje é mais do que eu podia esperar, porém isso não faz com que eu me sinta melhor.

— Rav… Eu preciso ir.

— Vá.- Bellamy já está na soleira da porta. Quando sério diz:

— Preciso que você encontre comigo e Clarke mais tarde na saída da Nação do Gelo. As 17h. Precisamos conversar. - Estremeço por inteiro. O que os dois precisam falar comigo? Antes que eu tenha a chance de perguntar sobre o que se trata, ele já está longe.

....

A hora chega e os aguardo onde ele pediu. Não sei se o encontro tem haver com nosso relacionamento ou algo sobre a Nação do Gelo. Rezo para ser a segunda opção mesmo sendo extremamente egoísta pensar assim.

Quando vejo os dois rindo a distância é difícil controlar meu desespero. O que mudou nesses quatro dias? Eles não agiam assim.

— Desculpa o atraso, Rav. O treinamento levou mais tempo do que esperava.- Bellamy parece desconfortável. Sem saber onde deveria se posicionar se do meu lado ou se do dela.

— Tudo bem. - Digo e busco por sua mão. Ele a segura hesitante olhando para Clarke.

— Vocês podem parar de se olhar desse jeito e falar algo. Não posso esperar pra sempre se estão juntos digam logo.- Juro que não planejo dizer nada disso. É apenas minha impulsividade, raiva e ciúmes falando.

— Nós não… Raven… - Os dois parecem constrangidos, mas não deixo de encará-los já está na hora de saber a verdade sem rodeios.

— Não é isso. - Bellamy diz ainda mais desconfortável. Ótimo, Raven. Sua impulsividade estragou tudo mais uma vez.

— O que é então? Falem logo.

— Aqui não. - O moreno diz.

— Então me leva para o lugar onde eu possa saber.

— Agora não. - Clarke segura a minha mão e me puxa assim que Monty aparece. De novo me distraio com meus próprios devaneios e quando percebo já estou do lado de fora. Dentro de uma ruína sem ninguém além de nós quatro em quilômetros. Encaro o vazio tentando tirar todas as preocupações fúteis da cabeça. Eles não me levariam até ali se não fosse algo sério.

— Raven… Monty - Bellamy diz e olha pra todos os lados certificando que não há mais ninguém perto.

— Precisamos da ajuda de vocês.

— Desculpe?- Questiono ainda desorientada. Pra que eles precisam da minha ajuda?

— Quando eu disse que confiava neles, Raven. Eu estava mentindo. Precisava que Bellamy me acompanhasse, porquê por mais que eu ainda não saiba o quê. Sei que eles escondem algo e precisamos descobrir antes que seja tarde demais.

— E como eu posso ajudar vocês nisso? Ninguém daqui vai confiar em mim, não depois de eu passar toda viagem ameaçando cada guarda…

— Você passou a viagem ameaçando os guardas? Por quê?- Fala Bellamy com um sorriso tímido no rosto.

— Digamos que eu não pensei que fosse encontrar vocês vivos. Precisava de informações e nenhum deles quis me dar.

— Mas vocês dois aceitam nos ajudar? É muito arriscado, mas eu e Clarke acreditamos que é o certo a fazer. -Ele olha pra ela tão profundamente e tão puramente que é difícil controlar a rejeição que mais uma vez pula do meu coração. A ideia de ficar sozinha de novo, é pior do que de fato perdê-lo.

— Tudo bem. E como é esse plano?

— O plano é o seguinte. Há uma sala aqui, que nós dois acreditamos ter a informação que precisamos. Queremos invadi-la, mas é imprescindível que ninguém além de nós, Octavia e Lincoln saibam... - É o Blake quem começa, mas Clarke o complementa assim que pode. É como se eles soubessem o que cada um está pensando.

— E é nisso que você entra Monty. Precisamos de uma distração, que você cause algum erro no sistema capaz de parar as câmeras por alguns minutos e soar os alarmes para que eles pensem que estamos em ataque. Você pode fazer isso?

— Preciso verificar o sistema, mas acredito que sim.

— E onde eu entro nesse plano inteiro?- Digo.

— Precisamos dos seus rádios e sua disponibilidade para consertar se mais algo der errado. E uma outra coisa, nem eu, nem Clarke podemos entrar nessa sala, porquê se formos pego todo nosso povo seria acusado de traição…

— Então, você pretende que eu entre? Não tinha um jeito mais fácil de se livrar de mim?- Tento fazer parecer que é uma brincadeira, mas não é. Por que logo eu tenho que ir? Ele deveria me proteger, não me enviar para o perigo.

