Descendants 2 escrita por Meewy Wu


Capítulo 64
Extra - Forever


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, que a maioria de vocês discordará de mim inicialmente, mas com certeza um dos casais mais intrigantes da fic, pelo menos para mim, são Hally (Hugo e Ally).
É estranho a forma como eles simplesmente começam a se aproximar, como duas pessoas tão diferentes, com interesses tão diferente, colidem uma contra a outra em um mesmo plano.Ally se aproximou de Hugo por interesse: Ela precisava das suas poções; Do seu cérebro; Do corpo forte que ele nem tinha noção que adquirira com os anos na Ilha. Precisava de alguém para fazer ciúmes em Christian sem perceber isso e ao mesmo tempo ajuda-la com Malévola. Ela chegou ao ponto de ficar noiva -e posteriormente, casar-se - para conseguir mante-lo ao seu lado.
Hugo se aproximou de Ally por que ela era tudo que ele sempre desejou para si: Uma pessoa independente - mesmo que as vezes não aparente - corajosa o suficiente para encarar até mesmo Carmim nos olhos e dizer o que pensa, mesmo que pense errado. E aos poucos, ele acabou se apaixonando pela garota de cabelo loiro nada natural, pelas pequenas brechas que ele via embaixo de sua armadura.
Essa extra mostra muito mais do Hugo do que de Ally, mas tenho certeza que vão ama-los tanto quanto eu quando acabarem de ler. Tenham a mente aberta, ela não é mais a mesma garota que vocês costumavam odiar...



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Dorme. Eu cuido de você.

—Alison Shell

...

..

.

Hugo acaricio os cabelos da menina, que dormia em seu colo. Ela chorará até dormir na noite anterior, berrando ao ver a mãe tirar a própria vida enfiando um caco de vidro no peito de uma vez, embreagada na própria loucura.

Para alguém que lutará tanto para sair do País das Maravilhas, alguém que estabelecerá uma vida plena e feliz longe dali, devia ser um choque repentinamente voltar e ser jogada em uma cela de prisão, por mais luxuosas que fossem.

—Ela parece tanto com a mãe que penso que morreu junto a ela – falou a rainha de Copas passionalmente, na cela em frente a eles. Ela se manteve calada durante a morte de Alice, sentada na mesa de chá de sua cela bebendo lentamente. Quando o corpo da mulher parou de se retorcer e caiu por fim sem vida no chão com o último baque, ele ergueu a xícara como se brindasse com a morta e seguiu bebendo. Era louca como Carmim, pensará Hugo.

—Ela está viva – ele garantiu, sentindo a garganta dela – Está viva.

—Não seja tolo, eu sei que está – a mulher revirou os olhos – Carmim já estaria aqui se não estivesse.

—Mas Alice morreu! – ele exclamou, e ela desfez.

—Ela sabia que isso iria acontecer. Surpreenderia a mim se não soubesse mesmo antes de condena-la a voltar. Alice era fascinante quando criança, certamente, mas perdeu sua grandeza enquanto crescia... – a mulher deu os ombros – Quem sabe essa menina não tenha uma nova chance agora?

—O que está... – Mas quando ele se virou para a cela, uma grande cortina vermelha tapava sua visão, o que significava que ela iria dormir. As vezes, ela o fazia por longos dias e as vezes por cinco minutos. Mas o tempo era tão estranho naquele lugar. Hugo acariciou os cabelos de Ally.

Nos poucos meses que estiveram ali, ela parecia diferente da Ally que conhecia, e, ao mesmo tempo, muito mais parecida com a Ally de quando chegou em Auradon do que nos últimos dias por lá. Não era mais uma menininha fraca, malvada e louca. Era apenas uma garota desconfiada e arrogante. Ele se perguntou se nunca houvessem Christian e Carmim, se eles tivessem ficado em Wonderland com todo o resto. Se Alice não tivesse lutado uma luta que não era dela e fossem apenas mãe e filha em Auradon, se essa seria a garota que ela seria.

De certa forma, mesmo não sendo uma pessoa boa, essa era ainda sim uma pessoa melhor. E ele gostava de pensar que estava ajudando ela a se tornar alguém melhor. Haviam dias que ela acordava sem lembrar de por que estava ali, e outros em que não lembrava sequer seu nome.

Nesses dias, ele inventava mentiras bonitas que a fizessem ficar feliz consigo mesma. Em outros, quando lembrava, ela ficava em choque e se batia contra as paredes. Ele imaginava que esse fosse o jeito de sua parte boa tentar machucar a má. Mas para ele sempre seria apenas Ally machucando a si mesma.

Ela se retorceu, no colo dele, e abriu os olhos.

—Bom dia – ele sorriu, ela sorriu de volta – Lembra de mim hoje?

—Claro que eu lembro – ela falou, ainda sorrindo e pegou a mão dele, aquela que tinha um anel parecido com o dela, só que menos espalhafatoso – Você é meu marido, como eu poderia esquecer de você? Meu Hugo...

Ele sorriu. Mesmo com sono e cansado, aqueles momentos valiam a pena. Aqueles momentos o faziam acreditar que mesmo naquele lugar sombrio, em um mundo louco e maravilhoso, ele havia conseguido seu felizes para sempre.

Ela se sentou na cama, se espreguiçando.

—Minha cabeça doí – ela recamou, e então ela fitou o corpo de Alice na outra cela e piscou algumas vezes – Quem é ela?

Eu espero que você nunca lembre, pensou ele naquele minuto – Não sei. Os guardas a trouxeram ontem a noite, e ela se matou. Fiquei surpreso que não tenha acordado, ela gritou tanto.

—Você parece ter ficado a noite inteira acordado – ela riu, passando as mãos pequenas pelo rosto dele, circulando seus olhos – Por que não dorme um pouco?

—Não, eu estou bem – ele garantiu, e ela riu. Uma risada cama e musical, diferente das risadas altas e forçadas de quando se conheceram em um mundo no qual nenhum deles iria pisar novamente.

—Dorme – ela repetiu – Eu cuido de você.

Ele a deixou puxar a cabeça dele para seu colo e acariciar seu cabelo enquanto ele espichava as pernas e deixava-a cantar para ele dormir, sem sentir medo de esquece-la.

As vezes, ele se perguntava como não enlouquecia como todos naquele lugar, como a própria Iracebeth, como Ally ou como Alice. Então, ele criou uma resposta para si mesmo. Ele amava Ally. Seu amor por ela o manteve são, seu amor e o sentimento de que precisava estar Ally para impedi-la de perder até mesmo suas partes boas – aquelas que ninguém mais conseguiu ver no fundo dos olhos dela, mesmo no fim quando a maldade de Malévola a consumirá.

Ele estaria ali para ela, para mantê-la viva e não ter o mesmo fim da mãe.

E esperava que isso bastasse, para sempre.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado... Ou pelo menos não odiado :P
Comentem!
Bjs, Meewy!



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