Descendants 2 escrita por Meewy Wu


Capítulo 29
Not So Perfect


Notas iniciais do capítulo

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Eu acho que nem sempre me lembro de dizer o quanto você é importante para mim

—Hannah Hook

...

..

.

Ben olhou para Mal de um jeito abobalhado, antes de uma sombra estranha aparecer no fundo dos seus olhos. Ele sorriu.

—Nossa você está... – ele pareceu procurar a palavra certa por um minuto – Muito bonita.

—Você também está – ela suspirou, sua voz parecia tão formal e inadequada – Muito elegante.

Ela sorriu, tentando esconder a confusão enquanto o mestre de cerimônias anunciava os dois.

—Vossa Majestade Real, Rei Benjamin Florian – anunciou ele – e sua noiva, Srta. Mal...

Ele se calou antes de poder pronunciar o resto, apenas com o olhar que Mal lhe deu. Algo dentro dela sorriu, era bom saber que apesar do cabelo e do vestido ainda era ela mesmo para fazer alguém se calar com um olhar.

Todos aplaudiram enquanto Ben e ela desciam as escadas, Mal viu Evie com Doug parados ao pé da escada, e o rei e a rainha nos seus camarotes acima de toda a bagunça da festa dos adolescentes. Eles desceriam depois dos anúncios oficiais para cumprimentar os convidados.

—Que a festa prossiga – anunciou Ben, enquanto todos gritaram em comemoração e voltaram a comer, dançar e conversar como estavam antes do rei chegar.

—Onde estão os meninos? – perguntou Mal para Evie, confusa.

—Carlos está com Jane, dançando por ai – Evie bateu palminhas, sorrindo – E Jay... Bem, eu tive que dar uns puxões de orelha nele mais cedo para que se comportasse, mas sabe que não o vejo desde então? Ele deve estar com medo de que eu o acerte com a espada de algum guarda, ou sei lá...

Mal e Ben riram.

—E então, Majestade – Evie se virou para Ben, aprontando para Mal – Gostou da minha obra prima?

—Está maravilhosa – falou Ben, daquele jeito formal.

—Não é que está? – Evie sorriu, e Doug lhe eu um cutucão – Nós vamos dançar um pouco!

—D-dançar?- Doug arregalou os olhos, mas a outra já o estava puxando.

...

—Não sabia que dava para vir vestido assim na festa – falou Jay – Evie me obrigou a colocar um terno!

—Ah, isso? – Lonnie, que tinha acabado de entrar, olhou para a própria roupa – Não tivemos folga da faculdade para nos arrumar para o baile, então...

Ela gesticulou para si mesma.

—Eu gostei – Jay afirmou – É mais... Você.

—Mas eu só to de passagem, tenho dois trabalho para entregar amanhã, não posso ficar por muito tempo – ela suspirou – Onde estão Mal e Ben? Desculpe, desculpe Vossa Majestade – ela corrigiu, quando um guarda olhou feio para ela.

—Acabaram de entrar, estavam nas escadas da última vez que os vi com Evie e Doug... Droga – Jay se escondeu atrás de um ramo de flores – Essa foi por pouco, se Evie visse que eu sujei essa camisa eu acho que íamos ter uma festa sangrenta.

—Eu gostei – Lonnie o imitou – Bem mais você!

...

—Ah Chris, ai está você, estava te procurando – a voz conhecida lhe alcançou perto da mesa de doces.

—O que foi Ally? – Chris perguntou cansado, se servindo um pouco de ponche.

—Nossa, que mal humor para quem está em uma festa – murmurou a loira e depois sorriu de novo – Então, eu estava pensando... Já que você não está fazendo nada...

—Estou bebendo ponche – ele falou, indicando o copo.

—Sim, mas.. Bem, depois que você beber, a gente podia dançar – ela sugeriu, sorrindo.

—Não, obrigada – ele falou, virando o ponche de uma vez só na boca e se servido de novo – A companhia aqui está boa.

—O jarro de ponche? – a garota ergueu uma sobrancelha.

—Exato – ele sorriu, dando mais um gole.

—Ah, Chris, por favor – ela choramingou – Mamãe e papai estão ai!

—Sua mãe não é minha mãe, e meu pai não é seu pai – grunhiu Chris, encarnando a outra – E nem mesmo depois do casamento isso via mudar, entendeu?

