My Old Man escrita por WeekendWarrior


Capítulo 11
Casino Oasis


Notas iniciais do capítulo

Um dos meus preferidos ♥
Boa leitura.



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Enquanto Jim conversava com Ryan

Eu não fazia ideia do que Ryan queria com Jim, mas aposto que coisa boa não é, e mesmo assim não faço muita questão de saber o que é, prefiro me manter longe dos assuntos de meu homem.

Pego um copo d’água e me sento à pequena mesa pensando em como irei contar para meus pais do meu estado atual e para Stefani, meu Deus! Enquanto divago sobre isso me lembro das revistas, cigarros e pirulitos que ficaram no carro, sorri ao lembrar o motivo qual nos fez sair correndo do automóvel.

Enquanto me dirigia em direção ao carro vi Deborah – a ruiva glamourosa. Eu parei na metade caminho, pois Deborah me encarava furiosa, ela parecia estar fora de si.

Ela parou estática a minha frente.

— Qual a sua, entojadinha? – eu arqueei as sobrancelhas – Se você acha que o Jim irá ficar com você pra sempre, está muito enganada – ela me apontava o dedo indicador, somente agora percebia que ela era mais alta que eu – Sabe qual o motivo de estar enganada? Porque é sempre assim! Ele faz isso, fica com outras, mas no final ele sempre volta pra mim. Somente eu posso satisfazê-lo completamente, eu sei do passado dele, eu sei da vida dele, sei de coisas que ele nunca te contará. Você é só mais um divertimento e quando ele se cansar de você, virá pra mim novamente.

Tomei uma respiração gigantesca e a encarei nos olhos. Isso soava ridículo da parte dela, mas de algum modo me atingia e eu me sentia ridícula por isso, por me deixar atingir com tão… pouco.

— Então Deborah, o que você acha de me contar como é ser a segunda opção? O consolo? – a encarei com um sorrisinho sínico.

Ela pensou por um segundo, engolindo minhas palavras.

— Eu e Jim temos um passado, isso nunca será apagado.

— Ninguém vive do passado, querida! Eu sinto muito, mas você não me assusta, Deborah! E é melhor você se dar por vencida, porque não largo Jim por nada nesse mundo – a olhei de relance e fui em direção do carro, peguei os objetos que lá estavam e a encarei.

— Isso é o que você pensa! – ela se virou e partiu com passos largos e decididos.

Vadia! Pensei. Segurei as lágrimas. Eu não choraria, não deixaria ela ter esse gostinho. Vagabunda! Queria gritar, mas não tive coragem o suficiente. Sinto que ainda me pegaria na porrada com essa mocréia.

Voltei pra dentro do trailer com a mão nas têmporas, eu realmente não esperava por essa da Deborah. Joguei as revistas, cigarros e pirulitos em qualquer canto e me deitei na cama do ‘’quarto’’.

‘’Eu sei do passado dele, eu sei da vida dele, sei de coisas que ele nunca te contará’’. Fiquei pensando nessa frase... Merda! Ela estava certa. Apertei os olhos e tentei esvaziar a mente. Então escuto alguém entrar no trailer, com certeza seria Jim, escuto ele tomar água e suspirar alto, enfim aparece na batente da porta. Sorrio pra ele. Parecia preocupado.

— Tudo bem, Jim? – pergunto enquanto me sento.

— Eu acho que sim... Mas estou sendo chantageado a fazer algo.

— Chantageado pelo quê? – franzo o cenho.

— Ah, isso nem importa agora... Mas acho que vou precisar da sua ajuda.

— Da minha ajuda? Pra quê?

— Depois nós falamos disso – ele me dirige um sorriso malicioso, eu correspondo.

Ele vem em minha direção na cama prensando seu corpo contra o meu enquanto nossas línguas travam uma luta entre si. Agarro sua nuca e arranho o local, passo minhas pernas ao redor de sua cintura para poder senti-lo mais perto, ele se afasta. Me senta na cama e tira meu vestido, me deixando só de roupa íntima.

— Você ainda está vestido... – sussurro enquanto agarro a gola de sua camisa.