— Não é isso. Eu confio em você, Raven, preciso de alguém assim lá dentro. Alguém teimosa o suficiente para desobedecer uma ordem se achar necessário.

— Me deixe recapitular vocês pretendem invadir o sistema e invadir a sala? Só isso?Qual é o plano para dentro da sala e a fuga?

— Monty você conseguiria apagar a sua entrada na sala antes de hackear o sistema?

— Os cinco minutos anteriores geralmente são perdidos. As vezes até mais.

— Precisamos invadir o sistema da sala de controle, Monty. Raven, Octavia vai entrar com você. Não sabemos o que tem lá dentro é possível que uma pessoa só num tempo tão curto seja insuficiente.

— E se formos pegos o que fazemos?

— Vocês fogem. - Ótima resposta a deles. Eles esperam que eu fuja como com essa prótese? E ainda fingem que não querem se livrar de mim.

— Lincoln vai estar do lado de fora. Protegendo vocês.

— Protegendo a Octavia você quer dizer.

— E como vamos entrar?- Monty atropela minha afirmação e os três escolhem ignorar o que acabei de dizer: ótimo.

— Clarke tem um amigo que vai permite a entrada de vocês. Mas antes do sistema ser invadido, ela precisa estar longe de lá…

— É claro, ela precisa… - Tento não deixar clara a minha ironia, porém é inevitável. Clarke não para de olhar para mim constrangida e mais uma vez me sinto culpada. Não é justo.

— Raven...

— O quê? Eu só estou concordando.

— Se tudo der certo nós entraremos e sairemos como se nada tivesse acontecido.

— Nós vamos ter armas?- Questiono tentando fingir que não me importo com nada daquilo.

— Sim.

— Como você conseguiu?- Bellamy pergunta surpreso. Então, ele pretendia me mandar para o perigo sem nenhuma arma para eu me defender? Bom saber.

— Não me pergunte.

— Você não… ?

— Não te interessa. Quanto menos você souber melhor.- Eles falam entre si com tanta conexão que eu só fecho meus olhos com raiva demais para dizer algo ou tentar esconder meus sentimentos.

— E se precisarmos fugir?

— Lincoln e Octavia vão ajudar vocês dois. Caso seja preciso. A instrução que posso dar é não tenham medo de usar as armas, corram e cuidado em onde pisam.- Fala Bellamy.

— E quando vocês pretendem colocar isso em prática?

— Depois de amanhã. Se estiver tudo bem pelo Monty.- Diz Clarke.

Já é muito tarde. Eu já estou deitada olhando para o teto há alguns minutos sozinha. Esperando que um dos dois apareça. Quando os dois entram eu não me viro e nem finjo que estou dormindo só fico imóvel esperando que algum deles lembre que eu existo e diga algo.

— Boa noite, Rav. - Ele sorri pra mim, mas diferente de hoje de manhã. Sinto o receio. Clarke está aqui, ela sempre será um problema para nós dois se continuássemos juntos. A quem eu estou tentando enganar?

— Boa noite, Bel!

Passo o dia seguinte todo pensando no plano e em como posso fugir se algo nele der errado. Bellamy apesar de viver comigo pareceu esquecer ou não se importar com a minha condição. Fuja, Raven. Os dois me dizem como se fosse a coisa mais fácil a fazer com essa perna. Já me adaptei a prótese, porém não eu não chego há minha antiga velocidade e nem nunca vou chegar. Simplesmente não é possível. Bellamy aparentemente se esqueceu disso ou quer que eu seja pega para poder ficar de vez com a Clarke.

Tá, tá sei que ele não faria isso que esse não é o Bel com quem me casei, porém como o moreno não se lembrou disso?

Treino minha luta e minha pontaria no quarto de tiro cedido para nós Sky. Já que não posso correr minha única chance é os derrotando. Os treinadores insistem no nosso condicionamento físico, mas eu só ignoro toda baboseira. Sendo Clarke e Bellamy parte dela. Não quero falar com nenhum dos dois. Vou ajudá-los no plano e só. Não é ciúme, só estou chateada que ninguém se importa que se precisarmos fugir vou ser eu que vou ficar para traz não Clarke, não Octavia, nem mesmo Monty.

Vou participar do plano pelo meu povo, pois entendo como podemos estar correndo perigo aqui dentro, não por eles.

...

Tudo já está programado. Rádios nas mãos de todos. Monty uniformizado e já dentro da sala de controle.

Quando eu menos espero tudo começa, todos os alarmes soam e o caos se instala. Há soldados correndo para todos os lados pelo o que escuto de Bellamy e Clarke. Eu e Octavia já estamos lá dentro e segundo Monty não teremos mais que dez minutos para vasculhar tudo.

