Sempre achou Jasper Cullen bonito, ele sempre estava envolvido com algum projeto eletrônico e tinha um aspecto um tanto desleixado. Alice sabia de muita coisa sobre ele, mesmo falando com ele apenas uma meia dúzia de vezes. Vez ou outra se encontravam em algum evento familiar já que seus pais se conheciam e seus irmãos eram melhores amigos. Mas Jasper parecia muito introspectivo e um tanto confuso quando falava com ela.

Ela achava aquilo ainda mais charmoso, mas nunca teve uma verdadeira oportunidade de aproximação. Tudo piorou quando Isabella Swan chegou à cidade, ela o envolveu em tudo e desde então estavam sempre juntos. Todos tinham certeza de que eles estavam juntos e então ela resolveu desencanar do garoto.

Alice sempre foi romântica e acreditava que um garoto ainda iria se interessar por ela e fazê-la feliz. Não ligava para aqueles garotos cheios de hormônios que queriam sair com ela para se aproveitar. Com ela, aquilo não iria rolar. Mas, o seu sonho parecia estar se tornando realidade, desde que encontrou Jasper Cullen na biblioteca central da cidade. Ele tinha se aproximado desajeitadamente como sempre e inesperadamente ele a convidou para sair, revelando que não estava com Bella.

Seus pais não a prendiam muito, sempre confiaram nela e foi muito fácil começar a sair com o Jasper. Já o seu irmão enxerido estava querendo saber com quem ela estava saindo, mas ainda não estava disposta a dizer. Queria curtir aqueles primeiros momentos egoistamente e quem sabe, se o namoro vingasse ela contaria para a família.

Aquela semana os aproximou demais, Bella comemoraria o seu aniversário de 18 anos em sua casa e Jasper estava ajudando na organização. Logo, ela ofereceu-se para dar uma forcinha também. Alice sempre gostou de festas e era só falar em organizar uma que se animava prontamente. Foi assim que se tornou amiga da amiga do Jasper. Ela não se arrependeu, Bella Swan era inteligente e divertida.

O dia da festa chegou e esperava que Bella gostasse do presente que ela havia comprado. Era um vestido verde que achou simplesmente a cara dela. Jasper ligou para ela e disse que já estava esperando adiante. Aquilo foi tema de discussão, pois ele queria ir até a casa dela, busca-la, mas ela não quis. Ele entendeu que ainda era cedo, mas estava na cara que preferiria ir à sua casa.

– Oi, Jas. – Ela se aproximou de um garoto lindamente vestido. Jasper vestia jeans, um sapatenis, blusa e blezer. Era um sonho e ela o beijou demoradamente.

– Você está fenomenal. – Ele a elogiou depois de beijá-la. Alice gostava daqueles vestidinhos que marcavam a cintura e optou por uma sapatilha, porque queria dançar muito aquele dia. Jasper segurou o seu presente para ela. – Um presente?

– Sim, espero que ela goste. – Jasper já tinha ido na casa da amiga mais cedo acordá-la e lhe deu o seu presente. Um novo iphod porque sabia que o dela estava com defeito.

– Você tem um bom gosto, ela deve adorar. – Foram caminhando devagar até a casa da amiga.

Eles foram os primeiros a chegar e ligaram o som. Bella adorou o vestido que Alice lhe dera e guardou em seu quarto. Não demorou muito para mais pessoas chegarem. A bebida estava liberada e algumas pessoas já conversavam alto.

– Cadê a Renée? – Jasper perguntou a Bella minutos depois.

– Brigamos. Eu disse que não queria a encrenca do Eric em minha festa e ela disse que sem o Eric ela também não estaria presente. Eu acho que ela estava... – Bella não quis revelar mais nada.

– Entendo. – Jasper lançou um olhar de compreensão para a amiga. Ela não precisava falar daquelas coisas na frente da Alice. – Eu encomendei um bolo para você, estará chegando a qualquer momento.

– Não! Você não fez isso. – Bella voltou a sorrir e ficou corada com o carinho do amigo.

Como se fosse programado, o bolo chegou e Jasper segurando-o com as velas já acessas cantou parabéns para a amiga que o abraçou e beijou. A música depois disso continuou e mais pessoas foram chegando. Parecia uma festa mista, havia muitos adolescentes, mas também alguns adultos.

Bella estava dançando no meio de uma pequena formação de pessoas animadas no meio da sala. O lugar parecia pequeno naquele momento. Alice pediu para sair um pouco com Jasper, ela queria passar uns momentos a sós com ele e foi quando viu o seu irmão chegando com o Edward.