—Certo – ela deu os ombros, pegando um docinho da mesa e avaliando antes de comer – Mas achei que seria bom se eles pensassem que estamos pelo menos nos dando bem de novo, por que, não sei seu pai, mas minha mãe está uma fera comigo, não nos...

Mas Chris tinha parado de escutar, Carmim estava parada do outro lado do salão, rindo enquanto conversava com um aluno do segundo ano de Auradon Prep.

Ele se virou para Ally.

—Tudo bem, vamos dançar! – ele anunciou.

Ally sorriu vitoriosa enquanto eles se juntavam ao grupo no meio do salão.

...

—Obrigada – falou Carmim para o menino, o vendo seguir até seu par.

—E então? – perguntou Cherry, aparecendo do nada de seu lado com um grande sorriso no rosto.

—Mais uma vez... Pode me dizer o que está fazendo aqui?

—Tenho que falar com você e os outros – falou Cherry, dando os ombros – Quando estiverem todos juntos.

—Ótimo, agora, onde você estava?

—Na mesa de salgadinhos – ela falou, levantando um salgadinho que tinha nas mãos na cara da ruiva – eles têm salgadinhos de atum, dá pra acreditar?

—Não – Carmim fez uma careta – Já tá na hora, espero que eles não se atrasem... Você pode ficar aqui de olho em Hugo e Queenie?

—Eu não vejo por que – Cherry deu uma mordida no salgadinho, mastigou lentamente e engoliu antes de continuar – Eu faria uma coisa dessas.

—Pode fazer ou não?

—Tá, tanto faz... Mas eu vou lembrar-me disso – falou Cherry, rabugenta. – Mais alguma coisa, madame?

—Na verdade, sim – Carmim assentiu enquanto a outra reclamava – Victor... Não me mandou mais nenhuma carta nos últimos dias?

—Não – a outra deu os ombros – ele anda muito ocupado, ajudando o pai a consertar os estragos no navio do Gancho e tudo mais... Mas não é com Victor que você deveria estar preocupada, olha só...

Carmim seguiu o olhar de Cherry, vendo Chris e Ally girarem no meio do salão. Ela apertou os punhos e respirou fundo, olhando de volta para Cherry.

—De todo o modo – continuou a garota – Sua mãe está planejando a fuga em grande estilo, eles capturaram até uma f... Ops.

E assim Cherry sumiu, Carmim olhou em volta vendo Hugo a alguns metros e se afastou rapidamente antes que ele a visse, seguindo até o lugar onde deveria se encontrar com Gart e Hannah.

...

—Você não acha que esse vestido está... – Will se perdeu nas palavras repreensoras olhando paras as pernas da morena pela saia transparente do vestido – Está... Muito...

—Não me lembro de você ter reclamado quando saímos da escola – Hannah o encarou fingindo estar brava.

—Não estou reclamando, é só que... Bem... Todo mundo está olhando – falou ele.

—Não, não todo mundo – Hannah sorriu maldosamente – Só os garotos!

—Muito engraçado – falou Will, revirando os olhos – Eu acho que vou pegar uma bebida, quer?

—Não, obrigada – ela falou, e então olhou para o relógio – Olha só, Lottie esta tirando as fotos... Acho que vou procurar Carmim e os outros para tirarmos uma, tudo bem?

—Só não se perde – Will riu, dando as costas.

—Will! – gritou Hannah, quando ele já tinha dado uns quatro passos. Ele se virou bem a tempo de ver a morena correndo até ele e lhe beijando – Você é a melhor coisa que já me aconteceu, certo?

—Quanto sentimentalismo... Está doente? – ele perguntou, tocando a testa dela.

—Não, é só... Que eu acho que nem sempre me lembro de dizer o quanto você é importante para mim – ela suspirou – Bem, até daqui a pouco...

Ela saiu correndo para o lado contrário, deixando Will com cara de bobo no meio do salão.

...

—Esse lugar é incrível! – Gart falou, quando chegaram ao topo de uma das torres do castelo, depois de Becky dizer que estava com dor de cabeça.

—Não precisava vir comigo, eu vou ficar bem – ela sorriu – Só não estou muito acostumada a festas, Ally é quem sempre fica na multidão. Daqui a pouco eu volto para festa, pode ir se divertir.

