Unknown Love escrita por Katherine Henderson


Capítulo 78
Confissões do Coração de uma Tarantula - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Esqueci de colocar lá em cima, mas é episódio especial (não coloquei por que não tinha espaço).
Antes de mais nada, tô de volta (de novo),e vou tentar postar mais agora, promise!!!
E como eu prometi, um episódio especial com pov da Cristina. Agora vamos tentar ver o estranho ponto de vista da Cristarantula Imperial... ^^



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----POV Cristina ON----

Hoje de manhã acordei especialmente feliz. Tinha certeza que Diego já tinha cumprido a missão e que aquele traidor do Alex estava ardendo lá em casa... E, bom, o fato de eu acordar feliz hoje era o fato que eu veria a cara daquela híbrida de anjo desqualificada retorcida de dor por que perdeu seu demoninho... Ah, isso sim seria um exemplo de dia perfeito pra mim...
Bom, por culpa dos meus pais adotivos —que eu simplesmente odeio—, tive que ir pra escola cedo, pra dar o ar de "garota boazinha", —que sempre me cansava— que não mata aula, a garota perfeita —que, de certo modo, eu sou mesmo—, mas eu sabia no que todos iriam falar: a morte misteriosa de Alex Ruiz, o luto da Chatol-Isa Pasquali e de toda aquela turminha de insetinhos. Ia ser bem feito para aquela dupla de idiotas.
O carro do meu "pai" chegou no colégio e me deparei com uma cena que eu esperaria ver: a escola fechada, um monte de alunos do lado de fora, uma bagunça que a Diretora Rigores não conseguia acalmar. Tratei de fazer uma cara de quem não sabia nada da história e sai do carro. E foi só eu colocar meus sapatos exclusivos da Prada pra fora do carro que eu comecei a ouvir o murmúrio da galera, alguns eu conseguia ouvir claramente. Tinha uma audição muito boa.

-Puxa vida, ela vai ficar arrasada quando souber...
-Coitada da Cristina, ela vai ter um piti.
-Piti é apelido. Ela vai é pedir pra morrer...

Sem entender nada —e com uma vontade de queimar quem tinha me chamado de coitada. Tá pensando o quê, Cristina Ricalde não é nenhuma coitada, não!— fui falar com as únicas pessoas que sabiam do que estava acontecendo: infelizmente, as Repe-chatas (Nota das Repetidas: É REPETIDAS, TARANTULA IMPERIAL!!!). Apesar que eu sabia do que elas iriam falar, eu ainda tinha o caso daqueles fuxicos que eu tinha ouvido antes.
Procurar elas foi fácil, estavam junto com a galera chata em um carro preto que acho eu era do Micky (Não sei muito bem se o carro era dele, nem sabia que ele tinha carro. Ou melhor, nem sabia que ele dirigia.) Armei meu melhor sorriso de muitos amigos (é difícil armar um sorriso desses) e cheguei perto do carro preto.

-O que aconteceu aqui? -Perguntei para a "turminha", me fingindo de inocente.
-Como se você não soubesse o que aconteceu, não é, Princesa das Trevas? -Micky me olhou com uma raiva que o fazia parecer um legítimo demônio, embora não fosse.
-"Alerta vermelho, princesa..." -Meu alterego apitou em minha mente.
-"Ah, o que é?"
-"Se fosse você, ficava de olho no Micky. Algo me diz que o protetor do 'casalzinho' sabe mais do que deixa esparecer."
-"Você anda malucando..." -Nunca fui do tipo paranoica e não era agora que eu começaria a ser...- "Além do mais, o que o idiota do Micky saberia de 'universos paralelos' ?"
-"Ok, mas eu só estou te avisando. Não chore se você se der mal nessa..."
-Eu saber do quê?
-Do incêndio, dããã! -A Justa ou a Norma ou sei-lá-qual-das-duas falou, como se fosse muito óbvio- Tá todo mundo falando disso.
-É, mas eu não estou. Anda, desembuche o que sabe, pesadelo duplicado.

A repetida revirou os olhos, meio indignada, antes de falar comigo de novo.

