O renascimento de Jon Snow escrita por Ana Carol Machado


Capítulo 56
Rosas de inverno


Notas iniciais do capítulo

Oiii. Esse é um dos últimos capítulos e um dos meus favoritos. Depois desse capítulo terão somente mais dois. A história está chegando ao fim e queria logo agradecer a todos que acompanharam e comentaram até aqui. Espero que gostem desse capítulo e não se esqueçam de comentar e me dizer o que acharam.
Uma pequena observação:Nesse capítulo do ponto de vista da Arya para o ponto de vista de Aegon se passa um periodo de tempo meio grande que identifiquei apenas como vários dias e naquele capítulo que se cita a gravidez da Margaery pela primeira vez ela já estava com a gravidez pela metade. Apenas para situar melhor.
Boa leitura. Abraços e nos vemos nos comentários.



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Arya

Arya saiu de Winterfell usando a habilidade que havia aprendido na Casa de Preto e Branco. A habilidade de não ser notada. Ela sabia que Sansa devia está preocupada com ela. Muito preocupada. Ela lamentava ter preocupado a irmã, porém tinha que fazer alguma coisa. Não poderia ficar em Winterfell apenas esperando por notícias de Jon. Tinha que fazer alguma coisa.O clima em Winterfell estava horrível quando ela saiu. Se ela ficasse lá era perigoso ter um ataque nervoso como alguns tiveram.

Ainda usando suas habilidades conseguiu viajar com segurança durante a escuridão. Quando chegou no que um dia foi a Muralha lutou ao lado dos que estavam lá, mas principalmente procurou o seu irmão de coração. Eles foram achar Jon somente depois que o alvorecer de um novo dia ocorreu.

Jon estava muito ferido. O ferimento era profundo e pior ainda, era um ferimento de arma mágica segundo os filhos da floresta falaram. Seu irmão estava tão frio. Arya teve tanto medo de o perder. Foi preciso uma antiga magia da cura para que Jon sobrevivesse. Uma magia que somente os filhos da floresta conheciam e dominavam. Somente essa magia fez o ferimento fechar e a temperatura de Jon se normalizar. Mas mesmo com o ferimento fechado ele ainda ficou desacordado. Foi nesse estado que ele foi levado para Winterfell. Arya esperava que o irmão acordasse logo, mas estava tranqüila, o pior havia passado. A Longa Noite já havia terminado e tudo estaria mais calmo em Winterfell quando Jon acordasse.

Aegon

O dia havia raiado novamente, porém quando isso ocorreu já era em partes tarde. Havia tido muitas confusões e brigas em Porto Real. Muitos haviam morrido por causa do que ocorreu durante a longa noite. De alguma forma a escuridão fez o povo perder a lucidez. O povo que sempre estava acostumado ao calor e a luz não suportaram dias de frio e escuridão. Os prejuízos haviam sido muitos. Mesmo vários dias depois da volta do alvorecer eles ainda podiam ser notados.

Mercados haviam sido destruídos e saqueados. Houve uma revolta da população contra a fé dos Sete, pois eles achavam que os deuses não haviam sido fortes o suficiente para os proteger. Sorte do Alto Pardal que saiu de Porto real antes da confusão, pois caso contrario estaria morto assim como os militantes da fé.

Aegon não sabe quanto tempo vai demorar para reconstruir tudo. Ele sabe que o mais difícil de reconstruir é a fé das pessoas nele. Muitos do povo ficaram decepcionados por ele não ter aberto as portas da Fortaleza Vermelha para o povo entrar. Ele não fez isso pois sabia o quanto era perigoso. Provavelmente se tivesse feito isso todos teriam morrido antes do sol voltar. Aegon suspirou profundamente pensando em todo trabalho que tinha pela frente. Além de todos esses problemas ainda havia a questão da sua tia Daenerys que provavelmente estava vindo para Porto Real. Aegon sabia que era provável que o povo a apoiasse visto tudo que ocorreu. Principalmente o fato dela ter lutado na Batalha pela Alvorada.

Para piorar ainda tinham os pesadelos com o trono de ferro. Durante várias noites ele sonhou aquele mesmo pesadelo em que o trono de ferro o cortava em pedacinhos enquanto reis mortos, suas esposas e uma garotinha que ele não conhecia assistiam. Na última vez que teve esse sonho a garotinha misteriosa olhava dentro dos seus olhos. Ele ficou com aquele olhar na mente o dia todo depois de acordar.

