Sombras do Passado escrita por Zusaky


Capítulo 6
Vl


Notas iniciais do capítulo

Postei um pouco mais tarde do que de costume, mas foi porque minhas aulas voltaram hoje. Enfim, espero que gostem do capítulo.

Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/636476/chapter/6

Eileen acordou no dia seguinte somente com o barulho de alguém batendo na porta. Quando esta se abriu, ela forçou-se a abrir os olhos e, como de costume, sua mão foi para debaixo do travesseiro, procurando pela sua arma. Sua frustração foi grande ao perceber, porém, de que não estava mais em casa. Ela realmente havia sido transportada para o passado e, agora, não tinha mais nenhum de seus equipamentos consigo.

Ao ver que não se tratava de nenhum ladrão ou assassino, mas da Sra. Bradley, ela se aquietou e voltou a deitar a cabeça no travesseiro. Ela pensou melhor sobre sua estadia naquele século estranho. Talvez fosse melhor do que sua antiga vida, no século vinte e um, onde tinha que dormir com um olho aberto para evitar imprevistos. Sabia que ninguém jamais conseguiria achar pistas sobre si, mas a ideia de ser executada pelos diversos crimes a assustava.

Mas logo tirou aquela ideia da cabeça. Duvidava que conseguiria viver fora da era da informação e tecnologia. E o que mais poderia fazer ali, na Londres Vitoriana? Não queria ser praticamente uma escrava de tanto trabalhar, que era o que as mulheres mais pobres faziam, e tampouco desejava construir uma família e ter filhos, como o resto das damas. Usar vestidos longos e pomposos, falar de maneira cortês demais, ser totalmente submissa... Isso não lhe parecia ser nada agradável.

E ainda havia mais uma pessoa que não permitia que ela ficasse ali. Ela sentiu-se melancólica por lembrar-se daquilo tão repentinamente.

A Governanta interrompeu os pensamentos da assassina quando afastou a cortina branca da janela, deixando toda a claridade do dia entrar no recinto.

— Meu Deus! — exclamou Eileen, tentando bloquear a luz colocando a mão na frente dos olhos, mas sem muito sucesso. — Por que me acordou tão cedo?

— Já passa das nove horas, senhorita — explicou a Sra. Bradley, com uma voz divertida. Usava um vestido escuro novamente, igual ao do dia anterior. — O Sr. Caulfield me instruiu a te acordar nesse horário e preparar o seu banho.

— Que seja.

E assim a Sra. Bradley fez. Eileen estranhou; pensou que uma empregada qualquer viria atendê-la, e não a própria Governanta. Imaginou se ela não teria mais o que fazer por ali. Quando puxou o lençol para o lado, notou que estava sem as roupas do dia anterior, de modo que vestia-se apenas com uma camisa branca de mangas longas. A peça provavelmente chegaria até suas coxas facilmente se ela ficasse de pé.

De imediato ela pulou da cama e dirigiu-se à Sra. Bradley.

— Onde estão minhas roupas? — exasperou, e a raiva que sentia fez com que o frio todo de uma manhã em Londres não a afetasse.

— Oh — fez a senhora, como se fingisse surpresa, saindo do banheiro. — Suas roupas estavam muito sujas, senhorita. O Sr. Caulfield não se importou em ceder uma das camisas dele para seu uso.

Eileen sentiu seu rosto esquentar após a resposta recebida. Não lembrava-se de muito da noite anterior – talvez um dos efeitos causados pela máquina do cientista? Não saberia dizer –, apenas de que, após a fria despedida de Ethan, ela foi guiada para um dos quartos no segundo andar e tomara um rápido e relaxante banho. Depois disto, só recordava-se de ter deitado na cama e apagado em um instante.

— Ele me... Foi ele que me vestiu? Ele me... tocou?

A Sra. Bradley franziu o cenho, dessa vez realmente surpresa pela pergunta. Era mais do que claro que todos naquela casa acharam estranho a presença daquela figura tão peculiar ali, mas nada falaram entre si, afinal aquilo não lhes dizia respeito. Ela pensou em soltar um sorriso, mas ao ver os olhos escuros da moça tão assustados ela desistiu.

Quando havia perguntado sobre as próprias roupas, a Governanta avaliou, ela tinha apenas ficado com um pouco de raiva, mas naquele momento, referindo ao seu corpo, a Sra. Bradley notou que a moça parecia mais do que preocupada. Aquilo, ela sabia bem, deveria ter suas raízes em um possível trauma. Foi com tal pensamento que ela sentiu um instinto materno apossar-se de si.

— Não, não, minha querida — disse, com sinceridade, tomando as mãos de Eileen com as suas próprias. — Fui eu quem fez tudo, mas não se preocupe. Agora, oh, veja. A água já está boa para seu banho.

