O barco foi até uma praia pequena e deserta do reino da luz e parou lá. Todos desceram do barco e o barco desapareceu. Então Jen observou a floresta atrás da praia e fez aparecer um mapa em suas mãos, agora que já estavam no reino da luz se sentiam mais seguras de usar seus poderes.

— O vilarejo fica naquela direção – Disse Jen apontando para a floresta – Não é muito distante, chegamos em uma hora.

— Então vamos – Disse Sunny animada por saber que levariam o homem de volta para a família dele.

Todos seguiram Jen que estava com o mapa e foram floresta a dentro na direção da casa do homem. Depois de já estarem ficando cansados avistaram a casinha da mulher no meio da floresta.

— Chegamos – Sussurrou Safira para que apenas ela escurasse, mas Thomas que estava ao seu lado ouviu e concordou com a cabeça.

O homem começou a correr em direção a casa dele e as Encantadas foram atrás. O homem bateu na porta desesperado e logo a mulher dele abriu a porta com lagrimas nos olhos.

— Querido! – Falou a mulher o abraçando forte e chorando desesperada.

— Finalmente! – Disse o homem a abraçando de volta e também chorando.

Logo a filha deles aparece e os abraça. Todos choraram muito até que conseguissem se acalmar.

— Muito obrigada! – Agradeceu a mulher as Encantadas abraçando-as uma por uma – Eu achei que nunca mais o veria. Vocês não sabem como eu estou agradecida. Mas o que aconteceu com aqueles monstros? – Perguntou a mulher surpresa.

— Eles provavelmente não vão mais voltar, o lugar onde ficavam foi destruído e nós os atacamos – Contou Jen orgulhosa.

— As pessoas do vilarejo precisam sabem disso, temos que trazer as pessoas de volta – Falou a mulher anima ao homem, que concordou com ela.

— Obrigado Encantadas, por nos devolver nossa liberdade, nossa cidade e nossa família – Agradeceu o homem segurando sua filha, que ainda estava chorando, no colo.

— Devemos ir agora – Falou Jen com um sorriso diferente no rosto, ela queria saber como seria se sua mãe estivesse viva ainda.

Todos se despediram e as Encantadas e Thomas foram em direção ao reino da luz. Eles caminham até anoitecer e eles iriam parar para dormir e descansar, mas viram que já estavam próximos da cidade de vidro e decidiram continuar,

Safira estava refletindo sobre seu dia, ela teve medo de perder suas amigas e de ficar presa naquele lugar para sempre. Ela estava muito triste por não ter salvo todos que estavam dormindo do lugar, mas estava feliz em saber que eles não voltariam a machucar ninguém. Safira pensava em Nicolas em todos os momentos e sentia que ele sempre estava ao lado dela tentando dar forças quando ela precisava. Depois desse tempo viajando ela começou a se sentir melhor pela morte dele, ela queria que ele pudesse estar ao seu lado, mas não podia fazer nada para mudar isso e ela tinha que aceitar. Ao ver tantas pessoas morrerem Safira estava começando a perceber o quão importante era ser uma das Encantadas, todos nesse planeta dependiam delas para permanecerem vivos e quanto mais pessoas morriam ao seu redor mais ela sentia a obrigação de salvar e ajudar os outros.

— O que está pensando? – Perguntou Thomas tirando Safira de seus pensamentos.

— Na vida – Suspirou Safira.

— Não é fácil ser uma das Encantadas. Eu lembro que as vezes minha mãe saia no meio da noite para poder ajudar alguém – Disse Thomas observando o lugar – Eu na verdade não devia me lembrar disso, tinha apenas 4 anos. Mas essas memórias são tão claras, toda vez que ela tinha que sair, ela vinha no meu quarto e se despedia de mim como se fosse a última vez que nos veríamos. Eu não entendia nada na época, mas agora eu me sinto muito triste por ela. Devia ser muito difícil não saber se você voltaria para casa, para sua família, no dia seguinte – Contou Thomas com um sorriso triste no rosto – Esse peso que você carrega nas costas sempre será muito difícil de ser carregado, mas lembre-se que vocês são um time e sempre terão uma a outra para contar.

— Sim – Concordou Safira olhando para as outras Encantadas que estavam mais atrás conversando e andando animadamente, Apesar de ser difícil elas sempre entenderiam o que as outras estão passando e Safira sabia disso.

— E também você tem a mim, eu sempre vou estar ao seu lado quando precisar de ajuda – Disse Thomas sorrindo feliz agora.

— Nunca achei que você viraria meu amigo – Admitiu Safira rindo ao se lembrar da primeira vez que se encontraram, quando Thomas a salvou de quase ser atropelada.

— Mas eu sempre achei que seriamos amigos no futuro – Contou Thomas pensativo e inquieto.

— Por que? – Perguntou Safira confusa e achando a reação de Thomas estranha.

— Eu... – Antes que Thomas pudesse dizer Jen gritou.

— Thomas! – Chamou Jen correndo para o lado deles – Aquela não é a casa do seu pai? – Perguntou curiosa.

— Sim, vocês querem passar a noite lá e voltar para o castelo amanhã? – Convidou Thomas.

— Por mim, tudo bem – Concordou Jen e Safira assentiu – O que acham? Vamos dormir na casa do pai do Thomas?! – Gritou Jen para as outras que estavam mais atrás.

— Sim! – Gritaram todas animadas.

— Então vamos aceitar seu convite – Falou Jen contente e cansada ao mesmo tempo.

Todos seguiram até uma mansão toda branca e com grandes janelas de vidro cercada por um alto portão de ferro preto e alguns seguranças em volta. De lá dava para ver toda a cidade de vidro, que não estava muito distante, iluminada pelas luzes dos prédios e casas da cidade. Assim que chegaram os guardas cumprimentaram Thomas e ele e as Encantadas entraram na mansão.