Era Uma Vez... #paralisada escrita por Luhluzinha


Capítulo 17
Capitulo 16 – Dançando com o perigo


Notas iniciais do capítulo

Oiiii xuxuuuuus do meu Brasil! S2

Quem quer capitulo novooo??? Quem viu a capa nova??? Ana, eu falei que ia postar domingo não é? Então, como disse, procrastinando os estudos. hahahaha DUVIDO que Devonshire vai cair na prova de clinica cirurgica, mas... fazer o que? É a vida!
(Ana, obrigada pela capa linda, eu amei!)
Obrigada pelos comentarios meninas, obrigada por me acompanharem, por esperarem, por serem fiéis! *-*

Espero que gostem desse capitulo! :)



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Capitulo 16 – Dançando com o perigo

 

Isabella estava aliviada por ter se livrado da pergunta sobre o Capitão, mas mesmo assim, sentia que tinha caído no jogo de Alice.

— Eu não sou uma boa atriz. – Alegou.

— Não importa. É apenas uma brincadeira. – disse rapidamente Alice.

— E porque eu tinha que ser a fada madrinha? – reclamou.

— E porque eu teria que ser o príncipe? – rosnou Edward um tanto irritado com a distribuição dos papéis. – Alice me recuso, por favor, tenha a santa paciência.

— Ei, já perceberam que os únicos reclamões aqui são vocês dois? – Alice colocou as mãos na cintura e levantou o queixo.

— Eu estou feliz com a minha função de arvore. – bradou Robert.

Alice se virou para ele rolando os olhos.

— Não é apenas uma árvore. É Kalacuan. A árvore encantada dos desejos falante.

— Isso não tem pé nem cabeça – se intrometeu Isabella novamente – Alice, poderíamos jogar mimica.

— Não é só porque você encontrou utilidade em jogar mimica, Senhorita Swan, que apenas jogaremos isso o tempo todo.

Isabella fez um bico do tamanho do mundo. Mimica era funcional. Já aquela peça de teatro era a coisa mais maluca que Isabella já tinha visto em toda a sua vida. Certamente Alice tinha ingerido alguns cogumelos quando escreveu.

— Em seus lugares? – prosseguiu Alice como se a resistência de Isabella e Edward não existisse – Vamos lá.

Kate se apressou para perto de Isabella, Edward resignado caminhou para detrás das cortinas. Robert incorporando a árvore falante se posicionou atrás das protagonistas. Emmett que era o pirata destemido se dirigiu para o divã que no momento seria seu navio. Willien que era o cavaleiro renegado, e que estava se divertindo muito com a situação se sentou despojado em uma cadeira. Enquanto o Conde ficava onde estava ao lado da Condessa, ele era o Rei e a mulher era a madrasta consecutivamente a rainha má. Já Isabella não soube o porquê agradou tanto que Aurora não passasse de uma reles serviçal que tanto fazia o lugar que ela escolhesse ficar.

Alice limpou a garganta, dramatizando sua obra prima, que Deus os acudisse.

“Em um reino distante, onde a lua e o Sol bailavam nos salões do céu, como dois astros apaixonados, vivia uma bela princesa que havia crescido com o abandono do pai e pela sombra da madrasta que nunca aparecia. Ela tinha um irmão, que fora mandado para muito longe para aprender o oficio do Rei. Sem esta doce companhia, a princesa se via muito sozinha e sempre quando podia, saia as escondidas atrás de alguém para conversar. Em uma dessas fugas, a bela princesa encontrou um amigo. E um dia esse amigo, roubou seu coração. Mas o rei jamais aceitaria que a princesa se casasse com um plebeu e então convocou todos os príncipes do reinos vizinhos para um baile onde escolheria seu marido.” – Isabella olhou para Alice de soslaio, aquilo não parecia um conto de fadas afinal. – “E seu pai, o rei, escolheu com quem iria se casar. Um príncipe até bonito, mas que jamais teria seu coração.”

Edward saiu por detrás das cortinas.

— Sou o príncipe encantado, farei de seu mundo um conto de fadas. – Isabella se controlou para não rir. Ele estava mortalmente furioso. A fala saiu como um rosnado.

