Demi: Viva ou Morta? escrita por SrGhost


Capítulo 2
Mary Have a Secret


Notas iniciais do capítulo

Eu pensei muito antes de escrever o final deste capítulo. Eu queria um personagem diferente e que ao mesmo tempo eu pudesse colocar um pouco de realidade nesta trama. Então o que eu coloquei ali no final não foi apenas para chocar, e sim, porque eu vou explorar bastante no próximo capítulo. Este capítulo vai ser mais focado nos personagens Mary e Sr. Dawn do que no mistério. Hey! Adorei o Feedback do Capítulo 1. 18 Comentários na primeira fic não é para qualquer um u.u kkk



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Capítulo 2 – Mary Have A Secret

– Demi era uma pessoa única. Não teria coragem de fazer nada de ruim, com ninguém – Disse uma das empregadas de Demi. – Ela era tão boa que às vezes, me convidava para almoçar junto com ela e seu noivo, Wilmer Valderrama.

Então o caso explodiu na mídia. Cool For The Summer subiu de #99 para 1# no iTunes em menos de um dia. As visualizações de seus clipes na conta Vevo aumentaram em 30%. Todo mundo é Lovatic. Todos cantam suas músicas na rua. É sempre assim. Uma das leis do pop é que: Se uma artista – supostamente – morre. O artista decola.

Sr. Dawn estava pensante naquele dia. O caso lhe intrigava. Os fios de um cabelo negro encontrados na cama de Demetria, já estavam sendo analisados.

E o sangue encontrado na cena do crime definitivamente não era de Demetria. Pois o tipo sanguíneo de Demetria é O+ e o encontrado entre os lençóis é A+.

Enquanto Jonathan esperava a ligação de Mary sobre o ‘’tal amigo’’ que poderia lhes ajudar. Ele apenas estava olhando os jornais e noticiários. ‘’Demetria está morta’’, ‘’Demetria desaparecida’’ ou o clichê ‘’Caso Demetria, o País inteiro chora este dia’’.

A casa de Sr. Dawn era ampla e espaçosa. Grande de mais para uma só pessoa. Era tudo absolutamente organizado e perfeito. As paredes estavam minuciosamente pintadas na cor branca, o piso fosco reluzia e não havia nada fora do lugar. Doía lembrar que essa já fora uma casa cheia de sorriso, vozes e planos. Por isso o detetive gostava tanto do seu trabalh. Em casa não havia nada para passar seu tempo. Sabia que isso era triste. Mas sem amigos, assim era sua vida social: Inexistente.

Viver petrificou o coração deste homem.

Sr. Dawn Engravidou sua esposa – já falecida por problemas de pressão - muito cedo. O que arruinou seus planos de tornar-se um detetive internacional. Sua filha, Gena, só aparecia nos feriados do final de ano. A Faculdade tomava muito do seu tempo. Cada parte do seu passado o impedia de ser feliz no presente.

Então chegou uma mensagem. Mas não de Mary.

****

Morar sozinha não era exatamente fácil. Mary saiu abruptamente da casa de sua mãe aos dezessete anos. Cursava jornalismo, sim, ajudante de detetive era apenas um trabalho de meio período. Naquela manhã estava muito intrigada com os fatos do crime. Mary só estava interessada no crime porque era fã da vítima. Organizando suas ideias, deduziu que um dos amantes que estavam com Demi na noite em questão, teria assassinado a cantora. Talvez em quanto Demetria estivesse dormindo. Mas como um crime furtivo poderia fazer tanta bagunça?

A presa de Mary atualmente, depois de um banho, colocara suas roupas e já se dirigia a porta.

– Até mais, gata. – Disse a pessoa conhecida na noite anterior, com sua fina voz.

– Até logo, espero. – Disse Mary, sabendo que nunca mais veria aquela pessoa.

Mary sabia que era bonita. Nascida ruiva natural. Ela tinha um intenso olho verde, o esquerdo. O seu olho direito era de um verde mais fraco. Apenas poderia ser notado com exposição ao sol, mesmo assim, teria de se ter uma boa proximidade.

