Eu, filho de Severus Snape? Nunca! escrita por AFM


Capítulo 25
A persuasão


Notas iniciais do capítulo

Bem-vindos leitores! Espero que apreciem esse capítulo, escrevi com muito carinho. Agradeço à cada um que comentou meu último capítulo, a opinião dos leitores engrandece muito a história, beijos!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/646084/chapter/25

Harry encarava Dumbledore impressionado com tudo aquilo que ouvira do velho homem.

–Como assim meu pai era quem batia no Snape?

–Meu jovem, você ainda chama Tiago de pai?

–Por favor senhor, também não pegue no meu pé por isso. Snape também já me pediu para não chamar mais Tiago de pai, mas é muito difícil pra mim.

–Claro, aliás não é da minha conta e nem da de ninguém como você prefere chamar Tiago.

–Mas, então, por que ele batia no Snape?

–Bom, Tiago sempre teve um gênio forte. Ele junto à Sirius e Lupin fizeram muitas maldades à Severo porque achavam divertido.

–Sirius e o professor Lupin também? E o senhor sabia e não fez nada para ajudar? -disse Harry revoltado.

–Como disse, é claro que fiz algo à respeito, mas não o suficiente, pois eu tinha um apreço muito grande por esses três jovens.

–Mas no final das contas, a pessoa que sempre esteve ao lado do senhor foi Snape.

–Tem razão, meu rapaz -disse cabisbaixo-, e eu sempre irei me culpar por isso. Quando Severo precisou de mim, eu não lhe ofereci a mão, mas isso não irá jamais se repetir, e é por isso que estou aqui, Harry. Sei que a sua relação com ele não é da minha conta, mas mesmo assim irei me intrometer.

–Não existe mais relação -Harry disse com um tanto tristeza em sua voz-, eu estraguei tudo.

–Claro que não Harry, Severo está magoado, mas não deixará de falar com você por isso. No fundo ele sabe que o senhor não fez o que fez com o intuito de machucá-lo, mas terá de dar um tempo à ele, pois ele não tem a facilidade de perdoar que você tem.

–Tudo bem, mas enquanto isso, o senhor poderia falar com ele? Eu imploro, Snape passou um teste surpresa hoje e expulsou Rony da sala e disse que ele teria de fazer outro hoje à tarde e eu tenho certeza que ele fará uma prova impossível e se Rony não tirar uma boa nota, Grifinória perderá cem pontos, e se isso acontecer, perderemos a competição entre as casas -disse Harry atropelando as palavras quase sem fôlego.

–Conversarei com Severo, Harry, mas não posso prometer nada.

–Tudo bem, mas caso ele mantenha a sua decisão, o senhor não poderia intervir? O que ele fez foi uma injustiça e o senhor não quer mais esse tipo coisa na sua escola, quer? -disse Harry esperançoso.

–Eu não posso intervir em uma decisão de um professor. E pelo que ouvi, o senhor Weasley estava conversando durante o teste, não tenho como tirar a razão de Severo, mas posso persuadi-lo à desistir de tirar os pontos de Grifinória caso o seu amigo não se saia bem na prova, pode ser assim? -disse sorrindo.

–Tá, obrigada senhor -disse Harry um pouco mais alegre.

Dumbledore se levantou e saiu pela porta, deixando Harry sentado na cadeira.

–Severo -disse Dumbledore ao homem que estava na sala de aula.

–O que o senhor quer? Estava na minha sala e tive que vir para cá, porque o senhor e Potter a invadiram, agora estou aqui, para onde mais terei que ir? -disse com explícita amargura em sua voz.

–Por favor, me escute -disse o homem de barbas sentando-se em frente à Snape.- Não desconte a sua frustração pessoal nos alunos.

–Ah, então o senhor acha que eu não sei me comportar profissionalmente? Pois saiba que o senhor Weasley estava conversando na hora do teste e isso seria passível de zerar a prova dele, no entanto, fui muito generoso em deixá-lo tentar outra vez.

–Eu sei o que o senhor Weasley fez, mas determinar que se ele não conseguir tirar uma boa nota, a casa dele perderá pontos por isso é um pouco exagerado, não acha professor?

–Não estou fazendo nada contra as regras -disse Snape aumentando o tom da voz, visivelmente incomodado com o rumo da conversa.

–Eu sei que não, mas o senhor poderia aplicar uma pena mais leve -disse Dumbledore tentando persuadir o homem.

–Como o senhor aplicou em Tiago e sua gangue?

–Claro que não! Eu errei com você no passado e não nego isso, mas fazer o que o senhor está prestes à fazer é injustiça e sabe disso, Severo. Eu sei que já teve a sensação de ser injustiçado, que outra pessoa sinta também?