Ele se afasta e fica de pé ao lado da cama, tira os sapatos primeiro, depois as meias, então tira a camisa desengonçadamente por causa do ferimento no ombro, por enfim a calça. Mordo o lábio inferior ao encarar uma parte em especial de sua anatomia, ele segue meu olhar e arqueia uma sobrancelha com um ar engraçado, estico meus braços em sua direção, como num pedido para que ele volte a me tocar.

Ele volta para a cama, volta para mim, volta a me tocar. Ele me arruma de um jeito que eu fique em seu colo, deixando nossas pélvis em contato. Não há uma parte do meu corpo que ele não faça questão de tocar, eu era sua obra-prima. O senti correr as mãos pelas minhas costas e encontrar o feixe do meu sutiã, o abre e passa a amar de seu modo aquela região. Me deita na cama e tira a única peça que restava em meu corpo, ele ficou um tempo a me observar e uma vergonha boba me abateu.

— Jim... – murmurei.

Ele retira sua roupa íntima e se reaproxima, ficando por cima de mim. E ficou me torturando por mais um tempo, adiando o momento, acho que ele queria que eu implorasse, estava quase fazendo isso. Mas ele ouviu minha prece muda e me fez sua.

Era como se no mundo todo, naquele momento, fosse só nós dois. Estávamos presos e condenados a nos amar pra sempre e quando nossos olhares se encontravam, era como se houvesse magia. Eu nunca havia sentido isso, ele me tinha nas mãos dele – literalmente.

(...)

Uma semana já se foi e nem tudo está as mil maravilhas, Jim sai quase todas as noites, mas eu não ligo que ele saia, eu temo que ele não volte. Sei que nem sempre será assim... Calmo e pacífico.

E teve mais! Eu liguei para meus pais e contei toda minha situação – quase toda. Disse que havia encontrado o ‘’homem da minha vida’’ e que tinha deixado tudo para viver com ele, somente isso saiu de minha boca no telefonema que dei; meu pai não foi contra, mas também não foi a favor, mas disse para eu seguir o caminho que achasse melhor, porém minha mãe pirou completamente, mas é claro que eu não dei a mínima, eu não ligo pro quê minha mãe diz, eu amo o drama.

Ah! Também liguei para Stefani, claro! Que quase teve um infarto ao saber, ela até falou em pegar o primeiro voo pra Las Vegas e me levar embora pelos cabelos, mas no final, contei toda história a ela – quase toda – e aposto que ela entendeu, pois acabou me dando força e silenciando, ela sabe e eu sei que eu não arredaria o pé daqui.

Mas não acabou as notícias não! A novidade é; eu vou participar de um assalto. Ok, ok! Não presente, tipo, sair atirando e ameaçando pessoas, digamos que é algo mais pensado, o plano é: Ryan participará de um jogo de pôquer e eu meio que serei a sua ‘’namorada’’, o velhaco/ricaço/dono do Cassino/magnata, que assaltaremos, um tal de Drake Dalls, participará do jogo de pôquer, ele sempre joga num dia especifico da semana, então foi fácil... Até aqui.

É aí que eu entro nessa história, num ponto do jogo Ryan apostará a mim e claro eu vou ter que jogar meu charme para o velhaco... Eca! E assim ao final, pedir que ele me leve a seu escritório, mas é claro que usarei meu glamour – qual Jim disse que eu tinha – e persuadirei o homem/velhaco. Aí, de lá, ligo para Jim, que virá com seus amigos, capangas, sei lá o quê! E cuidarão do resto, mas o problema é que o homem/velhaco tem seguranças, mas Jim disse que darão conta deles. No entanto, perguntei a Jim: ‘’Por que eu? Por que Ryan? Por que não você? Por que não outra mulher?’’ Sua resposta foi: ‘’Porque você é magnífica, o cara cairá na sua laia. E por que do Ryan? Porque ele me conhece e o Ryan não. Fique calma! Nada dará errado se você fizer tudo certo’’.