Ele tentou afastar esses pensamentos pensando em coisas boas. Como por exemplo no nascimento de seu herdeiro que estava próximo. Margaery devia ter a criança em breve. Aegon torcia para que fosse um menino. Já tinha até ideias para nomes.

O nascimento esperado ocorreu sete dias depois. Margaery entrou em trabalho de parto ainda de madrugada. A criança nasceu algumas horas depois. Uma linda menina que nasceu com os olhos do pai e os cabelos da mãe.A menininha era chamada por todos de a rosa do inverno. Por causa de sua mãe a rosa da Campina e por ter nascido durante o inverno.

Aegon ficou meio decepcionado, pois queria um menino. Mas não demonstrou essa decepção na frente da esposa que estava fraca do parto. Mas a decepção passou quando carregou com carinho a filha em seu colo. Quando Aegon olhou para o belo rosto da criança, mas especialmente para os olhos, um arrepio percorreu seu corpo. Os olhos da criança lhe lembravam os olhos da garotinha dos seus pesadelos. A que ao lado de suas esposas lhe olhava ser cortado pelo trono.

Ele disse para si mesmo que era coisa da sua mente. Que estava imaginando coisas. Mas não funcionou muito. Aegon encarou aquilo como um sinal de que no futuro algo poderia dá muito errado para ele. Que aqueles pesadelos talvez fossem avisos do futuro. Mas se eram avisos do futuro talvez fosse possível os mudar com atitudes no presente. Talvez fosse possível escrever um novo futuro menos trágico.

—Rhaenys. Seu nome será Rhaenys e farei de tudo para lhe deixar segura. Aquele pesadelo nunca se realizará. Prometo. - falou ele baixinho para que somente a filha escutasse. Falou como se a menina entendesse do que ele falava.

Ele pensou que talvez fosse melhor fazer um acordo com sua tia pelo bem dele e de sua filha Rhaenys. Se as coisas piorassem ele mandaria uma carta sugerindo um acordo. Só se as coisas piorassem, pois antes disso o seu orgulho não permitia.

Jon

Quando Jon acordou em Winterfell pensou que estava sonhando. Pensou que havia morrido e que estava em uma realidade paralela. Não achava que fosse possível, devido ao ferimento que lembrava ter sofrido, está vivo ainda e em casa. Olhou ao redor do quarto em que estava e viu que haviam pessoas no quarto com ele. O meistre estava lá junto com suas irmãs Arya e Sansa. Eles pareciam conversar sobre algo. A conversa cessou quando eles notaram que ele havia acordado. Suas irmãs correram até ele e o abraçaram.

Jon tentou se levantar, porém ainda se sentia fraco para isso.

—Não se esforce, vossa graça. Ainda estás fraco.- disse o meistre se aproximando dele

—Agora que acordou podemos preparar e planejar o banquete para comemorar a vitória. Estávamos apenas esperando que acordasse e melhorasse. - falou Sansa sorrindo. Sua irmã sempre gostou de banquetes e parecia animada para preparar esse.

—Quando tempo dormir?- Jon perguntou com a voz fraca

—Vários dias. Todos ficaram muito preocupados.

O meistre ainda estava falando quando Rickon entrou correndo no quarto e, mesmo com o alerta das irmãs de que Jon estava machucado, se jogou na cama com o irmão. Jon sorriu, mesmo com a leve dor que sentiu no local do ferimento. Ele se sentiu amado naquele momento...

Mais tarde naquele dia Daenerys veio lhe ver. Jon sentiu um calor no rosto quando ela se aproximou. Dany lhe falou de como a situação em Porto Real estava. De como Aegon havia lhe mandado uma carta sugerindo um acordo e pedindo sua ajuda. Na carta que mandou ele falava de como a longa noite havia causado o caos entre o povo. Até a fé nos sete havia sido atingida.

—As coisas devem está bem graves para ele ter mandado essa carta. - disse Jon meio fraco tentando se sentar na cama. Ele lembrou da carta em tom orgulhoso que recebeu de Aegon há meses atrás.

Dany concordou com a cabeça e comentou que estava com um pouco de receio do que encontraria em Porto Real. Qual seria o tamanho da revolta do povo. Depois ela falava que na carta também falava que Aegon havia tido uma filha que recebeu o nome de Rhaenys em homenagem a filha de Rhaegar que morreu.