A sala não é grande, parece uma espécie de oficina, para todo o lado existem ferramentas e protótipos de uma espécie de chave do tamanho de um pingente. Do outro há um grande arquivo de ferro para onde Octavia se direciona. Próximo há um computador onde me sento e através das instruções via rádio de Monty começo a hackeá-lo.

— Não vejo nada de importante. São um apunhado de notícias de jornais de antes da guerra. Há alguns relatórios sobre um projeto. Tudo muito antigo desde antes a Arka ser lançada.- Diz Octavia.

— Nada do computador ser liberado. Não tem como acelerar o processo, Monty? - Pergunto nervosa. Já temos dois minutos a menos.

— Estou trabalhando nisso.

— Algo novo, Octavia?

— Mais documentos sobre esse Haarp

— O que você disse, Octavia?- Diz Monty nervoso.

— São só mais documentos ?

— O nome que você disse. Pode repetir?

— Haarp?

— Nunca pensei que pudesse ser real, mas agora… Tudo faz sentido.

— Do que você está falando, Monty? Está me deixando nervosa.

— Nada do computador liberar ainda?- Pergunta o “asiático” ignorando meu questionamento.

— Ainda não...

— Octavia que notícias são essas? Diz pra mim, por favor.

— São notícias de terremotos, maremotos, relatórios sobre o funcionamento de uma tal máquina nessa época.

— Onde são esses terremotos?

— Haiti, China, Japão.Lugares demais.

— Não pode ser só coincidência. Haarp é quase uma lenda urbana na minha família, era uma máquina que produzia terremotos ou pelo menos era isso que algumas pessoas acreditavam.

— Produzia o que?- Grito surpresa.

— Terremotos.

— COMPUTADOR PRONTO. O QUE PROCURO? NÃO TEMOS MUITO TEMPO.

— Relatórios de funcionamento. Se eles não usaram ainda deve ter algum motivo.

— Pede senha, Monty. O que eu faço???

— Não pede mais…- Abro e começo a ler os relatórios de maneira dinâmica. Os mais recentes repetem sempre a mesma coisa. Que falta uma espécie de chave pra ligar a máquina.

— Eles precisam de uma chave, algo assim pra fazer a máquina funcionar.- Me lembro da oficina atrás de mim e tudo faz sentido estão tentando recriar a chave, mas pelo visto não estão tendo muito sucesso.

— Os documentos estão divididos por cidade. Cada cidade deles deve estar tentando recriar ou encontrar essa chave. Há alguma chance de nosso povo tê-la?- Pergunto ainda assustada com a possibilidade deles terem uma máquina como essa a disposição.

— Não sei. Consegue ter uma ideia de quando foi a última vez que usaram a máquina?

— Todos os documentos em papel são de antes da radioatividade, mas…

— Isso não quer dizer nada. Alguma coisa, Raven?

— Há algo sobre tentativas… Não vejo nada sobre algo que chegou a ser concreto. Eles não tem essa chave desde …

— CAMBIO ESCUTO: FUJAM. Os soldados não devem demorar a chegar a ala de vocês. Já perceberam que é uma armadilha. Saiam dai o mais rápido possível. - Octavia guarda todos os documentos no lugar onde estavam e eu fecho todas as janelas. Sabendo que se não sair logo serei pega. Minha amiga corre e eu fico um pouco atrás, mas como não vejo nenhum guarda mantenho o ritmo.

Até que Lincoln percebe minha lentidão e me põe nos braços. Nos escondendo em um armário de zelador minúsculo. Nós três ficamos ali em silêncio por mais de meia hora. Quando Clarke nós manda uma mensagem dizendo já ser seguro. Nós fugimos, porém já há mais de seis guardas nos esperando do lado de fora.

Eu tento lutar, contudo antes de ter uma chance real de defesa. Sou atingida por um dardo colorido que me faz adormecer. Tudo gira, entretanto a mensagem de Clarke não sai da minha cabeça. É culpa dela, era isso que ela pretendia o tempo todo?


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Notas finais do capítulo

A fanfic ainda não terminou e juro pra vocês que vou dar meu máximo para terminar de postá-la até antes do início da próxima temporada, mas como vou viajar para um intercâmbio nessa sexta-feira. Não sei com que frequência vou poder vir aqui. Meu plano é escrever dois capítulos esses dois dias e deixá-los agendados e quem sabe no voo terminar mais um, mas realmente não sei como vai ser. Peço desculpas se eu ficar sumida por muito tempo.
AMO VOCÊS.
ESPERO QUE ENTENDAM
E MANDEM REVIEWS LINDOS PRA ME ANIMAR.