Descendants 2 escrita por Meewy Wu


Capítulo 52
The Party of the Century




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Mas se eu puder, quero ao menos tentar ser boa o suficiente para poder estar com você!

— Queenie Queen

...

..

.

Mal riu enquanto seu pai a girou pelo salão. Seu pai. Era tão estranho pensar que no mesmo dia perderá a mãe, ganhara um pai e se casará. Em um lugar de sua mente ainda tudo aquilo parecia impossível, incogitável e inimaginável.

Ela havia se perdido em pensamentos durante todo o percurso de carruagem da igreja ao palácio – o qual ela teve que percorrer sozinha na enorme carruagem, já que não podia ter contato em particular com o noivo até a noite.

Pensara em como temia não estar pronta aquela noite. Temia que por ter vindo da Ilha Ben esperasse que ela soubesse mais do que realmente sabia – embora muitas garotas que conhecesse soubessem bastante sobre esses assuntos. Também havia se atormentado com o desejo de por apenas um dia ter tido uma mãe normal e são, que lhe explicasse essas coisas em vez de apenas alerta-la sobre quão terrível era entregar seu coração – e quem diria seu corpo - a um homem.

Depois pensará em tudo que ainda queria saber sobre o pai, sobre como ele e sua mãe se conheceram, como se apaixonaram, e como se separaram. Como ela enlouqueceu? Por que ficou preso tanto tempo no País das Maravilhas, e como foi?

E depois veio o mais feroz dos medos. Aquele da qual ela mais se assustava desde que ela criança, o medo de si mesma. De não ser forte o suficiente para aguentar tudo. De quando estivesse sozinha, depois de toda a correria, desabasse me prantos pela mãe. De não conseguir suportar o peso da coroa – que parecia estar entrando dentro do seu cérebro!

—Você parece prestes a desmaiar – comentou seu pai, rindo – Quando sua mãe ficava assim, ela geralmente estava com muitas coisas na cabeça, mas... Provavelmente acho que não vou ajudar muito, seja lá no que está pensando!

—Acha que serei uma boa rainha? – perguntou ela, mesmo assim.

—Pelo que ouvi até agora, acho que será sim – ele sorriu – Mas vou ficar por perto para ver com meus próprios olhos!

—Não vai voltar ao País das Maravilhas? – ela perguntou.

—Ah, não... Já tive uma vida de imortalidade o suficiente por uma vida – ele riu.

—Isso foi... Um pouco confuso – ela confessou.

—Você é tão linda quanto eu poderia imaginar nos meus mais lindos sonhos, Mal – falou ele, exatamente como no seu sonho, lhe dando um sorriso caloroso – Ainda mais linda do que sua mãe quando a conheci.

—Espero que não esteja se gabando dos seus genes – ela brincou, e ele sorriu.

—Não, não estou... Mas você tem aquele tipo de beleza rústica, que vem de dentro... Aquele ar de compaixão e credo nos olhos que ela nunca conseguiu alcançar – ele falou, sorrindo – E é por isso que eu sei, que será uma grande rainha. Já vi essa história antes.

Mal pensou em perguntar quando, mas quando percebeu Ben tomava o lugar dele.

—E então, esposa? – perguntou ele, sorrindo nervosamente.

—Lúcifer, vou ter que começar a me acostumar com isso – ela riu.

...

Mal e Ben estavam andando pelo salão, sendo cumprimentados pelos convidados. Seus pés doíam, era verdade, mas era bem melhor do que ficar horas parados esperado que fossem lhes cumprimentar.

—Ben, temos que... – Doug apareceu do nada, com uma prancheta. Nem mesmo durante a festa ele deixava o trabalho de lado, Mal pensou, e depois pensou em como Evie deveria estar furiosa. Ben se afastou um pouco para falar com Doug, e ela seguiu andando pelo salão.

—Seu vestido é lindo! – falou uma voz conhecida. Ela se virou, vendo Audrey, seguida por Jane e Lonnie. Mal olhou para as colegas de escola. Pareciam de certa forma mais velhas e bonitas. Jane emagrecerá. Audrey perderá os traços de menininha. E Lonnie – que com certeza era quem mais mudara das três – parecia uma adulta.