“A princesa desesperada correu para debaixo da arvore onde era seu ponto de encontro e esperou que seu amado ali estivesse. Mas a rainha em sua astucia, havia delatado ao rei a verdade; e o pobre rapaz havia sido enviado ao mar para morrer. A princesa se pôs a chorar incontrolavelmente, até que uma voz a tirou de seu estado de estupor”

Kate fingiu que chorava ajoelhada ao chão. Robert limpou a garganta antes de dizer sua fala.

— Porque choras princesinha?

— Oh – Kate fez uma falsa expressão de choque, Isabella engoliu a gargalhada – Oh. Quem és tu? – Kate era uma péssima atriz. Isabella sabia que estava errada em achar graça porque não ficava muito atrás da filha do Conde em quesito interpretação.

— Sou Kalacuan, a arvore dos desejos. Peça-me o que queres que te darei. Detesto princesinhas choronas, faria qualquer coisa para que cale a boca.

— Ei Robert – implicou Alice enquanto os outros riam – Isso não tem no texto!

— Sou ótimo em improvisação.

— Mantenha sua improvisação pra você.

— Admito que ficou melhor com seu toque. – disse Edward achando divertido o amigo estar estragando a brincadeira da irmã.

— Quer improvisar? – disse virando para o irmão - O que acha de eu fazer o príncipe beijar um sapo?

— Não é a princesa que beija? – Kate perguntou inocente.

Alice rosnou e rolou os olhos.

— Se faz tanta questão – se voltou para a filha do Conde - pode ser você.

— Continue Alice. – disse Isabella um tanto impaciente, mas se divertindo, aquilo não ia terminar bem.

Alice bufou. Voltou os olhos para o papel.

“A árvore encantada, Kalacuan, deu a ela três desejos, mas também três condições. A princesa não poderia desejar um amor perdido, o terror para os inimigos e tampouco a cura da dor de um coração partido. Sem muitas opções obvias ela então fez uma escolha.”

— Kalacuan – disse Kate – o que achas que mereço? Dos desejos que me deu, troco todos por sua sabedoria.

Isabella arqueou as sobrancelhas. Era um pedido inteligente, sabedoria era algo muito mais valioso do que qualquer coisa. Se ela tivesse tido, talvez não estivesse perdida no tempo.

— Te darei aquilo que necessitas! – Robert insuflou o peito como se estivesse realmente em um palco – A ti dou um presente, que vem de outro continente – fez um movimento com as mãos – misteriosa como a noite, em seus olhos carrega as estrelas e em seus cabelos o negrume dela, é bela como brisa, selvagem como o a tormenta, mas é em seus braços que encontra a solução de seus problemas.

Então se fez silencio por alguns segundos. Isabella ainda encava Robert.

— Bella – Alice chamou emburrada, percebeu que todos a encarava – é sua vez de aparecer.

— Ei essa é a sua descrição para a fada madrinha? – Isabella perguntou chocada.

— Algum problema com ela? – Alice pôs as mãos na cintura.

— Parece mais uma bruxa.

— Se tivesse lido o roteiro saberia que a fada madrinha não é conhecida por ser comum.

Isabella fitou o papel em sua mão.

— Eu preciso dar um pulinho mesmo? – perguntou receosa. O Capitão riu.

— Anda Bella! – Alice se estressou.

Bufou exasperada e olhou seu texto. Não era algo muito divertido agora que havia chegado a sua vez.

— Princesinha não se acanhe. – Isabela pulou – Eu sou a fada madrinha dos seus sonhos. – Deu outro pulinho se sentindo ridícula – A ti darei o príncipe encantado, por quem tu tanto chamas.

“A princesinha se pôs a chorar. Ora essa! Até a fada queria um príncipe lhe arrumar?”

— Não! Não! Não! – implorou Kate – Não quero um príncipe! Salve meu amado que ao mar foi condenado!

— Mas o que farei com o príncipe encantado? – Isabella perguntou.

— Fique para si! Quero meu plebeu!

— A fada madrinha vai ter algum envolvimento com o príncipe? – questionou Isabella para Alice cortando totalmente a historia – Eu sei que deveria ter lido o roteiro, mas em todas as historias a fada madrinha é uma solteirona bem resolvida e eu gostaria de manter o padrão.

