My Old Man escrita por WeekendWarrior


Capítulo 26
Move Baby, I'm In Love


Notas iniciais do capítulo

Ui!



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Jim

Phoenix – Arizona

Olho mais uma vez pro meu relógio de pulso, checo as horas: meia noite. Ajeito minha jaqueta de couro e saio de dentro do carro, atravesso a rua e paro em frente a um Clube de Strippers meia-boca. Pago minha entrada e logo adentro o local abafado, meio acabado e precário, cheio de homens e uma meia dúzia de mulheres seminuas, dançando e sensualizando, ganhando a vida.

Estou aqui a pedido – ou a mando – de meu ordinário e mal amado avô. O tal de Bill Silver, que está atrapalhando os negócios de meu avô está aqui. Estou sendo pago pra apagar esse otário, sim, isso mesmo. Matá-lo. Eu sei, eu acabei de sair da cadeia, estou em condicional, nem deveria ter saído do estado de Nevada, mas pra tudo se arruma um jeito. Eu preciso do dinheiro, preciso fazer isso. Depois que eu tiver feito toda essa merda me mandarei, pegarei Lana e meu filho e iremos pra bem longe de tudo isso. Muito longe.

Me sento numa cadeira alta no balcão e peço uma bebida qualquer, preciso achar o maldito e fazer isso logo. Eu nunca vi esse tal de Bill Silver – dizem que quase nunca é visto –, mas me deram uma base de como ele seria, cabelos compridos e mancava de uma das pernas, seria fácil.

Enquanto varria o local com os meus olhos, a procura do homem, nem percebi uma moça – stripper – se aproximar de mim.

— Quer uma dança, paizinho? – ela perguntou-me se aproximando, empinava os seios.

— Não, estou a fim de outra coisa – disse sério, ele sorriu de canto de boca – Uma informação.

Ela revirou os olhos e ia logo saindo, mas a segurei pelo braço.

— 50 dólares? – a indaguei. Ela fez uma feição como se pensasse – 100 dólares? – ela sorriu. A entreguei os 100 dólares, qual colocou em seu sutiã rosa.

— Que tipo de informação, paizinho? – ela acariciou meu braço por cima da jaqueta, sorria falsamente.

— Quero saber, qual desses cara aí – fiz um movimento com a cabeça apontando para o local – é Bill Silver.

Ela pensou por um segundo, se não me respondesse pegaria a merda dos 100 dólares de volta.

— Anda, fala! – falei firme, porém baixo. Segurava forte seu braço esquerdo.

— Olha, eu não sei… – ela mordeu o lábio inferior.

— Te paguei a droga dos 100 dólares! – estava perdendo a paciência.

Ela franziu o cenho, até que era bonita.

— Achei que você fosse um cara legal, quase nunca se vê um homem bonito e novo como você por aqui, só esses velhos nojentos – ela revirou os olhos bufando.

— Não me enrole. Vamos, diga. Não piore as coisas pro seu lado – a ameacei, claro que eu não a faria nada, mas era preciso.

Ela se aproximou mais de mim.

— Olha, eu nunca te falei nada, ok? Somos proibidas de falar sobre nossos clientes, mas é que – ela olhou pros lados – esse tal de Bill já arranjou encrenca comigo, não o suporto – revirou os olhos exageradamente, devia ser um costume – Você tem sorte, ele está aqui.

— Quem é? Qual? – me apressei em perguntar.

— Aquele ali perto do palco, no lado direito, de camisa azul – ela olhou rapidamente na direção dele, ele estava de costas, estava sombreado, era um local pouco iluminado – Nunca lhe disse nada – sorriu pra mim e saiu rebolando.

Eu não havia o notado ali antes, porém agora já era meu alvo. Quando ele saísse daqui teria uma pequena surpresa.

Paguei pela bebida e saí do estabelecimento, o pegaria quando saísse dessa espelunca.