Eu tô muito, mas muito nervosa! Acho que eu poderia suar sangue e o plano entrará em ação amanhã, e se você acha que o Jim bolou tudo isso, na-na-ni-na-não! Foi o tal do avô dele, que o intimou por algo que eu ainda não sei o que é. E eles roubarão diamantes do tal do Drake Dalls, vulgo velhaco. Eu nunca fui muito de rezar, mas acho que essa noite antes de dormir rezaria como se estivesse condenada ao corredor da morte.

(...)

 

Agora são 14:00 da tarde e estamos no centro de Las Vegas. Eu, Aline – esposa de Mike, qual participará do assalto – e Deborah, que veio contra a vontade, mas teve que vir para comprar a roupa de gala que usaríamos hoje no Cassino.

Entramos numa loja muito chique, muito glamourosa. Meus olhos brilhavam ao olhar os vestidos longos nos manequins e nas vitrines. Aline sempre ficava ao meu lado e me indicando vestidos, enquanto a atendente fazia o mesmo. Já Deborah havia se afastado e escolhia o vestido sozinha.

Aline havia percebido que eu a olhava.

— Ela te fez algo? – indagou Aline.

— Oh, quem? Deborah? Não! – neguei veementemente com a cabeça.

— Ela é uma amargurada, não ligue pra ela – sorri.

— Eu não ligo mesmo! Mas não tenho nada contra ela... E nada a favor.

Rimos e continuamos a caminhar dentro da loja, olhando todos os vestidos. Eram todos lindos, mas nenhum que realmente chamasse minha atenção. Mas então, lá estava ele, o vestido mais lindo que eu já vi na minha vida, ele era simples, mas também marcaria a presença de quem o usasse, seria esse vestido que eu usaria hoje. Uma apreensão me abateu só de pensar no por que eu estaria o usando hoje. Falei para a atendente qual era meu número e me dirigi ao provador.

O coloquei e me olhei no espelho do pequeno provador e me senti divinamente linda, esse vestido tinha o poder de fazer qualquer mulher se sentir divina. Saí do provador e vi Aline fazer um ‘’O’’ com a boca.

— Magnífico, Lana! – exclamou Aline segurando minhas mãos. Eu sorria de orelha a orelha.

— Obrigada! Acho que ficarei com esse. Ele é longo, confortável. E o principal: é vermelho, minha cor favorita...

Então olho pro lado e lá está Deborah com um vestido longo lilás, ela cruza os braços e diz:

— Acho que esse vestido não caiu bem em você – disse em tom de escárnio.

Franzi o cenho. Eu e Aline nos encaramos por um segundo, enquanto Deborah ainda encarava meu vestido.

— Pare de dar de invejosa, Deborah – Aline exclamou em tom autoritário – E trate de mudar essa sua cara! Não te ajuda em nada.

Deborah deu as costas e voltou pra dentro do provador. Tratei de segurar o riso. Deborah parecia respeitar Aline, algo que nunca teria a mim, respeito.

Saímos da loja com vestidos, sandálias e bolsas a postos. Tudo que usaríamos hoje à noite. Fechei os olhos e suspirei por um segundo, eu estava com medo, é claro que eu estava com medo. Acho que Aline percebeu, pois me abraçou dizendo:

— Fique calma! Ficará tudo bem... É uma pena que não participarei. Mas é só você seguir todos os passos do plano e pronto! Quando vir já se foi!

A abracei de volta e pensei em Jim.

(...)

— Fica calma, meu anjo! – dizia Jim perto do carro de Ryan. Eu estava indo pro Cassino, pôr o plano em prática – Vai dar tudo certo. Você sabe o que fazer, né? Quando chegar no escritório dele, peça pra ir no banheiro e me ligue.

Assenti e o beijei forte.

— Te amo – acariciei seu rosto.

— Te amo. Mas agora vá.

De modo pesaroso me afastei dele e fui em direção à porta do carro, Ryan já se encontrava lá dentro. Entrei no carro e o loiro deu partida. Eu estava muito nervosa, precisava conversar.

— Jim não ia pro Cassino? – encarei seu terno azul escuro.