—Obrigada – ela sorriu para elas.

—Bem melhor do que o outro. Sinceramente, era lindo, mas... Todo branco, Não combinava com você – tagarelou Audrey mais um pouco – Quando eu me casar, quero um vestido rosa! Acha que Evie faria um para mim?

—Acho que sim – falou Mal, ainda um pouco mal por não estar usando um dos vestidos de Evie.

—Que bom – Audrey sorriu, e entregou uma caixinha para ela. – Eu não quis deixar junto com os outros, sabe como é, pra não misturar...

—É claro – Mal sorriu. Aquilo era tão a cara de Audrey – Obrigada.

—Bem, não vamos monopolizar a noiva – sorriu Audrey, e a abraçou, sussurrando – Boa sorte hoje a noite!

Como se ela já não estivesse nervosa. Ela sorriu enquanto as três sumiam.

—Suas amigas são todas chatas assim? – perguntou Carmim, aparecendo do nada ao lado dela – Ah, eu tenho que falar Majestade, ou...

—Como se você fosse – Mal revirou os olhos – Mas acho que eu tenho que falar!

—Ah, é verdade – Carmim se fez de surpresa – Afinal, eu sou uma Rainha por sangue, e você por casamento! Quem diria que as coisas acabariam exatamente onde deveriam, não?

—Você adora poder esfregar isso na minha cara, né? – Riu Mal – Mas não vou me estressar com você, você é terrível mas fez muita coisa boa por mim hoje!

—Ah, espero que tenha lembrado de tar os parabéns a Evie pelo vestido – Carmim falou inocentemente, se afastando um pouco – Sabe como é, se eu não tivesse visto ele nos desenhos dela, que trapo você estaria usando agora?

Mal olhou em volta, mas ela já tinha sumido em meio a multidão. Ela saiu andando, até esbarrar em Ben.

—O que foi? – perguntou ele, ela sorriu ofegante, e anunciou.

—Hoje é o melhor dia da minha vida!

...

Evie sentou-se ao lado de Jane, tão abatida sozinha em uma mesa. No centro do salão, Jay era o auge da festa, dançando freneticamente com Lonnie que, céus, sorria como se fosse ela quem estivesse se casando!

—Onde está o Doug? – perguntou Jane, sem se virar para Evie.

—Com Ben. Estão querendo adiantar o máximo os julgamentos para que ele e Mal possam sair em lua de Mel – riu Evie – Mas e você? Por que não está dançando?

—Olha só aquilo – Ela apontou para um canto afastado, onde Carlo e Lottie Red riam perto de uma mesa de salgadinhos nada vegetarianos – Eu sabia que isso ia acontecer...

—O que? – perguntou Evie, erguendo uma sobrancelha – Não tem mal nenhum nisso!

—Eu e Carlos já não nos falamos a algum tempo... – Jane confessou – Primeiro eu achei que ele precisasse de um tempo, por causa da mãe dele, mas agora... Acho que ele só precisava de outra pessoa para ajudar a superar isso!

—Bem, o primeiro amor nem sempre dá certo – riu Evie sem humor – Ouça bem o que eu digo, afinal meu primeiro amor foi Chad Charming!

—É, eu lembro – riu Jane – Então... E agora?

—Por que não vai lá e tenta dançar com um daqueles meninos adoráveis da Arcádia? – Sugeriu Evie, sorrindo – Vai lá...

Evie riu, vendo Jane toda desengonçada na pista de dança.

—Senhorita? – perguntou uma voz, ela se virou, vendo um garçom com uma bandeja com uma única taça – Mandaram para a senhorita.

—Cidra de maçã? minha favorita – sorriu ela, pegando a taça e o pequeno bilhete que o garçom estendia.

“Agora que tudo está bem, talvez também possamos ficar bem.

Beba se ainda quiser uma irmã, estarei assistindo.