— Irá atender o chamado dele?- Jon perguntou

—Sim. É minha chance de conquistar meu trono.

Ficou um silêncio entre eles até que Jon o quebrou perguntando:

—Quando irá embora?

—Depois do grande banquete que terá.

Jon concordou com a cabeça e sentiu uma pontada de saudade antes mesmo dela ir. O sangue deles se atraiam. Sentiria falta da amizade e da presença dela...

Outras pessoas foram lhe ver naquele dia. Jon sentiu falta de Melisandre. Ela ainda não havia vindo lhe ver nenhuma vez. Ficou preocupado. Estaria ela doente ou algo do tipo? Rickon ficou um tempo doente pelo que soube, mas o menino melhorou muito depois que o alvorecer voltou.

Melisandre foi lhe ver com a filha somente bem mais tarde. Ela estava um pouco mais pálida do que o normal e sua voz parecia mais fraca do que ele lembrava. Será que ainda seria conseqüência daquela magia que ela usou para acender a espada?

—Venceste o Grande Outro. A luz venceu a escuridão. - falou ela com um sorriso no rosto. Entregando a filha pequena para Jon segurar.

—Estás bem? Parece fraca...

—Fiquei doente quando soube que tinha sumido. Pensei que havia falhado novamente e que o nosso inimigo tinha vencido.

—Agora tudo já acabou. Vencemos.

—Sim, vencemos.- disse ela se sentando na cama ao lado dele.- Tenho algumas coisas para lhe contar.

Jon ficou em silencio e esperou que ela continuasse.

—Espero outro filho seu.

—Isso... Isso é ótimo. – disse Jon. Ele realmente achava ótimo. Seria bom Lyanna ter um irmão. Essa criança devia ter sido concebida no dia seguinte ao ritual que a espada foi acessa. Foi a última vez que lembra ter deitado com ela.

—E quanto a minha habilidade de ver o futuro nas chamas. Eu acho...

—Sei disso. Não se preocupe com isso.- disse Jon a interrompendo. Ele sabia que ela não conseguia mais ler o futuro.

No dia seguinte Jon se sentiu forte o suficiente para sair da cama. Logo que saiu reparou que todos o tratavam como um herói. Vários cantores estavam em Winterfell querendo mostrar suas canções que haviam feito para ele. Essas canções ficariam para o banquete que seria feito dali a dois dias.

Jon sentiu uma forte vontade de ir até os jardins de vidro de Winterfell. Ele foi lá carregando sua filha no colo. Ao chegar lá notou que rosas de inverno azuis como a geada haviam nascido nos jardins de vidro recentemente. Elas enchiam o ar com sua doçura. Sua filha Lyanna sorriu ao ver as flores e tentou as pegar com suas mãozinhas. Jon estava distraído olhando sua filha tentando pegar as rosas que nem reparou que Dany estava lá também.

—Vim ver as rosas de inverno.- disse Dany e depois completou falando que há muito tempo, em um lugar chamado Casa dos Imortais, ela havia tido uma visão que envolvia rosas azuis de inverno.

Ficou um silencio entre eles, até que Dany falou a mesma coisa que já havia falado algumas vezes enquanto estavam na Muralha. Que seria mais fácil governar com Jon ao seu lado, ainda mais que Porto Real estaria em crise provavelmente. Que se ele aceitasse teria um lugar para Melisandre, para a pequena Lyanna e o futuro bebê.

—Não posso. Meu lar é o Norte. Meu coração pertence a esse lugar. - falou Jon. E era realmente verdade. O Norte foi o único lar que ele conheceu. Ele se sentiria um estranho em qualquer outro lugar. Ele queria está perto de Dany, mas também queria está na sua terra. No seu Norte.

Após falar isso Jon colheu uma das rosas de inverno e deu para Dany.

—A rosa azul como a geada representa o Norte. Fique com ela como uma lembrança das terras geladas do Norte e como uma lembrança minha também.

Dany segurou a rosa azul.

 


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Notas finais do capítulo

A história está quase acabando. Então se vc nunca comentou, favoritou ou recomendou a hora é agora rsrs . Vou fazer um agradecimento especial a todos, até as leitores fantasmas, no último capítulo. Abraços e até o próximo!