Era sábado. 10:00hrs. Mas mesmo neste dia, Mary não podia descansar. Estava como um zumbi, só estudava para as provas na sua faculdade ou trabalhava com Sr. Dawn. Não havia hora. A ruiva teria de estar lá, e hoje seria um desses dias. Mais um dia aturando os humores de seu chefe.

Telefonou para Red. Um amigo que era denominado por ele próprio Hacker.

– Alô? – Era Red, outro perdido na vida que morria aos sábados, domingos e feriados.

– Red? - Oi, Mary, é você? – Perguntou ele, sem entusiasmo na voz, como de costume.

– Sim, como vai? Preciso de sua ajuda.

– Tá, e daí? – Outra característica dele. Tanto tempo sendo melhores amigos. Pena que os laços enfraquecem.

****

– Isto é Simples. – Disse Red, sem expressão.

14:00hrs. ‘’Red: Manutenção e Informática’’. Red poderia solucionar o problema com facilidade.

– Será fácil descobrir a senha do e-mail de Demi para conseguirmos desbloquear este iPhone, sem problemas.

– Apenas trabalho com datas – Observou Sr. Dawn.

– Amanhã de manhã, Good For You? – Disse Red, outra característica dele, mesclar português e inglês. - Mary virá buscar. – completou Sr. Dawn com naturalidade.

– Isto é meu trabalho. Eu não trabalho pela manhã. – Mary respondeu na lata. Sem coragem de encarar Sr. Dawn.

– Sua ideia. Seu dever. – Respondeu o detetive irredutível.

– Eu estudo. Eu tenho vida. – A ruiva respondeu suando e tremendo. Nunca havia se oposto com Sr. Dawn. E não sabia como fazia agora.

– Eu estou acima de você. Você não tem escolha. – O detetive finalizou.

– Pessoal... – Disse Red tentando encerrar o debate.

Então se fez uma pausa. Seguido de um silencio absoluto de exatamente cinco segundos. Mary escutou o barulho dos corações batendo. Respirava com dificuldade enquanto o detetive a encara como se ela fosse uma imundícia inútil. Foi à calmaria que anunciava a chegada de uma tempestade.

– Eu me demito. - Mary quebrou o silencio. Mas não sabia se era o certo.

– Como é que... – Sr. Dawn arregalou os grandes olhos negros. Aquele olhar a destruiu.

– Cale-se, você não é o meu chefe. – Mas Mary não teve medo.

O detetive, a ajudante e o técnico aguardaram exatamente dois segundos. Esperando a consequência para está ação de Mary.

Mary acabou apenas dando as costas e indo embora. O nervosismo transpirava (literalmente) sobre Mary, tremula e pronta para chorar um rio. Deixava aquele lugar e o primeiro emprego que tinha arrumado em sua vida. Estava arrasada. Mas acima de tudo, cansada. As trocas de humor de Sr. Dawn não eram aceitáveis, ele era rígido de mais para ela. Ela não estava à altura, de nada que o detetive pedisse.

****

Jonathan apenas caminhava sem velocidade para sua casa. Gostava de Mary só não sabia como demonstrar isto. Pensou em pedir desculpas para a jovem de dezenove anos. Mas ele não podia, seria do seu jeito ou continuaria solo. Rumou ao seu lar e iniciou os exames de sua segunda prova: O Diário de Demi Lovato.

O detetive rumou para a última anotação registrada em diário, ainda na noite do crime.

‘’Estava linda naquela noite, não eu ofuscada, mesmo que indicada ao maior prêmio, mas ela. Com seu estilo espalhafatoso e colorido. Ela queria o que vinha entregando aos outros faz tempo, mas querer não é poder. Todos que dizem serem meus amigos estão aqui, esquentando banco, porque hoje somente ganha quem passa o cheque, quem compra. Mídias não se comovem mais com dramas, a garota que superou todos os problemas de sua vida não tem destaque algum. Eles querem alguém para ser sua rainha, e depois dessa vem outra, e outra. Quem já foi, é esquecida. Então eu fui lá e o fiz, e quem um dia disse que poderia ganhar um Grammy e um Oscar, ficou apenas me observando. Eu estou no topo. Eu sou uma rainha. ’’ – 20 de Janeiro, 2015

O detetive rapidamente foi pesquisar em seu Notebook: ‘’Eu também posso ganhar um Grammy e um Oscar‘’.