—Q”

Ela sorriu. Tão teatral, aquilo era a cara de Queenie. Ela olhou e volta, a procurando, mas não achou. Levou a taça a boca, mas foi interrompida por um grito de alegria...

—Evie, oi! – Branca sorriu, aparecendo com seus dois pestinhas e a abraçando – Ainda bem que eu te encontrei... Adora Cinderella, mas quando ela extrapola na bebida... Você está linda!

— Obrigada – sorriu Evie, evitando os dois diabinhos. Eles fizeram o mesmo.

Ela pegou de novo a taça sobre a mesa, pronta para dar um gole, ia precisar se fosse ter de aturar sua meia-irmã nas próximas horas, mas antes que o líquido molhasse sua língua, a taça foi arrancada da sua mão, e assustada ela viu Queenie beber todo o líquido em um gole só, caindo dura no chão.

—Queenie – gritou Bruno, se abaixando perto dela no chão – O que você fez, sua idiota?

—Ela está... – Bia começou a perguntar, mas se calou diante o olhar do irmão. Branca de Neve se abaixou perto de Queenie.

—Veneno de maçã... Eu reconheceria esse cheiro em qualquer lugar – Gemeu Branca – Evie, eu acho... Que ela acabou de salvar sua vida!

Uma pequena multidão começará a se formar em torno deles. Ela viu Carmim, que parecia estranhamente em paz com a situação, olhando não para Evie, Queenie ou Branca, mas para Bruno.

Evie não entendeu até que o garoto surpreendeu a todos beijando Queenie. No primeiro momento, não ouve nada... E então ela engasgou, puxou o ar com força e sentou-se com um forte impacto.

—Não era assim que eu imaginava meu primeiro beijo – foi o que ela falou, olhando para Bruno, que sorriu.

—Ah, Queenie... O que você pensou que estava fazendo? – Evie se lançou nela, mas ela desviou – Queenie...?

—Que fique claro... Eu não fiz isso por você – Queenie falou, se levantando com a ajuda de Bruno – Mas eu não quero ser como ela...

E enquanto Queenie e Bruno se afastavam pelo salão, e a multidão se dispersava, Evie via a irmã que nunca mais teria sumir de sua vista.

...

Eles acabaram em uma sacada em uma das torres mais baixas do castelo. O sol se punha. Ela viu Bruno sorrir e fez uma careta.

—Não precisa ficar comigo, se quiser – Queenie falou, forte como sempre – Eu vou ficar bem. Você deve estar querendo ficar bem longe de mim agora, né?

—Na verdade, tenho muitas perguntas para fazer – falou ele, sorrindo – Como, aquele foi mesmo seu primeiro beijo?

—Poderia ter sido melhor – ela falou, sorrindo de canto também.

—Em companhia melhor? – ele ergueu uma sobrancelha.

—Em situação melhor – ela falou, empurrando ele com o ombro.

—Por que não deixou que Evie tomasse o veneno? – perguntou ele, ficando sério – Eu acho que te conheço bem o suficiente para saber que esperou o tempo todo por esse momento!

—É, eu esperei... Mas então, eu vi você... E me lembrei de como você acreditava que eu era boa – ela sorriu, segurando as lágrimas – E, eu não sei se eu sou boa, Bruno... Sinceramente, eu não sei, e nada que você diga pode me convencer... Mas se eu puder, quero ao menos tentar ser boa o suficiente para poder estar com você!

—Você já é – ele riu, puxando o cabelo dela – Não é como se eu fosse a melhor pessoa do mundo. A temporada de pegadinhas desse ano foi fraca, mas ano que vem...

Ela riu. Ele também.

—Esse é um ótimo lugar para um segundo beijo – ele falou, passando uma mão na cintura dela.

—É – ela concordou, enquanto ele se aproximava. Não importava o que as pessoas tivessem visto, ouvido, ou ficassem sabendo.

Para Queenie Queen, aquele sempre seria seu primeiro beijo.

...

Os noivos enfim se foram.

