Os Próximos Três Dias - Hayffie escrita por F Lovett


Capítulo 9
Pequena Morte


Notas iniciais do capítulo

MANO, MAIS DE UM MÊS, SOCORRO! D;

Foi mais do que um bloqueio criativo. To nem conseguindo lembrar algum termo pior do que bloqueio!

Acho que preciso de mais de mil desculpas por esse atraso. Mas esse semestre ta uma correria em TUDO! Faculdade, cosplays da Effie, e agora to indo atrás da expo do Tim Burton no ano que vem (sim, eu voooooooooooou e já comprei meus ingressos, o boy também) ♥

Bem, não vou ficar falando aqui, vou deixar o capítulo pra vocês...

Boa leitura! ;)



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Acordo até com disposição, considerando que não dormi tanto de ontem para hoje. E quando desço as escadas, sou atraída por um cheiro bom, o que acaba despertando minha fome.

Quando chego a cozinha, me deparo com Haymitch no fogão e a cena é um pouco cômica pelo simples fato de eu nunca tê-lo imaginado cozinhando algum dia na vida.

Abotoo o penúltimo botão do meu vestido, percebendo que ele estava aberto até então. Encosto na parede da cozinha e cruzo os braços, observando Haymitch lidar com a panela.

– Não sabia que cozinhava – comento e ele se vira, parecendo um pouco assustado.

– Você acorda muito cedo – ele diz e volta a se concentrar no fogão. Desencosto da parede e chego mais perto.

– Eu sempre acordo cedo – digo, vendo agora que ele está fazendo panquecas.

– Mas você está de férias! Tem que aproveitar e dormir!

– É o costume – me defendo. Haymitch me olha de lado e balança a cabeça. - São panquecas? - pergunto, tentando mudar de assunto.

– São sim – responde. - Você gosta?

– Adoro panquecas – digo, vendo-o despejar o último círculo de massa num prato. Ele coloca a panela na pia e leva o prato até a mesa.

Haymitch olha para mim e me puxa pela cintura com uma mão. Ele sela seus lábios nos meus e sorri.

– Bom dia – Haymitch diz.

– Bom dia – respondo e ouço a campainha tocar em seguida. Haymitch me diz para começar a me servir enquanto vai até a porta. Recheio uma panqueca com carne e me sento.

Ouço a porta sendo aberta e logo ouço a voz de Peeta.

– Haymitch! - ele diz. - Por que não nos avisou que estava voltando?

– Ah, eu ia avisar – Haymitch tenta se defender, mas de longe posso perceber como seu tom de voz não convence ninguém.

Chego a dar apenas uma mordida na panqueca até ouvir a porta sendo fechada e os passos deles vindo na direção da cozinha. Então trato de limpar o canto da boca e me levanto. E não demora até que eu os veja.

Peeta aparece primeiro e sua expressão se ilumina depois de alguns instantes tentando me reconhecer. Isso me diverte um pouco. Devo ter mudado bastante desde que a guerra acabou, já que é assim que eles estão reagindo ao me ver.

– Effie! - exclama, mas acaba parecendo também uma pergunta. Ele sabe que sou eu, mas ainda não acredita. Então confirmo com um menear de cabeça e sorrio, vendo-o vir até mim e me abraçar com tanta força que parece que estivemos distantes por anos.

E como á imaginava, ouço-o comentar sobre como mudei nesse último ano e que não vê a hora que nos preparar um jantar de boas-vindas.

– Vai ficar até quando? - indaga e quando abro a boca para responder, percebo que nem eu mesma sei ao certo quanto tempo passarei aqui. Olho para Haymitch, em busca de uma resposta e ele parece compreender.

– Estou tentando convencê-la de ficar o maior tempo que puder aqui, já que a madame está de férias - diz e me lança um olhar vitorioso. Sorrio sarcasticamente e ele retribui. - Mas não se preocupe – acrescenta. - Chegamos ontem à noite. Ela vai ficar mais um pouco.