**

Bill caminhava – e dava pequenas mancadas com a perna esquerda – calmamente na calçada, eu o seguia lentamente. Então ele parou em frente a um carro, pegou a chave e a inseriu, eu logo estava atrás dele. Peguei a glock e destravei em suas costas, ele travou.

— Hoje não é seu dia de sorte – falei baixo.

Um silêncio se seguiu, eu não fazia ideia do motivo pelo qual eu ainda não havia o matado. Sem conversar antes de matar alguém, fora o que meu pai me ensinou.

— Posso ao menos ver o rosto do filho da puta que quer me matar? – eu conhecia essa voz, eu conhecia! Virei o desgraçado com pressa, abaixei a arma.

E o silêncio infernal voltou. Eu o encarava, ele me encarava. Filho da puta. Desgraçado.

— Seu desgraçado! – exclamei me afastando.

— Jim? James? – ele me encarava confuso, sussurrou meu nome.

Minha respiração começou a ficar descompassada, não podia ser.

— Eu… – ele começou, mas o interrompi.

— Quieto! Fica quieto, não quero que uma palavra saia da sua boca, seu miserável!

Ia me afastando dele, mas ele ia se achegando, a arma ainda estava em minha mão, mas não conseguiria mais atirar, não nele.

— Meu filho

— Não me chame de filho! Você está morto! Morto! Você morreu pra mim! Morreu pra todos! – quase gritei. 

Não podia, a pessoa que arruinou minha vida estava bem aqui, na minha frente, meu pai.

Ele meneou negativamente a cabeça, parecia estar pensando.

Minha respiração estava descompassada, tudo parecia tortuoso, apertava forte a arma em minha mão. Eu não podia ter sido enganado, não!

— Eu nem sei por onde começar. Como me achou? – perguntou-me o homem que até alguns minutos atrás achei que estivesse morto.

— E-eu estou sendo pago pra te matar – engoli em seco. 

Ele olhou pra arma em minha mão direita.

— Então o faça, vamos – apontou para seu próprio peito, eu não me mexi.

Nenhum movimento de minha parte…

Ele se aproximou rápido de mim e pegou minha mão que continha a arma e apontou para si mesmo.

— Vamos! – exclamou – Eu sei o quanto você me odeia – puxei minha mão, guardei a arma.

O encarei com ódio.

— Por quê? Por que fez isso? Nos deixou. Nós precisávamos de você na época. Bom, eu não... – dei de ombros – Mas minha mãe e minha irmã precisavam de você. Anna morreu! Fiz de tudo! E você aí, solto, se fingindo de morto. Idiota!

— Eu precisava fazer isso! Precisava salvar vocês, tirar vocês do foco de toda essa merda, fiz isso por você.

— Por mim? – ri incrédulo – Poupe-me!

— Eu amava sua mãe, a amava demais. Muito! Ela era tão boa... Não fazia ideia do que ela tinha visto em mim, eu sei, eu não era uma pessoa boa. Eu nasci nesse meio, como você – ele apontou pra mim – Eu tive que forjar minha morte para vocês não correrem mais nenhum risco.

Não podia acreditar no que ele falava. Meu sangue fervia, a ponta dos meus dedos formigavam.

— Fiquei sabendo que se casou, que ficou quatro anos na cadeia e que agora tem um filho.

— Sim – levantei meu queixo em sua direção – Como sabe disso?

— Sei de tudo, meu filho, sempre soube.

Pressionei meus olhos por um segundo, essa cena ainda não podia ser real.

— Jim, volte pra sua garota. Deixe-me aqui, deixe esse velho sem vida alguma viver mais um pouco. Vá embora.

O encarei nos olhos.

— Como meu avô nunca soube que esteve vivo?

— Não parava muito tempo em lugar fixo, estou indo embora daqui uma semana.

Então era isso, ele havia nos deixado para nos salvar? Não, não. Ele não era uma boa pessoa. Ele não faria isso por nós, não mesmo.

— Vá, vá embora. Esqueça que me encontrou aqui, continue sua vida, volte para sua garota. Tenho que ir.