Até mesmo Aurora riu. Todos se surpreenderam com o desespero da pobre Swan. Alice rolou os olhos e se sentou vencida. Mas o problema era que ela não sabia se podia ficar tão perto do Duque, isso a assustava pelo fato de que se deslizasse um pouquinho alguém percebesse o que ela realmente sentia, ou pior, ele a fitasse nos olhos e visse o que ela a todo custo tentasse esconder.

A condessa se levantou divertida e foi se servir de licor.

— Senhorita Swan – Tânia se dirigiu a ela pela primeira vez depois daquele baile – Sabemos que esta satisfeita com a sua solteirice, mas condenar a fada madrinha? Qual o problema da fada se casar com o príncipe no final?

— Concordo, as fadas madrinhas merecem um final feliz! – Disse o conde animado, aceitando o cálice que a esposa lhe entregou.

— Porque para todo mundo casar é sinônimo de final feliz? – Isabella se pegou perguntando.

Robert se esparramou no sofá.

— Porque é casa, comida, carinho, filhos e outras coisas que as jovens não estão permitidas a ter conhecimento.

Isabella que estava evitando olhar para o Duque se viu obrigada a encara-lo quando se pronunciou.

— Casamento é o fim senhorita Swan. – ele se sentou e suspirou profundamente – Quando se fez tudo que tinha que fazer em sua vida, ai sim se casa. Eles romantizaram o felizes para sempre, mas na realidade, a verdade é que não se tem mais o que fazer.

— Como pode ser tão ogro! – bradou Alice indignada – Casamento não é o fim, é o começo! – ela suspirou apaixonada – O começo de uma nova vida!

— Para as mulheres! – disse Willien – Para as mulheres sim é o começo de uma nova vida.

— Para nós homens é quando precisamos crescer. – Disse Emmett se servindo de uísque.

— Bom ponto. – assinalou Aurora – Tem razão Capitão. O homem só casa quando finalmente atinge maturidade mental. Até lá temos que lidar com eles e suas mentes infantis.

— Ora essa! – exclamou Kate – Eu estou concordando plenamente com a senhorita James?

— Creio que todas nós somos inclinadas a concordar com ela minha doce enteada – Disse a Condessa – Mas crio um apêndice, na minha experiência, homens estão fadados a serem infantis pelo resto de suas vidas!

Todos riram diante do olhar que a condessa insinuou ao marido.

— Querida, não seja injusta, sou um bom pai, um bom marido, um bom homem.

— Sim claro – ela bebericou o cálice – Mas poderia ser melhor não acha?

Isabella riu diante da indignação do Conde.

— Mas porque está tão segura de sua solteirice, Senhorita Swan? – Aurora questionou. Isabella pode perceber a sua segunda intenção camuflada, mas não pode identificar qual seria.

— Gostaria apenas que citasse um homem que se casaria com alguém como eu. – respondeu séria.

— Eu posso citar! – disse Robert animado.

— Pois então me cite. – disse Isabella sem se intimidar – Um homem que se casaria comigo e não tentaria mudar quem eu sou.

O sorriso do abnegado James desapareceu.

— Exatamente! – Isabella ampliou o sorriso diante do silencio de todos.

— Mas isto é uma escolha sua, Bella. – disse Alice numa tentativa de convence-la do contrario – Tem certeza que gostaria de passar a vida inteira sozinha?

Isabella suspirou.

— Eu estou bem. Gosto do jeito que vivo. – deu de ombros tentando mudar o foco do assunto.

O duque se levantou abruptamente e caminhou para a bandeja de bebidas. Os olhos de Isabella se encontraram com os do Capitão que haviam a flagrado acompanhando o movimento de seu amigo. Ele parecia desconfiado, mas ao mesmo tempo magoado com aquelas confissões.

— Mas – se ouviu dizendo – se tem uma coisa que aprendi ultimamente, é que não posso garantir absolutamente nada. – caminhou até o assento vazio ao lado do capitão e se sentou – planos não contam com imprevistos! – sorriu cumplice para Alice que sorriu reciproca.

— Então pretende se casar? – insistiu Aurora.

Isabella deu de ombros.

