Nova Rotina escrita por Martha


Capítulo 1
Novas Perspectivas


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem



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6:00 AM , São Paulo, SP – Brasil

Era mais um dia comum na vida de Ana, ela acordou com um som do despertador do celular, tocando uma música típica de despertadores. Abriu os olhos deu uma olhada no teto, o teto parecia tão interessante naquele momento, era pvc, tão branco. Mas era hora de voltar a realidade, “Hora de ir para a faculdade Ana, levanta dessa cama!” pensou, deu aquela espreguiçada típica de eu-tô-com-preguiça e sentou-se na cama.

Ela dormia numa beliche, na cama de cima, desceu as escadas, despiu-se, enrolou-se na toalha de banho e foi para o banheiro, só então se lembrou de que o chuveiro tinha quebrado “droga!”, pensou, se ela quisesse tomar banho quente, teria que ferver um pouco de agua no fogão e foi isso que ela fez. Foi até o armário, pegou uma panela, colocou um pouco de aguada pia, ascendeu o fogo e colocou a agua para ferver. “Desse jeito eu vou chegar atrasada” pensou, pouco tempo depois agua ferveu e ela foi tomar banho de “caneca” no banheiro. Arrumou-se rapidamente e foi a caminho do ponto de ônibus para ir à faculdade Já eram sete da manhã, bem a tempo, a aula só começava as sete e cinquenta e a faculdade era perto da casa dela, o ônibus que ela estava sempre lotado a essa hora da manhã, o que era um saco para ela “Aff”.

Chegando à faculdade foi direto para a sala de aula, o professor não havia chegado na sala de aula ainda.

—Oi, Laura, bom dia. —Laura era a melhor amiga dela, se conheceram no primeiro semestre da faculdade e desde então, não se desgrudam mais. Aliás, Ana está cursando o terceiro ano da faculdade de Direito, no quinto semestre para ser mais exata.

—Oi, Ana, Bom dia, você fez o trabalho de Penal?

—Fiz sim, você fez né? Por favor. —Ana olhou para ela com cara de desdém para ela.

—Não, mas não foi porque eu não quis fazer eu realmente não tive tempo. –Olhou para Ana com uma cara de culpa.

Ana sabia que Laura era comprometida com a faculdade, se ela na fez é porque realmente ela não teve tempo. Laura trabalhava depois da faculdade, diferente de Ana, que era bolsista, e que se dedicava inteiramente à faculdade.

—Pega, pode copiar do meu, mas por favor mude um pouco as palavras, eu não quero tirar um zero.

Ana não era o tipo de aluna que tinha sempre um dez em tudo que fazia, se esforçava, estudava bastante, mas ainda sim se divertia, saia com as amigas, ia ao parque no final de semana, ao shopping, uma vida normal.

Esse dia parecia como todos os outros, se não fosse por um acontecimento seria mesmo um dia normal, a aula na faculdade estendeu-se até as onze da manha, despediu-se dos seus amigos e foi rumo ao ponto de ônibus, nesse trajeto ela percebeu algo diferente enquanto caminhava na calçada. Avistou de longe, do outro lado da rua uma luz diferente, ela nunca havia algo parecido com aquilo antes, era lindo, essa luz tinha um brilho inexplicável. Ela atravessou a rua para ver mais de perto. “Gente, será que eu estou maluca? Ninguém mais tá vendo essa luz?” parecia que ninguém mesmo havia percebido a tal da luz. Ela se aproximou mais e ficou observando e se perguntando como é que aquilo estava brilhando se não tinha nada que se conectasse aquilo, não tinha nada mesmo. “Como assim?” e foi aí que fez a besteira de tocar naquela coisa estranha. O que aconteceu depois que ela tocou foi algo realmente estranho era como se ela sido sugada, como no ralo da pia, seguido depois de uma sensação de que seu corpo estivesse se desmaterializando, ela ouviu um som agudo só depois percebeu que era o som da sua voz gritando, não havia percebido que tinha começado a gritar. Quando aquela sensação estranha passou, percebeu que estava gritando na rua sem nenhum motivo, as pessoas a olhavam como se estivesse louca, “talvez eu esteja mesmo louca, o que aquilo mesmo?” então ela respirou fundo e começou á andar, olhou em volta, estava tudo no seu devido lugar, mas estava diferente. Era como se não a mesma cidade que ela morava, havia algo... Estranho, muito estranho.

Mas ela seguiu seu caminho de sempre, ou pelo menos ela achava que seguia, foi para o ponto pegou o ônibus, mas ela não conseguiu passar o bilhete único, estranho ela já havia carregado ele, e estava sem dinheiro na bolsa “e agora?”, teve que ir andando para casa, a casas dela era perto da faculdade, mas não tão perto para ir andando. Mas mesmo assim ela foi não tinha escolha, enquanto andava ela ia percebendo que algo estava mesmo diferente e não só com a cidade, com ela também. Ela se sentia mais disposta, forte, logo ela uma sedentária de carteirinha e quanto mais andava mais forte ela ficava com se andar fosse um “combustível” para seu corpo. E então ela percebeu que estava flutuando.

—Ai meu Deus, o que está acontecendo? ALGUÉM ME AJUDA! SOCORRRO!—Muito medo naquele momento era o que estava sentindo.