Ele se virou, ia entrar no carro. Eu estava sem reação alguma.

— Como você conseguiu? – ele se virou, as sobrancelhas arqueadas – Como conseguiu deixá-la? Minha mãe, ela te amava demais, tanto. Se você a amava tanto assim como disse, como conseguiu? Eu, eu…

— Foi justamente o amor, eu a deixei por amá-la demais e por ter medo de perdê-la… para a morte – engoli em seco – Agora tenho que ir, Jim. Adeus.

O vi entrar no carro e partir, ainda continuava ali, parado. Ali naquela calçada, naquela madrugada fria. Meu pai? Não. Eu o odiei a vida toda e agora…

Droga! Saí correndo em direção ao meu carro, tinha que voltar o mais depressa possível para Nevada, ir atrás de Lana.

 

Lana

Las Vegas – Nevada

 

— Meu Deus! – exclamei baixo enquanto corria em direção a porta, alguém apertava a campainha incessantemente.

Fui até a janela que ficava próxima a porta para ver quem estava a essa hora da madrugada em minha porta. Afastei a cortina e ao ver quem era, meu coração falhou uma batida e minhas mãos suaram, um pequeno sorriso brotou em meus lábios.

Jim estava com uma das mãos apoiadas na batente da porta, olhava para o chão.

Corri logo destrancar a porta, meu coração dava pulos. Abri a porta… Podia sentir meu coração bater. Nos encaramos por milésimos de segundos, não me contive, o abracei.

O abracei forte, inspirei seu cheiro, meu Deus, como sentia falta de seu cheiro. Sentia falta de seu corpo junto ao meu. Soltei um gemido de desespero, ele afagou meus cabelos. Virei meu rosto para encará-lo, ele sorria, eu também sorri.

Ele me beijou, beijou forte. Um beijo que nos foi proibido por anos, agora estávamos ali, nos beijando. O agarrei pela nuca, me grudei mais ao seu corpo – se é que era possível.

Ele me ergueu em seu colo, agarrou minhas coxas que estavam expostas, pois eu usava apenas um pequeno shorts e uma camiseta. Ele adentrou o aposento e empurrou a porta com o pé, qual fez um estrondo.

— Jim… – sorri – Silêncio, George pode acordar.

Ele afastou fios de meu cabelo do meu rosto.

— Senti sua falta – beijou-me rapidamente – Eu amo você.

— Jim, eu… – ele não me deu tempo para continuar pois me beijou novamente.

Andou comigo até o sofá, onde me deitou e deitou-se sobre mim. Ainda nos beijávamos, ardentemente, eu já estava em chamas, o queria muito.

Ele começou a beijar meu pescoço, deixou beijos molhados e quentes na região, acariciava todo meu corpo, que já pedia pelo dele. Eu arqueava meu quadril ao encontro do do seu, me sentia cada vez mais úmida apenas com isso.

— Jim, você… – ele tapou meus lábios com os dedos.

— Depois conversamos, meu amor – voltou a me beijar.

Foda-se! Que assim seja! Comecei a tirar sua jaqueta de couro e depois sua camisa branca. Ele se afastou e decidiu tirá-la sozinho, fiquei a mirá-lo. Mordi o lábio inferior, ele fitou meu ato e sorriu de canto de boca.

Jim voltou a me tocar, levantou um pouco minha camiseta, começou a beijar meu ventre e depois subiu para minha barriga, eu respirava forte. Ele acariciava minhas coxas, eu pedia por mais, só que em silêncio.

Eu soltava gemidos leves e baixos, sentia meu corpo elétrico. Jim subiu suas mãos para os meus seios, por baixo da camisa, começou a acariciá-los, os apertava. Apertei mais minhas coxas ao redor da cintura de Jim, para senti-lo mais próximo.

Coloquei minhas mãos por cima das de Jim, para sentir como ele acariciava meus seios, era delicioso, gemi baixo.

