Descendants 2 escrita por Meewy Wu


Capítulo 17
Halloween Night


Notas iniciais do capítulo

Demorei? Sim, demorei!
Vou contar um segredo pra vocês hoje: Eu ao fao isso em todas as minhas fics, mas em Descendants 2 u tava seguindo um padrão que estava dando certo ate agora. A cada 10 comentários, eu postava 1 capítulo. Ou seja, o último capítulo foi o 16, eu postaria quando tivesse 160 comentários.
Mas, como demorou muito, em respeito aqueles que comentaram (e, logicamente, a mim que queria muito postar esse cap) aqui está o capítulo:



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Mas até hoje eu acho confusa as histórias sobre o País das Maravilhas.

—Will Darling

...

..

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A festa ainda estava a toda quando os alunos do terceiro ano foram guiados até os jardins. Era uma tradição, a turma do terceiro ano saírem da festa de Halloween para contar contos de terror; Era algo que havia começado antes que qualquer um pudesse lembrar, e que ninguém parecia querer mudar agora.

E também, de certa forma, era como dizer para os alunos mais jovens: Nós confiamos em vocês, divirtam-se.

Carmim estremeceu em seu longo tomara que caia prateado, com a borda vermelha como sangue escorrendo em ferro, enquanto andava ao lado de Hannah, que parecia bem confortável em suas habituais roupas de pirata com uma pegada ainda mais pronunciada. E ao lado de Hannah, Will que havia perdido o chapéu de Peter Pan ria enquanto segurava a cintura da morena.

Carmim deveria ter deixado o Cetro das Maravilhas em seu quarto, ela percebeu pouco depois. Ele estremecia em suas mãos, sensível aquela noite. Uma noite perigosa, onde a magia era tão poderosa quanto possível. Ela sentia a corrente elétrica correndo pelos seus braços, os fazendo estremecer ainda mais, em combinação ao frio. Ela via seus cabelos voando levemente para cima e para baixo por conta da eletricidade.

Ela deveria ter deixado o cetro bem guardado hoje.

—Por aqui – falou Ben, que ao lado de Mal os guiava.

Pendurados em estruturas metálicas haviam velas de abóbora, guiando os alunos por um caminhos em direção a uma grande tenda. Ela algo em um estilo meio indiano, pensou Carmim, e parecia bastante confortável. Com um tecido brilhante, alaranjado, e levemente transparente, e dentro cheio de almofadas roxas, laranjas e pretas. Havia uma fogueira a algumas metros de distância, jogando luzes na tenta. Mas longe o suficiente para não tocar nenhum tecido.

Carmim fixou seus olhos na fogueira enquanto fazia a volta nela e se sentava entre Hannah e Becky, que tinha um pergaminho nas mãos, depois que todos se acomodaram, ela começou a ler.

—Escrito por: Wendy Darling, da primeira turma de formandos de Auradon Prep. – falou Rebecca, enquanto todos aplaudiam, inclusive Will – Está era a noite em que deveríamos ter medo. A noite em que deveríamos nos esconder embaixo das camas temendo que nossos inimigos retornassem. Mas hoje, não é assim. As linhas tênues dos mundos nos ameaça hoje, até mesmo a magia pode machucar essa noite. Mas em vez de temermos, hoje, formamos um legado.

“Durante Mil anos, e após mais mil anos, e mais mil anos, a turma do último ano da escola, deverá se juntar, longe da festa de Halloween, para contar histórias de terror. Para provar aos que virão antes de nós, que nosso legado, de que todo o bem, sempre superara o mal, prove-se verdadeiro ano após ano. Para que não tenhamos medo. Nunca mais.”

“Se hoje, vocês alunos, estão aqui, é por que está tradição se seguiu até agora, e na manhã seguinte, vocês deverão escolher um aluno mais jovem que deverá portar esse dever pelo próximo ano. Agora, a primeira pessoa, a esquerda do grupo, deve começar um conto. E em seguida, apontar para outra, até que todos tenham contado suas histórias. E juntos, sob este acampamento, dormiram esta noite após o último conto. Protegidos pelos céus, pelas estrelas, e um pelos outros.”

Mais aplausos, Ben era o primeiro a esquerda, então começou. Nada muito assustador, como era de se esperar. Em seguida foi Jay, com um conto que tinha tudo para ser trágico se não tivesse acabado da forma mais hilária possível. Hannah, como toda a boa pirata sabia contar uma história.

A partir dai seguiram, além dos outros alunos, Hugo, Evie, Carlos, Gart, Mal, Will, Rebecca e Ally.

