Os olhos teus, tão meus - HIATUS/REESCRITA escrita por Lady Ink


Capítulo 1
O mundo desmorona.


Notas iniciais do capítulo

Olá gente, como disse na descrição da fic essa é a minha primeira fic postada (e a primeira que eu escrevo depois de 5 anos sem escrever nada). Espero que vocês curtam ler essa historia tanto quanto eu to curtindo escrever. Por favor, deixem seus comentários e criticas. Tentarei postar a cada dois ou três dias (por que to de ferias o/) se tiver alguém lendo é claro, depois que minhas aulas voltarem as postagens serão uma vez por semana, no mínimo, mas tentarei postar mais que isso (devido ao fato de que eu sou uma pessoa sem muita paciência e sei como é horrível esperar dias por um capitulo quando se esta lendo). Então, obrigado por lerem e enjoy it :D



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Haviam 5 coisas no quarto de Clementine Finn naquela manha, no sul do Alabama:

Ela mesma;

Sua mãe;

Uma caixa com coisas que seriam despachadas para Nova York;

Inúmeros papéis, os quais ela pretendia encher de desenhos;

Uma mentira sendo revelada.

–Ele esta vivo. – Sua mãe disse com a voz embargada.

Clem estava terminando de arrumar suas coisas para a mudança quando a mãe, Jannet Finn entrou em seu quarto, agora quase vazio e disse aquilo. Quem diabos estava vivo? Aquilo não fazia sentido algum. Clem se perguntava se a mãe estava ficando louca devido à ida da única filha para Nova York. Fitou a confusa e preocupada.

– Seu pai – Jann prosseguiu percebendo a confusão da filha – ele... – ela tentou achar as palavras certas para dizer aquilo a Clem, não existiam palavras certas, ela passou os últimos 19 anos procurando as palavras que usaria quando o momento da revelação chegasse. Nunca as encontrou.

– Não houve acidente. Eu era nova, estava assustada, ele não queria se prender a ninguém – ela começou a despejar as primeiras coisas que vinham em sua cabeça para a menina – Sabia que ele não iria querer assumir as responsabilidades, seu avô ficou furioso, ameaçou me expulsar de casa se não me casasse, eu não podia me casar, tinha a vida inteira pela frente, não deveria ter uma filha com aquela idade, então eu fugi, fugi deles, fugi de seu pai... - agora as lagrimas rolavam dos olhos de Jannet sem controle algum e ela andava de um lado para o outro atordoada em tocar em assuntos tão dolorosos.

Clementine estava estática, permaneceu na mesma posição desde que a mãe entrou no quarto, seu rosto era inexpressivo, seus olhos estavam úmidos, e havia uma cratera se abrindo sobre seus pés. Ela tentava assimilar tudo o que a mãe dizia. Ela não conseguia entender. Ela não queria entender. Jann parou a alguns passos da filha e a fitou: nada.

–Clem, eu...

– 19 anos – Foi tudo o que saiu da boca da garota. Ela apertou os olhos para conter as lagrimas que se formavam e disse calmamente – Você mentiu pra mim durante 19 anos? – Tentou ser fria, mas as lagrimas embaçaram sua visão novamente – Eu chorei a cada dia dos pais, todos os anos desde os meus 5 anos, pra só agora você me dizer que ele esta vivo? – Ela agora berrava descontrolada.

– Eu não tinha escolha – Jannet gritou de volta.

– Você escolheu mentir – As lagrimas rolavam agora, mesmo sem sua permissão – Quem é ele? Onde ele está? Por que ele nunca me procurou?

–Ele achou que eu tinha perdido o bebe... – ela disse tentando não chorar- quando descobri estava com cerca de 4 semanas, a primeira coisa que fiz foi entrar em desespero, contei para sua avó e ela para seu avô, que disse que mataria Tony se não casássemos, eu sabia que ele nunca aceitaria, então menti a ele e fugi... – Sua voz foi sumindo enquanto ela se perdia em meio às memórias. Evitou essas lembranças por tanto tempo e agora elas a atingiam em cheio.

– Tony? É esse o nome dele? – As palavras foram de Clem. Ela não gritava mais. Afinal de que adiantaria. Tudo o que Jann fez foi acenar com a cabeça – Onde ele está?

–Nova York.

As palavras caíram como uma bomba em cima dela. Ela tinha um pai e ele morava na cidade para onde ela se mudaria em algumas horas. Então algo lhe ocorreu, a mãe tinha viajado para Nova York semanas antes, para resolver burocracias relacionas a seu futuro apartamento e não permitiu que fosse junto, deu uma desculpa qualquer e a menina não se importou muito, mas nunca entendeu o porquê da proibição. Agora entendia. Não tinha nada de errado com o apartamento.

– A viagem para Nova York... - Sussurrou em meio a seus pensamentos.

– Sim – Respondeu a mãe entendendo de imediato o que se passava na cabeça de Clem. – Fui procurá-lo.

–Flashback on-

Jannet fitou o enorme prédio em sua frente e suspirou, sentia os fantasmas de seu passado em suas costas, entrou e foi direto a recepcionista.

–Pois não, senhora, posso ajudar? – Perguntou a recepcionista sorrindo.

– Procuro o senhor Stark – Disse Jann estremecendo ao pronunciar o nome.

– Desculpe, mas a senhora tem hora marcada?

– Não. Apenas diga que Jannet Finn deseja falar com ele. Ele saberá quem é... – disse, “eu espero” pensou em seguida.