‘’Sua pesquisa tem um total de um milhão de resultados’’.

E todas as pesquisas tinham o nome de Selena Gomez.

Sr. Dawn checou seu celular para ver se alguma mensagem havia chegado.

Nem Uma.

Apenas uma antiga:

‘’Retrocedendo e procurando de novo. Uma para ser divida por dois. Ou três. Talvez quatro e um cumplic. ’’ – Good Thing

A mensagem havia chegado pela parte da manhã. Número desconhecido. Ele retornou ao motel onde, supostamente, serie o último lugar onde a vitima havia estado. Tudo já estava perfeitamente arrumado. Sem nem uma segredo, mistério ou jogo mental. Ali estava, o diário da cantora. Por cima da cama. O diário esteve durante o dia todo em um laboratório para identificação de digitais. Mas Dawn já sabia qual seria o resultado. As únicas impressões digitais encontradas são as de Demetria.

Mas se Demi estava com seu diário até o último minuto de sua morte, como ele simplesmente sumiu e reapareceu? Isso confirmou sua suspeita: Antes de chegar à cena do crime, alguém já havia estado lá. Alguém mexeu nas provas que lá estavam.

Para ele isso significava várias coisas: Alguém esteve antes e depois na cena do crime. Alguém está observando seus passos. Quem é Good Thing? É amigo ou inimigo?

Tirando Sr. Dawn dos pensamentos: Outra mensagem.

‘’Venha ver ela. Cuide bem dela. Talvez você não vá encontrar alguém melhor. ’’ – Good Thing

Por um momento ele pensou. Logo em seguida ficou sem ar. Depois correu.

****

Mary estava na pior. Ouviu qualquer porcaria de alguma rádio desconhecida e bebia Energy Drink misturado com vodca. Depois de ter chorado igual ao um vulcão que finalmente entra em erupção. Ela olhava para as paredes do seu apartamento. Como faria para se manter ali?

‘’This Is My Heart…’’

Aquela música ou aquele clima? Qual dos dois partia mais seu coração? Então escutou as batidas na porta.

Abriu. Não gostou do que viu. Tentou bater a porta na cara de Sr. Dawn. Não conseguiu.

– Mary... – Estava exaurido. Parecia ter corrido uma maratona. – Estava...

Longa pausa para recuperar o fôlego. Ele não tinha carteira. Mary revirou os olhos.

– Você está bem? – Perguntou o detetive já entrando no apartamento.

Mary estava tonta por causa da bebida. Não saberia diferenciar se o que estava acontecendo era um delírio de sua mente ou não.

– Eu... – Mary tentou dizer.

Ele rastreava o lugar com os olhos. Desde os poucos quadros na parede até a louça da pia.

Mary estava pegando fogo. A bebida foi sua gasolina, não estava para brincadeiras.

– Saia. – Disse Mary, fria. - Mary... – Ele tentou argumentar.

Então Mary arremessou a garrafa no detive. Ela não raciocinou, apenas o fez.

Ele esquivou, por pouco.

– Saia! – Berrou Mary, deixando escapar algumas lágrimas. – Mary... Mary Me Desculpe. – Finalmente disse ele.

Mary estava chochada. Sr Dawn não era de se render.

Em um impulso, Sr. Dawn escolheu o pior momento para tentar lhe conseguir um beijo. Seus rostos ganharam proximidade. O coração de Sr.Dawn parecia uma bomba relógio. Então Mary colocou suas mãos sobre o abdome do detetive e sussurrou:

– Sr.Dawn, espere.

– O que? Você não quer? – Perguntou Sr. Dawn, mantendo proximidade.

– É-a... – Mary gaguejou

– Fale. – Disse Sr. Dawn

Longa pausa. Ouviam-se apenas os suspiros nervosos de Dusk e a respiração de Dawn.

– Eu gosto de mulheres.


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Notas finais do capítulo

Não me matem. Por favor.