Não uso palavras bonitas. escrita por Stherphany


Capítulo 11
Dez


Notas iniciais do capítulo

"São esses pequenos gestos...Que fazem com que eu me apaixone."
Boa leitura :3



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–O que você fez! -Falei, me levantando e limpando meus olhos e minha boca. -Eu vou embora!

–Ei pera! -Ele me parou, me puxando pela farda. -Eu só te beijei, pra você parar de chorar...Funcionou você viu?! -Ele sorriu.

Ótimo, tirei meu BV com um beijo de consolo. Eu não sabia se eu ia embora, ou dava uns murros nele primeiro.

–Pera...Esse não foi...Seu primeiro beijo não é?! -Perguntou Felipe. Se levantando.

–Ân?!-Corei imediatamente. -Claro que não, quem você acha que eu sou?! -Não sei porque menti, eu só acho que não queria dar esse gostinho à ele.

–Ah, bom. Então vamos! -Falou ele.

O caminho da volta foi em parte silenciosa, eu não queria falar nada, ele pelo ao contrário, ficava fazendo comentário de coisas aqui e acolá. Acho que ele já tinha esquecido do beijo e de tudo que tinha acontecido.

Cheguei em casa e logo subi. Me despi e fui tomar banho. Minha cabeça tava a mil e meu corpo estava exausto.

No banho voltei a chorar. Uma garota em plena adolescência não deveria sofrer tanto assim, chorei mesmo. Sei que devo está amentando um simples problema, mas não tinha como evitar. Estava com saudade de Léo, da minha mãe, da minha vida antiga. De repente, parei, toquei meus lábios e lembrei do beijo, e como foi minha primeira experiência de beijar um garoto. Se ainda tivesse amigos, bom, correria pra dizer isso à eles.

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Voltei à escola no dia seguinte, entrei na sala e baixei minha cabeça, eu não falava com ninguém na sala, por isso, “sumir” de lá era fácil.

–Anny. -Léo me cutuca e eu levanto a cabeça de uma forma tão rápida que fico tonta por alguns segundos.

–Ah, oi! -Disse, com um sorriso idiota nos lábios. -Como você tá...Quer dizer, você precisa de alguma coisa? -Eu já não sabia falar com ele, nós estávamos tão distantes que eu já não sabia se ele ainda me considerava uma amiga.

–Que isso!? Que formalidade é essa?! -Ele soltou um daqueles sorriso implicantes que tanto tinha falta. -Toma, eu sei que você acha que minha irmã é uma louca...Mas você pode ir pro casamento dela se quiser! -Disse Léo.

–Ah, claro! -Disse abrindo o convite. -Você tá distante esse dias né?! -Troquei o sorriso por uma expressão triste. -Achei que você nem era mais meu amigo...

–Que é isso Anny? -Ele pegou sua cadeira e sentou perto de mim. -Você acha que eu não vou mais falar contigo só porque não fui assistir à um filme com você.

"À um filme!?" Tinha séculos que nem na nossa mesa ele almoçava mais.

–Sabe, eu gosto muito de ser teu amigo, mais às vezes, você sempre quer ser o centro das atenções. -Ele falava, com um olhar indiferente.

–O centro das atenções?! -Perguntei. -Você nem age mais como meu amigo, fica colado com Mitty pra cima e pra baixo, e com certeza já se beijaram, porque a Mitty sempre beija seus amigos! Ou talvez...Nem amigos vocês sejam mais, talvez já viraram namorados! -Disse, pouco me importando por outros alunos.

–Sabe Anny, eu não sabia que você era tão ciumenta! Depois fala que não quer ser o centro das atenções! -Ele disse, se levantando e indo embora. -Se ainda quiser ir pra festa eu não me importo, mas não leva esse seu ego com você!

Voltei a baixar a cabeça, e resolvi dormir o resto das aulas.

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Chego em casa, e caio no banho, essa era minha rotina depois da escola agora, depois de alguns minutos naquele banho frio, saio e me enrolo com a toalha.

Nesse instante, alguém bate a porta. Grito um já vou e me visto. Coloco um jeans preto e uma blusa listrada de manga comprida, prendo meu cabelo numa especie de coque e corro pra atender, ainda lutando pra meter um lápis no cabelo e deixá-lo preso.

–Ah, oi pai. -Digo, quando a porta e vejo ele. Não estava de terno como sempre, mais estava com uma roupa ainda social. Tinha um caixa nas mãos e um sorriso nos lábios. -O que você quer?!-Pergunto em modo de defesa.

–Calma né?! Eu posso entrar? -Falou meu pai, já entrando sentando na cama. -Nossa, seu quarto tá bem...Esquisito. -Falou olhando em volta.

Eu não deixava ninguém entrar no meu quarto e arrumar minhas coisas, o único que fazia isso era o Léo, ele tinha um espécie de mania por limpeza, depois de quase duas semanas sem ele vim aqui em casa, meu quarto se encontrava numa zona.

–Bom, eu trouxe um presente, sei que não gosta disso, mais é por um motivo! -Disse meu pai, mim entregando a caixa. -Abre! -Ele sorriu.

Abri a caixa e me deparei com um vestido, era azul e parecia aqueles vestidinhos de princesa.

–Onde eu vou usar um vestido desse?! -Falei, ainda sem entender.

–Pra festa de noivado...Minha e da Susy. -Disse meu pai, já esperando o pior.


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Notas finais do capítulo

Opiniões, ideias?! Comentem :3



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