—Esse – Gart riu, se encostando de costas no parapeito encarando Becky – É o fora mais educado de todos os tempos!

—Desculpe – riu Becky, dando os ombros – Mas não acho que seja uma boa ideia as pessoas me verem com você, Gart... Eu sei, que eu aceitei vir ao baile com você, e tudo mais, mas... As pessoas de Auradon costumam a... Julgar os outros por coisas que nem existem... Não quero dar mais problemas para minha mãe...

—Problemas? Não vejo como você poderia ser um problema – Gart a encarou, repentinamente sério – Você é uma das alunas mais inteligentes da classe, é bonita, e incrivelmente boa... Essa é uma combinação difícil. Como poderia ser um problema?

—Bem – ela mexeu os dedos nervosamente – Sabe aquele dia que nos encontramos na pista de corrida? Eu tinha discutido feio com a minha mãe... Por um monte de coisas... E desde então o clima lá em casa está feio, papai fica do meu lado, mas não na frente dela...

—Por que vocês... Esquece, entendi, não é da minha conta – sorriu Gart – Tudo bem, acho melhor eu voltar para o salão então... A gente se...

—Me conta um segredo – falou Becky, olhando para o longe, cortando ele.

—Um segredo? – ele riu, voltando a se encostar-se ao parapeito – e o que eu ganho em troca?

—Qualquer coisa... Que estiver dentro dos meus limites – falou ela rapidamente, vendo o sorriso que ele deu para assusta-la.

—Certo, um segredo... Deixa eu ver... Queenie chupa o dedo enquanto dorme – ele falou, e ela riu.

—Algo sobre você – Becky exigiu.

—Ah, eu sou um livro aberto – falou Gart – Não ah segredos na minha vida!

—Nenhum?

—Nenhum!

—Que chato – ela murmurou, fazendo uma careta.

—Bem, tem uma coisinha – ele falou, e ela olhou para ele de canto de olho – Meu nome verdadeiro não é Gart... Eu inventei isso quando tinha uns seis anos, por que meu nome é ridículo.

—Imaginava que Gart era um apelido – ela falou – Qual seu nome?

—Você vai rir – ele falou, sério – É... Go...Gou... Goulart...

—Minha Santa Fada Madrinha, isso é horrível – riu Becky – você está brincando, sério?

—Não, era o nome do meu avô – riu Gart – mas ninguém me chama assim, nem meu pai...

—Entendo o porquê – ela afirmou, ainda rindo, e murmurou – Goulart...

—Tudo bem, sua vez... Me conta um desejo – ele falou, e ela suspirou.

—Um desejo? – perguntou ela, confusa.

—Isso ai, algo que você queira muito – ele falou – E não vale seguir rindo da minha cara.

—Algo que eu queira muito? Eu não sei – ela falou sinceramente – Tem muitas coisas que eu quero... Livros novos, talvez um par de sapatilhas confortáveis, ou um pacote de confeitos de chocolate... Mas querer é diferente de desejar.

—O que você mais quer agora, nesse exato minuto, então? – ele sugeriu.

—Eu... Eu quero muito voltar para a festa e tomar um copo daquele ponche maravilho – ela falou rapidamente quando o olhar deles se encontraram, e começou a passar por ele. Gart agarrou-a pelo cotovelo – Solta...

—Depois da minha resposta – ele sorriu de lado, e o coração de Becky deu um pulo – Eu contei um segredo. Vamos, Rebecca, o que você mais quer nesse minuto?

—Eu... Eu quero... Eu quero muito beijar você – ela falou por fim, enquanto ele a olhava em um misto de espanto e êxtase. Ela aproveitou e se soltou dele, seguindo para dentro – Satisfeito, agora?

—Por que não beija? – ele perguntou, a seguindo.

—Por que... Não sou esse tipo de garota, certo? – ela se virou para ele – Que beija alguém só por que está com vontade, que vive amores de verão, e esse tipo de coisa... Eu sou... Sou...

—A filha da Rapunzel – Gart riu – Filha da garota que ficou presa em uma torre por anos. E agora você está construindo sua própria torre dentro de si mesma...

—Não sabe o que está dizendo – falou ela, se afastando dele que se aproximava – Você é um conquistador... Não se importa com ninguém... Minha mãe...

