Os olhos teus, tão meus - HIATUS/REESCRITA escrita por Lady Ink


Capítulo 2
Do inferno ao céu é um pequeno passo.


Notas iniciais do capítulo

Como prometido mais um capitulo!
Queridos leitores fantasmas pooor favor comentem! Por que eu realmente preciso saber se de fato tem alguém lendo. Afinal não faz sentido nenhum postar uma historia que não será lida. Como a fic esta no começo esse capitulo é meio calmo a animação e ação virá nos proximos (e o romance também) Eu garanto!



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Clem balançou a cabeça acordando assustada quando o caminhão passou por um buraco. Cerrou os olhos tentando ver melhor a estrada a sua frente, estava na rodovia de acesso à Nova York. Seu estomago se embrulhou. Ela estava nervosa. Por morar sozinha, pela faculdade e pelo pai.

Em alguns minutos chegaram ao novo apartamento, ela subiu com o pessoal da mudança atrás, abriu o apartamento e disse para apenas deixarem as coisas ali que ela organizaria depois, e assim fizeram. Era um ótimo apartamento, mobiliado, nem muito grande nem muito pequeno, tinha uma sala, um quarto de bom tamanho, cozinha e área de serviço pequenas e é claro um banheiro. Tinha também uma pequena sacada com vista para a cidade. Viu os caras da mudança carregando as ultimas coisas, o preço já havia sido pago, se despediram e saíram. Ela estava sozinha. Tinha esperado esse momento durante anos e ele finalmente chegou. Da pior forma possível.

Ela caminhou até a sacada e observou um parque próximo dali, havia um pequeno pub ao lado. Então ela trancou o apartamento e desceu as escadas. Ela precisava desesperadamente de uma bebida.

Entrou no lugar e pediu uma longneck de Heineken, sua cerveja preferida, e sentou em uma mesa no fundo isolada dos outros clientes. Abriu a garrafa e tomou um gole. Gostava da bebida. Do Alivio que ela dava. E da tonturinha gerada quando ela havia bebido mais do que deveria.

Fitou a garrafa por um tempo. Precisava encontrar o pai. Mas como? Recusava-se a ligar para Jannet e pedir o endereço. Daria um jeito sozinha.

Sentiu seu estomago se revirar estava faminta. Chamou o garçom e pediu uma porção de fritas. Continuou analisando a garrafa de cerveja como se a solução para o seu problema fosse aparecer ali. Então como que por desejo dos deuses sua mente se iluminou numa idéia brilhante ao mesmo tempo em que o garçom chegou com seu pedido. Esqueceu-se da fome, olhou para o homem e pediu sorrindo (a primeira vez no dia)

– Vocês por acaso tem uma lista telefônica? – O rapaz sorriu sem entender, mas acenou com a cabeça, virou as costas e quando voltou trazia um enorme livro nas mãos.

Clem pegou a lista e abriu-a direto na letra T.

– Tony, Tony, Tony – Ela murmurava passando o dedo pelos nomes. Nada. Suspirou. De repente lhe ocorreu algo, podia estar com o sobrenome na frente, ou algo parecido. Tentou recordar-se do sobrenome.

– Stark.

Folhou a lista em busca e algo chamou sua atenção “Indústrias Stark”. Por algum motivo o coração dela falhou uma batida. “Acalme-se Clem” pensou Ela “pode não ser dele”. Havia alguns telefones e um endereço. Decidiu que seguiria sua intuição. Comeu suas batatas chamou o garçom e pediu a conta, pediu também papel e caneta. Anotou o telefone e endereços. Estava eufórica, mas ao mesmo tempo morrendo de medo.

Foi para casa, revirou algumas caixas procurando seu travesseiro, encontrou-o e se jogou na cama. Amanha conheceria o pai. Estava apavorada. O que ela iria dizer “Olá senhor Stark como vai? Sou sua filha.” Ou então “Oi Tony? Você transou com uma mulher a 19 anos atrás não? Pois é, meu nome é Clem, sou sua filha” Aquilo era ridículo. Não fazia idéia do que diria a ele. Mas de uma coisa sabia, iria a seu encontro.

Acordou no dia seguinte com a luz que entrava pela janela, no mesmo momento arrependeu-se de não ter pendurado as cortinas. Revirou-se na cama e o pavor tomou conta de si. Era hoje. Olhou para o display do celular e já passava do meio dia.

Levantou fez sua higiene matinal, pegou um pacote de batata frita de uma das caixas e revirou outra a procura de algo para vestir. Iria conhecer o pai. Precisava de algo descente. Não fazia idéia do que vestir. Fitou as caixas por longos minutos, e acabou colocando um vestidinho. Deixou os cabelos soltos e ajeitou a franja. Pegou o papel com o endereço e saiu.