—Chris – falou a loira oxigenada, entregando o pergaminho, que havia passado de mão em mão, para o namorado.

Christian Hatter contou uma história um tanto boba, sobre uma casa de chás assombrada, onde na noite de Halloween todos que haviam bebido chá lá durante os anos viravam espíritos e saiam de seus corpos. Ele finalizou dizendo que esse era o motivo por ele não gostar de chá, o que fez todos caírem na gargalhada.

—Quem falta? – ele perguntou em voz alta, olhando em volta – Copas!

—Obrigada – ela grunhiu, sarcástica, pegando o pergaminho que ele havia jogado – Mesmo estando só a duas pessoas de distância – Então... Uma história de terror?

Ela viu Gart e Hannah abafarem risadas, Carmim sempre foi boa nesse tipo de coisa.

—Tudo bem, eu tenho uma – ela suspirou, o vento soprou forte fazendo as chamas da fogueira tremularem, e Carmim tremulou também, olhando para a cetro das maravilhas. Ela havia desejado um vento gelado... Aquela era realmente uma noite estranha. – Essa é uma história baseada, em fatos reais.

“Era uma vez, a mais décadas do que poderíamos contar em nossos dedinhos esqueléticos, uma garotinha que vivia em uma cabana a beira de um lago negro como a alma de mil pecadores. Ninguém ousava se aproximar da cabana, eles diziam que a garota havia visto ambos os pais morrerem e completamente louca, trancada naquele lugar em ruinas... Outras línguas maldosas, diziam que ela mesmo os havia matado com as próprias mãos, enfiando-as diretamente em seu peito e arrancando seus corações...”

“Em uma noite fria, um forasteiro, que desconhecia as lendas da região, estava passando pelo lago quando viu uma garota, não mais do que dezessete anos, entrando dentro da água. Ela não mergulhava, ele contava, apenas atravessava a água como se passasse para o outro lado de uma porta. Durante uma semana, toda a noite, ele seguiu até o lago, vendo a menina submergir a meia noite, e retornar junto com o nascer do sol. E em uma noite, ele seguiu”

“Conta a lenda, que do outro lado do espelho, havia um lugar diferente de todos os outros, cheio de maravilhas maravilhosas impossíveis de descrever, um lugar que te confundia e te fazia acreditar no impossível. A mesma lenda diz, que a muitos anos, uma menina e cabelos cacheados encontrou um novo portal, uma toca de coelho, por onde chegou a esse lugar maravilhoso, e libertou seus habitantes daquela prisão confusa e mágica”

Carmim sorriu, encarando as chamas dançando, ela sabia que Alison deveria estar gostando da história. Até agora.

“A partir de então, todos os seis portais para o país das maravilhas foram fechados para sempre. Mas faltou um. Diz a lenda que, ao completarem trinta anos do dia da grande batalha, o exército de cartas ressurgirá nas margens do rio, em busca de sua rainha, e com sede de vingança!”

—Uh, a propósito, a batalha do país das maravilhas ocorreu em exatos vinte e nove anos – ela falou, como quem não quer nada – Só por curiosidade. Quem falta?

—Você foi a última – falou Gart.

—Nossa – arfou Rebecca – Você sabe mesmo contar uma história hein?

—É só uma história besta – Carmim deu um sorriso desdenhoso – Que meu pai me contava pra me assustar quando era criança, na verdade... Costumavam a ter alguns vampiros no meio, mas eu não lembro direito dessa parte!

—Pois eu achei uma besteira – riu Alison, da mesma forma desdenhosa – Afinal, todos sabem que o baralho de copas foi queimado, não é?

—É o que dizem – Will deu os ombros – Mas até hoje eu acho confusa as histórias sobre o País das Maravilhas.

—Para entender a história, você deve conhecer toda ela – falou Mal, apoiada nos cotovelos – Por isso, é bom prestarem atenção nas suas aulas, certo?

Todos gemeram, e depois caíram na gargalhada.

—Acho melhor a gente dormir logo – Falou Hannah – Antes que cartas mortíferas venham nos matar com almofadas e roubar o nosso fogo... Não, espera... Ah, vocês entenderam!

—Na verdade... Não – falou Ben, confuso.

—Mas dormir é uma ótima ideia – falou Evie, cutucando com um pé Jay e Carlos, que já estavam roncando a horas, embora não fossem os únicos. – Auradon os deixou mais molengas do que antes...

Mal riu – Será possível?