—Por que você brigou com sua mãe? – perguntou ele.

—P-p porque eu di-disse que queri-queria deixar o time de n-na-nana- natação – falou ela, respirando com dificuldade enquanto ambos davam voltas pelo salão – E... E por que... Por que...

—Por quê?

—Por que... Eu disse... Disse para ela que gostava de você... – ela murmurou – Por que isso importa para você?

—Por que... Você ainda quer me beijar? – perguntou ele, mas sem o humor habitual. – Seja sincera.

—Quero –as palavras escaparam da boca de Becky.

—Então beije – ele falou, dando um passo largo e ficando de frente para ela – Essa pode ser sua última chance Rebecca.

E ela beijou. Gart já tinha beijado muitas garotas antes, garotas que não sabiam usar a língua e que sabiam muito bem. Garotas com gosto de tequila e de amendoim. Mas nada se comparava aquilo. Por que nenhuma garota o havia beijado antes... O beijo de Becky era como ela, era poderoso e suave. A calmaria em meio ao furacão. Todas as garotas que Gart beijará antes se entregavam, deixando que ele as beijasse da maneira dele: Rápido e indomável. Ela não, ela parecia lutar contra os lábios dele, o forçando a manter aquele ritmo. Ela lutava a vencia.

O relógio deu o sinal de que eram onze horas, fazendo os dois se separarem bruscamente.

—Droga – Rebecca arregalou os olhos, olhando para o lado de fora – Não devíamos estar aqui. Temos que voltar para o salão, todos devem estar nos procurando!

—Você pode ir – ele falou – Eu vou ficar aqui mais um pouco.

—Gart, eu... – ela começou, mas se calou ao ver que ele não estava prestando atenção. Olhava para um pequeno objeto na palma de uma mão – O que é isso?

—Era... Do meu pai – ele falou, mostrando a ela um pequeno berloque dourado – Ele sempre disse que sempre refletiria a pessoa que eu mais amasse. Eu, entende?

Ela estendeu a mão, abrindo ele. Tinha um espelho dentro.

—Bem pai sempre foi um pouco egocêntrico – ele falou – Não é um bom presente, mas, caso alguma coisa aconteça, quero que fique com você.

—Então vai acontecer alguma coisa – ela murmurou – Não vai? Estou sentindo isso desde hoje cedo...

—Hoje é uma grande noite – ele sorriu – Já aconteceram muitas coisas, e provavelmente mais ainda irão acontecer... Agora volte para a festa, certo?

—Certo – ela sorriu, fechando as mãos em volta do pingente e dando um beijo na bochecha dele – Só, para contar certo? Foi a primeira vez que eu beijei um garoto, e não ao contrário...

—Então vale dizer que você se saiu muito bem! – sorriu Gart, a vendo sair.

...

—Onde infernos você estava? – Grunhiu Hannah, parada ao lado de Carmim atrás da porta de emergência do salão. Quase não dava para ouvir a festa lá dentro. –Estamos aqui há quarenta minutos, Gart...

—Não está vendo as manchas de Batom? Estava com alguma garota – Falou Carmim, se levantando do chão onde estava sentada.

—Não acredito – Hannah bufou – Eu poderia estar passando meus últimos minutos com Will também, mas não, eu estava aqui esperando enquanto você estava por ai se agarrando com uma qualquer!

Gart a encarou irado, parecia que algo havia morrido dentro dos olhos dele.

—Becky não é uma qualquer – ele falou, e as duas garotas se entreolharam, entendendo o que havia acontecido – Vamos logo com isso. Temos muito trabalho a fazer...


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Notas finais do capítulo

Gente, Gart e Becky dominaram esse cap, não é? Amo esses dois.
Agora: Só eu que Shippo Jay e Lonnie? (podem apedrejar!)

Curiosidade: O Nome da Carmim vem do nome da Rainha Vermelha de Alice no País das Maravilhas (o filme) Iracebeth de Carmesim (escrevi isso certo?)

Alguém já se perguntou como seriam nossos novos vilões? Estrelas como Adele e Brad Pitt lhes dão um gostinho de como eu os imaginei: http://www.polyvore.com/d2_villains/set?id=187258986

Comentem, e até o próximo capítulo. Bjs, Meewy!



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