Eileen de imediato entrou no banheiro, assustada com tudo aquilo. Detestava sentir medo, mas aquela situação a obrigou a encarar que, naquele momento, estava temerosa. O toque da Governanta na sua pele simplesmente acabou consigo. Aquele jeito maternal e doce, os olhos que faltavam sorrir junto e toda a preocupação... Não sabia se isso era comum naquela época, mas apostava que não.

Por que essa velha fez isso comigo?

Quando se notou sozinha naquele cômodo, a assassina se permitiu derramar uma mísera lágrima. Ela logo lembrou-se da pessoa que a prendia no seu verdadeiro século. A única por quem ainda nutria algum tipo de afeto.

Mama.

. . .

Quando a Sra. Bradley desceu as escadas, logo após a convidada se trancar no banheiro, foi com tamanha pressa. Os olhos castanhos procuravam desesperadamente pela figura de seu patrão. Os outros empregados, vendo a correria da mulher, logo quiseram saber o que havia acontecido de tanta importância – afinal, não era sempre que viam a Governanta agir com tanta apreensão.

— O que houve? — perguntou um dos mordomos, um rapaz jovem, magro e dono de cabelos loiros.

— Onde está o Sr. Caulfield?

Uma das criadas se apressou em dizer que ele esteve a manhã toda, desde que havia levantado, trancado em seu escritório. A Governanta se apressou, segurando o vestido para que não tropeçasse na barra dele. Para os empregados, era uma cena incomum e, de longe, deveras engraçada.

Ao chegar, enfim, em frente ao escritório de seu patrão, a Governanta parou por um momento antes de bater e ensaiou as palavras que deveria dizer. Arrumou o vestido e os cabelos, e após um longe suspiro foi que ela deu três batidas na porta.

Assim que entrou no recinto o barulho de piano encheu seus ouvidos. Não o havia escutado antes, talvez pela afobação, mas agora escutava e muito bem. O som, porém, findou-se instantes depois. De início ela sentiu-se culpada por ter interrompido tão bela e metódica melodia, mas deveria ser direta, como sempre fora.

— Sr. Caulfield — começou ela, botando um pequeno sorriso no rosto. — A Srta. Hawkins já está acordada e no banho, como o senhor instruiu.

— Bom — respondeu ele, mas estranhou o fato de a senhora ter permanecido ali. A ansiedade dela era quase palpável. — Algum problema?

A Srta. Bradley não se demorou a falar.

— Roupas — disse ela, arqueando ambas as sobrancelhas. — As que a Srta. Hawkins vestia... bem, ela não pode usar as mesmas vestes hoje. E ela não parece ter trazido roupa alguma na sua... viagem.

Era mais do que claro que a Governanta estava curiosa a respeito da moça. Todos estavam, na realidade, mas ninguém atrevia-se a fazer perguntas para Ethan. Adelaide Bradley havia servido os antigos Caulfield, pais do rapaz, quando estes ainda eram vivos, de maneira que pôde acompanhar de perto todo o seu crescimento, criando certo afeto por ele, mas não criando intimidade o suficiente para falar sobre alguns assuntos – incluso a morte dos pais.

Ethan não gostava de falar sobre aquilo – nunca o havia feito, na verdade –, mas Adelaide sabia toda a história. Com ambos os pais mortos, tudo o que restou aos dois pequenos irmãos foi morar com a tia, em Cambridge. A casa e todos os móveis foram mantidos ali. Quando o mais velho atingiu a maioridade, enfim retornou para Londres, mas muito mais reservado que antes. Dono de tamanha fortuna, acumulada graças às terras da família, era óbvio que várias jovens apareciam para disputar sua atenção, mas rapidamente eram repelidas pelo modo frio com que ele as tratava.

Antes que Ethan pudesse responder, novas batidas na porta foram ouvidas, tirando a Sra. Bradley de suas divagações. O mordomo apareceu e fez uma leve reverência.

— A Srta. Caulfield acaba de chegar, senhor — disse ele, de maneira polida. — Ela o aguarda na sala.

Quando o mordomo saiu, os dois ainda presentes no escritório se olharam. Era sempre daquele jeito. Ethan não aguentava o gênio difícil da irmã e acabava por deixá-la aos cuidados de sua Governanta, a quem sua irmã era mais apegada e tratava diferente dos demais.

Quando ambos chegaram à sala principal, os olhos escuros do dono da casa logo capturaram a figura feminina sentada no sofá vermelho. Os cabelos ondulados e castanhos haviam sido presos no alto da cabeça, deixando o resto do comprimento solto, chegando até a metade das costas. O vestido vermelho que usava não era nada menos que elegante e combinava com a tez clara da moça. Quando ela o avistou, colocou um pequeno sorriso nos lábios.