Todos começaram a puxar edredons sobre si em pequenos grupos; Evie puxou um para ela, Jay e Carlos num dos cantos; Mal e Ben se aninharam no outro; Gart estava junto com uma menina de cabelo castanho – pelo visto ele havia desistido de correr atrás de Rebecca; Will e Hannah dividiram um com Carmim, e ao lado dela Rebecca dividia um edredom com Alison e Chris. Hugo se levantou fechando a parte da cabana que dava de frente para a fogueira, deixando apenas a luz das lanternas e do fogo do lado de fora, antes de se ajeitar em um canto também.

Carmim sentiu o cetro das maravilhas vibrar em sua mão, e soube que não conseguiria dormir naquela noite. Ela fechou os olhos e ouviu os barulhos em volta.

...

Devia ter passado uma hora. Ou duas. Carmim não sabia ao certo. Ela estava a meio caminho do sono, como sempre ficava em noites onde as coisas pareciam em alerta, quando ouviu o barulho de algo.

Ela abriu os olhos em a tempo de ver o tecido da cabana se fechando atrás de alguém que havia saído. Uma parte de Carmim dizia que não era nada, que provavelmente era alguém tentando fazer uma pegadinha ou com vontade de ir ao banheiro, ou com medo de ficar do lado de fora a noite inteira.

E a outra fez ela se levantar e seguir para o lado de fora sem olhar para trás.

Pedaços cintilantes de madeira brilhavam no lugar onde antes havia a fogueira, e as lanternas também já haviam se apagado a um bom tempo. Deviam ter passado mais horas do que ela havia notado.

Ela ouviu uma voz vinda do lado de trás da cabana.

—Como assim ainda não conseguiu? – perguntou Alison para alguém, mas a voz era muito baixa para ouvi-la – Leva tempo? Você disse alguns dias!

—Shhh – foi tudo que a outra pessoa fez.

E então Carmim viu alguém andando entre as árvores a alguns metros. Não parecia saber para onde ir, a pessoa parecia confusa e desorientada. Pé ante pé, a ruiva se aproximou, até reconhecer o corte de cabelo de Mal a poucos passos.

—Copas... – grunhiu ela, se aproximando – O que, por Hades, você está fazendo aqui?

Mas a garota de cabelos roxos nem se virou, seguindo por um caminho estranho.

—Pelo amor, vamos – gemeu Carmim, se aproximando e agarrando o pulso dela – Você fica cada vez mais estranha... É sonambula agora?

—Me solta, seu projeto de verme – gemeu a de cabelos roxos, puxando o braço.

—Bertha? – Carmim ergueu uma sobrancelha – Beleza, você tá estranha! Vamos.

—Eu mandei me soltar – grunhiu uma voz rouca, velha e terrível.

—O que... – Carmim deu um passo para trás. Malévola.

—Carmim, me ajuda! – gemeu Mal, o rosto mudando e revirando de volta – Não se meta nisso, menininha.

—Legal, olha só, eu não sei como você fez isso, nem por que – Carmim encarou os olhos verdes de Malévola no rosto de Mal – Mas ninguém me chama de menininha, valeu tia?

—Tia? E não tenho idade para ser sua – e então Mal de novo – Carmim, o que você está fazendo?

—Eu? Nada não, deixa eu resolver uns negócios aqui com essa velha e eu já te ajudo – falou Carmim, sorrindo de lado – Na verdade, você é de boa uns seis ou sete anos mais velha que a minha mãe, não é?

—O que? Sua mãe é praticamente uma idosa perto de mim sua garota estúpida – a voz foi sumindo enquanto Mal caída no chão, fraca, mas pelo menos acordada – Legal, qual foi o truque?

—Digamos que eu sou muito boa em irritar vocês duas - sorriu Carmim, olhando para o horizonte – E a noite das bruxas acaba quando o sol nasce, Bertha, minha querida.

—E eu que estava pensando em te agradecer – grunhiu Mal, se levantando – Vamos, antes que os outros acordem.

—Agora, sabe, que eu te salvei de acabar com Auradon enquanto sua mãe tomava seu corpo – falou Carmim, pensativa – Acho que você está me devendo uma, não? Só pra constar!


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Notas finais do capítulo

Carmim e seu dom, de irritar geral! E eu achando que dessa vez elas viravam boas amigas... Ah Tá! Sonha Meewy!
Bem, o cap foi esse, então Comentem! Quanto mais comentários, mais cedo eu posto.

P.S. No próximo cap temos o ícone do Capitão James Hook!

Long Live Evil, e até mais pessoal!