— Não faz parte dos meus planos Aurora, mas eu não governo o dia de amanhã.

— Posso assumir que essa tentativa de teatro fracassou? – interrompeu o Duque  cortando o assunto – Porque de certo, Alice, não foi a sua melhor ideia.

— Descordo – disse Kate – eu estava adorando ser uma princesa!

— De fato que estava – alfinetou a Condessa – pelo menos uma vez na vida não é querida?

Kate estreitou os olhos e o Conde deu um cutucada na esposa.

Alice riu e suspirou.

— Talvez não tenha sido a melhor ideia. – disse tranquilamente aceitando o fracasso – mas inegavelmente nos deu um bom assunto!

— Acho que deveríamos tentar terminar. – disse Willien gentilmente – Eu estou interessado nas minhas falas de cavaleiro renegado.

E depois de muitas opiniões contra e a favor, eles voltaram a peça. A fada madrinha atrapalhada enviou o cavaleiro renegado para roubar a princesa e leva-la para o mar, por onde a jovem procurou seu amado até descobrir que ao invés da morte, seu amor encontrou o destino e se tornou o capitão do navio. Enquanto no castelo, a fada madrinha convenceu a jovem camareira a ajudar no disfarce e ela enganou o príncipe, o rei e a rainha pelo tempo necessário até que a princesa fosse feliz para sempre. E no final de tudo a princesa retornou casada e a fada madrinha que iria voltar para a arvore Kalacuan, foi resgatada pelo príncipe encantado e também foram felizes para sempre; assim como a camareira que montou na garupa do cavaleiro renegado e partiu também para seu final feliz.

Isabella sentia o coração na boca quando os lábios do Duque repetiu a pergunta que o Capitão a fez. Mas não era para ela, era para a atrapalhada fada madrinha.

— Sim. – disse quase num sussurro mudo.

Sim, a fada madrinha aceitou se casar com o príncipe. E Isabella se viu aliviada por notar o Duque entediado com a situação e não tão apavorado como ela mesma estava.

Enfim todos sentaram exaustos.

— Eu acho que isso foi completamente maluco! – murmurou Willien – Todos saíram casados. Sinto que minha alergia a casamento retornou. Alice, me lembre de nunca mais interpretar qualquer coisa que escreva.

— Eu adorei! – murmurou Kate – Foi romântico!

— Foi previsível! – reclamou Aurora.

— Previsível seria se a camareira se casasse com o príncipe! – Atacou Kate de volta.

— Eu gostaria de saber como seria os filhos do príncipe e da fada madrinha – disse Robert rindo – Teriam asas e brilhariam no escuro?

Isabella que ainda permanecia em um estado de nervosismo crônico desde o momento que realmente viu que seria obrigada a contracenar com o Duque, engoliu seco.

— Se eles puxassem apenas a mãe, imagina se herdam o azedume do dito cujo? – Debochou Willien.

— Edward sorria! – reclamou Alice – Não foi tão ruim.

Edward se esparramou no sofá ao lado da Swan.

— Eu ainda estou afetado pela futilidade. Sinto que vou morrer.

Todos riram. Principalmente quando Alice arremessou uma uva no irmão. E então ele finalmente sorriu. O que fez o coração de Isabella disparar.

— Como temos tantos felizes para sempre – disse a Condessa – Poderíamos pegar os pares formados e dançar, não acham?

— Estou de acordo – o Capitão saltou de seu assento – Minha princesa, dançaria comigo? – fez uma mesura para Kate que se derreteu completamente.

Alice alcançou Robert.

— Vamos tocar aquele dueto! – ele se levantou obrigado e se encaminhou para o piano.

Willien incorporou o cavaleiro renegado e deu um puxão em Aurora. Que internamente gostou do contato, mas externamente o recriminou.

— O que pensa que esta fazendo? – ele a abraçou pela cintura pouco se importando. Tinha bebido um pouco demais durante as cenas.

— Te mostrando um pouquinho do que aguarda uma jovem dama depois do casamento! – sussurrou no ouvido dela. Aurora corou como um morango maduro.