— Quanto tempo, meu querido irmão — disse ela, levantando-se para abraçá-lo. — Por acaso tem estado tão ocupado para não ir me visitar? Ou eu te irritei muito na última vez que nos vimos?

— A primeira opção é a mais sensata, acredito, Louisa. — Ele sentou-se no outro sofá de frente ao que ela estava e a avaliou de cima a baixo. — Seu cabelo está praticamente solto. Novamente.

Louisa revirou os olhos, mas o sorriso foi mantido em sua face bonita.

— Gosto dele assim.

Ethan mal esperou que sua irmã terminasse a explicação e já voltou a falar.

— Preciso de um favor — disse ele, desprendendo as costas do sofá e curvando-se mais para frente. Ao lado dele, a Sra. Bradley observava tudo. — Uma... amiga minha estava vindo me visitar, mas por causa de um pequeno acidente acabou por ficar sem suas roupas. Empreste um de seus vestidos.

O sorriso de Louisa sumiu e tudo o que ela fez foi erguer as sobrancelhas. Louisa era uma mulher presunçosa, que se orgulhava de tudo o que tinha, comprava os melhores vestidos das mais renomadas e caras lojas. Apesar disso, era uma boa pessoa – assim Ethan considerava. Sabia como conduzir uma conversa sem deixá-la tediosa, tinha ótimos contatos e uma enorme preocupação para com seus amigos, embora negasse tal fato até o fim de sua vida.

— Uma amiga? — indagou ela, embora fosse uma pergunta retórica. — Ah, não me importa. Sra. Bradley, você ainda tem a chave do meu quarto?

— Sim, minha senhora.

— Ótimo. Pode pegar um dos vestidos lá.

A Sra. Bradley soltou um sorriso e se apressou ao quarto da mulher, no andar de cima.

. . .

Quando Eileen saiu do banheiro, notou que havia um vestido cor de vinho na cama dossel em que havia dormido. Já havia se livrado do choque que os toques da Sra. Bradley lhe proporcionara, e agora permitiu-se ser vestida com a ajuda dela e de outra empregada. Não gostava muito da ideia de ser dependente de outra pessoa, mas como ela era a intrusa ali – tanto na casa quanto na época –, então permitiu tal coisa.

A Governanta ainda tinha falado a ela sobre a irmã de Ethan, Louisa Caulfield, e que esperava que as duas se dessem bem e virassem amigas no tempo em que estivessem hospedadas ali. Eileen preferiu manter seus pensamentos para si mesmo, não externando o fato de que logo iria embora daquele lugar. Talvez o dono daquela enorme casa não houvesse contado para a mulher mais velha como eles conheceram.

Eileen segurou um sorrisinho ao pensar nisso. Mesmo que Ethan tivesse contado, duvidava que alguém fosse acreditar.

Ele disse que minha pele estava brilhando.

Ao terminar o serviço, as duas mulheres olharam para a convidada e se sentiram satisfeitas. Eileen, por outro lado, não conseguia entender como poderiam achar graça em vestidos tão espalhafatosos como aquele. Odiava vestir tal peça, era essa a verdade, sempre preferiu calças. Mas não reclamou tanto, uma vez que pareciam saber de seu desagrado, então pegaram algo mais simples e sem tantas camadas, com mangas curtas.

No fim, Eileen finalmente se retirou do quarto, com a Sra. Bradley a seguindo, e desceu as escadas. Logo pôde ver Ethan sentado em um dos sofás de frente para uma mulher um pouco mais nova que ele. Quando a assassina sentiu o olhar da mulher desconhecida cravado em sua figura, estreitou os olhos, algo típico seu. Não conseguiu decifrar o que havia naqueles olhos castanhos; eles até poderiam ser intimidadores para outras pessoas. Mas não para ela.

Assim que a viu se aproximar, Ethan se levantou.

— Essa é a Srta. Eileen Hawkins — ele apresentou para a irmã, logo em seguida se virando para sua convidada novamente. — Srta. Hawkins, essa é minha irmã, Louisa Caulfield.

— Estou encantada — disse Eileen, sustentando o olhar da outra mulher com altivez. Era mais que óbvio que não estava tão encantada assim.

— É claro que está — respondeu Louisa, no mesmo timbre de voz.

Ethan parou para analisar aquela cena por um momento. Conhecia sua irmã desde que ela nascera, então tinha conhecimento sobre a personalidade forte dela. Por outro lado, havia conhecido Eileen somente no dia anterior, mas sabia muito bem que ela também tinha uma presença muito forte e hostil em qualquer ambiente.

Foi com base nessas simples análises que ele resolveu intervir logo no início.

— Eu e a Srta. Hawkins temos alguns assuntos para resolver na cidade — falou Ethan para a irmã, de maneira apressada, como se não estivesse disposto a dar muitos detalhes. — Espero que aproveite sua estadia aqui.

