–James! Pelo amor de deus! Podes cala-la por favor?!

Olhou cansado para Ted. Tinha os olhos vermelhos e pesados de sono, tinha o cabelo desgrenhado e nem tinha as calças vestidas. Olhar para Ted era o mesmo que olhar a um espelho. Assim como Albus, obviamente.

–Eu não sei o que fazer! Já fiz tudo Lupin!

Albus levantou-se de repente e correu para a porta. Olhou com o cenho franzido para Ted que encolheu os ombros e continuou a embala-la nos braços. Como é que um bebé de 4 meses conseguia ter tanto folego?

–Albus! Podes explicar-me o que está a acontecer ou está difícil?!

O grito sussurrado de Rose fê-lo virar-se para a porta à velocidade da luz.

–Rosie!

Ted gritou e abraçou-a. Dramático? Nem um pouco!

–Aquela bebé do demónio! Por favor! Faz com que ela se cale!

E ele a pensar que Ted seria um bom padrinho! Nunca esteve tão enganado na vida! Olhou para Ted irritado mas não se mexeu para lhe bater estava demasiado cansado. Rose esticou os braços para Emma que olhou para ela com os olhos claros cheios de lágrimas.

–Ah Emma! O que é que estes idiotas te fizeram, hein? Pronto… querida…

Observou Rose a balançar Emma nos braços pela sala. Parecia que tinha um talento natural. Atirou-se para cima de Ted no sofá e apreciou para os botões dele como o cabelo ruivo de Rose tinha umas ondas muito bonitas e chamativas.

–James! JAMES! ACORDA OTÁRIO!

Levantou-se num pulo, literalmente, e observou Rose com a maior cara de sono que tinha.

–O que… que… se passa, Rosie?

Bocejou e espreguiçou-se olhando à volta à procura de Emma.

–A tua filha já está a dormir e por favor! Por favor James! Não a acordes!

Encarou as olheiras enormes de Rose e viu a claridade por trás das costas delas. O dia estava a nascer. Olhou nos olhos castanhos dela e sorriu agradecido.

–Obrigado Rose…

Rose balançou a cabeça para depois dirigir-se para o apartamento à frente do dele onde uma cabeça loira espreitava à porta.

Ficou a encarar a porta que ela tinha fechado e levantou-se lentamente. Eram 6h da manhã… Daqui a uma hora precisava de ir trabalhar! Ainda dava tempo para dormir mais um pouco!

Como é obvio ele, sendo James Sirius Potter e James Sirius Potter é preguiçoso é obvio, obvio!, que chegou atrasado!

Entrou esbaforido pela porta do bar depois de deixar Emma na casa da mãe. Compôs o cabelo com as mãos e respirou fundo.

–Bom dia Potter!

Olhou de lado para Eva que o encarava sorridente, expondo os dentes extremamente brancos que lhe feriam a vista, e resmungou:

–Bom dia só se for para ti Wilkinson!

Viu Eva fazer uma careta e caminhou para trás do balcão. Ia ser a porra de um longo dia!

Deitou a cabeça do balcão passado 2 horas de trabalho. Dizer que estava cansado era pouco!

–Vai para casa James! Eu faço o teu turno!

Olhou para Eva e deu um sorriso pequeno.

–Emma chorou a noite toda, sabes?

Viu-a abanar a cabeça e arrumar as últimas garrafas.

–É por isso que nunca vou ter filhos! Dão demasiado trabalho!

Encarou a janela onde viu Emma no colo de Rose a acenar-lhe. Sorriu e levantou-se, virando-se enérgico para Eva.

–Pensando bem Evinha vou aceitar a tua oferta!

Acenou enquanto pegava no casaco e saiu ainda com o riso de Eva Wilkinson nos ouvidos. Caminhou até Rose, pegou na Emma e abraçou a ruiva à frente dele. Rose cheirava a café e a uma fragância doce.