Willien sorriu e beijou a mão dela. Se afastou e a conduziu ao centro da sala. Aurora o acompanhou sentindo as pernas um pouco bambas. Espiou o irmão que estava distraído e também alcoolizado. Ele não havia percebido nada; ninguém além dela e do próprio Willien sabiam.

Aquilo foi divertido e agradável. Sentiu uma adrenalina se espalhar sob suas veias. Ela queria provar um pouco mais do perigo que Willien surpreendentemente mostrou representar. Claro que seu sonho ainda era se casar com Edward, mesmo depois de ter visto o que viu na biblioteca.

Entretanto, o fato era esse; além de ter sido horrendo presenciar uma traição; algo feminino e avassalador despertou dentro dela. Ela não sabia o nome para o sentimento que as vezes a invadia, mas era muito parecido com o que Willien a fez sentir. Era gostaria de saber como era um beijo entre um homem e uma mulher; e apesar de ser delicada como um anjo, Aurora desejava lá no fundo mais secreto e escuro de seu coração, que alguém a puxasse com ímpeto e força, que a apertasse sem medo de parti-la. Algo parecido como Willien havia acabado de fazer.

A dança a fez se aproximar dele. Ele sorriu.

— Seus olhos me dizem que seus pensamentos são luxuriosos. – ele sussurrou contra a pele dela de maneira discreta e experiente como apenas um libertino saberia fazer.

Aurora sentiu um formigamento no meio das pernas. Corou. Ofegou. Errou o passo e se recuperou. Olhou em volta, mas a Condessa estava muito ocupada rindo e confidenciando com o marido. Robert e sua amiga ainda estavam absortos demais no dueto. O capitão ria e brincava com Kate, a iludindo descaradamente. E então mais ao fundo estava a agregada e o Duque, sentados como estatuas, ignorando um ao outro.

— O que há com você? – Sussurrou de volta tentando manter o decoro.

Willien passou perto demais. O perfume de alfazema dele a fez estremecer. Seus olhos e cabelos castanhos da altura do queixo, eram bonitos de se observar. O sorriso ousado e bem feito a capturou novamente. Willien não era um bom partido, oras. Ele não tinha carreira, título, ou família de posses. A única coisa que o mantinha ali era a amizade estranha dele com seu irmão, o Capitão e o Duque. Aurora engoliu seco. Ela não tinha atrações por homem assim. Willien era polêmico. Ele era um jornalista e um aventureiro.

Novamente ele a tocou disfarçadamente a cintura. As mãos dele eram grandes, firmes e tinha alguns calos. Se arrepiou.

— Ora Aurora – ele dizer o nome dela daquela maneira era um impropério, uma audácia, pedir que Robert o matasse – É apenas um teste para saber o que mais esconde por trás dessa máscara de boa moça. – a música fez com que eles se afastassem – Sinto as vezes um dever de faze-la se arrepender de seus pecados. – ela rodopiou – O maior erro de Robert foi deixa-la por conta própria – riu diante da expressão indignada – Você precisa de umas boas palmadas.

Aquilo quase a desestabilizou. Mas era o momento em que trocavam de pares. O capitão sorriu para ela, mas Aurora só conseguia imaginar Willien dando a ela as boas e merecidas palmadas.

Santo Deus. Ela estava perdida. Havia chegado em um ponto se volta. Willien voltou a ser seu par, ele tinha o sorriso desgraçado no rosto.

Com o coração disparado, ela entendeu. Ele a tinha feito de tola. E para o próprio desespero, ela caiu em seu jogo e agora teria que lutar ardentemente para não se deixar vencer.

Isabella estreitou os olhos analisando Willien e Aurora. Admirada percebeu que algumas técnicas masculinas eram antigas. Riu baixinho.

Sentiu o Duque se mover ao seu lado.

— É assim que se diverte? Observando?

— Você não? – rebateu e voltou a olhar os casais na sala.

— Observar demais nos leva a descobrir segredos que preferíamos não saber. – ele bebeu. Isabella acreditava que já estava meio bêbado a essa altura.

— Provavelmente. E isso estimula a compaixão.

— Prefiro estimular a afeição. – ele disse ainda sem olhar para ela. Isabella admirou o rosto dele relaxado.

— E como faz isso?

Ele se virou para ela com um sorriso perigoso.