— Ele vai, mas primeiro temos que fazer nossa parte, não? – Ryan piscou. Me segurei pra não revirar os olhos – Já que hoje faremos papel de casal temos que deixar algumas coisas claras, tipo toques... Beijos...

— Cala boca, Ryan! A gente só... Só irá se tocar se necessário.

— Amantes se tocam o tempo todo.

— Não somos amantes!

— Temos que fazer Drake pensar que sim, isso irá instigá-lo.

— É, pode ser... Porém, se fizer algo que eu não gostar...

— Já é o bastante, Lana! Você aceitou entrar nessa, agora tem que fazer direito.

Silenciei comprimindo meus lábios. Falando em lábios, esqueci de passar meu batom, peguei o batom de dentro da minha pequena bolsa e usei o espelho do pó para passar o batom vermelho, combinando com o vestido.

Suspirei forte e me encostei no assento. Senti o olhar de Ryan sobre mim, mas o ignorei, estava ficando muito nervosa. Eu ficaria alguns minutos a sós com Drake Dalls. Mas quando avistei o Cassino e entramos no estacionamento daquele recinto enorme, meu coração parecia que ia saltar pela boca, minhas mãos suavam.

— Fique calma! Nada de ruim vai acontecer se você não fizer nada de errado – Ryan tentou me acalmar inutilmente.

Porque todos estão me dizendo a mesma coisa hoje? Me perguntei.

 

(...)

 

Eu estava de pé ao lado de Ryan, que estava sentado e concentrado no jogo de poquêr e Drake Dalls estava a nossa frente, também concentrado. Eu havia feito o que me mandaram, jogar meu charme pra cima do velhaco, era o que eu fazia, com a uma taça de Martini na boca, tentava sensualizar. Ele já havia percebido e tratava de me encarar de volta, ele devia achar que estava ‘’bafando’’ e que eu estava caidinha por ele.

Tudo estava bem até o momento que Ryan me agarrou pelo quadril e me trouxe pra perto dele – me segurei para não revirar os olhos – mas somente sorri de volta, passando meu braço esquerdo por cima do ombro dele, mas o infame era persistente, começou a acariciar meu quadril e senti sua mão indo para um lugar que não devia. Enfiei minhas unhas em sua nuca o repelindo.

— O que é isso, amorzinho? – disse pra mim em tom safado.

— Não em público, querido... – sorri. Retardado!

Percebi que Drake nos observava e aproveitei para encará-lo com um rosto de desejo – claro que totalmente falso!

Assim o jogo foi indo e os jogadores saindo da mesa, até o momento que ficou só Drake Dalls e Ryan na mesa. Então o jogo de blefe estava começando e o momento de eu entrar em ação também. Claro que Ryan perderia o jogo de propósito, ele poderia muito bem vencer, mas era tudo uma armação.

O jogo começou a ficar mais competitivo e o dinheiro cada vez maior e eu tinha que ficar ali paquerando o velhaco enquanto Ryan tentava me tocar incessantemente. Até o momento que Ryan disse:

— Eu aposto minha garota.

Vi os olhos de Drake Dalls brilharem e meu estômago virar, mas mantive a cara de safada. Oh, Deus! Como isso era difícil!

E o momento final do jogo chega e Drake tem ótimas cartas, então Ryan vira as suas... Ryan perdeu.

— É isso aí. Perdi meu dinheiro e perdi minha garota – disse Ryan em tom zombeteiro.

Drake Dalls me comia com os olhos, com certeza ele ia querer me levar pra um dos quartos de seu Hotel Cassino, mas inventaria algo e o faria me levar a seu escritório.

— Pense bem antes de apostar algo de valor – foi a voz grossa de Drake que me tirou dos devaneios.

Ryan se levantou devagar e sussurrou em meu ouvido:

— Agora é com você... – suspirei.

Fui ao encontro de Drake Dalls, que me esperava com um sorriso bobo de ganhador no rosto.

— Aonde gostaria de ir...? Qual seu nome? – falava meu nome verdadeiro ou inventava um?

— Simone – menti. Pensei em Nina Simone, minha ídola e deu nisso. Simone!

