O Nosso Amor escrita por ElaineBDQ


Capítulo 28
Nada a Esconder.




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“ No fundo de cada alma há tesouros

escondidos que somente o amor permite descobrir.”

Rebeca sentada em sua mesinha rabiscava algo na folha de papel em branco, mas vezes ou outra parava para perguntar pela mãe.

_ Melissa quando é que a mamãe volta?

Melissa olhou para a menina e já estava inquieta sem saber o que poderia responder, pois sempre que a pequena perguntava a única resposta que tinha era “ela volta logo”, mas aquilo parecia já não satisfazer a pequena que já se tornava inquieta.

_ Sua mamãe já deve esta em casa hoje a tarde Rebeca!

Ambas olharam para Rafael entrava no quarto.

_ Graças a Deus nada aconteceu com vocês. Eu já estava aflita sem saber o que responder pra essa pequena.

Rafael aproximou-se delas e abaixou para ficar na altura da menina e por alguns segundos se deteve em analisar os detalhes que nunca havia notado. Agora fazia sentido o fato de sempre ter achado Rebeca diferente de Antonio. É obvio, ela não era filha dele e sim sua!

Como podia ter sido tão bobo em não notar aquele olhar e o sorriso tão parecidos ao dele? Definitivamente aquela era sua filha!

Nunca tinha pensado em ser pai, mas ao ver Rebeca ali na sua frente sentia seu coração encher de felicidade! De uma coisa tinha certeza, agora que sabia a verdade, jamais desistira de lutar pela sua filha e a única mulher que verdadeiramente ele amava!

***

Tinham passado cinco dias desde o acidente e aos poucos a rotina de todos foi voltando ao normal. Durante aqueles dias, Helena preferiu dar uma pausa na empresa e se dedicar mais a filha. O fato de quase ter perdido sua vida despertou nela um amor ainda maior, pois só o fato de imaginar ficar sem aquela pequenina do seu lado lhe afligia demais!

Com o olhar atento de mãe ela observava a menina que desenhava algo já fazia alguns minutos, apesar de sua tentativa de olhar, Rebeca fez questão de mostrar somente quando estivesse pronto! Minutos depois ela se aproximou e mostrou o que na imaginação dela seria uma família perfeita: A mãe, o pai, a filha e um animal de estimação.

Foi impossível que aquela imagem não lhe tocar profundo, pois sua filha estava tão perto do pai e ao mesmo tempo tão longe.

Pensar em Rafael fez com que ela recordasse os momentos em que estavam naquele lugar perdidos de todos. Quando estavam ali ele tinha sido tão diferente daquele homem que sempre a atacava com palavras brutas e a magoava grandemente.

Enquanto esteve sozinha no hospital algumas imagens desencontradas vinham à sua mente e apenas o que se lembrava era a voz de Rafael dizendo:

“Por favor, meu amor não durma, eu preciso que você fique acordada! Helena, eu amo você. Por favor, acorde!”

Seria possível que aquelas palavras fossem reais? Seria coisa de sua imaginação aquilo ou de fato ele a amava?

Deixou a filha fazendo suas brincadeiras e seguiu para seu quarto, precisava de uma ducha para liberar aquelas inquietações. Enquanto estava ajeitando o roupão em sua cintura ouviu o toque da porta e imaginando que se tratasse de Melissa mandou que entrasse, mas para seu engano não era ela, e sim Rafael.

Helena levantou de um salto e ficou de frente para ele. Como não esperava por aquela visita ela foi logo se preparando, pois toda vez que se viam eles travavam um embate.

Percebendo sua inquietação, Rafael comentou:

_ Não precisa ficar apreensiva, eu vim apenas me despedir.

_ Despedir?

_ Sim. Minha casa ficou pronta e vou voltar para lá.

_ Oh!

Saber que ele não estaria mais ali deveria lhe trazer alivio, mas ao contrario trouxe certo desconforto pensar que ele estaria longe. Também não conseguia compreender o porquê dele vim se despedir dela.

_ Eu fui ver a Rebeca e ela me deu isso.

Rafael estendeu para ela o desenho que a pouco sua filha tinha lhe mostrado e ao ver aquilo sentiu seu coração bater acelerado devido ao nervosismo. Tinha medo que ele tivesse descoberto que Rebeca não era filha de Antonio e sim dele então desconversou:

_ Ela sente falta do pai...

_ Não deveria, afinal eu estou aqui. Não?

Como ele tinha descoberto? Não recordava de nenhuma vez ter deixado escapar isso! Sem ter como fugir ela o fitou e apesar do seu olhar assustado tinha que tentava esconder aquela verdade, mas Rafael parecia tão seguro de sua afirmativa que ela não sabia como dizer que não.

_ Você não precisa negar, Helena. Para mim ficou óbvio depois de olhar para ela... E também quando você mesma me disse!

_ Eu te disse?

Quando tinha feito isso?

_ Na verdade, quando você estava delirando de febre me disse muitas coisas...

Oh Céus! Como podia ter sido tão burra? Ela levou a mão à testa em sinal de arrependimento e ao ver aquela cena ele riu, pois ela não tinha como escapar.

_ Mas o que me marcou, foi descobri que a Rebeca é nossa filha.