Chamou um taxi que a deixou em frente a um prédio enorme. No alto do prédio lia-se “INDÚSTRIAS STARK”, ela travou. Não, aquilo não devia ter ligação com seu pai. Sentiu vontade de ir embora, voltar para casa e começar de Novo. Mas não, ela tinha ido até ali, era teimosa de mais para desistir. Entraria, perguntaria sobre Tony Stark, ninguém saberia responder, ela iria embora e voltaria a estaca zero, de novo. Tomou fôlego esperando tomar coragem junto e entrou.

Parou em frente a uma recepcionista sorridente que perguntou:

– Pois não senhorita, posso ajudar?

– Procuro por... – Clem fez uma pausa – Tony Stark. – Suspirou se perguntando se essa era a coisa certa.

– A senhorita tem hora marcada? – Perguntou a atendente e a garota apenas negou com a cabeça- lamento querida, mas o senhor Stark está muito ocupado– disse e nesse instante o telefone sobre a mesa tocou.

– Ligação On-

– Maria pode pedir a Dylan que suba com os papeis do ultimo encargo – Perguntou a Voz de Pepper Potts.

– Claro Senhorita Potts – respondeu Maria e olhou para a garota em sua frente, algo nela, Maria não sabia explicar o que, mas algo naquela menina a havia deixado intrigada, talvez a insegurança com a qual ela tinha pronunciado o nome do senhor Stark – Senhorita Potts? há uma garota aqui em baixo que precisa falar com o senhor Stark – Por algum motivo decidiu ajudar a menina.

– Uma garota? Alguma fã? – perguntou Pepper desconfiada

– Não sei ao certo – respondeu – mas acho que não.

–Como se chama? – Perguntou Pepper intrigada. Maria não era do tipo que anunciava qualquer um que gostaria de falar com Tony.

Maria olhou para a garota e pediu seu nome “Clementine Finn” respondeu-lhe.

– Clementine Finn – Repetiu Maria ao telefone. Pepper tremeu ao ouvir o sobrenome.

– Mande subir – sussurrou ela do outro lado da linha e desligou.

– Ligação off -

Maria então conduziu Clem ao elevador, deixando-a no andar do senhor Stark. A menina saiu do elevador com um frio na barriga e parou diante uma mulher loira que a fitava.

– Sou Pepper Potts - A loira disse com um pequeno sorriso, Clem apenas moveu um pouco os lábios, estava nervosa de mais para sorrir. – Tony esta a sua espera. – então a conduziu a sala de Tony. Deixou-a na porta e sorriu para ela, como se a encorajasse, mesmo Clementine não sabendo quem era essa loira, Pepper sabia ou ao menos desejava, que essa ali fosse a Filha de Stark. A senhorita Potts não agüentava mais ver o nervosismo e preocupação do namorado devido à filha recém descoberta.

Clem suspirou e abriu a porta. Fechou-a atrás de si e olhou para o homem de pé a alguns metros dela. Estremeceu, ele era realmente bonito e estranhamente familiar. Ele a fitou de cima a baixo analisando-a.

–Tony Stark? – Perguntou a garota dando um paço a frente, apreensiva. O homem apenas gesticulou que sim e não fez menção nenhuma de que se moveria ou diria algo, então ela prosseguiu – Sou Clementine Finn, filha de Jannet Finn. – “E possivelmente sua filha” completou mentalmente.

Tony engoliu em seco. Olhou para os olhos desesperados da menina, tinha os olhos da mãe. Mas de alguma forma estranha ela parecia ser um reflexo dele. Esse pensamento o fez estremecer. Buscou por palavras para dizer a menina, nada. Não fazia idéia do que fazer. Ela o olhou angustiada, estava prestes a sair correndo dali.

– O que ela lhe disse? – Perguntou fitando cada reação da menina. Primeiro o espanto, que, ela lhe contaria meses depois, foi por ouvir a voz dele e não pela pergunta, passara a vida toda imaginando a voz de seu pai, seu jeito, aparência... E agora ele estava ali. Depois de se recuperar Clem suspirou pesadamente e disse:

– Ela me disse que... – Fez uma pausa para impedir que as lagrimas inundassem seus olhos – que meu pai não havia morrido, como ela sempre me fez acreditar – esperou a reação de Tony: nada. Ele estava tão confuso e surpreso quanto ela. – Disse que o nome dele era Tony Stark – Falou a ultima frase mais rápido que as demais, queria se livrar logo daquilo. Queria saber se aquele era seu pai.