–A próxima aula já vai começar, o senhor se incomodaria em me dar tempo para preparar o conteúdo? -Snape disse se levantando e apontando, com uma das mãos, a porta à Dumbledore.

–Como quiser, mas prometa que irá pensar sobre o assunto.

–Eu vou tentar -disse com tanta rispidez que o diretor não acreditou que ele iria mesmo fazer aquilo.

–Só mais uma coisa -Dumbledore disse na saída da sala.- Converse com seu filho. Sei que o senhor está magoado, mas lembre-se que Harry é apenas uma criança e que você o conhece o suficiente para saber que ele não fez o que fez com a intenção de machucá-lo.

–Por favor -disse Severo apontando a porta para que o homem saísse de uma vez.

Snape voltou à sua cadeira pensativo, enquanto Dumbledore caminhou até onde deixara Harry o esperando.

–E então, senhor? -perguntou Harry quando viu o homem adentrar na sala, deixando de mexer em uns papéis em cima da mesa de Snape.

–Bom, meu rapaz, falei com Severo, mas sinceramente, não acho que irá fazê-lo mudar de ideia.

–Isso está acontecendo por minha culpa, então eu que terei que resolver.

–Não acho que seja uma boa ideia, Harry, pode piorar mais ainda a situação.

–Pior do que está, com certeza não dá para ficar! Ou o senhor acha que existe alguma possibilidade do Rony se sair bem nessa prova? Ele mal consegue fazer uma prova simples, quem dirá a de hoje, porque sei que Snape irá aplicar uma prova impossível de ser resolvida.

–Se acha que isso adiantará, só posso desejar boa sorte ao senhor, mas tenha cuidado.

–Terei senhor -disse Harry saindo da sala e indo ao encontro de Snape.

Harry caminhou até a sala de aula, onde Snape se encontrava e dessa vez, bateu na porta antes de entrar.

–Posso falar com o senhor? -disse Harry olhando para Snape da porta.

–O que você quer? Já disse que não vou liberar o senhor Weasley da prova.

–Mas isso não é justo!

–A vida não é justa! Mas nesse caso não teve injustiça nenhuma. O seu amigo estava conversando na hora da prova que eu escutei, ou será que estou errado?

Harry nada respondeu, apenas encarou os olhos negros de Snape.

–Vou encarar como um sim.

–Mas pelo menos não tire pontos da Grifinória se Rony não se sair bem na prova.

–Então a solução de seu problema é garantir que o senhor Weasley se saia bem no teste.

–O senhor sabe que isso não acontecerá. Aposto que elaborou perguntas que nem do nosso ano são.

–Nem que a prova fosse a mais fácil do mundo o seu amiguinho passaria. O senhor Weasley tem o cérebro de um rato.

–Ei, os ratos podem são muito inteligentes, sabia? -Harry disse arrancando um quase imperceptível sorriso de Snape.- Por favor, coloque outra punição caso Rony não consiga se sair bem.

–Não!

–Por favor, sabe que se o senhor levar isso adiante, Grifinória perderia a competição anual entre as casas e os alunos falariam que só fez isso porque é diretor da Sonserina e queria que sua casa vencesse -disse olhando desconfiado para o chão e com as mão para trás, com a esperança do que dissera tivesse persuadido o homem.

–Em uma escala de um a dez, o que o senhor daria por eu me importar com que os alunos falam à meu respeito? -disse Snape se levantando da mesa e se aproximando de Harry.

–Dez! -disse Harry tentando parecer convencido da resposta.

–Menos um! -disse Snape com a voz rígida.

–Mas esse número nem está na escala, senhor.

–Não se faça de doido, agora saia!

–Eu sei que se importa com o que os alunos dizem do senhor e tenho uma ideia para resolver essa situação e todos saírem ganhando -Harry falou com um sorriso esperançoso no rosto.

–Eu vou me arrepender, mas ouvirei o que tem à dizer. Ande, fale logo!

–Se desistir de tirar os pontos da Grifinória caso Rony se dê mal na prova, fará com que os alunos pensem que o senhor amoleceu, e acho que não gostaria disso, não é?

–Claro que não, prossiga, por favor.

–Pois então, eu pensei em o senhor manter a sua decisão, mas com a pequena diferença em trocar a prova que fez por uma bem mais fácil.

–Mesmo? -Snape perguntou sorrindo.

–O que o senhor me diz?

–Eu digo que não!

–Mas...

–Não significa não! -disse empurrando Harry para fora da sala e fechando a porta na cara do menino.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada por lerem e deixem as suas opiniões nos comentários, tá? Beijos!!!