Xeque Mate escrita por Lady Allen


Capítulo 6
O Poder do Amor


Notas iniciais do capítulo

Heey, primeiro quero agradecer aos leitores que comentaram, é muito importante para mim saber que vocês gostam da história e isso incentiva quem escreve. Obrigada mesmo. Em segundo, o capítulo é menos tenso, espero que gostem.



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Damon se sentiu acuado com o tom de acusação de Bonnie, só depois de ela tocar no nome de Elena, ele tomou conhecimento de que seu segundo casamento seria anulado.

Bonnie o analisou, parecia o mesmo Damon de sempre, embora tivesse perdido o rosto de menino dando lugar á um rosto de homem, a barba por fazer, os olhos azuis estavam gélidos, o cabelo estava cortado baixo. E ele também reparou nas mudanças de Bonnie, ela estava com mais corpo, suas roupas mais apertadas, o cabelo cortado curto, o tom de voz se tornara agressivo e seus olhos... Estavam frios.

— Vejo que não fui o único a mudar — Damon puxou uma cadeira — Sente-se.

— Não quero sentar — cruzou os braços.

— E o que você quer fazer? Me torturar?

— Como você fez comigo? Claro que não, ainda não.

— Do que você quer me culpar primeiro? — sentou — Pode começar a me acusar.

— Te culpar? Te acusar? Você acha que eu saí de Nova Orleans para Mystic Falls para te culpar? — bufou contrariada.

— Então veio aqui para me machucar? — arqueou a sobrancelha.

— Te machucar? Não me faça rir Damon... Tudo o que eu sei é que você me machucou e nem sei o motivo — ela não chorava, não desabaria ali, não seria fraca.

— É simples, você me traiu — disse como se fosse óbvio.

— Eu não voltei para cá para pedir satisfações ou para te magoar... Eu voltei para ter de volta tudo o que é meu e eu terei e farei todos os que me traíram pagarem muito caro.

— Isso foi uma ameaça? — franziu a sobrancelha.

— Tome isso como um aviso da tempestade que está por vir.

— Você mudou muito Bonnie, mas não acho que tenha mudado o suficiente para ficar cruel, fria e vingativa.

— Nunca duvide do que sou capaz de fazer, aquela garota ingênua morreu há muitos anos, agora eu sou uma jogadora.

— Então é isso, você voltou para jogar.

— O vencedor leva tudo Damon, e ao perdedor — caminhou até bem próximo a ele — Resta a queda.

— Uau... Que medo — sorriu com ironia.

— Eu não estou aqui para conversar sobre o que passamos, tudo o que eu passei agora é história, as feridas que esse amor causou em mim já cicatrizaram — arqueou as sobrancelhas — Agora eu só quero que você esteja ciente de que você vai desejar nunca ter me conhecido — Bonnie cerrou os punhos — Todos vocês irão colher o que plantaram.

— Isso não é um jogo Bonnie, é a vida de uma adolescente de quinze anos.

— Não coloque Elizabeth no meio, ela é uma exceção — garantiu.

Damon puxou Bonnie pelo braço e o corpo dela colidiu contra o seu, os olhos dele mergulharam nos dela, ele não estava se importando com as ameaças ou seja lá o que significassem as palavras de Bonnie, ele só queria beija-la com todos com beijos que guardou para ela.

— Ah, por favor, me diga que você não é a gêmea má da Bonnie — Elizabeth jogou a mochila no balcão.

— Liza — o loiro arregalou os olhos, seu coração quase saltando para fora do peito — Ela não é a gêmea da sua mãe — Damon largou o braço da esposa.

— Então, por favor, me diga que você veio para destruir o casamento do meu pai, a Elena é uma chata — pegou uma maçã — Tudo o que eu quero é que ela vá embora.

— Na verdade eu já a coloquei para fora — Bonnie sorriu de lado — E coloquei fogo nas roupas dela, e joguei o celular dela na piscina, e destruí o quarto e mandei os seguranças jogarem ela na rua com a roupa do corpo toda rasgada.

— O que? — Damon olhou para Bonnie assustado.

— Sério? Eu já amo ser sua filha — Elizabeth gargalhou — Daria tanta coisa para ver aquela cachorra jogada no meio da rua.

— Caitlin Elizabeth Salvatore — Damon semicerrou os olhos.

— Foi mal — a garota levantou as mãos em rendição.

— Você realmente está bem com toda essa situação? — ele se mostrou incrédulo e Elizabeth de ombros.

— Você pode nos deixar a sós Elizabeth? — Bonnie pediu.

— Claro que sim — a garota sorriu — E quero um irmãozinho — virou-se para sair — Mas esperem eu sair para começar a fabricar — saiu gargalhando sozinha.

— Ela agiu como uma garota matura — sorriu orgulhoso.

— Ela está drogada Damon — ao ouvir as palavras da esposa o sorriso de Damon murchou.

— Como você sabe?

— Porque eu conheci Camille em uma clínica de reabilitação onde ela foi estagiar e eu era a secretária do diretor de lá.

— Camille? Ela é tipo sua namorada? — Damon arregalou os olhos.

— Cami é minha psicóloga, melhor amiga e assistente pessoal, não viaje — revirou os olhos.

— Mas você namorou alguém quando estava sem memória? — engoliu a seco, no fundo estava incomodado, quase que como se estivesse com ciúmes.