– O que está fazendo aqui? – O tom extremamente agudo, denunciava a surpresa de Alice.

– Eu fui convidado. – Emmet tentou parecer natural e despreocupado. Seu amigo não queria ir até a festa, mas conseguiu ganhar aquela simplesmente pela insistência.

– Desde quando conhece a Bella? – Emmet e Edward se entreolharam, pareciam sem graça.

– Desde sempre. – Emmet meio que bufou e riu ao mesmo tempo. – E você, pirralha? – Alice apertou os olhos como irritação ao ouvir o irmão chama-la assim em público e na frente do Jas. – É com o pequeno Jas que anda saindo? – Jasper também pareceu odiar ser chamado de ‘pequeno’.

– Não é da sua conta! – Alice ralhou e Jasper viu pela primeira vez o rosto dela contorcer-se de irritação. – Venha, Jas. – Jasper que estava desde que os viu completamente paralisado de consternação, foi rebocado como se fosse um boneco pela pequena fadinha. Ele olhava para os dois amigos que entravam na casa apinhada.

– Estava sabendo dos nossos irmãos? – Emmet perguntou ao amigo completamente tenso ao seu lado.

– Não... Claro que não. – Edward não deveria estar ali, ainda mais ao lado do Emmet que parecia querer uma nova oportunidade, já que a Bella era legalmente uma mulher adulta. Não sabia o quanto daquilo tudo era real, mas de uma coisa não tinha dúvidas: ela beijava como uma mulher experiente. O que excitava a sua imaginação: Como seria na cama?

Ele estava tenso apenas por causa do seu amigo querendo voltar a se arriscar com a garota ou porque estava sentindo cada vez mais um incomodo em seu estômago ao pensar nela? Nem precisava sinalizar o desejo que assolava o seu corpo. Foi mais decepção do que alívio que a ouviu concordar que entre eles não aconteceria nada. Estava se afundando, ele sentia. Se ao menos tivesse uma noiva para voltar e se salvar dessa grande enrascada.

– Parece animado. – Edward voltou a realidade ao ouvir a voz do amigo e olhou em volta.

– Estou vendo adultos, mas tem algum adulto responsável aqui?

– Talvez a mãe dela?

– Só a mãe? – Edward questionou-se sentindo a falta da palavra pai na frase de Emmet.

– Até onde eu sei, os pais dela são separados. Ele não mora na cidade. - Será que ela agia daquela maneira por causa da falta de uma figura paterna ao seu lado? Era pavoroso pensar em uma família desmembrada daquela forma. Aquilo lhe causava calafrios.

– Como ela conseguiu tanto álcool? – Edward estava impressionado com a quantidade de bebida que era servida.

– Você não lembra das nossas festas? – Emmet riu e colocou a mão no combro do amigo. Eles mal se ouviam. – Cara, relaxa. – Emmet seguiu parecendo ter um destino, e tinha. Ele abraçava Bella que parecia ainda menor diante do grandalhão. Ele não sentiu que se aproximava dos dois, na verdade queria ir na direção contrária, mas estava ali. – Espero que tenha gostado do presente. – Ouviu o amigo falar.

– Flores e bombons? Que mulher não gosta disso? – E ela o viu. Foi desconcerto que enxergou em sua face? – Olá, Edward.

– Feliz aniversário. – Ele nem ao menos se mexeu mantendo-se distante.

– Obrigada. Espero que se divirtam. Temos bebidas, música, montamos uns jogos lá nos fundos.

– Parece uma festa divertida. – Emmet não parava de admirar a Bella e Edward ficava cada vez mais incomodado. Eram dois idiotas de 30 anos caidinhos por uma garotinha levada. Ele rangeu os dentes.

Mas ela estava linda, não estava? Quase sem maquiagem, com os cabelos soltos e aquele vestidinho curto. Ela tinha que mostrar sempre as pernas?

– Vamos, Bella! Você tem que dar o brinde ao vencedor. – Jéssica a puxava.

– Eu tenho que... – Eles não a ouviram mais, ela foi levada e engolida por uma massa de garotas eufóricas. O que ele estava fazendo ali? Viu alguém passando com uma bebida e pegou duas, serviu o amigo ao lado.

– Vamos ver o que ela está fazendo. – Emmet chamou o amigo já caminhando em direção onde Bella sumiu.

– Sério? – Edward não estava acreditando que estava indo também.