— Com certeza irei, meu irmão.

. . .

Já na carruagem, a primeira coisa que Eileen fez foi analisar o interior. Todo forrado em veludo, bastante espaçoso e com cortinas, de modo que quem estivesse do lado de fora não pudesse ver o que havia lá dentro.

— Como foi que me achou na prisão? — indagou a moça, sentada de frente para Ethan.

— Eu tenho meus contatos.

— Sei.

Ela se calou por alguns instantes, mas logo a imagem da mulher morta na rua apareceu em sua mente. Olhou de esguelha para Ethan, que havia afastado um pouco a cortina e parecia concentrado demais para notá-la o examinando.

— Você foi encontrada na presença de uma mulher que foi assassinada, correto? — ele finalmente falou, e Eileen apenas balançou a cabeça, surpresa com o fato de ele praticamente ter lido sua mente. — Ela não é a primeira. Aconteceram mais cinco mortes como a dela nos últimos quatro meses.

Eileen franziu o cenho para ele.

— Seis mulheres mortas, então?

— Não exatamente. — Ethan suspirou, como se fosse um assunto que ele não gostasse de discutir, mas que ao mesmo tempo precisava ser debatido com alguém. — Homens também foram mortos. Por coincidência, ou não, foram os respectivos maridos. A mulher que você viu ontem se chamava Alyssa Warllow. Seu marido, o Sr. Sebastian Warllow, ainda está vivo. Assim espero eu.

— É para a casa desse Sebastian que estamos indo agora? — ela indagou, recebendo um aceno de cabeça como resposta. — E por que está me contando tudo isso?

Era óbvio que Eileen havia estranhado o fato de que aquele homem – que ficava mais tempo calado do que falando – estivesse contando tudo aquilo a ela. Pensou que talvez ele estivesse com alguma desconfiança.

Não vou ser acusada de um crime que não cometi.

Mas então imaginou que ele poderia apenas estar buscando algum tipo de ajuda. Por que, então, não fez isso junto à polícia? Ele havia conseguido até mesmo tirar ela da prisão, então certamente era um pouco mais íntimo dos oficiais do que um cidadão comum. Poderia desconfiar também de algum deles. No fim, Eileen não conseguia descobrir o porquê.

— Estou investigando esses casos por... por uma questão pessoal — respondeu Ethan após algum tempo em silêncio. — Sua ajuda seria bem-vinda.

Ela pareceu pensar por um momento. Não sabia exatamente o motivo, mas ele pareceu realmente querer sua ajuda. E parecia realmente ser dono de uma grande fortuna. Tinha contatos com pessoas influentes. Uma ideia surgiu na cabeça de Eileen e ela não pensou duas vezes antes de falar.

— Posso fazer isso sem problema, mas tenho uma condição — respondeu ela, levantando o dedo indicador para o rapaz, que observou tal gesto com curiosidade. — Há uma pessoa que preciso encontrar aqui.

Os minutos seguintes se sucederam com Eileen explicando sobre a aparência do cientista, torcendo para que ele também tivesse chamado tanta atenção quanto ela ao ir parar ali. Ethan, é claro, ouvia tudo o que ela falava, fazendo apenas algumas perguntas de vez em quando – ela precisava se esquivar de quase todas elas. Não sabia o impacto que causaria deixar com que uma pessoa do passado soubesse alguma coisa do futuro. Talvez isso apagasse por completo a existência dela em seu tempo, e isso era a última coisa que Eileen queria.

— Posso perguntar qual é essa questão pessoal que te fez querer perseguir esse assassino? — indagou ela, imitando o gesto que ele fizera minutos atrás, afastando um pouco a cortina para olhar o que se passava lá fora.

Estranhamente, Ethan sentia-se mais à vontade com aquela mulher estranha do que quando estava com pessoas conhecidas por ele há muito mais tempo. Anos antes quando alguém lhe fazia alguma pergunta mais pessoal, ele fazia de tudo para mudar de assunto, ou apenas se dignava a responder palavras vazias. Com o tempo, os outros não mais insistiam em saber de sua vida, sabendo a resposta seca que viria caso o fizessem.

— Meus pais foram mortos por um assassino de uma maneira igualmente brutal — ele respondeu, seco. — Não foi a mesma pessoa de agora, mas ainda assim... não consigo entender o que faz uma pessoa matar outra. Assassinos não são nada menos que desprezíveis.

Eileen teve que se esforçar para conter um sorriso. Aquela era, sem dúvidas, a cena mais irônica que havia presenciado em toda sua vida.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Louisa apareceu bem pouquinho, mas não se preocupem, essa não será sua única aparição aqui. No final do capítulo tivemos uma pequena surpresa com a última fala do Ethan, não é? Não me odeiem por isso, rs.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sombras do Passado" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.