A garota em sua frente pegou o telefone, discou alguns números, trocou algumas palavras e após alguns segundos se levantou e conduziu-a ao elevador, não disse mais nada. Quando o elevador parou fez sinal para que Jann saísse. Ela o fez, entrando em uma sala onde uma mulher loira, que aparentava ter não mais que trinta anos a fitava.

– Olá senhora Finn, sou Pepper Potts, o senhor Stark esta pronto para recebê-la – Ela disse sem esboçar sorriso algum abrindo uma porta e gesticulando para que a outra entrasse.

Ela entrou na sala onde se encontrava um homem voltado para a janela imediatamente a sua frente, ouviu a porta se fechar em suas costas. O homem então encheu um copo com qualquer coisa que estava em cima do balcão ao seu lado, ainda de costas para Jann. Ela não precisava que ele virasse para saber quem era. Tinha a mesma pose, apesar do passar do tempo. Ele tomou um gole da bebida então se voltou para ela. Seu rosto era inexpressivo.

–Tony... – ela começou a falar mas ele a interrompeu.

– O que faz aqui? – Disse com irritação na voz – Como ousa aparecer aqui?

– Tony você tem uma filha – Ela soltou as palavras pra cima dele e ele sentiu como se fosse Cronos segurando o céu.

– Esta blefando – Tentou manter a pose – Você perdeu o bebe.

–Não, disse aquilo por que sabia que não se casaria, que não assumiria! Você tem uma filha Tony – Disse com a voz exaltada – De 19 anos – completou.

– É claro que não me casaria com você, éramos duas crianças – ele a fitou por uns instantes sem dizer nada e então a verdade o atingiu com um soco no estomago. Ele tinha uma filha. Ele não a conhecia. Ele fora privado de te-la. Ele estava furioso.

–Você me privou de ver minha filha por 19 anos! – Berrou para a mulher a sua frente – Por quê? – andou em direção a ela e a chacoalhou – Você não tinha o direito de fazer isso.

– Tony eu era nova e estava apavorada – Ela se segurava para não chorar.

Ele respirou fundo por longos minutos tentando se acalmar

– Por que agora?

– Ela merece saber que tem um pai, acha que você morreu em um acidente.

– Ela não sabe quem sou? Seu monstro você privou sua própria filha de um pai! – Ele queria esbofeta-la, mas não o fez, respirou novamente e disse - Quero conhecê-la. Agora.

–Você ouviu o que eu acabei de dizer, ela acha que você morreu- Jann falou como se fosse a coisa mais obvia do mundo- Você não pode chegar lá e simplesmente dizer, oi sou seu pai, vamos conversar?

Tony pensou por um milésimo de segundo. Ela tinha razão.

– Você tem uma semana.

– Eu preciso de mais tempo, não posso simplesmente jogar isso em cima dela – A verdade era que ela amava a filha, e tinha medo de perdê-la quando descobrisse a verdade – Ela vai se mudar para cá em um mês, pela faculdade. Me de esse tempo.

Ele não queria aceitar, queria vê-la. Queria poder abraçá-la, dizer que sentia muito por não ter estado com ela. Aquela noticia havia tirado toda pose de durão sarcástico de Stark. Ele nunca pensou tão seriamente em algo como na filha que acabava de descobrir que tinha.

– Você tem um mês – ele disse num sussurro.

– Flashback off-

Jannet contou à filha o que aconteceu na viagem. Ela não a interrompeu em momento algum. Quando terminou, Clementine se levantou e saiu sem dizer palavra alguma. Não sabia para onde ia, mas não podia ficar ali.

Quando atravessou a porta que dava para o quintal sentiu a chuva tocar sua pele. Não havia ninguém na rua. Então ela correu. Sem direção. Sem destino. Apenas correu. Desejava conseguir correr de tudo o que havia escutado, mas as palavras de sua mãe ressoavam em sua mente.

Parou alguns minutos depois numa praça, sentou-se em um banco e chorou. Precisava organizar a mente. Não sabia o que fazer. Sua mãe a enganara a vida inteira. Ela tinha um pai. Ela fora privada de te-lo. Era informação de mais para ela.

Ela se levantou e foi a um café que havia perto dali. Estava encharcada, mas não se importava, pediu um cappuccino e sentou fitando o nada por longos minutos.

Olhou para um relógio na parede do lugar: 17:45. O caminhão da mudança chegaria as 18:30. Ela precisava decidir o que faria da vida. Tomou o resto de sua bebida e decidiu. Andou até em casa em silencio, não havia mais chuva e nem lagrimas. Subiu até seu quarto e ficou aliviada ao ver que a mãe não estava lá. Terminou de arrumar suas coisas e desceu com elas.

Estava parada na soleira da porta esperando o caminhão da mudança quando ouviu paços atrás de si.

–Clem...- Jannet começou a falar mas foi interrompida pelo barulho do caminhão. Clementine agradeceu aos deuses mentalmente. Entregou suas coisas aos encarregados da mudança e se virou para a mulher atrás dela.

–Estou indo para Nova York. Não me procure, me ligue ou tente saber da minha vida de qualquer forma – Disse calmamente, “você vai provar como é ser privada de uma filha” completou mentalmente – Estou indo seguir a minha vida, fazer minha faculdade... – fez uma pausa e saiu da casa, Jannet a seguiu mas parou quando Clem se virou bruscamente e a fitou com um olhar carregado de magoa – E conhecer meu pai.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Sim, não, querem me matar? HDSUAHDUA Deixem comentários, por favor, por que eu realmente não quero escrever pra fantasmas, então é isso, até o próximo capitulo (que provavelmente será postado amanha) :Daaah então sacaram os olhos na capa da fic? Sabem de quem são? Hahaha



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