Tony apenas balançou a cabeça absorto em pensamentos e perguntou:

–Quando ela contou?

– Ontem pela tarde

Tinha dado um mês aquela mulher sem escrúpulos e ela largou a bomba na menina um dia antes da mudança.

Ele não sabia o que fazer, o que dizer, pensou nessa conversa todas as noites durante o mês que havia passado. Gostaria de abraçar a garota e abrigá-la em seu colo. Mas tinha medo de assustá-la. E pela cara da menina ela estava tão assustada e confusa quanto ele.

– bom... – Tony respirou em busca de palavras. Precisava do seu lado sarcástico mais que nunca, Precisava achar um jeito de quebrar aquela tensão. Olhou para garota sorriu torto e disse – Então acho que sou seu pai.

Esperou a reação da garota. Os olhos azuis dela encheram de lagrimas, mas ela prendeu o choro. “Durona como eu” Tony pensou e riu disso. Caminhou até Clem e então fez algo que a menina não esperava (que ele mesmo não esperava) a abraçou. Ela ficou estática nos braços dele, ele era mais alto que ela. Então ela agiu como a menina de cinco anos que estava sentindo que era, afundou a cabeça no peito do homem que acabara de conhecer e chorou. Ficaram assim alguns minutos, se acalmando mutuamente. Então ela levantou a cabeça e o fitou com os olhos cheios de lagrimas, e deu um sorriso torto. Nesse momento toda a pose de Tony Stark desmoronou. Ela tinha o sorriso torto dele. Sem duvida alguma era sua filha. Os olhos do homem encheram de lagrimas, mas ele as prendeu ali cerrando os olhos e apertando a garota contra o peito.

–Você é linda – ele sussurrou e ela riu no peito dele.

Toda a tensão havia passado ela se sentia extremamente segura e calma ali. Estava tendo o que mais tinha desejado na vida. Um pai.

Tony quebrou o abraço e apontou para um sofá no canto esquerdo da sala. Sentaram-se lá e ficaram em silencio uns minutos.

– Então... – Foi Tony quem quebrou o silencio – Já se mudou?

Clem acenou com a cabeça

– Ontem à noite.

– Sei que isso é estranho – ele disse desconcertado – mas se precisar de alguma coisa, qualquer coisa, não hesite em falar comigo, por favor, por mais... – Procurou por uma palavra, mas não a encontrou, bufou com a busca frustrada – por mais que isso seja... Novo, diferente, sei lá – Clem riu com a confusão dele – sou seu pai, e quero agir como tal. Recuperar o tempo perdido.

Clem sorriu e assentiu:

–Tudo bem. – Ela olhou em seus olhos, já havia visto aquele rosto em algum lugar – Você me é familiar – ele gargalhou e ela riu fazendo careta ao perceber como essa frase era estranha, ele era da família, claro que era familiar – tipo, seu rosto, eu já vi antes. – completou.

–Ah, na TV quem sabe? – Tony disse fazendo pouco caso.

– E por que você estaria na TV? – Clem perguntou confusa e ele a olhou incrédulo. A própria filha não sabia quem ele era, em que mundo ela vivia? O país inteiro sabia quem ele era.

–Uma dica – Ele disse e bateu os dedos no peito, ela o olhou ainda mais confusa e abriu a boca para dizer algo mas parou assim que viu uma luz brilhar por baixo da camisa cinza. Ele já tinha visto aquilo. Ouve um “click” como um cadeado sendo aberto. As imagens de um homem numa armadura de metal vermelha e dourada com um brilho no peito igual ao brilho que saia do peito de Tony a atingiram como um soco.

– Ai meu deus- Ela sussurrou – Ai meu deus- Gritou

Tony só fazia sorrir e balançar a cabeça entendendo o momento epifânico da garota.

–Você é o homem de ferro! – Ela gritou e sorriu.

– Isso mesmo – O sorriso dele ficou ainda maior – Eu sou o homem de Ferro.

Aquilo tudo era surreal para Clem. Ela tinha um pai e ele era um super herói. Ela continuava sorrindo e fitando Tony. Então de repente foi assombrada por um pensamento que fez seu sorriso sumir. Ele era um herói e era rico. Seria essa uma armação de sua mãe para tomar dinheiro dele? Precisava ter certeza.

– Quero um teste de DNA – Ela disse as palavras e esperou a reação do homem a sua frente. Surpresa, duvida e aceitação.

– Faz sentido – Ele disse entre pensamentos – Por algum motivo... – Ele olhou para ela e então sorriu – Estou certo de que você é mesmo minha filha – “olhe só para você, exceto pelos olhos é idêntica a mim” ele se sentia um pai saindo da maternidade – Mas um teste tiraria todas as duvidas. Podemos ir agora mesmo – ele disse ainda sorrindo.