O que não era um definição muito ampla, já que todos sabiam que eles estavam em algum quarto daquele mesmo palácio... Mas a festa antes nos salões agora tinha sido levada para os amplos jardins, onde mesas e uma decoração mais informal estavam esperando a todos.

Carmim sorriu olhando em volta. Era inacreditável como tudo estava em paz agora. A confusão em torno de Queenie e Evie se dispersará, e a caçula sumirá. Ela não apostaria um dedo que essas duas se resolveriam tão cedo assim, afinal ela ensinara Queenie a ser uma criança realmente má...

E não se sentia mal perante disso. Evie era tão boa agora quanto Queenie quando era jovem e inofensiva. Algumas dores só podiam ser pagas com dor!

—Bem, e o que fazemos agora? – perguntou Chris, sentado ao lado dela, sorrindo de lado.

—O que quer dizer? – ela perguntou, erguendo uma sobrancelha.

—Você já fez o que tinha que fazer – ele deu os ombros – Talvez seja hora de ir para casa, majestade!

—Ainda há muitos assuntos a serem resolvidos – Ela suspirou – Sei que quer ver sua mãe... Mas acho que temos que esperar mais um pouco... Eu tenho que comparecer aos julgamentos, e faltam só dois meses para nós nos formarmos...

—Quer voltar a escola? – Ele ergueu uma sobrancelha, incrédulo.

—Não me olhe com essa cara, eu sou uma heroína, todos vão lamber o chão a onde eu pisar – ela riu, e depois olhou em volta. Para Hannah e Hook pagando mico na pista de dança. Para Chapeuzinho e Wolf tirando uma foto de família com os filhos. Para o pai de Chris, sentado em uma mesa bem distante da de Alice – E eu tenho mesmo muito o que fazer aqui. Mas se você quiser...

—Eu vou onde você for – ele falou, segurando a mão dela sob a toalha da mesa – Somos nossos próprios lares, lembra? Isso ainda está valendo para mim!

—Para mim também – ela sorriu, e depois fez uma careta – Está ouvindo isso?

—Não, não estou ouvindo nada – falou ele, enquanto uma árvore fora do alcance das luzes tremeu e o imenso corvo negro voou em direção de Carmim. Ela fechou os olhos, mas em vez de sentir o impacto ouviu um grito.

—PAI! – surpresa ela gritou, ao mesmo tempo que Victor, enquanto o Valette que se meterá entre ela e o corvo tentava arranca-lo de seu rosto. Ela viu Victor matar o corvo com o golpe certeiro e correu para socorre-lo, antes dele cair no gramado em frente a ela.

...

Cherry se sentou ao lado de Victor no sofá do hospital de Auradon, com um copo grande de café e seu tablete.

—O que está fazendo? – ele perguntou, cansadamente.

—Atualizando as notícias... Todos querem saber o que aconteceu na festa, e tem muito o que falar – ela deu os ombros. – Carmim disse que ia ligar para a escola e pedir para arrumarem algum lugar para nós ficarmos.

—Meu lugar é aqui, do lado do meu pai – falou ele, sério.

—Ah, meu amor, não é mesmo...  – ela deu um peteleco nele – Precisamos de você no julgamento amanhã!

—Amanhã?

—As coisas andam rápido em Auradon – ela deu os ombros – pelo menos quando o rei está com pressa pela lua de mel...

—Você fala como se... Cherry! – ele arregalou os olhos – Você não!

—Ah, não me olha com essa cara, eu estive com você quase a noite inteira – ela grunhiu – Mas eu não podia deixar nada de interessante passar... E a constar pela cara daqueles dois enquanto dormiam, a noite de núpcias foi muito boa!

—Você é terrível – ele exclamou.

—Não, eu sou maravilhosa!


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Notas finais do capítulo

O fim está próximo! O fim está próximo!
No próximo capítulo temos o julgamento, cheio de surpresas... E sim, temos Wannah e Garcky, antes que perguntem ¬¬
Comentem, nessa reta final as opiniões de vocês são muito importantes!
Bjs meus malvadinhos, Meewy!



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