—AHHHHHHH—Estava ficando cada vez mais alto, enquanto ela se debatia numa tentativa inútil de voltar para o chão. A rua em que ela se encontrava naquele momento, era uma rua totalmente deserta. Ela já se encontrava na altura dos prédios, ela uma vista linda, mas ela não havia percebido, é claro, tendo em vista que ela estava morrendo daquele estranho acontecimento com o seu corpo nas alturas. Quando ela pensou que que não tinha mais solução, que ninguém viria a seu socorro, que iria ficar para sempre flutuando, viu algo que ela pensou nunca ver em sua vida inteira, era um pontinho vermelho que vinha rapidamente, que foi se aproximando e ganhado forma. “É um drone?”, pensou, foi ficando mais próximo e parecia uma...pessoa? Em algum tipo de armadura? “Mas o que é isso?” era uma armadura nas cores vermelho e amarelo.

—AAHHHHHHHHHH—Ela gritou ainda mais alto, pensou que aquilo iria colidir com ela. Fechou os olhos e colocou o braço na frente do rosto como se isso fosse de alguma forma protege-la da colisão que estava por vim. Ela parou de gritar um tempo depois quando percebeu que não aconteceu nada ,quando abriu os olhos percebeu que aquela amadura estava flutuando do ao seu lado.

—Já se acalmou?—Falou a armadura e isso fez gritar mais ainda.

—Quem é você? Como você consegue voar? Aliás, como EU consigo voar? O que esta acontecendo comigo? EU QUERO DESCER!—Começou a chorar.

—Calma, calma. Vamos para um lugar onde não tenha tantas pessoas e como assim você não sabe quem eu sou?—havia algumas pessoas lá embaixo olhando para eles,

—Ai meu deus, agora eu sou uma aberração, você também é uma aberração?

—Você é a primeira garota que de aberração sem um duplo sentido. —Ele estava louco, ela pensava.

—O que tem de duplo sentido em chamar alguém de aberração?—ele apenas sorriu

—Me tira daqui, por favor—Era tudo que ela queria naquele momento.

—Agora mesmo—E foram.

Ela a levou para um lugar distante, longe da cidade. O homem que vestia armadura percebeu a preocupação em seus olhos, mas era para ela se preocupar mesmo.

—Para onde você está me levando? Como você pode voar dessa forma? Eu achei que existia uma tecnologia nesse nível ainda, você sabe o que esta acontecendo comigo?—Eram tantas perguntas em sua cabeça naquele momento.

—Vai com calma, vou explicar tudo para você? Estamos quase chegando. —Disse ele.

—Chegando onde exatamente?—Ela via apenas pastos com cavalos correndo assustados quando elas passavam por perto.

—Chegando... aqui!—Disse ele.

—No meio do nada?—Ela o olhou com certo aborrecimento.

—você quer ou não quer saber o que está acontecendo?

—Sim, claro que eu quero!—estava completamente avulsa.

—Então... Eu sou Tony Stark, também conhecido como Homem de Ferro. Eu consegui criar uma passagem para um universo paralelo, mas a coisa começou ficar um pouco fora do meu controle, eu tenho que rever meus cálculos—Essa ultima parte ele falou mais para si mesmo—Ah, e você acidentalmente caiu em um deles. É isso, bem-vinda ao meu mundo!—deu um sorriso sarcástico.

Ele ficou sem falar por um momento, tentando digerir tudo o ele havia falado. Foi então que ela “percebeu” que estava sonhando, ficou aliviada.

—Ah tá, entendi, isso é um sonho. Estou num daqueles sonhos que se percebe que esta sonhando dentro do sonho... interessante.—Deu um suspiro de alívio.

Ele deu um suspiro de indignação, logo em seguida lhe deu beliscão.

—Ai! Por que você fez isso?—ela perguntou.

—Viu você não esta sonhando, isso tudo aqui—Deu uma leve batida na armadura—é real. Você estava voando, você voava antes—ela fez um sinal negativo para—então, isso se deve porque você não realmente desse mundo. Provavelmente se você voasse no seu mundo, você não voaria aqui, mas é difícil saber. —ele ficou pensativo, provavelmente tentando imaginar o que poderia acontecer.

—Oh meu Deus! Isso é muita loucura. —ela achava que antes era loucura, mas percebeu agora que a loucura era maior ainda—Oh meu Deus, oh meu Deus, OH-MEU-DEUS!—disse pausadamente—eu tenho que voltar pra casa, você criou isso, certo?

—Olha, ma...—ela não deixou ele terminar

—Faz o negócio lá de novo para eu voltar pra casa, por favor, foi um prazer te conhecer, mas que quero voltar pra casa—ela o olhou esperançosa. Mas então ela percebeu que tinha algo de errado, ele a olhou com pena.

—Você pode me levar de volta pra casa, certo?—ela disse.

—Na verdade, não posso não. —Ela começou a chorar—Não, não chora não, por favor, não gosto de ver mulheres chorando.

—O que você quer que eu faça?—falava por entre as lágrimas.

—Como eu lhe disse, eu tenho que rever meus cálculos, algo não deu certo e as coisas saíram do meu controle, mas não se preocupe você vai voltar pra casa, vamos se acalme.

—E se eu ficar presa aqui para sempre?—ela olhou tristemente.

—Vamos, eu te levo para casa, minha casa na verdade, já que aqui você é uma sem-teto. A propósito, você não me disse seu nome. —disse enquanto a pegava no colo.

—Meu nome é Ana. —Falou enquanto entrelaça seus braços ao redor do pescoço dele para não cair. Seguiram, então, viagem até a Califórnia.


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Notas finais do capítulo

Gostaria muito de opiniões.



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