Eu, filho de Severus Snape? Nunca! escrita por AFM


Capítulo 26
As pazes


Notas iniciais do capítulo

Bem-vindo leitores! Agradeço à todos que comentaram o capítulo anterior. Obrigada por estarem lendo este capítulo, espero que gostem!



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Harry encarava a porta e não sabia o que fazer, então subiu com toda a pressa para seu quarto. Entrando lá, estavam Hermione e Rony com o livro aberto, estudando para o teste. Fred e Jorge estavam sentados na cama com cara de quem estava planejando algo.

–E então, Harry? -disse Hermione se levantando da cama.- Conseguiu fazer o Snape mudar de ideia?

–Não.

–Afinal, o que deu nele? -indagou Fred.- O Snape sempre foi meio mal encarado, mas nunca chegou à fazer esse tipo de coisa.

–Receio que foi por minha causa -disse Harry decepcionado sentando na cama, próximo a Rony.

–Como assim, Harry? -disse Hermione.

–Lembra no final daquele final de semana que eu fui com Snape para casa dele?

–Lembro.

–Lá, eu disse uma coisa que não devia ter dito. Achei que Snape não estivesse escutando, mas estava e é por isso que está tão furioso.

–Acho que está enganado Harry -disse Jorge.- Nada do que você tenha feito pode ter influenciado na raiva dele. Ontem ele fez uma garota da nossa sala chorar! Aposto que é outra coisa que o está deixando assim.

–Fui eu sim -disse Harry.- Falei o que não deveria e agora deu nisso.

–Claro que não Harry! -disse Hermione.- Só se você tiver dito alguma coisa muito grave.

–E disse!

–Eu quase me molhei todo na aula dele -disse Rony.- Seja o que for que você tenha dito, garanto que não causou essa raiva toda nele.

–Eu disse que jamais o aceitaria ou o chamaria de pai e que só estava aceitando o sobrenome dele na minha certidão porque estava interessado em libertar a elfa dele e só poderia fazer isso sendo um Snape.

Assim que Harry terminara de falar, notou os rostos pálidos, os olhos arregalados e surpresos dos quatro garotos grifinórios.

–Eu não acredito que você falou isso, Harry -disse Hermione ainda com os olhos arregalados.

–A minha boca acabou de cair de uma altura de um metro e oitenta -disse Fred.

–Eu não acredito nisso, Harry -disse Rony jogando um travesseiro no amigo.- Você é o causador dos meus males!

–Desculpe, não era a minha intenção que Snape descobrisse.

–Então não falasse, ora! -Rony falou choramigando.- Eu vou fazer uma prova horrível, a nossa casa vai perder a competição e vou ser xingado e espancado pelo resto do ano inteiro pelos outros alunos!

–Calma Rony -pediu Hermione.

–Desculpe -disse Harry triste.- Falando em teste, eu acho que você pode se sair bem Rony.

–Como pode achar isso?

–Eu fiquei por alguns instantes sozinho na sala do Snape e vi a prova que ele irá aplicar para você e não está tão difícil assim -disse fazendo os olhos dos restantes se arregalarem.- O que foi, pessoal, por que estão me olhando desse jeito?

–Harry, você tem as respostas da prova! -disse Jorge animado.

–Não, nem pensar! Snape já está furioso comigo e nosso relacionamento está indo por água à baixo, não darei mais esse desgosto à ele.

–Pois então eu vou matar você -disse Rony indo para cima de Harry.- Foi você que nos meteu nessa enrascada e é você quem vai nos tirar.

–Ele tem razão Harry -disse Hermione se aproximando do amigo.

–Até você Hermione? -disse Harry angustiado.- Tudo bem -falou suspirando fundo.- Eu vou anotar as respostas em um papel para você.

Harry entregou à Rony um papel dobrado com as respostas da prova. Ele estava entristecido em ter que fazer isso, diferente dos outros quatro, que estavam visivelmente aliviados.

