Tormento Eterno escrita por Fanatic


Capítulo 7
Falsas Verdades


Notas iniciais do capítulo

2 Capítulos restantes, aguenta coração. Estou num curso de como não quebrar forninhos, mas parece que não tem jeito. Eu amo vocês, então aqui vai.



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A vida nem sempre é justa. Então, deixe-me contar sobre história que acabou com meu coração. Lá estava eu, refletindo sobre a vida. Vocês sabem que em colégio, histórias circulam rápido, certo? Então, Ester se aproximou de mim, ela parecia realizada.

– Hernando! Fernique! – ela disse, um pouco agitada.

– Tá falando de que agora? – perguntei, parando de escrever a atividade.

– Já sei de tudo, você gosta de Henrique! – ela disse, de maneira alta.

– Nada a ver, para! – eu falei para ela, isso pareceu um soco em meu pulmão, a ideia das pessoas cogitarem isso.

– Sim! Você arruinou as chances dele ficar com Rebeca!

– Mas foi sem querer! – eu tentava me explicar.

– Fernando gosta de Henrique! – ela falou, realmente barulhento dessa vez.

– Sério isso? – Henrique estava parado atrás de mim. Meu coração gelou, minha respiração falhou por uns segundos. Eu olhei para Ester, meus olhos transpiravam ódio. Realmente não queria que ela confirmasse.

– Não, apenas uma brincadeira. Mas um Fernique cairia muito bem. – ela disse, sorrindo. Eu olhei para Henrique, e no seu olhar havia apenas... desaprovação, ou nojo. Isso me doeu um pouco.

– Eu nunca ficaria com Fernando. – ele disse, me olhava estranho. Eu sentia o seu semblante incomodado, ele parecia constrangido. Nessa hora meu rosto corou, eu não sabia como reagir. Ele definitivamente odiava a hipótese de sequer gostar de mim.

– Me deixem fora das suas alucinações! – Exclamei, não foi uma total verdade nem uma mentira. Apenas tentei desviar do assunto, mesmo sabendo que a cada minuto perdia uma oportunidade.

– Então, por que você fez isso? – ela falou, me confrontando. Para ela não passava de uma brincadeira, mas para mim era pessoal.

– Por quê... foi sem querer. Eu não queria... foi mal cara. – Eu tentei encontrar seus olhos, mas ele apenas assentiu, estava sério.

– Vou fingir que acredito. – ela sorriu, então se retirou. Eu o olhei, não tive coragem de falar nada. Então sentei em minha cadeira, tentando evitar seu olhar. Qual o motivo dessa vergonha toda? Estou tão... acanhado. Me sinto impotente comparado a Henrique.

Terminando as aulas, eu esperei Rebeca no portão do colégio. Ela parecia envergonhada.

– Ei, Rebeca! – Chamei a atenção dela, balançando as mãos. Ela veio até mim.

– Oi, como vai, Fernando? – Ela parecia normal, apenas tímida.

– Bem, mas... você sabe que eu estava brincando com o Henrique, certo? – eu falei, tentando parecer o mais casual possível.

– Mas ele reagiu tão naturalmente. – Ela realmente tinha o ponto, ele não ligava para brincadeiras.

– Rebeca, ele gosta de você. Semana passada eu quase morri por causa disso. – falei, sorrindo e passando a mão em meus cabelos.

– Ótimo, quer dizer... vou falar com ele. Na verdade, eu pensei que era apenas um teste para saber se era hétero... – ela falou, sorrindo para mim. Eu retribuí o sorriso, a escola estava quase vazia. Eu sentia uma mão esmagar meu coração, até que eu finalmente morri por dentro. Eu dei a minha decisão, e era não.

Eu senti as lágrimas escorrerem de meus olhos, segui meu caminho para casa evitando contato com as pessoas. Ao atravessar uma rua, vi Henrique e Rebeca se beijando. Essa cena mexeu comigo de uma forma arrasadora, eu não sabia o que fazer. Eu me sentia tão triste, tão vazio. Estava perto de casa quando vi Bruno na rua oposta. Ele acenou para mim, pela distância ele não viu que meu rosto estava banhado de lágrimas. Eu tentei evitar ele, eu corri para minha casa e fechei a porta. Fui até meu quarto, tranquei a porta e me joguei na cama, fazendo o máximo de barulho possível.

Lá fiquei, pensando na morte lenta que estou tendo. Pensando em como as coisas poderiam ter dado certo. Pensando que sou um idiota, sim. Eu sou ridículo. Eu batia em meu rosto, gritava. Chorava. As lágrimas que saiam de mim tentavam lavar a tristeza que se acumulava, mas apenas se combinavam e aumentavam o efeito. Eu agradeci aos céus por que minha família trabalhava. Apenas a tristeza e eu estávamos no recinto. Ouvi uma batida na porta, Bruno estava lá. Eu o deixei bater, não queria entregar o jogo nessa hora. Era óbvio que ele viu Henrique também. Eu sentia um pesar imenso, eu menti para todos ele. Eu realmente me sinto culpado por isso.

– Por favor, vai embora. – gritei para ele, minha voz estava tão ridícula. Assim como eu.

– Fernando, abre essa porta. – ele não saia, ficava batendo. Vezes, mais vezes.

– Vai embora, porra. Você não pode me ajudar nisso! – Gritei, eu puxava meus cabelos, chorava.

– Então deixe-me tentar. – Eu finalmente cedi, fui até lá. A porta aberta do banheiro mostrava o espelho que revelava o quão patético eu era. Abri a porta e vi ele, sorrindo.

– Eu sei que você gosta do Henrique. E eu te apoio. – Isso fez o efeito contrário do que ele queria. Realmente depois dessa, meu coração foi afundado de vez.

– Do que adianta? Já era. – Eu fui até o sofá. Eu me sentei e observei ele, apenas sorrindo.

– Eu posso te dizer. Para o Henrique, Rebeca não é nada demais. Ele apenas enfeita isso. – ele falou, sentando ao meu lado.

– Como sabe disso? – eu evitava seu olhar, estava começando a me perder nos pensamentos.

– Ela apenas é bonita, muito bonita. Mas ele não gosta de coisas passageiras, ela vai deixar ele.

– Bonita, simpática, meiga, doce, inteligente. – Eu falei, batendo na coxa.

– Confie em mim, tente sua investida. – Bruno me deu uma luz, essa era a única chance. E eu tinha que executar.

Se passou dois dias. Nesses dias, eu pensei em tudo. Pensei nele, como fazer algo para ele. Eu estava decidido, todos me dizem que eu tenho impressões erradas sobre as coisas. Mas dessa vez eu estava confiante. Dessa vez eu realmente estou confiante. Sentei na cadeira e então vi ele, entrando na sala. Henrique sentou ao meu lado e então eu vi a chance perfeita. Empurrei minha cadeira para mais perto dele.

– Henrique, preciso falar com você depois da aula.


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Notas finais do capítulo

Agora conspirem sobre os finais. Eu quero ver vocês soltarem a mente.
Aguardo comentário.

Próximo capítulo: Tormento Eterno



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