Harry Potter o menino de cabelos rebeldes pretos se precipitou para dentro da torre de astronomia com a varinha em punho ainda olhando ameaçador o loiro desacordado no chão.

-Harry! Por favor...não é necessário.- Hermione o mirava escandalizada.

-O que é isso?! -Era a professora Sinistra que acabava de aparecer por trás da pilastra.

-Professora..a culpa foi minha!O Draco...digo o Malfoy, ele me sequestrou e eu empurrei na parede...e ele tropeçou nas vestes e caiu.- Hermione olhava de Harry com a varinha na mão pra cara desconfiada da professora.

-Bem...deixe me ver..- Ela tirou a própria varinha e levantou Draco do chão e ele ficou flutuando com os fios loiros caidos, parecia estar num sono profundo.-Vou levá-lo a ala hospitalar, parece que bateu a cabeça com força. E vocês dois, não pensem que engoli essa mentira, vou falar com McGonnagal sobre isso.

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Hermione andou com Harry até a sala comunal, e todos olhavam Hermione de um jeito estranho, cochichando enquanto passavam, sem falar nos olhares zangados que davam a Harry.

-Você não está muito popular hoje Harry.-Ela murmurou, Harry permaneceu quieto todo o tempo, desde que desceram da torre.

-E então...quando você vai anunciar o seu namoro com aquele comensal da morte?- Ele simplesmente estacou na sua frente no meio do salão da grifinoria, e todos olhavam atentos, Ginny que estava em uma poltrona cutucou Rony e os dois se levantaram.

-Não...Harry, por favor...você sabe, eu nunca namoraria..eu nunca trairia vocês! Não acredito que depois de todo esse tempo...

-Você gostaria não é!? Não minta pra mim...eu posso ver em seus olhos, quando olha pra ele, sinto nas suas palavras quando você diz que nunca me trairia...- Harry parecia furioso e ao mesmo tempo decepcionado, sua voz porém não era alta, era quase um sussurro, ele não parecia se dar conta da onde estava, era como se finalmente ele estivesse se livrando de coisas que ele queria dizer há muito tempo.

-Se você tem tanta certeza por que me pergunta? - A garota parecia magoada mais mantinha o olhar desafiador, encarando os olhos verdes dele.

-Porque eu precisava ouvir de você. Mais agora porém, não a realmente necessidade.Eu sei que você nunca trairia seus ideais Hermione, só tenho medo, de que você se iluda com a possível bondade de Malfoy, porquê acredite em mim, ele não tem realmente nada de bom.- E com essas ultimas palavras Harry subiu as escadas para o dormitório dos meninos sendo seguido por Rony, enquanto Ginny vinha em seu auxilio.

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Decididamente aquele dia havia sido um dos mais longos de todos os que ela já passara em Hogwarts, e isso não era pouco.As palavras de Malfoy ainda ecoavam em seu ouvido, como que por feitiço ela ainda tinha arrepios ao lembrar dos olhos cinzas dizendo que não pouparia qualquer um. Porém ela não tinha certeza de quais eram seus sentimentos para com ele, ela sempre fora muito racional, e tudo o que referia a Draco e a sonserina era irracional pra ela.

Mais ela tinha aquele sentimento quente dentro dela, aquele que sempre a fazia fazer coisas arriscadas, o de ajudar alguém, e definitivamente Draco Malfoy era um cara que precisava de ajuda.

Ela sempre pensou em Malfoy como o menino mimado da Sonserina, um reizinho pomposo que sempre teve o que quis dos pais. Mais vendo por um novo ângulo, agora o que via era um menino que desde que nascera fora ensinado para ser ruim, ensinado com valores tortos, cheio de malícia e orgulho, ele estava sendo o que os pais e todas as pessoas sempre esperaram que ele se torna-se.

E agora Hermione sentia pena dele, será que lá no fundo ele realmente gostava dela como havia dito? Ou seria somente um capricho?

