Back To The Future - Part IV escrita por Capitã Sparrow


Capítulo 4
Uma, Duas, Três Maçãs!


Notas iniciais do capítulo

Estamos chegando no final ;-; Não quero dizer adeus...



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Marty olhava o homem caído na grama. Ele estava respirando, mas tinha medo de que não acordasse.

— Doc... — disse em tom preocupado. — E agora?

— Não tema, Marty! Eu criei o Desmemorizador para situações como essa! Isaac esta bem, só irá acordar desorientado e com fortes dores de cabeça. Agora vamos aproveitar para esconder a máquina, assim quando ele acordar pensará que foi um sonho!

O garoto nem tentou discutir e começaram a empurrar a geladeira com esforço. Ela tinha rodinhas, mas a grama e as pedras dificultavam as coisas. Alguns minutos depois, conseguiram escondê-la atrás de uma árvore no começo de um pequeno bosque, perto da propriedade de Isaac. Cobriram-na novamente com galhos e sabiam que dessa vez, ninguém encontraria.

Voltaram apressados para o local do crime e encontraram Isaac ainda estendido no chão. Os dois resolveram esperar ali, para evitar maiores confusões. Foi então que Marty teve uma ideia.

— Eu já volto. — disse antes de sair correndo em direção à fazenda, mas parou no meio do caminho, perto da macieira. Pegou algo do chão e voltou para o celeiro apressado. Dr. Brown observava em silêncio. O garoto soltou uma maçã ao lado da cabeça de Isaac e piscou para Doc que fez uma expressão de “ah entendi ”.

Os dois saíram de fininho e se esconderam na parte da frente do celeiro, esperando ansiosos para ver qual seria a reação do cientista. Dentro de poucos minutos ele acordou xingando e reclamando de dor na cabeça, ele parecia desorientado, olhando ao seu redor sem entender o que havia acontecido. Então ele viu.

A maçã vermelha chamou sua atenção e o cientista a pegou, observando-a de perto. Marty prendeu a respiração, esperando pelo próximo movimento do homem. Isaac suspirou e levantou, sem parar de analisar a maçã, então a mordeu com gosto.

— Hum. Deliciosa! — disse enquanto voltava para a fazenda, deixando os dois homens do futuro sem reação.

— Não deu certo. — Marty balbuciou.

— Ainda temos uma chance, olhe!

Doc apontava para o cientista que sentou sob a macieira e começou a ler o livro de couro que carregava para todos os lados. McFly sentiu a esperança aninhar-se novamente em seu peito e foi atrás de Doc, que seguia em direção ao cientista.

— Bom dia, Sr. Newton! Está um excelente dia para ler, não é mesmo? — sorriu apontando para o livro que o outro segurava.

— Bom dia, Sr. Brown! Sem dúvidas é uma manhã muito boa para tal prática. — assentiu. — Bom dia Sr. Frankenstein.

— Bom dia, Sr. Como esta se sentindo?

— Muito bem, obrigado. Apesar de ter tido um desmaio durante minha caminhada matinal e certos sonhos estranhos, estou me sentido revigorado! Como se hoje algo muito importante fosse acontecer. — refletiu perdendo-se em seus pensamentos.

— Sem dúvidas é um ótimo dia para pensar em experiências, teorias matemáticas ou gravitacionais... – sugeriu Doc.

— O que você disse? — Isaac pareceu ter um estalo.

— Experiências. É uma ótima manhã para fazê-las. — repetiu. — Bem, nós iremos entrar para descansar alguns minutos e depois tomaremos nosso rumo. Já ficamos tempo demais longe de casa, não é mesmo Dr. Frankenstein? — Doc piscou para Marty com um sorriso infantil.

Os dois deixaram Isaac sob a macieira e entraram dentro da casa, correndo até o quarto para observar o homem pela janela. Ele continuava lendo furiosamente seu livro, folheando as páginas rapidamente, como se procurasse respostas para alguma coisa. Talvez para o “sonho” que havia tido ou a ideia que Dr. Brown plantou na cabeça dele.

— Doc, você foi genial falando da teoria gravitacional! — disse Marty dando tapinhas nas costas do cientista que sorria.

— Agora só precisamos esperar que ele durma, e iremos acertá-lo com uma maçã! — respondeu animado.

Uma hora se passou e Isaac continuava lendo sem parar.

— Grande Scott! — exclamou Marty, cansado de esperar. — Será que ele não vai dormir?

Doc apenas suspirou. McFly resolveu deitar na cama enquanto esperava e acabou adormecendo.

Mais uma hora se passou e Marty acordou assustado, Doc o chacoalhava de um lado para o outro.

— Acorde Marty! Ele dormiu! Vamos colocar nosso plano em ação! — disse o cientista agitado.

McFly se levantou, limpando a baba no canto da boca, e seguiu Doc até a macieira. Ainda estava meio dormindo, mas quando chegaram lá, despertou com o ronco de Isaac.

— Pegue. — entregou uma maçã para Marty, que a pegou prontamente. Mirou com precisão e jogou com força na cabeça do homem, que só fez roncar mais alto.

— Acho que não jogou forte o suficiente... Tome. — disse entregando outra maçã para o garoto.

McFly firmou os pés no chão e mirou novamente, acertando em cheio a cabeça do homem com muita força, dessa vez ele parou o ronco e mexeu a cabeça, mas foi um reflexo, pois logo voltou a roncar.

— Cristo! Qual o problema desse cara? — exclamou. Pegou mais uma maçã no chão, essa seria sua última tentativa.

— Tente lembrar-se de algo que te deixa com muita raiva e use essa raiva contra ele! — falou Doc.

“Covarde! Franguinho!” Marty se lembrou dos xingamentos que não suportava, usou aquilo para canalizar toda a raiva em sua mão, que chegou a tremer. Respirou fundo e jogou a maçã que dessa vez acordou o cientista na hora.

— Senhor! — Isaac esbravejou passando a mão na parte de trás da cabeça. Ele pegou a maçã do chão e gritou: — É ISSO! GRAVIDADE! — e correu para dentro da casa, sem notar os dois parados ao seu lado.

— Grande Scott! Deu certo! — exclamou Doc pulando de alegria. — E o curso natural das coisas volta ao normal. — disse por fim, piscando para Marty.

Aproveitaram que Isaac iria querer estudar agora, e agradeceram pela hospedagem e dizendo que teriam que ir embora mais cedo do que previam. Isaac pediu que Jane arrumasse alguns pedaços de bolo para a viagem que seria longa, ela colou tudo em um pequeno pedaço de pano de renda azul e sumiu para cozinha novamente. Depois de um breve adeus, os dois forma em direção à floresta que ficava atrás do celeiro, e tiraram todos os galhos que cobriam a máquina do tempo.

Os dois colocaram o cobertor inflável, tomaram o liquido novamente, fazendo com que Marty resmungasse mais um pouco, e apertaram os cintos de couro.

— Pronto? — indagou Doc com um olhar desafiador.

— Vamos nessa!


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Notas finais do capítulo

Para Londres e além!!! o/



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