— Hummm, Simone. Gostaria de ir a um lugar mais particular?

— Adoraria Sr. Dalls – mordi meu lábio inferior o instigando.

— Venha! – ele disse me segurando pela cintura.

Enquanto íamos em direção ao elevador pensei no que haviam me dito para fazer, levá-lo para o escritório, lá estaria o cofre com os diamantes.

— Sr. Dalls – soei melosa – é verdade que senhor é dono de tudo isso?

— Sim – disse orgulhoso.

— Então o senhor deve ter um escritório, não? Aqui...

— Meio óbvio... – droga! O que eu faço? Pensa! Tive uma idéia.

— Sabe, é que eu sou meio tarada por escritórios.

Caralho! Da onde tirei essa? Pelo amor de Deus! Mas acho que funcionou, pois vi sua expressão mudar.

— Ah, é? Nós poderíamos dar uma passada lá – YES! Quase dei pulos de alegria!

— Eu adoraria Sr. Dalls – lambi meus lábios. Entramos no elevador e ele clicou o número do andar. Só agora eu havia percebido que os seguranças estavam conosco. Uns armários!

Chegando no andar nos dirigimos a uma porta que continha o nome dele em uma plaquinha dourada. Drake Dalls ordenou para que os dois seguranças que nos seguiam ficassem no lado de fora... Ele achava mesmo que transaria comigo! Estava achando que ia transar com uma ‘’tarada por escritórios’’.

Entramos no escritório que poderia ser maior que a casa de alguém, as paredes/janelas eram de vidros e à noite, como era agora, se via todas as luzes de Las Vegas.

— Gostaria de Bourbon? – ele me tirou dos devaneios. Preciso me concentrar!

— Oh, sim, claro! – sorri falsamente pra ele, por incrível que pareça eu estava calma – Sr. Dalls...

— Por favor, só Drake.

— Ok, Drake. Onde há um banheiro aqui?

Ele me apontou e fui em direção ao banheiro.

Entrei, liguei a luz, me encarei no espelho, passei as mãos no cabelo, pensei por um segundo e peguei o celular na minha bolsa e liguei pra Jim.

— Lana? Tá tudo bem? Tudo certo?

— Jim? – disse baixinho enquanto me apoiava na pia – Sim, tá! Tô com ele aqui já, no escritório. Vem rápido!

— Tá! Fica calma! Age naturalmente.

— Ok! Te amo!

— Te amo!

Ele desligou. Recoloquei o celular na bolsa, me enrolei um pouco no banheiro e logo após fui ao encontro de Drake Dalls.

Ele sorriu ao me ver e me entregou o copo de Bourbon.

— Obrigada, Drake.

— Então você disse que... – ele não terminou a frase pois escutamos sons de batidas vindos do corredor. Eu sabia que era Jim e o resto deles todos.

De repente Jim entra correndo e atrás dele estava Ryan, Deborah e mais uns quatro rapazes, todos com armas na mão – um deles era Mike. Meu coração palpitou, joguei o copo pra qualquer canto e corri em direção de Jim, o abracei.

— Você armou pra mim, vadia! E está com o canalha do Jim Morrison! – Drake Dalls gritou furioso.

— Vadia é a dona sua mãe! Agora cala boca e senta lá! – Jim gritou com ele.

Drake encarou a arma por uns segundos e obedeceu Jim. Logo dois homens tiraram todos os pertences dele e o amarraram numa cadeira. Eu encarava tudo aquilo assustada. Jim percebeu.

— Ryan! A leve embora! – ordenou.

— Não! Eu vou ficar! Vou ficar com você! Por favor, Jim...

— Não, é muito perigoso. Não quero que corra qualquer perigo.

— Jim, mas e você? Vou ficar!

— Qual que é? Vão ficar nisso? – exclamou Ryan já na porta.

— Vá, Lana! Não teime!

Me colei a ele e o beijei forte, como se fosse a última vez e saí rápido dali.

Saindo do escritório vi Deborah cuidando da porta.

— Aonde vocês vão? – exclamou ela.

— Jim quer que eu a leve embora – exclamou Ryan muito rápido.