-Bom, ao que parece, teve um incêndio no auditório e, bom, parece que o seu namorado estava lá e...
-Diego? -Perguntei de novo, agora realmente assustada.
-"Diego?" -Meu alterego borbulhava de raiva. Nós duas contávamos com a saída imediata dele quando Alex fosse executado, e junto com ele, o projeto de anjo, carbonizando junto.
-É, os legistas acabaram de levá-lo para o necrotério.
-O Diego... Morreu? -Se aquele estrupício estivesse vivo, eu mesma o mataria!!! Como eu pude ser tão idiota a ponto de confiar que aquele infernofone daria conta do serviço e sair ileso ao mesmo tempo? Ah, mas eu podia ter um trunfo, apesar de tudo...- E bom, cadê o Alex e a Isa? Não tô vendo eles...
-Minha repetida saiu com eles faz um tempinho e... Olha só, não vão morrer tão cedo, olha que vem lá...

E para minha surpresa e raiva lá estavam eles, juntos, rindo, vivos, como se não tivesse acontecendo nada. Ai, se não tivesse muitas testemunhas, eu acabava com aqueles dois...
A segunda repetida olhou pra mim e cochichou alguma coisa para Alex e Isa, mas mesmo com uma superaudição, não consegui ouvir nada. Alex me olhou com um misto de tristeza e raiva, segurando firme a mão daquele projeto de anjo. Já Isa me olhava sem raiva nenhuma pelo que eu percebi, mas o olhar dela se afogava em tristeza e eu não conseguia entender o porquê.

-Ah, olá, Tarântula... -A repetida mostrou a língua pra mim antes de sentar ao lado do namoradinho dela.
-Eu espero que esteja feliz com o que aconteceu, Cristina. -A voz de Alex destilava raiva- Você tá me devendo uma facada no peito.
-Cristina... -A voz de Isa tinha um contraste quase suave, algo que eu ainda não conseguia entender- Deixamos algo pra você no seu armário... -O QUÊ?! Aquele projeto de anjo andou mexendo no MEU armário? Antes que eu pudesse ficar mais indignada, Isa mudou totalmente seu tom de voz e começou a borboletear seus dedinhos malditos e magrelos em direção ao meu braço- E isso, Cristina, é pelo Diego.

Senti como se tivesse sido marcada por um ferro em brasa (o que era complicado, por que poucas coisas nesse mundo poderiam me queimar). Meu braço estava com uma marca circular vermelha, sangrando fraco e queimava tanto... A sorte é que dava pra esconder aquela queimadura na manga da minha blusa. Puxei a manga esquerda um pouco mais pra baixo e fui em direção a Diretora Rigores, que estava conversando com os bombeiros. Tinha que saber o que aquela vadia da Isa tinha feito no meu armário antes de queimá-la nas chamas do inferno.

-Ahn, Diretora Rigores?
-Ah, olá, Srta. Ricalde. Sinto muito pelo Sr. Julián. Nem sei o quanto deve estar sofrendo... -Tive vontade de, na hora, espancar a diretora até ela morrer. Odeio quando me tratam como se eu fosse uma coitada, alguém que merecesse ter pena de alguém.
-Pode apostar que sim. -Respondi da maneira mais desinteressada que pude- Escute, preciso pegar minha blusa que deixei no meu armário e queria saber se podia até lá... -Viu? Eu sei ser educadinha quando quero.
-Bom, é... Sargento? -A diretora se virou para um homem alto com um uniforme amarelo acinzentado pelo fogo.
-A área dos armários não foi atingida pelo fogo, Sra. Rigores. Acho que a garota pode ir com segurança até lá...
-Muito obrigada... -Nem sequer esperei o bombeiro terminar a frase. Já saí na frente, empurrando mais dois bombeiros pra abrir passagem.

Cheguei lá em poucos segundos, atraída pelo cheio incomum e inimaginável de enxofre e água benta misturados. Foi só dobrar o corredor e dei de cara com o meu armário, onde o cheiro estava mais forte. Com raiva e curiosidade se misturando, me atrapalhei duas vezes com a combinação antes de destrancar meu armário. Quando se abriu, senti o mesmo cheiro de água benta e enxofre, mas era mais concentrado. Mas minha atenção estava voltada para o que estava lá dentro: um pedaço de echarpe.

CONTINUA...


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