Fazia meses que estava sem o diário de Edward, sem ter o que ler, durante as férias seguidamente eu ia à antiga casa dos Cullen’s, uma vez para colocar os diários no lugar e algumas vezes só para olhar, após um tempo parei de ir, nunca tinha nada de diferente, afinal, o que eu esperava? Encontrar Edward Cullen na casa, se um dia ele existiu é provável que esteja morto.

Voltei a minha vida normal, sai com alguns amigos, na verdade a única que era minha amiga era Ângela, os outros eram apenas falsos, até que as aulas começaram novamente, cheguei na escola com minha antiga caminhonete e estacionei ao lado de uma  BMW, o carro era lindo, mas nunca tinha visto ele na escola. Deixei para lá e me dirigi à secretaria pegar meu horário.

Algo estava diferente naquela escola, eram muitos os segredos e conversas paralelas,  até que encontrei Jessica e Ângela conversando muito animadas.

- Ola meninas, o que está acontecendo nessa escola hoje?

- Você não sabe?

- Claro que sei, mas acho mais divertido ouvir de você Jéssica. Ângela abafou  a risada com uma tosse fingida.

- Mas então vão me contar.

- Parece que tem alguns alunos novos? Ângela respondeu.

- E o que tem isso? Eu perguntei sem entender o porquê daquilo.

- Não sei, mas quem viu eles na cidade não para de dizer que eles são perfeitos. Jessica já falou empolgada. Resolvi não dar muita credibilidade, em cidades pequenas qualquer pessoa nova torna-se o centro das atenções. Fui para minha aula de matemática, o período passou mortalmente lento, aproveitei para pensar em Edward, eu não consegui me desligar dele. Na hora do almoço, o barulho sempre constante estava mais enlouquecedor do que o normal daquele refeitório, então soube mais um pouco da história dos novos alunos.

- Vocês já viram os alunos novos? Eu perguntei para a mesa onde as meninas estavam?

- Não, parece que eles ainda estão resolvendo as matriculas, mas já sabemos que são 5 alunos novos, 3 garotos e  duas garotas.

- Entendo. Bom eu não tenho mais aulas hoje então vou embora. Tchau gente.

Despedi-me das garotas e fui em direção a minha caminhonete, quando estava chegando perto fui pegar minhas chaves, sabia que tinha colocado dentro de minha bolsa mas não estava conseguindo encontrar até que esbarro em algo muito duro e caiu no chão. Olhei para o que tinha me esbarrado e vi uma mulher, ela era loira, linda, parecia uma deusa, então me lembrei de onde já tinha visto essa descrição. “Rosalie” eu pensei, me levantei rapidamente.

- Você está bem?  Ela perguntou

- E.. Es.. Estou, te.. tenho que  ir. Caminhei em direção a minha caminhonete tremendo, achei minha chave, mas mal consegui colocar na ignição.

- Você não me parece bem? Eu posso te ajudar em alguma coisa? La estava novamente a loira do lado de minha janela, como eu não vi ela chegar. “Ela é uma vampira sua estúpida” Meu deus o que estou pensando vampiros não existem Izabela, pare de pensar besteira.

- Estou sim, Obrigado. Virei a chave e arranquei com minha caminhonete, ela ficou lá, parada e me olhando.

 Cheguei em casa ainda nervosa,  pensando no que tinha acontecido, devia ser imaginação minha, mas não conseguia parar de pensar.

POV Rosalie

Eu estava parada esperando meus irmãos voltarem do gabinete do diretor, então uma humana vinha caminhando em minha direção, ela parecia tão frágil e estabanada, parecia procurar alguma coisa dentro da bolsa, e não olhava para  frente ela vinha ao meu encontro, até que se chocou comigo, eu podia ter me desviado, mas simplesmente não quis, o sangue dela tinha um cheiro muito apetitoso, nada que eu não pudesse suportar mas era um dos melhores sangues que meu olfato já teve contato. Ela me olhou, e seus olhos alargaram-se como se me conhecesse, então levantou-se rapidamente e me olhou

- Você está bem?  Eu perguntei a ela.

- E.. Es.. Estou, te.. tenho que  ir. Ela gaguejou e foi em direção a uma camionete estacionada ao lado de meu carro. Dei risada internamente, humanos sempre perdem a fala perto de nós, mas algo ainda me intrigava, ela parecia me conhecer. Não contive minha curiosidade, e apareci na janela dela. - Você não me parece bem? Eu posso te ajudar em alguma coisa?

- Estou sim, Obrigado. Novamente ela pareceu entender como apareci de repente  na janela dela, depois balançou a cabeça como quem apaga uma idéia idiota da cabeça.  Ela então arrancou a caminhonete e saiu do estacionamento eu fiquei lá parada observando ela sair até que senti o cheiro de um dos meus irmãos.

- Rosalie, o que aconteceu. Perguntou Edward, um de meus irmãos.

- Nada. Mas era obvio que ele “viu” o que tinha acontecido em minha mente.

- Porque você está pensando nisso, humanos geralmente agem assim perto de nós.

- Mas foi diferente, por um pequeno momento parecia que ela tinha me reconhecido. Então dei de ombros devia ter sido imaginação minha. – Vamos para casa, os outros estão vindo.

Fomos para casa, Esme já estava decorando a casa, ela e Carlisle tinham vindo antes de nós para coordenar as reformas da casa agora bastava decorar.

POV Bella

Era noite, e não consegui tirar meu encontro com Rosalie, na verdade o meu encontro com a loira porque Rosalie era uma personagem de uma história de Ficção criada por Edward Cullen.  Mal fechei os olhos, já tinha que levantar para ir a escola, não queria admitir, mas estava com receio de ir e ver aquela loira monumental novamente. Mas eu precisava ir, estava dirigindo pela estrada e vejo um Volvo prata e um Jeep gigantesco cruzarem por mim como se eu estivesse parada. Indaguei-me quem seriam aqueles dirigindo como loucos.