Apesar dele ter certeza do que dizia ela não iria aceitar assim tão fácil por isso retrucou mentindo.

_ Isso... Não pode ser Rafael!

_ Por favor, não negue! Até porque você não precisa. Eu não pretendo tirar ela de você... Na verdade, eu apenas quero ter o prazer de ter ela como filha.

_ Rafael... Eu não estava preparada para isso.

Ela sentou à beira da cama e ele se aproximou lentamente parando em frente a ela.

_ Eu não vou fazer acusações porque sei muito bem o porquê de tudo isso. Na verdade eu fui o grande culpado. Mas eu quero fazer tudo certo dessa vez! Sem mentiras, sem enganos e sem vingança.

Helena passou a mão no rosto e mordeu o lábio inferior numa atitude de desorientação momentânea, pois aquilo parecia demais irreal para que ela cresse assim de fácil.

_ E se eu disser que não quero?

_ Eu vou dizer que não acredito!

_ Como você pode dizer que não acredita Rafael? Não esqueça que foi você mesmo que um dia me disse que tudo o que sentia por mim era mentira.

_ Posso! Porque eu ouvi dos teus próprios lábios tudo o que ficou adormecido durante todo esse tempo.

_ Quando?

Ele não precisava responder por que ela já sabia quando... Pois quando ele falou que tinha ouvido dos próprios lábios dela imediatamente vieram a sua mente a cena.

_ Você repetiu muitas vezes que me amava.

_ Por favor, eu estava ardendo em febre. Não pode ser levado em conta!

Tentando fugir daquela conversa ela levantou na tentativa de poder se ocultar, mas quando ela tentou sair Rafael segurou sua mão e fez com que ela ficasse face a face com ele.

_ Eu entendo teus receios, mas eu estou arrependido de tudo o que fiz no passado e quero muito recomeçar novamente. Porque eu te amo! Quando eu pensei que ia ter perder me passou tanta coisa pela cabeça.

_ Rafael...

_ Me deixa falar, por favor! Eu fiquei em pânico de perder a chance de amar a única mulher que realmente me fez viver o que era um verdadeiro amor, você Helena. Eu te amo, por favor, vamos tentar novamente.

Por tantas vezes desejou ouvir aquelas palavras e tudo era tão maravilhoso que ela não conseguia conter a emoção. Apesar da insegurança não conseguia esconder aquela centelha dentro dela e antes que pudesse segurar sentiu lágrimas rolarem em seu rosto.

Fazia tanto tempo que não chorava copiosamente, e não pôde segurar!

A mão dele ofegava seu rosto numa caricia suave e em meios aos toques suaves ele dizia palavras carinhosas até que ela teve seu corpo totalmente abraçado por ele. Helena fechou os olhos e o abraçou com força, pois naquele momento era mais do que um simples gesto, eram duas pessoas deixando transmitir tudo o que estava guardando dentro delas por tanto tempo.

_ Eu esperei tanto por isso Rafael...

_ Desculpa por ter demorado.

Ela riu sentindo a lágrimas rolarem em sua face então ele com toques suaves limpou o rosto dela e depois beijou em cada face como se assim pudesse apagar todo aquele tempo.

_ Me doía tanto pensar que você me odiava... Você não imagina o quanto.

_ Me desculpa meu amor! Eu que fui um idiota me deixando levar por um rancor que nunca deveria ter existido... Helena, não sei como vou fazer para você me perdoar, mas prometo que vou te amar sempre.

_ E melhor mesmo!

Rafael riu e beijou sua testa e logo depois procurou seus lábios e a beijou de maneira apaixonada e logo duas pessoas se entregaram sem reservas aquele ato de busca em saciar o que tanto desejava suas almas.

Helena ansiava tanto por aquele momento que foi difícil conter o desejo de se entregar naquele beijo. A ansiedade de estar com Rafael era tanta que a estava sufocando, por isso na expectativa de tê-lo mais perto de si deixou que sua mão demonstrasse suas emoções então passou a tocar sua costa por debaixo da roupa em resposta ele passou a acariciar sua nuca num gesto suave, mas ao mesmo tempo ousado e sensual.

Tornou-se impossível esconder seus desejos naquele momento. Eles estavam tão entregues as caricias apaixonada logo não poderiam mais se conter então ele se afastou quando começou a se sentir ofegante, mas era difícil resistir a tentação de estar junto a ela. Olhando para Helena viu que se encontrava do mesmo modo e ele riu, pois sabia que se continuassem seriam capazes de não conter seus desejos ali naquele momento.

_ Está vendo o que você faz comigo?

_ E o mesmo que você faz comigo... Eu amo você demais!

Aquela mulher era uma tentação!” Pensou Rafael não escondendo o que passava em sua mente e então dessa vez quem tomou a iniciativa do beijo foi ela e quando se viram estavam novamente entregues aquela paixão que os aprisionavam, por isso não notaram a presença de mais alguém dentro do quarto.

_ Atrapalho?

Ao ouvirem aquela voz eles rapidamente se afastaram e encaram Armando que estava parado à porta que tinha ficado aberta.

***


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Notas finais do capítulo

Logo mais estarei atualizando os demais capítulos....



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