— Dançando, Senhorita Swan.

Isabella teve que rir. Os olhos dele estavam divertidos. Ele estava definitivamente bêbado.

— Você esta alterado.

— Todos os homens desse recinto estão. – falou – Como acha que suportamos a tantos casamentos em uma única peça de teatro? Amamos Alice, nós sacrificamos a nós esta noite para fazê-la contente.

Isabella sorriu. Isso sim era estimular a afeição. Era amável o carinho dele pela irmã e o respeito e cumplicidades de seus amigos.

— Isso é um segredo que tenho que guardar?

Ele riu e bebeu mais um pouco.

— Não. – disse e suspirou – Não posso fazer com que guarde mais um segredo meu, Senhorita Swan. O que já tem é capaz de destruir a vida de um homem como o Conde e massacrar a de um pobre verme como eu.

Isabella desviou os olhos para a Condessa e o Conde que riam e conversavam confidencias das quais ela não gostaria de nem de imaginar quais seriam.

— Acredito que cheguei a uma conclusão.

Ele voltou a fita-la.

— E qual seria?

— Seria bom estimular um pouco a afeição entre nós. – sorriu um pouco tímida.

Ela não queria que ele ficasse remoendo e pensando naquele assunto justamente na noite de despedida da família Denali.

Edward não precisou de duas vezes para entender. Abandonou o copo de Bourbon na mesa lateral e estendeu a mão para Isabella.

Ela aceitou. E como o cavalheiro que o Duque aparentava ser quando queria, eles dançaram os passos os quais ela conhecia. Alice começou a tocar um dueto animado com Robert e os passos aceleraram. Isabella sentia vontade de rir. Não porque se sentia ridícula fazendo aquilo, como se sentiu no baile, mas porque fazia aquilo com ele. Suas mãos quase se tocavam. Era uma dança com o perigo. Ele tão perto e ao mesmo tempo longe de seu alcance. Ela tão segura de seu controle e tão certa de que já não o tinha mais.

Rodopiou. Os casais trocaram. Seus olhos encontraram com o do Capitão. Ele estava rindo e feliz por ela estar na roda. Seu coração então fraquejou. Se pudesse escolher, sabia que o mais sensato e correto era aceitar que o Capitão cuidasse dela. Mas não era esse tipo de mulher que aceitava deixar ser guiada. Os casais trocaram novamente. Encontrou o sorriso travesso de Willien. Sorriu de volta no estilo mais “eu sei o que fez verão passado”. Ele gargalhou e a rodopiou a devolvendo para o Capitão, que fez o mesmo e a entregou nos braços do Duque.

Isabella piscou atordoada. Mas ninguém percebeu. Todos estavam altos e empolgados demais para notar. Entretanto ela ainda estava sobrea para sentir.

Sentir as mãos dele em sua cintura, e os dedos controlados para não aperta-la com força.

Era a bebida ou o controle dele se esvaindo?

Os olhos verdes se tornaram profundo. Ele sorriu. Abaixou a cabeça como se negasse para ele o que mais queria para si mesmo. Soltou a sua cintura e voltou a rodopiá-la.

 

E ai? Gostaram? kkkkkk..
Ah, tenho uma pergunta pra vocês; me respondam, por favor.

O tamanho do capitulo esta bom pra vocês? Porque a princípio, os capitulos eram menores e com o tempo foi aumentando ( sem querer querendo kkkk ) e a tendencia da minha pessoa é perder o controle e aumentar mais ainda rsrs... Enfim, me respondaaaam, ta bom assim? Ou diminuo um pouco?

E gente, comentem pra eu ter ideia do que voces estão achando e o que imaginam o que vai acontecer, gosto de saber se estou sendo previsível e as vezes vocês tentando adivinhar o que vai acontecer me dão inspiração e ideias para continuar rsrsr...

Recomendem a Fic. Vai que a historia fica mais conhecida? É uma ajuda da parte de vocês para mim. (Eu sonho em publicar um livro gente, escrevendo eu estou, só falta saber se tem muita gente que gosta rsrs).

Bjão Xuxusss! Até o próximo! :)

* Perdão os erros de portuga. As vezes reviso, mas ainda fica uns perdidos rsrsrs.


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