Ele se curvou para me beijar de leve, separou nossos lábios e também tirou as mãos dos meus seios, protestei com um leve gemido. Jim numa velocidade incrível tirou-me a camisa, ato que fez meus seios ficarem livres, dei um pequeno sorriso.

Num desespero que veio de meu íntimo o agarrei forte, trazendo-o mais perto possível, para um beijo avassalador. O contato de nossas peles expostas era delicioso, fez-me esfregar meu corpo no dele, sensação delirante.

— Vamos para o quarto – disse ofegante.

Ele me levantou em seu colo e se direcionou para o corredor, apontei a porta aberta. Deitou-me na cama, soltei um riso. Não acreditava que Jim estava ali, na minha frente, me tocando.

Ele se afastou, fechou a porta, logo após começou a tirar os sapatos e depois a calça. Eu o encarava com desejo nos olhos, me posicionei no centro da cama e o chamei com os dedos.

Logo Jim veio ao meu encontro, selou nossos lábios com outro beijo, agora calmo. Acariciava minhas curvas enquanto eu acariciava suas costas nuas, eu arqueava meu corpo ao encontro do dele. Jim desceu sua mão até minha coxa, agora já nos encarávamos nos olhos. Mordi seu queixo, então senti sua mão acariciar minha intimidade já úmida por cima do tecido fino da calcinha. Soltei um gemido abafado. Ele fazia movimentos prazerosos na região.

— Jim, ah... – finquei minhas unhas em suas braços – Por favor…

Ele sorriu, parou de me acariciar e logo de uma vez, tirou minha calcinha, eu estava nua. Jim começou a beijar meu ventre e foi subindo, até chegar em meus seios, para quais fez questão de dar a melhor atenção possível. Eu queria retribuir todo esses carinhos, porém minha mente estava longe e ao mesmo tempo presa, presa a Jim.

— Vamos logo, Jim – disse gemendo, enquanto tentava abaixar sua boxer.

— Você quem manda, Rainha de Nova York – falou rouco. Meu Deus, como sentia falta dos apelidos que ele me dava, sentia falta de tudo que ele fazia.

Jim retirou a última peça de roupa que restava em seu corpo, umedeci os lábios em expectativa. Eu sentia meu corpo em chamas, Jim não deveria estar muito diferente de mim.

Ele afastou minhas pernas e se posicionou na entrada de minha intimidade, que já devia estar encharcada, pedindo por ele. Enfim, Jim me penetrou, devagar, deliciosamente devagar. Fechei os olhos e soltei um gemido lento que ecoou baixinho pelo quarto.

Finquei minhas unhas nas costas de Jim quando ele começou a se mover depressa, quase desesperado, nossos corpos pediam por isso, pediam pelo prazer que um proporcionava ao outro.

— Amo você, hum... Jim… – falei quase num suspiro misturado com um gemido. Ele sorriu e estocou mais forte, me fazendo pender a cabeça pra trás.

Fechei os olhos fortemente e senti meu orgasmo chegar, soltei um gemido alto e logo era Jim quem alcançava seu ápice.

Eu estava ali, nua abraçada a Jim, também nu. Nossas respirações voltavam ao normal, mas eu sentia que estaria pronta para uma próxima, isso me fez sorrir.

— Que foi? – perguntou-me Jim com um sorriso no canto dos lábios.

Suspirei preguiçosamente, me aconcheguei mais a ele.

— Estava pensando no 2º round – Jim gargalhou.

— Sim, sim! Temos que pôr em dia o tempo que perdemos, não? – assenti positivamente mordendo o lábio. Ele se aproximou e me deu mais um beijo, lento.

Separamos nossos lábios, porém continuamos ali, sentindo o calor do corpo do outro. O dia já clareava, mas eu não me importava, parecia que o tempo havia parado. Que se ferrasse o mundo agora que tenho Jim de volta.

Me ergui para encará-lo nos olhos.

— Estou pronta para o 2º round.


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