–Ele não vai descobrir que você deu as respostas da prova Harry -disse Hermione percebendo a tristeza do pequeno grifinório.

–Pode ser, mas terei que conviver com essa mentira e eu realmente queria me entender de uma vez por todas com Snape, já chega de tantas brigas.

–Vem Harry, vamos na loja de doces que você tanto gosta, talvez esqueça esse assunto por um tempo -disse Hermione.

–Tudo bem.

Harry e Hermione foram à loja de doces e voltaram ao castelo com os bolsos recheados de guloseimas e segurando cada um um sorvete.

–Não se preocupe, você e Snape vão se entender logo logo -Hermione falou ganhando um sorriso do garoto.- Olha ele ali -disse apontando para o homem que estava passando pelo corredor.- Vai lá falar com ele!

–Tá, vejo você depois -disse correndo para acompanhar o professor.- Snape!

–O que você quer Potter?

–Queria conversar com o senhor.

–Já falamos à pouco? Não se torne tão repetitivo.

–Não é sobre isso.

–Não posso falar agora, terei de aplicar uma prova daqui à pouco aos alunos.

–Então vejo o senhor na saída?

–Terei uma reunião.

–Então mais tarde?

–Só se olhar para uma foto minha. Mais tarde estarei corrigindo as provas e não gosto de fazer isso com alguém por perto -disse indo embora, mas logo notou a cara de decepção do garoto.- Tudo bem, mas só tenho alguns minutos -falou recebendo um pequeno sorriso de Harry.

Os dois entraram em uma pequena sala, que estava vazia.

–Olha, sei que o senhor está com ódio de mim, e com toda a razão, mas por favor, me dê outra chance, não quero voltar à ser sozinho no mundo.

Snape apenas olhou para os olhos do filho e deu um longo suspiro, notando que o garoto não estava mentindo, ele realmente sentia muito.

–Eu não odeio você, Harry. Apenas fiquei chateado em ouvir aquelas palavras saindo de sua boca.

–Se o senhor quiser, nunca mais falarei de Tiago na sua frente, posso até me livrar de tudo que tenho dele.

–Não, eu não quero que você faça isso. O que você disse me magoou, mas como posso culpá-lo se estava apenas dizendo o que sente? Se um dia tiver que gostar de mim, quero que faça isso porque realmente quer. Não quero a sua pena.

–Tudo bem. E desculpe pelas vezes que tratei o senhor mal, é que eu não sabia do que o senhor tinha passado.

–E o que você sabe agora?

–Bom, o professor Dumbledore me contou sobre como seu pai era no passado e como os garotos da escola tratavam você.

–Eu vou matar aquele velho intrometido -disse com os olhos arregalados de raiva.

–Não, o que ele disse me fez entender as atitudes do senhor. Eu também ficaria amargo se tivesse passado pelo que passou.

–Você me acha amargo?

–Não... não foi isso que quis dizer -disse se embaraçando nas palavras.- Sabe..., o senhor não é a pessoa mais alegre do mundo, mas até que gosto do seu jeito. Então, me desculpa pelo que eu disse?

–Tudo bem -Snape disse dando um pequeno sorriso-, eu já nem estou com raiva por isso. Agora tenho que ir, pois terei que aplicar o teste nos aluno. Depois acho que podemos ir na loja de doces que você tanto gosta, tudo bem? -disse recebendo um grande sorriso de Harry.- Ah, sim, falando em teste, eu resolvi seguir o seu conselho.

–Que conselho?

–Eu fiz um novo teste.

Uma cara assustada deu lugar ao sorriso que estava instalado no rosto de Harry.

–Um novo teste? -Harry indagou engolindo seco.

–Sim.

–Mais fácil?

–Não -disse caminhando em direção à porta.- Mais tarde nos encontramos -falou acariciando de leve a cabeça do filho e depois indo embora, deixando o garoto paralisado.

–O Rony vai se dar mal -disse Harry baixinho.- Tenho que avisá-lo.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem!