Era Uma Vez... #paralisada escrita por Luhluzinha


Capítulo 8
Capitulo 7 – O Segredo de Alice


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi gente!!! Milhões de desculpas, nao tive tempo de vir postar! O capitulo estava pronto tinha seculos mas eu estive presa com as coisas da faculdade! Espero que gostem deste capitulo; já vou deixar o proximo agendado para amanhã! hahaha Presentinho de desculpas para vcs! Obrigada pelos lindos comentarios! Aproveitem o capitulo!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/641163/chapter/8

Capitulo 7 – O Segredo de Alice

O funcionário responsável pelo estabulo foi surpreendido por Isabella, ele não esperava ver uma dama montar um animal com tanta maestria e muito menos igual a um homem. Ela fez questão de cuidar dos ferimentos da égua e ensinar alguns truques a Ben Bennet, o jovem contratado.

Depois de algumas horas, ela voltou para a mansão e todos já haviam retornado do passeio.

– Céus! – Disse Alice ao avista-la – Está um desastre!

– Sinto muito pelo vestido. – Disse um tanto sem graça, precisava se comportar melhor que não quisesse escandalizar as pessoas.

– O que importa o vestido? – Disse Aurora – Eu estou apaixonada por sua ousadia, poderia nos ensinar como montar daquele jeito.

– É claro que não poderia. – Interrompeu Edward um tanto azedo – Não invente coisas Aurora.

Robert, ao contrário do amigo, riu.

– Deixa de disso, eu adoraria ver a minha irmã tentando subir em um cavalo, eu pagaria por isso. – Aurora estreitou os olhos e deu um leve tapa no irmão. – O que é? – Exclamou ainda sem perder o humor – Sempre foi uma negação com cavalos.

O conde gargalhou.

– Seria um entretenimento adorável! Kate, não se interessa?

– Eu? Montar cavalos? – Rolou os olhos – Essa eu passo.

– Querida? – se virou para a Condessa.

– Eu monto outras coisas meu bem.

Alice corou violentamente, até mesmo Aurora ficou constrangida.

– Você não monta nada Tânia, - disse Kate sem entender – Nem castelos de cartas. – bebericou o seu chá achando que tinha colocado a madrasta em seu lugar.

Isabella soltou um assovio baixo, a condessa era carne de pescoço.

– Bem, não acho que seja um programa que eu poderia promover, sei lidar com cavalos e não com pessoas e cavalos.

– Teremos que concertar isso, precisa apender a lidar com humanos, senhorita Swan – disse o capitão um tanto galante – Eu poderia me encarregar disso.

Willien rolou os olhos e disse.

– Para começar, poderia tentar uma aproximação menos agressiva.

Todos riram, até mesmo o duque se permitiu sorrir de canto, a expressão de desalento do Capitão era impagável

– Se me dão licença, irei me limpar.

Isabella saiu sem esperar qualquer cumprimento. Teve que ouvir de Popy o segundo sermão do dia.

– Uma dama não sai rasgando vestidos por ai, não vê que isso a torna inapropriada? Deixa os homens pensando indecências!

E que pensassem indecências. Isabella não estava se importando nenhum pouco.

Ela já esperava que acontecesse, mas não acreditava que seria tão rápido. Os homens saíram para caçar e ela se viu obrigada a ficar numa sala com as mulheres. O tedio era palpável, estava se tornando intimo seu. Ela não sabia jogar os jogos da época, não sabia quem eram as pessoas alvos das fofocas, não tinha noção de como bordar, pintar ou fazer poemas e seus olhos estavam cansados de ler fazendo com que uma dor de cabeça se aproximasse timidamente.

Como essas pessoas sobreviviam? Sem TV, celular, internet?

Isabella estava enlouquecendo, e não suportaria ouvir mais uma risada afetada da Condessa ou receber qualquer alfinetada dela, e a atenção forçada de Aurora estava dando nos nervos, assim como a burrice de Kate que não dava uma dentro. Pobre Alice, estava cercada de gente imprestável.

Se obrigou a ficar. Tinha de ficar pelo menos mais um pouco, até que a dor de cabeça se instalou e ela pediu desculpas e licença e foi para o quarto.

Popy apareceu para o chá e deu o terceiro sermão do dia.

– Eu te disse que ainda estava debilitada, vou acender a lareira, trate de descansar.

E dessa vez Isabella não achou que Popy estava exagerando e atendeu prontamente a ordenança.

Enquanto Isabella dormia, Alice fazia sala, Edward queria matar o conde. O gordo, velho e estupido tinha conseguido uma proeza: Atirar no próprio pé.

Além disso, gritava como um porco no abate.

– O que vamos fazer? – Questionou Willien.

– Teremos que carregar ele. – Robert assinalou o obvio.

– Então eu irei chamar o Doutor. - Edward olhou para Willien um tanto desgostoso. – O que é? Ele é convidado seu, não sou obrigado a carregar ninguém. Já estou indo.

Montou no cavalo e partiu.

– Poderíamos com as capas e as cordas montar uma rede. – Disse o Capitão McCartney – Me ajude.

Edward começou a trançar as cordas junto de Emmett e Robert puxou as capas.

– Maldito javali! – gritava o conde – Ah, eu farei questão de mata-lo quando isso terminar.

– Quando isso terminar – sussurrou Edward – Se você não morrer eu que farei questão de completar o serviço.

Emmett e Robert riram.

– Tranquilo meu amigo, faz parte da temporada, sempre tem um que se machuca no início, agradeça que não foi você.

– Acidentes acontecem – Emendou Emmett – Antes o pé dele do que a cabeça de alguém.

Alguém precisa tirar esse velho de circulação, isso sim.

– E não será você a fazer isso! – Disse Robert dando dois tapinhas no ombro do Duque.

Edward preferia carregar 30 javalis do que ter que suspender o Conde pela rede improvisada, mas como não tinha outra maneira, ele fez seu serviço de anfitrião.

A comoção pela parte das mulheres foi imensa, a não ser Tânia que olhou o marido com desgosto, ele a conhecia bem e sabia o que passava por sua mente: O que tinha feito para merecer um marido tão estupido?

– Oh papai! Que terrível! Que terrível! - repetia Kate sem parar.

Edward estava tão irritado que preferiu se afastar. Ele tinha um veado na mira, ia ser a caçada de ouro, mas o Conde tropeçou e atirou no próprio pé, simplesmente porque se assustou com um pequeno filhote de javali.

Um filhote de javali. Riu e bebeu um pouco para se acalmar. O conde foi derrotado por um filhote de javali; o que seu pai pensaria disso? Provavelmente riria por dias e repensaria na amizade com o Conde.

Willien entrou na biblioteca.

– O Doutor já esta ai, santo Deus, que dia de cão; a temporada está apenas começando.

– Não me lembre, teremos o Conde reclamando pelas próximas duas semanas até que ele resolva ir embora.

– Ele já esta contando pela terceira vez a historia, dessa vez o javali é o maior que já viu em toda a sua vida, tem dentes enormes e provavelmente tinha raiva.

Edward gargalhou e em seguida suspirou.

Emmett entrou no recinto junto de Robert.

O javali era imenso...

... Tinha dentes enormes... – completou Robert a frase de Emmett.

... E por seu porte e comportamento, tinha a doença da raiva, um perigo... – Disse Emmett continuando a sua imitação do Conde.

–... Um verdadeiro perigo. Suas imensas cicatrizes diziam que ele tinha sido caçado antes...

.. Mas hoje, ah, hoje ele era o caçador. Terrível! – Finalizou caindo na gargalhada.

Oh papai, que terrível, que terrível! – Willien imitou Kate e todos riram ainda mais.

Todos serviram seus copos com bebidas.

– Imagine quando a temporada de caça terminar e o festival de Londres iniciar, o javali terá 3 metros e ele estará sozinho em uma perseguição implacável! – debochou Emmett.

– Não seja tão modesto, provavelmente ele já terá matado o javali e se decretado como herói. – Disse Edward.

– De certo que sim! – Confirmou Willien.

– Que dia! – suspirou Robert – Primeiro aquela amazona, depois um porco sendo abatido. Tivemos dois extremos hoje.

– Ah, a Senhorita Swan é adorável! – disse Emmett concordando – Não se parece com nada que já vi antes.