Quando cheguei na escola lá estavam os  dois carros que  cruzaram pela minha camionete, mas seus motoristas não estavam mais por perto. Estacionei e caminhei em direção aos meus amigos, que conversavam próximos a estrada da escola.

- Oi pessoal.

- Oi Bella. Falaram em uníssono.

- Do que falavam?

- Os novos alunos, acabaram de  cruzar por aqui.

- É, e o que tem isso? Todos me olharam como se eu fosse de outro planeta, até mesmo Ângela parecia um pouco aturdida com minha pergunta., não agüentei e perguntei. -  O que foi tem algo na minha cara?

- O que tem isso Bella? Todos eles são... Ela parou como se tivesse procurando a palavra certa. – Perfeitos.  Eu virei os olhos, pelo exagero de Jessica. Então me virei para Ângela para ouvir uma segunda opinião.

- Eles são perfeitos. Ahh não até Ângela! Então o sinal tocou e fomos para as aulas, em sala de aula o assunto era o mesmo, “os alunos novos”, parecia que todos estavam encantados com eles, e só falavam como eles  eram bonitos. Perguntei para Ângela que estava do meu lado. – Sabe o nome deles?

- Não, eles não falaram com ninguém, chegaram naqueles carrões e foram direto para dentro do colégio.  Carrões? Então os malucos que dirigiam aqueles carros eram eles! As aulas aquele dia tinham acabado e eu não vi nenhum dos alunos novos em nenhum momento até agora.

Caminhava em direção ao estacionamento, novamente procurando minhas chaves dentro da bolsa em quanto lutava para me manter em cima  dos saltos que calçava, estava sendo difícil dividir a concentração entre chaves e salto alto. Então como eu já devia imaginar torci o pé e estava prestes a cair e dois braços me seguraram e me colocaram novamente de pé. Olhei querendo agradecer e não acreditava no que via, uma garota baixinha de cabelos negros espetados e desumanamente linda que chegava a perfeição e eu não conhecia, então devia ser uma das alunas novas, quando cheguei a essa conclusão, um misto de emoções eu pude sentir, vergonha por ter quase caído, surpresa por alguém como essa garota  ter conseguido me segurar, felicidade por não ser nenhum personagem de ficção do livro de Edward, tristeza por não ser nenhum personagem de ficção do livro de Edward, se aqueles  alunos novos fossem Cullen’s eu poderia ter a chance de conhecer o Edward, e por ultimo constrangimento por aquela baixinha me olhar como se  eu fosse um presente de natal antecipado. Até que consegui pronunciar uma palavra.

- Obrigada.

- De nada, adorei te conhecer, acho que vamos ser boas amigas.

- Ah, certo então eu tenho que ir.

- Sim, qual seu nome. A baixinha parecia querer conversar.

- Izabela. E o seu?

- Alice. Você está em que ano Izabela?

- Segundo e você?

- Eu também to no segundo, eu e mais um dos meus irmãos. Os outros estão no terceiro.

- Ah é, qual o nome do seu irmão?

- Bom eu preciso ir Izabela, nos veremos amanha.

- Certo, até amanha Alice.

Fui para minha casa e fiquei pensando na aluna nova, ela até que era muito simpática eu tinha gostado dela.

POV Alice

Eu estava escorada no Volvo de meu irmão esperando Jasper que ainda não tinha saído. Até que tive uma visão, uma humana prestes a cair e eu ajudando ela. No inicio estranhei porque eu ajudaria aquela humana, até que reconheci a garota da visão era a mesma que tinha pego os diários de Edward, era a mesma que eu tinha visto que seria minha amiga. Nunca contei para os outros daquela visão já que na visão, Izabela parecia  acreditar que era uma simples história de ficção.

- Obrigada. Ela me agradeceu parecia estar envergonhada.

- De nada, adorei te conhecer, acho que vamos ser boas amigas. Eu não me controlei e comecei a falar eu sabia que seriamos melhores amigas.

- Ah, certo então eu tenho que ir.

- Sim, qual seu nome. Eu não queria que ela fosse, queria conhecer mais um pouco dela.

- Izabela. E o seu?

- Alice. Você está em que ano Izabela? Eu não consegui conter minha ansiedade.

- Segundo e você?

- Eu também to no segundo, eu e mais um dos meus irmãos. Os outros estão no terceiro. Eu falava muito animada, sabia que ela seria parte da família então já  tava colocando ela a par sobre nós.

- Ah é, qual o nome do seu irmão?

- Bom eu preciso ir Izabela, nos veremos amanha. Essa me pegou de surpresa, o que é estranho para mim, eu não podia falar o nome  do Edward, ela  iria  desconfiar. Então resolvi desconversar.

- Certo, até amanha Alice.

POV Bella.

Eu tava indo para a escola e novamente aqueles carros cruzaram por mim, mas dessa vez o Volvo ficou um tempo ao meu lado, e uma mãozinha abanou para mim, olhei para ver de quem era, era de Alice que sorria da janela do carro. Retribui o aceno, então o Volvo ganhou velocidade novamente e sumiu na estrada.

Cheguei na escola um pouco atrasada, e caminhava rapidamente pelos corredores, quando virei um dos corredores me choquei contra o corpo de alguém que segurou os meus braços antes que eu caísse, olhei para o homem que estava na minha frente, e quase desmaiei quando o vi, seus olhos estavam negros, e me fitavam de uma maneira que eu não conseguia desviar o olhar. Até que uma mão tocou seu ombro o tirando do transe e chamando pelo seu nome.