Bella estava no meio de alguns garotos. A menina que a havia levado falava algo para todos. Edward conseguiu entender que o garoto ao lado das duas tinha ganhado alguma disputa e Bella daria o brinde a ele. E então Edward viu Bella aproximando-se do jovem garoto de cabelos escuros e lhe dando um beijo cinematográfico. Todo mundo bateu palmas e gritava, era uma balburdia. Ele quis sair dali, mas engoliu a bebida de uma vez, pegando outra da mão de um garoto cheio de espinhas. Novamente engoliu tudo.

– Bella Swan é um objetivo impossível, não é?

– Ela é um perigo, Emm. – Edward respondeu ao amigo na mesma forma desiludida que ele.

– Que seja! – Emmet se foi, mas Edward, ele não conseguia arredar o pé daquele lugar.

Ele ainda tinha uma coisa para dar a ela. Faria isso e iria embora. Novamente, viu-se seguindo até a garota que conversava com a amiga. De repente alguém passava com uma bebida, Bella pegou dois copos e ofereceu a ele. Ela estava vendo a sua aproximação desde o início.

– Onde está o Emmet? – Perguntou ao vê-lo ali.

– Se foi. – Ela pareceu aceitar aquilo facilmente. E novamente ele bebeu. Quantas doces havia ingerido? E de quê?

– Quer dançar? – Nenhuma desculpa esfarrapada saia dos seus lábios e ela aceitou aquilo como um sim. Já tinha entregue os seus copos para uma outra pessoa e ao pegar a sua mãos arrastou-o até dentro da casa novamente.

Ele se sentia um pouco estranho, fazia tempos que não participava de nenhuma festa como aquela. Mas ele entendia aquela euforia e todo o riso fácil a sua volta. E vê-la ali balançando o seu corpo ritmicamente, o fez sentir mais jovem e poderoso. Foi difícil realmente canalizar parte de sua atenção para fazer o seu próprio corpo se mover, enquanto o corpo de Bella tocava o seu.

Ninguém parecia se importar com eles dois ali. Um homem mais velho com uma garota que acabou de completar 18 anos. Ele queria tocá-la como na outra noite, seu corpo todo buscava o dela, era como um feitiço espantoso.

– Está se divertindo? – Do seu jeito insinuante, Bella perguntou ao pé do seu ouvido.

– Sim. – Mas ele precisava salvar-se disso. Deveria tê-la ouvido quando pediu que ele se salvasse. – Onde está a sua mãe? – Talvez com a presença materna da Bella ele se refrearia mais.

– Ela não está.

– Como não? Porque? – Aquilo era estranho.

– Ela tem os seus motivos. – Aquele tom de voz o fez entender que elas tinham problemas. – Primeira porta a direita subindo as escadas.

– Como é? – Ele pareceu não entender.

– Primeira porta a direita subindo as escadas. – Ela repetiu e se afastou ainda dançando.

Edward ainda ficou ali por alguns segundos sem acreditar naquilo tudo. Aquele era o momento em que mostrava ser o homem de caráter que sempre demonstrou ser. Sem pais, sem noiva que se importasse para fazê-lo cair em si. Não tinha nenhuma tábua de salvação por perto. Algo que o fizesse rever tudo. A única coisa que queria era subir as malditas escadas que ela acabara de subir e entrar no maldito cômodo onde ela estava. Ariscando uma última olhada em volta, Edward fez o mesmo caminho que Bella. Diante da porta ele hesitou, mas o seu incomodo tinha aumentado, ele estava excitado, completamente excitado.

– Que bom que veio. – Bella realmente soltara o ar em alivio ao vê-lo ali. Ela não esperava que ele aceitasse o seu convite.

Edward olhou em volta, o quarto estava organizado e limpo. Gostou de ver prateleiras com livros, cds e dvd’s. Ela parecia ler bastante. Se soubesse disso antes, teria levado algo diferente.

– Tenho algo para lhe dar.

– Jura? – Bella ficou em sua frente sorrindo maravilhada. Seu coração disparava com essa aventura. Ela nunca quis tanto estar com alguém como naquele momento. Edward pegou algo do bolso da calça.

– Aqui está. – Era uma caixinha com um laço azul. Ele a entregou. Bella pegou com ânsia de saber o que era. Ficou encantada ao abrir.

– Isso é lindo.

– É o olho...

– Grego. – Bella completou. – Perfeito para mim. Me ajuda a pôr? – Edward assentiu e pôs a pulseira com um pingente de olho grego no delicado pulso de Bella. – O que acha? – Bella exibiu o presente.

– Maravilhoso. – Não era menos do que isso. Bella pulou em seu pescoço enlaçando-o e o beijou. Ele a virou, colocando-a contra a parede e esmagou seu corpo no dela. – Alguém pode chegar... – Ele se afastou por um momento.

