No capitulo anterior...

Quando sentir que não iria vomitar mais, levantei e dei descarga lavando a boca e saindo do banheiro.

–Você tomou pilula do dia seguinte no dia da escola?- pergunta Austin sentado na cama.

–Não lembrei, teve aquela confusão toda com a Piper no shopping, não lembrei.

–Certo, e aquele dia da festa da Trish?

–A gente fez... Droga eu não tomei, ver você chorando aquele dia me fez perder o chão, não pensei mais em nada.

–Então você deveria fazer isso.

Diz Austin tirando uma caixinha de trás das costas e estendendo para mim. Na caixinha tinha uma mulher sorridente na frente.

–Você acha que estou... - Não consegui terminar a frase, aquilo era demais para mim.

–Só faça.

Pov Austin

–Ally Dawson- chamou a enfermeira.

Olhei para Ally que me olhou com medo, pego sua mão. Fomos para a sala indicada. Quando chegamos lá tinha um mulher, seus cabelos eram pretos e seus olhos azuis eram intensos.

–Boa tarde Ally, sou Rebeca, seu exame saiu.- e doutora me entrega o envelope.

Ally abre o envelope e olhou fixo para ele.

–Eu não entendo.- diz Ally entregando o envelope para a doutora.

–Tudo bem deixa eu dá uma olhada.- a doutora olha bem para o envelope e dá um grande sorriso. Fodeu!- Você está com três semana de gestação. Parabéns.

Ally não responde.

–Você que vai cuidar dela o resto da gravidez?- pergunto.

–Sim, você é o pai?

–Sim- respondo ainda em choque.

–Eu não quero esse filho.- Ally levanta e sai da sala.

–Mas... - a doutora começa a falar mais eu logo trato de explicar.

–Ela tem só dezessete anos, não sabe o que diz. Ela terá esse filho sim. Ligamos para a próxima consulta.

Pego o envelope e saio da sala correndo atrás da Ally, quando chego ela está do lado de fora andando de um lado para o outro chorando.

–Ei, ei, ei... Para, você não vai tirar.

–Vou, Austin, tem a faculdade, meus pais vão me matar, você ainda tem que se livrar da Brooke e seu pai...

Ally estava falando demais, beijo seus lábios cobertos por lagrimas, eles tremiam.

–Calma, daremos um jeito. Só não tire, por favor.- digo.

...

Ally ainda soluçava enquanto eu a abraçava. Estávamos na casa dela, sua mãe ainda não havia chegado, nem seu pai.

–Eu vou ficar parecendo uma baleia.

Não deixei de ri com seu comentário, me endireitei ficando de frente para ela, beijo seu pequeno nariz.

–Você irá continuar linda.

–Crianças choram e fazem caquinha.

–Muita caquinha?- pergunto rindo.

–Sim.

–A mamãe dele ira limpar e quando ele chorar mamãe ira nina-lo e cantar com sua adorável voz.

–E quando nosso bebê fizer malcriação.

–Papai irá conversar com ele e ele vai me ouvir.

–Crianças custam caro.

–Pequena, você sabe que dinheiro não será o problema.

Ela faz bico e eu a abraço apertado.

–Sabe Austin, nosso bebê pode ser uma meninas.

–Sim sei.

–Então pare de chamar nosso bebê de "ele".

Sorri com sua observação.

–Eu chamei de "ele", eu não percebi.

A porta da casa se abre e Ally me olha com desespero. Quando vimos a mãe e o pai de Ally estavam lá.

–Olha quem voltou.- diz a mãe de Ally me abraçando assim que levanto.

–E um prazer ver você novamente Penny.

–Austin esse é meu marido Lester e pai da Ally.

–Prazer garoto- diz ele apertando minha mão.- Querida vou tomar um banho.

–Tudo bem, eu vou preparar o jantar.

Eles vão saindo e Ally me olha.

–Senhor e senhora Dawson eu gostaria de falar com os dois.

–Tudo bem, no jantar a gente conversa- diz Lester.

–Tem que ser agora, é urgente.

–Tudo bem- diz Penny.

Eu e Ally sentamos no sofá e Lester e Penny nas poltronas a frente.

–Ally andou tendo uns enjoos estranhos.

–Sim, deve ser por causa do acidente- diz Penny.

–Então Penny, não é por isso.

Ally aperta mais minha mão e começa a chorar.

–Ally está grávida e o filho é meu.

Lester me olha feio e Penny poe a mão na boca arregalando os olhos.

–O que você tinha na cabeça, minha filha só tem dezessete anos- grita Lester.

–Lester- grita Penny chamando atenção.- agora é hora de ter calma, Austin não fez só. Eles iram assumir a responsabilidades sozinhos. Eu vou preparar o jantar e você irá tomar seu banho e deixará os garotos em paz.

Pov Ally

Depois daquilo jantamos em um clima totalmente tenso, Austin ficou um tempo depois do jantar, mas logo foi embora. Eu já tinha tomado banho e já estava na cama quando o filme do dia passa em minha mente, eu iria ser mãe eu nem estava acreditando ainda.

Aliso minha barriga ainda lisa. Alguém bate a porta e eu mando entra. Minha mãe me olha com um sorriso triste nos lábios.

–Como estão meus bebês?

–Mãe, eu vou ter um bebê, não sou mais um bebê.

Minha mãe ri e senta na cama.

–Como vocês pretendem fazer?

–Eu não sei mãe, o pai dele me odeia.

–Como?

–O pai dele quer que Austin case com outra garota, com mais dinheiro.

–Nossa que horror, ele só quer por causa do dinheiro?

–Sim.

–Como você deixou a chegar a esse ponto?

–Eu não sei mãe, foi o calor do momento, as preocupações me tiraram do eixo.- uma lagrima escorre e minha mãe trata logo de enxugar.

–Não chore, daremos um jeito. Ser mãe é uma coisa divina, não se arrependa só siga em frente. Tudo bem?

–Tudo bem- dou um sorriso triste.

–Eu agora vou dormir. Durma bem.- Minha mãe pega em minha barriga e beija minha testa.

–Boa noite mãe.

…

Era duas e cinquenta da tarde e eu estava na casa do Austin abraçada com ele em sua cama, enquanto Austin alisava minha barriga.

–Nos vamos contar a alguém?- pergunto alisando seu cabelo.

–Não, por enquanto não. Não quero meu filho sendo odiado por Brooke, Piper, Abe e meu pai, deixa sua barriga crescer que decidimos.

–Austin "filho" já conversamos, pode ser uma menina.

Austin dá uma gargalhada linda e beija minha barriga. Eu ri com seu gesto.

–Tudo bem, nosso bebê.

–Como vamos decidir contar quando a barriga estiver crescendo? Quando ela crescer todos vão perceber.

Austin fica tenso e sai de perto da minha barriga sentando e passando o braço em meu ombro.

–Eu pensei em ir embora de Miami.

–O que? Como pretende fazer isso?

–Ally eu quero voltar para Nova York, me esconder de todos e cuidar de você e do nosso bebê.

–Não podemos...

Austin se vira ficando de frente para mim e segurando meu rosto me interrompendo.

–Eles vão me obrigar a casar com a Brooke.

–Seu pai não vai chegar a tanto quando ver minha barriga.

–Não sei...

Meu celular apita interrompendo Austin, pego em minha bolsa e vejo que era um e-mail de George. Abro.

Presente de aniversário adiantado Ally. Divirta-se.

Tinha um arquivo, quando abro os meus olhos se arregalam e Austin fica boquiaberto. Era um vídeo de Brooke em uma festa preparando um cigarro de maconha e fumando logo depois.