Edward rolou os olhos.

– Dão muito valor a uma estranha.

– Não seja tão amargo. – reclamou Willien – Não é possível que seja tão imune a ela.

– Não me passa confiança, temo por Alice.

– Então porque a abrigou em sua casa? – inqueriu Robert.

– Por insistência de Alice, e as circunstâncias não me deixaram dizer não.

Os amigos negaram um tanto contrariados.

– Santa circunstâncias! – disse Emmett – Um brinde a ela!

Edward se recusou a fazer parte do brinde. O mal humor tinha voltado.

Se sentia incomodado com a atenção e carisma que seus convidados do sexo masculino se referiam a ela. Seria possível que ele era o único que a enxergava com a realidade? Não sabiam absolutamente nada sobre a Senhorita Swan, e os tempos haviam mudado, muitas golpistas a solta entrando em famílias como moças direitas e então fazendo a destruição. Tânia Dawson era a prova do que ele temia.

Mas ele não poderia negar o que Willien tinha dito. Ele não era tão imune a ela como aparentava. Era bonita, e ele não tão estupido para não ver sua beleza. E tinha algo em seus olhos que o preocupava, como se ela soubesse demais, como se não tivesse medo, como se pudesse fazer qualquer coisa.

A senhorita Isabella Swan não se enquadrava em seus costumes, em sua época. Era um espirito livre preso em sua sociedade.

Santo Deus, isso realmente causaria algum problema.

A noite veio, refizeram acomodações para o Conde no primeiro andar. Popy avisou que a Senhorita Swan não se juntaria a eles porque ainda dormia. A empregada julgou que ela permanecia um pouco enferma. Então o jantar transcorreu sem o Conde e sem a convidada indesejada, para ficar perfeito, Edward acreditava que Tânia e Kate poderiam desaparecer juntas e imediatamente.

Depois fumaram charutos enquanto as mulheres jogavam dama. E logo cedo foi se deitar, o dia tinha sido assombrosamente cheio de eventos.

Isabella despertou depois das onze da noite um tanto desolada. Primeiro porque agora passaria a noite em claro, e segundo porque estava com muita fome. Como se adivinhasse seu pensamento, Popy entrou no quarto com uma bandeja.

– Ah, esta desperta!

– Acabei de acordar. – disse ainda rouca – Esse relógio esta certo?

Perguntou com um tantinho de esperança sobre o relógio em cima da lareira.

– Sim, sinto muito, não quis te acordar. Julguei que precisasse descansar.

Isabella suspirou.

– Tudo bem. Estou morta de fome.

Popy sorriu.

– Pois bem, tenho um caldo de carne maravilhoso que comerá com pão. Venha para a poltrona. Ainda vai querer outro banho?

Isabella negou, não queria fazer com que Popy se ocupasse naquela hora da noite.

– Pode ir descansar Popy, eu estou bem. Obrigada.

– Boa noite então, Bella!

Isabella sorriu ao ver Popy sair. Se sentou na poltrona e atacou a bandeja que estava sobre a mesinha. Depois de comer, se viu novamente no ócio. Não tinha nada para fazer. Já tinha terminado de ler o livro que Popy havia escolhido para ela na biblioteca, A abadia dos mortos, era um romance sombrio e maravilhoso.

Resolveu ela mesma esquentar a água na lareira e apenas jogar uma água no corpo, não precisava de um segundo banho de banheira. Então novamente ócio.

Decidiu que estava com sede, mas a agua do pote tinha acabado. Já passava da meia noite e meia, então Isabella não viu problema em sair de hobbie e ir até a cozinha. Acendeu a vela e foi.

No começo ficou com medo, de dia a mansão era toda iluminada pela quantidade de vitrais, mas a noite, era um tanto macabra com todos aqueles retratos e luz fantasmagórica da lua. Finalmente chegou a cozinha, foi então que ouviu alguns sussurros e risos. Por um momento quis correr, mas no outro veio a curiosidade de quem estaria no corredor dos fundos que ia para fora. Se aproximou sorrateiramente, pode ver uma vela acesa no final. A porta estava aberta. Isabella se aproximou. As vozes desapareceram. Ela estacou.