– Não irão, mas posso fazer isso. – Bella trancou a porta facilitando tudo.

Edward mantinha suas mãos na cintura fina dela. E testa com testa ele tentou refrear seu desejo.

– Você sabia que eu viria, não é?

– Não tinha certeza. Você disse para me manter longe por duas vezes, mas tinha uma suspeita. – Ela sussurrava para ele.

– Bella... – Edward estava fervendo. Ele a queria muito. – Você quer... Quer de verdade? – Algum dos homens que levou para cama havia lhe perguntado isso?

– Mais do que qualquer coisa. – Ela garantiu e apagou a luz do quarto apenas tateando.

Edward voltou a beijá-la, já não havia qualquer barreira que pudesse fazê-lo parar. Ela o queria de verdade, então faria aquilo sem culpa. Bella tirou seu paletó, ele o jogou para um lado. Quando alcançaram a cama já estavam sem sapatos. Bella caiu por cima dele, mas não havia incomodo algum em sentir seu peso sobre ele. Aquilo o estava excitando ainda mais.

Ela ergueu o corpo e abriu o zíper do seu vestido. A sua excitação já estava lhe incomodando. Como poderia ficar tão duro apenas vendo-a abrir o zíper? Ele segurou em suas nádegas e pressionou contra o seu membro. Bella pareceu gostar daquilo e começou a rebolar em cima dele. Ele ergueu para beijá-la.

Era muito bom sentir os dedos dela em seus cabelos, puxando-o para beijos cada vez mais enlouquecidos. Ele tirou a blusa com a ajuda dela e com as pontas dos dedos abaixou o seu vestido. Beijando do pescoço até seus seios sob o delicado sutiã. Ele inalou o perfume de sua pele naquele lugar e achou extremamente feminina, sensual, mulher.

– Se eu permitir você vai me enlouquecer, não é? – Edward pareceu em seu limite.

– Só de prazer, Ed. – Bella abriu os botões do sutiã e o deixou deslizar, revelando seus seios firmes.

No segundo seguinte ele já estava beijando e sugando seus seios, fazendo-a gemer de prazer. E tudo o que se seguiu foi extremamente prazeroso. Bella parecia saber realmente o que fazer, ainda mais quando o dominou e ficou por cima novamente, fazendo com que a penetração fosse o mais profunda possível. O sexo tinha sido seguro, não por causa dele que ao menos lembrou-se disso. Ela buscou em seu criado-mudo um preservativo que colocou nele com desenvoltura.

Quando acabaram, ela ficou por cima dele, descabelada, quente e surpreendentemente úmida. Edward olhava para o teto pensando o quanto aquela experiência tinha sido extracorpórea. O clímax foi tão intenso que talvez ele tenha gemido muito alto nos ouvidos dela. Ele queria mais. Não ali, sabendo que havia gente bêbada por todo o lado, mas em outro lugar que os permitisse ficar mais tranquilos.

– Tenho que voltar a festa. – Ela o despertou. Bella estava levantando? Não, ele a queria perto.

– Nos veremos em outro momento? – Edward estava levantando também, ambos se vestindo.

– Já está de saída? Gostaria que ficasse. – Aquilo o fez sorrir.

– Acho que será estranho. O Emm, foi embora...

– Você sabe que o Emm e eu, nós...? – Bella não queria um conflito naquele momento. Na verdade não queria um conflito em momento nenhum com o Edward.

– Sim. – Edward ficou envergonhado em admitir aquilo. – Isso não foi o bastante para evitar que eu a desejasse também.

– Talvez eu tenha forçado.

– Talvez... – Edward a beijou novamente.

– Tudo bem sobre o Emm?

– Eu estou aqui apesar disso, mas não sei como será a partir de agora.

– Só precisamos viver o momento. – Foi a vez dela beijá-lo. Bella já estava vestida e escovou os cabelos um pouco. – Edward, eu desço primeiro depois você vai. – Ela foi até a porta e ele a segurou beijando-a algumas vezes.

– Te verei por aí. – Ele disse antes dela ir.

Edward esperou alguns minutos antes de descer, mas a sua falta de sorte foi tremenda, pois encontrou o irmão ao pé das escadas conversando com alguns amigos. Ele notou o olhar de Jasper, ele sabia, de alguma forma o irmão caçula sabia. Como queria dormir com a melhor amiga do irmão sem ele saber?

– Te vejo em casa, Jas. Não chega tarde, a mãe fica preocupada. – Ele passou direto e foi embora. Tinha no peito um misto de sentimentos: paixão, temor, confusão, mas não sentia culpa, nenhuma culpa.