– Você não está ocupado? Eu não quero atrapa... – Mas foi cortada por Tony.

– Bobagem. Existem coisas muito mais importantes que trabalho – piscou para ela – E isso não pode esperar nem mais um minuto. Jarvis – Ele disse pro nada e ela o fitou confusa. – Prepare o carro.

– Sim senhor Stark – Uma voz um tanto quanto robótica preencheu a sala. Quem diabos era Jarvis? Clem engoliu essa pergunta, não queria parecer intrometida. Então a porta se abriu revelando a mulher loira que a havia conduzido para a sala.

– Pepper venha cá – disse o homem se levantando e estendendo a mão para a mulher na porta que começou a caminhar na direção deles – Preciso que conheça alguém.

Clem se levantou e fitou a mulher completamente constrangida com a situação.

– Bom, tecnicamente vocês já se conheceram, mas tem que ser feito oficialmente – Ele disse brincalhão – Clementine, esta é Pepper, minha namorada. – Para Clem, e depois se virou para a loira - Querida essa é Clementine, minha filha. É... 99,9% de chances – Então piscou para ambas que riram.

– É um prazer querida – Disse Potts abraçando a garota.

– O prazer é todo meu – Retribuiu o abraço.

–Bom, vamos fazer um exames, nos acompanha? – Perguntou Tony a Pepper.

– Adoraria – sorriu sincera - mas tenho muito trabalho a fazer.

– Por que vocês se preocupam tanto com trabalho hein? – Perguntou ele revirando os olhos, o que fez as duas rir – Mas enfim a diversão será só para nos dois – disse para a filha – Vamos lá.

Despediram–se de Pepper, desceram até o carro e foram para uma clinica no centro da cidade.

– Serão colidas amostras de sangue dos dois e então o teste será feito. Fica pronto em cerca de uma hora. – Explicou a recepcionista do local.

Foram conduzidos a uma sala a parte. A primeira amostra recolhida foi de Tony que reagiu muito bem a tudo.

–Você esta bem? -Perguntou a Clem que estava pálida e com um olhar amedrontado.

– É sim... – Ela disse tentando manter a calma enquanto amarravam uma borrachinha em seu braço para destacar as veias – eu só não lido muito bem com agulhas.

Ele riu do desespero da menina.

– Ok – Continuou ela enquanto a mulher se aproximava com a seringa – Eu não lido nada bem com agulhas- Virou o rosto e contraiu o corpo enquanto sentia a picada. Ficou assim por alguns segundos até que Tony a chamou.

– Hei medrosa, já acabou, pode ficar tranqüila. – Ele disse rindo e se levantando. A garota respirou fundo e fez o mesmo. Foram até a recepção aguardar o resultado do teste. Durante a hora que esperaram falaram sobre a vida dos dois, sobre o homem de ferro, sobre a infância de Clem... Se conheceram mutuamente.

– Senhor Stark já temos o resultado – Disse a mulher que havia atendido ele depois de no Maximo 30 minutos. “Ser Tony Stark tem suas vantagens” Pensou Clem, estava certa de que havia mais dinheiro do que o necessário envolvido na rapidez com que fora realizado o teste, mas guardou isso para si.

Fitou Tony pegar o envelope apreensiva, ele tentava se mostrar calmo mas estava tão angustiado quanto ela. Abriu o envelope e olhou para o resultado e em seguida para a menina com um dos maiores sorrisos que já havia esboçado em sua vida.

– Bom... Agora você é minha filha com ãn... 100% de chances – Disse fazendo a garota rir e o abraçar. – Mas eu já sabia disso.

Sairam de la e Tony deixou Clem em seu apartamento. A menina deu a desculpa de que precisava organizar a mudança, mas na verdade só queria ficar um pouco sozinha. Não que ela não tivesse gostado da companhia de Stark, muito pelo contrario, estava adorando aquilo e eles estavam dando-se muito bem. Mas ela precisava pensar em tudo o que estava acontecendo e ele apesar de querer passar o resto do dia com a filha recém descoberta, não queria pressionar a garota, então fez sua vontade.

A única coisa que Clem fez ao chegar foi desabar na cama, estava exausta, psicologicamente e fisicamente. Ficou pensando no novo pai, em seu jeito, em tudo o que ocorrera no dia. Em pouco tempo a inconsciência tomou conta dela.


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Notas finais do capítulo

Reforçando o que eu disse antes: Por favor deixem comentários.
Quero muito saber o que estão achando da fic. O proximo capitulo será postado amanha por que quero aproveitar enquanto estou de ferias haha



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