Então surgiu Alice.

– Santo Deus! – Alice bradou deixando a vela cair – Bella! Quer me matar de susto?

A menina se tremia inteira e olhou para a porta um tanto apreenssiva.

– Desculpe. – Disse também olhando para onde Alice olhava, quem estaria lá fora?

– O que faz aqui? – Se abaixou pegando a vela. Reacendeu na de Isabella.

– Eu apenas estava com sede, e vim buscar agua. Quem está com você la fora?

Alice se voltou para a porta e a fechou.

– Ninguém está comigo, eu apenas gosto as vezes de sair para tomar um ar.

Isabella estreitou os olhos, Alice mentia.

– Pensei que ouvi vozes. – insistiu.

– Eu volte e meia canto. – desconversou – Vem, é por aqui. Quer biscoitos também?

Alice colocou a vela sobre a mesa e pegou um grande pote do armário. Isabella apenas observou seu comportamento suspeito. Ela ainda tremia e estava assustada.

– Não, obrigada, Popy me levou o jantar.

– Certeza? São os biscoitos que Margot faz. – Suspirou enfiando um na boca – Margot é nossa governanta, mas as vezes sinto como se fosse minha mãe. Ela nos criou depois que a minha faleceu de febre amarela. Eu tinha dez anos. – Suspirou novamente – Margot está de viagem no momento, ela foi cuidar da irmã que esta enferma. Vamos – pegou um biscoito de deu para Isabella – Prove!

Isabella aceitou, mas ainda estava desconfiada. Ela daria seu braço direito porque tinha certeza que havia mais alguém com Alice. Entretanto no momento, sentiu outra curiosidade sobre a vida de Alice.

– Também perdi minha mãe aos 10 anos de idade. Minha mãe e meu pai. – disse sem ter ideia do porquê. Se sentia impelida em ser solidaria com Alice.

– Oh, sinto muito Bella. – disse Alice agora um pouco mais calma – O que causou a perda?

Isabella suspirou.

– Um acidente.. – de carro? Alice não sabia o que era um carro – um acidente na estrada.

– Que terrível, Bella. Sinto muito. Eu perdi a mamãe, mas não fiquei sozinha, eu tinha Edward, papai, Margot e Albert. E muita coisa para fazer, como bordar, pintar, ler, francês. – sorriu – Quem cuidou de você?

– Minha tia Nora. – Isabella pegou outro biscoito, era realmente bom. – E o que houve com seu pai?

Alice sorriu nostálgica.

– Papai era um homem bom e rígido. Eu não tenho o que reclamar dele, meu irmão já adorava contraria-lo. Acredito que era um esporte para Edward. Faz dois anos que ele se foi, papai fez uma viagem de negócios e nunca mais voltou com vida. – olhou finamente para Isabella – O medico disse que foi o coração, mas parte de mim não acredita muito nisso. Ele estava muito bem, sempre fazíamos caminhadas, nos alimentávamos corretamente, papai não era um homem enfermo.

– Sinto muito Alice, certas coisas não podemos explicar.

– Não podemos. Tem razão. – disse fechando o pote de biscoitos – Mas se teve algo bom, foi que Edward voltou para casa. – sorriu, mas o sorriso não chegou em seus olhos.

Isabella assentiu.

– Vou pegar a agua. Tenha uma boa noite Alice.

– Boa noite Bella.

Alice viu Isabella se retirar. Era a segunda vez que pensava em seu pai naquele dia. Negou, não iria deixar pensamentos tristes estragar a sua noite. Verificou se Isabella havia mesmo ido embora e voltou para fora. Ele já não estava mais lá. Provavelmente Isabella o assustou. Sorriu para o vazio e mandou um beijo para a lua. Tornou a fechar a porta entre suspiros. Ela estava perdidamente apaixonada. Isso era a coisa mais apavorante e ao mesmo tempo maravilhosa que tinha experimentado em toda a sua breve vida.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

OMG! Quem seria o segredo de Alice? hahaha
E ai? Gostaram? Espero que sim, comentem muitoooo e recomendem tmb para ajudar a historia crescer!
Amanha tem mais!
XOXO :**



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Era Uma Vez... #paralisada" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.