Já era quase onze horas. Talvez ele ainda estivesse na enfermaria.

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Hermione se censurava por ter pedido a capa de invisibilidade do Harry, mais tentado se convecer que ele entenderia, apesar do olhar incrivelmente triste que ele reservara somente a ela.

-Você vai atrás dele não é?Talvez eu não queira te emprestar Hermione.-Ele dissera se aproximando.

-Harry isso não tem nada haver com sentimentos amorosos em relação a Malfoy.- Uma voizinha na sua cabeça murmurara alguma coisa que ela não quis dar atenção.- Eu só quero lhe perguntar uma coisa, mais se você não quiser emprestar não tem problema, eu vou sem mesmo.

E com o ar derrotado ele lhe entregara a capa, e ela saíra sem dar atenção aos olhares reprovadores de Ron e Neville que a olhava assustado.

Já estava chegando até lá quando ouviu vozes, era Snape e Draco, mais havia uma menina também, era a loira do dia da festa de Zabine, Astoria Greengrass e ela parecia irritadissima.

- Ainda não entendo por que você saiu com a sangue ruim depois do jogo!- Ela disse esganiçada jogando os cabelos louros pra trás e assim a luz da lua ela não parecia tão bonita.

- Draco , só estava fazendo uma coisa a mando de seus pais não é Draco?- Snape o fitava impassível.

- Exatamente...eu fiz isso a mando de meus pais. Agora se me da licença preciso ir fazer as malas.- Draco se adiantou, mais Astoria o puxou mais perto, olhando para os lados para ver se o professor Snape já havia saído.

- O que realmente aconteceu Draco? Será que o nosso casamento vai acabar antes de começar? Meu querido...imagine que desonra seria para seus pais em frente ao lorde das trevas tendo um filho junto de uma sangue ruim, ainda mais amiga de Potter...

Draco a mirou por um segundo como se avaliasse suas possibilidades e então sorriu de lado e puxou os cabelos loiros dela para junto dele as bocas quase se tocando, ela o encarava encantada mais temerosa.

- Não duvide de mim Astoria, sou capaz de coisas que você nem imagina, meus pais me deram a tarefa de seduzir a sangue ruim e saber o que Potter está preparando agora sem Dumbledore, não vai durar muito ele vai sair da escola, falta dois meses para o fim das aulas aposto que proximo ano ele não vai voltar. Não insinue nem por um instante que eu tenha algum sentimento por aquela menina....aquela sangue-ruim desprezivel.

Hermione sentiu como se alguma coisa dentro dela quebra-se deixando-a.

- Certo então partimos amanhã cedo...- Ela o beijou, e Hermione se virou para sair, mais antes ouviu ele dizer.

-Eu te amo Astoria...

Aquilo havia sido suficiente, como pode, se quer por um segundo ter acreditado nele? Não era como se não espera-se alguma coisa assim, mais nunca pensou que realmente pudesse doer.

Agora parada na frente do retrato da mulher Gorda ela jurou pra si mesma que nunca mais Draco Malfoy brincaria com ela.

E em algum lugar nas masmorras um sonserino abaixava a cabeça nas mãos, lágrimas silenciosas caiam no tapete verde esmeralda.Havia sido um erro aquela declaração a Granger, Snape lhe alertara que se imaginassem uma coisa dessas seus pais seriam certamente humilhados e mortos, isso sem falar no destino de Hermione, e o que sua louca tia Bellatrix faria com ela. Tinha que sustentar essa mentira que era sua vida.Sabia que seria arrastado de qualquer maneira, mais nunca imaginou que pudesse doer tanto assim deixar sua única esperança de vida para trás, ele quase podia sentir o perfume de Hermione, e seus lábios contra os dele, e aquilo seria só o que restaria, uma lembrança...

E logo atrás dele um vulto de uma menina loira o mirava com desgosto, os punhos cerrados de raiva.