— Boa noite Damon — Bonnie caminhou até ele e deu um beijo em sua bochecha — Te espero que nosso quarto, não acenda a luz quando entrar para não me acordar — saiu andando.

Damon sorriu com atitude um tanto infantil e um tanto provocante de Bonnie, ele sabia que ela o enlouqueceria, ou aquele amor acabaria em chamas ou no paraíso.

*

Depois de três ou quatro drinques, de uma pequena discussão com Lily e várias ligações não atendidas de Elena ele tomou coragem de subir as escadas. Damon abriu vagarosamente a porta do quarto e lá estava ela dormindo tranquilamente, as duas mãos sob o travesseiro amparando a cabeça, o cabelo estava solto, e seu corpo coberto por um edredom azul marinho. Parecia que nada havia mudado. Ele caminhou até ela e delicadamente acariciou sua bochecha gelada.

Ela se parecia tanto com sua Bonnie, mas ao mesmo tempo era tão diferente de sua esposa.

Quem seria Bonnie amanhã, a jovem doce que ele amou ou a mulher amargurada que ele magoou?

*

No outro dia Bonnie amanheceu sozinha, era óbvio que Damon não dormiria ao seu lado, não ainda, mas ela arrumaria um jeito de fazê-lo, embora ainda o amasse, Bonnie não podia esquecer que ele também a traíra, e de uma maneira ou de outra também pagaria por sua traição.

O telefone tocou e Bonnie rapidamente atendeu.

— Alô.

— Bonnie, é você mesmo. Eu não acreditei quando me contaram.

— O que você quer Kai? — Bonnie tremia.

— Almoça comigo hoje?

— Claro que não.

— Só me dê uma chance Bonnie.

— Não — foi seca.

— Algumas pessoas só precisam de segundas chances Bonnie.

— Algumas pessoas não merecem ter.

— Me dê uma chance de tentar conversar com você, talvez eu possa refazer meus erros.

— Não dá para refazer erros.

— Você está certa, mas dá para tentar.

— Vou te dar cinco minutos do meu tempo, nenhum segundo a mais, entendeu?

— Como você quiser, serei eternamente grato.

— Não precisa agradecer, talvez não valha a pena.

— Isso eu duvido, nos vemos mais tarde.

— Tanto faz — Bonnie desligou na cara dele.

*

Bonnie entrou no restaurante com o coração acelerado, respirou fundo e fingiu ser forte, mas a verdade é que aquele momento era o mais estressante até agora.

— Te dou dois minutos — sentou em frente a ele.

O homem tirou os olhos do celular e os focou na mulher a sua frente, ela estava ainda mais linda, deixara de lado o jeitinho angelical e se tornara uma mulher sexy e exuberante.

E Kai também estava diferente, o cabelo cortado em um corte militar, a barba por fazer o deixava mais másculo, os olhos ainda continuavam com um “ar” de astúcia, mas seus lábios se curvaram em um sorriso que Bonnie nunca havia visto, um sorriso quase sincero, ela poderia até acreditar se não o conhecesse.

— Fico feliz em você me dar essa chance — colocou o celular no bolso do paletó italiano — Você não imagina o quanto estou feliz por te ver.

— Me poupe das suas mentiras, apenas diga o quer — cruzou os braços.

— Eu deveria ter falado a verdade desde o começo, eu sei — abaixou a cabeça — Quando eu soube que você estava morta... Senti uma coisa estranha.

— Alívio.

— Dor — corrigiu-a — Eu era uma criança inconsequente Bonnie, você tem que me entender — fechou os olhos — Eu estava sendo obrigado por meus pais a assumir um negócio que eu não gostava, iria me casar com a mulher que eles escolheram e de repente você apareceu e mexeu com tudo dentro de mim — suspirou pesadamente — Eu fiquei assustado.

— Eu também fiquei assustada quando você me abandonou e depois voltou para minha vida para me quebrar como uma promessa — vociferou — E agora está aqui agindo como se eu importasse na sua vida, agindo casualmente cruel em nome de ser honesto.

— Você tem todos os motivos para me odiar...

— É eu tenho, e te odeio.

— Mas está aqui, se me odiasse tanto assim não estaria aqui — sorriu vitorioso.

— Aí está o Kai que eu conheço, um filho da mãe — estreitou os olhos — Diga de uma vez o que quer.

Você — foi direto.

De repente a taça de coquetel foi virada em Kai, ele se levantou assustado e Bonnie continuou sentada, quieta, assistindo o show que começaria.


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Notas finais do capítulo

Eu sei que a maioria de vocês esperava que Elizabeth fosse surtar, mas lembrem que ela não está em si, é como se esse encontro nem tivesse acontecido ainda. Queria pedir para vocês continuarem comentando, tenho várias ideias, mas preciso de vocês aqui para que eu possa postar. Vou começar a responder os reviews agora, não sei se dará tempo de responder todos agora, mas prometo responder. Vejo vocês em breve, por favor, comentem. Se vocês comentarem vou ver se consigo postar o capítulo "Team A" até o final de semana, quem sabe não posto amanhã? Mas só se tiver, ao menos, 10 comentários (Chantagista eu? Nadinha kkkk). Um spoiler pequenininho sobre o próximo: TERÁ O KING KLAUS & QUEEN KATHERINE Ansiosos? Então comentem que eu posto hehe. Amo vocês, até loguinho.