— Então vão!

Podia jurar que vi Deborah dizer: ‘’Ele não faria isso por mim’’. Mas agora não era tempo para divagações, Ryan iria me tirar daqui.

Entramos no elevador e saímos apressados no subsolo. Caminhávamos naquele local silencioso e meu salto fazia eco, então de repente, um brutamontes aparece e dá uma chave em Ryan, que parecia já estar totalmente sem ar, porém percebo que a arma de Ryan ao ser abordado caiu, não penso duas vezes, pego a arma e... Atiro! Sim! Atiro contra o enorme homem que segurava Ryan.

O homem ao levar o tiro, que eu mal sabia aonde tinha o acertado cai no chão se contorcendo e Ryan tossia fortemente. O loiro se recompôs depressa, pegou a arma de minha mão e me arrastou pra dentro do carro, pois eu estava em estado de choque. Ele deu partida e saiu cantando pneu pra fora do Cassino.

Só senti as lágrimas invadirem meus olhos... Eu soluçava incontrolavelmente. Eu podia sentir meu rímel escorrer pelo rosto.

— Calma Lana, calma! Você não o matou – ele afagava meus cabelos, não me importei com seu toque.

— Eu atirei em alguém! – gritei em total desespero.

— Você fez o que era certo.

— E as câmeras Ryan? Eles verão tudo e serei presa – disse entre meus soluços.

— Drake Dalls não dará nenhuma queixa, sabe por quê? Ele está sendo chantageado nesse exato momento.

— Pelo quê? Parece que todos estão sendo chantageados! – falei com a boca trêmula.

— Nós conseguimos umas fotos muito comprometedoras dele, claro que saíram por uma nota, mas valerá à pena – deu um sorriso debochado – Sabe as fotos? Então, ele usava uma calcinha rendada da Hello Kitty, estava preso e amordaçado, sendo castigado por duas masoquistas, iguais a ele.

Minha boca se tornou um ‘’O’’ perfeito, quem o visse jamais diria que ele fosse disso.

— Imagine como ficará pra ele e pra sua família se as fotos vazarem? – resmungou Ryan, ainda rindo.

— Meu Deus! Vocês pensaram em tudo... – passei a mão no queixo – Menos em algo, que eu atiraria em alguém – disse exasperada.

— É, isso não há como desfazer.

Voltei a chorar.

Havia chorado o trajeto todo de volta ao parque de trailers, desci do carro sem ao menos olhar para Ryan, ele me segurou pelo braço.

— Quer companhia?

— Não, tudo bem... Obrigada – ele soltou meu braço.

Já quando eu estava entrando no trailer ele chama:

— Lana!

— Sim? – viro o pescoço.

— Obrigado por me salvar, ele havia me pego para matar.

— Não há de quê! – e entro no trailer batendo a porta.

Desabo dentro do trailer, tiro meu salto alto e me deito na cama ainda com lágrimas escorrendo meu rosto, agarro o travesseiro e me aconchego. E a cena volta a minha mente, eu atirando naquele homem, eu nem sei por que fiz aquilo, claro que foi para salvar Ryan, mas eu poderia ter usado de outra estratégia.

Nem sei quanto tempo fiquei ali, inerte, totalmente desolada. As lágrimas já secaram e não havia mais o que chorar.

Ouvi ruído de carros se aproximando, pulei da cama e corri descalça para fora, então Jim saiu de dentro do carro com uma mochila nas costas, eles haviam conseguido. Dei um suspiro de alívio e o olhei bem pra ver se não estava ferido, não, não estava. Me aconcheguei a ele que alisava meu cabelo como que para me acalmar. Então vi Mike passar do nosso lado com uma arma na mão apontada pra cima dizendo:

— Drogas e diamantes! Drogas e diamantes! – ele ria. Logo após vi Aline correr em sua direção e beijá-lo.

Meu homem é um homem mal, meu homem é um bandido.

— Vamos, Lana – disse Jim segurando minha mão e me guiando para dentro do trailer – Vamos fazer amor.

 


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Notas finais do capítulo

bjbj



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