Encontro seu olhar novamente e ele exibe um pequeno sorriso. Mordo o interior do lábio e percebo nem eu mesma sei quando voltarei para casa exatamente. Mas que também não quero voltar logo.

Quando volto a mim, vejo Peeta olhando de mim para Haymitch, um pouco desconfiado. Haymitch pigarreia e então Peeta diz que vai voltar para casa e dar a notícia a Katniss depois.

Haymitch o acompanha até a porta e então voltamos para a cozinha para finalmente tomarmos o café da manhã.

– Quero te mostrar um lugar hoje – ele diz depois de alguns instantes em silêncio enquanto apenas comíamos. - Acho que você vai gostar.

Olho desconfiada para ele, mas Haymitch continua comendo e não me diz mais nada. Mas ainda percebo um pequeno sorriso formado em seus lábios, o que me diz que ele está se divertindo com a situação.

Termino de comer e me adianto em lavar o meu prato enquanto ele ainda está terminando.

– Resolveu adotar o perfil de misterioso agora? - indago de costas para ele. Me sinto aliviada em não ter muita coisa para lavar. - Isso não combina com você, Haymitch.

Posso ouvi-lo rir brevemente e depois a cadeira sendo afastada. Logo Haymitch aparece ao meu lado, olhando para a pia. Então termino de lavar e dou espaço para ele.

Assim que termina de lavar, ele me encara por alguns segundos e então diz que me levará passa passear um pouco. Nada muito distante. Diz que não nos cansaremos e voltaremos ainda cedo.

Sigo-o para fora de casa até sairmos da Aldeia dos Vitoriosos e irmos em direção as árvores. Sinto-me um pouco receosa, pensando se é realmente uma boa ideia, mas Haymitch segue em frente e, como se estivesse lendo os meus pensamentos, segura a minha mão e me guia. Sinto algo estranho no estômago e tento ignorar, não tendo tanto sucesso quanto queria. Ele não apressa o passo, mas depois de alguns minutos não consigo conter minha curiosidade.

– Onde estamos indo exatamente?

Haymitch sorri e continua olhando para frente, até que afasta uma grande folha de alguma árvore que desconheço e revela uma das mais lindas – talvez a mais linda – paisagens que já vi na vida.

Há um lago no meio de todas aquelas árvores e sua beleza me surpreende. É como um pedaço do paraíso secreto, bem no meio do Distrito 12.

Haymitch solta a minha mão e vai até uma rocha alta, eu o sigo tentando não tropeçar.

– É lindo aqui – comento enquanto ainda admiro o lugar a minha frente.

– Eu sei – diz Haymitch. - Eu adoro este lugar. Geralmente eu vinha para cá, para pensar.

– Conseguia chegar até aqui quando estava bêbado? - indago. - Você não caía no meio do caminho?

Haymitch me olha de lado e volta a olhar para frente. E, após alguns instantes, se senta, levantando seu olhar para me ver, e sem precisar dizer uma só palavra, acompanho-o e me sento ao seu lado.

– Você nunca encontraria um lugar como esse na Capital – ele diz ainda olhando para frente.

– Realmente – concordo. - Tenho que admitir isso.

– Mas... - Haymitch parece hesitar antes de prosseguir. - E então... Você sabe até quando vai ficar?

Abro a boca para responder e travo, da mesma forma que mais cedo, quando Peeta me fez esta mesma pergunta. Mas uma ideia me surge quando percebo os olhos de Haymitch atentos a mim e um sorriso se forma, desta vez, em meus lábios.

– Até quando você espera que eu fique?

Isso faz Haymitch soltar uma breve risada. Mais permaneço observando-o, aguardando sua resposta.

– Para ser sincero – ele dá uma pausa novamente e olha o ambiente ao nosso redor, então volta a olhar para mim, agora com um sorriso sincero nos lábios. - Pelo resto da vida.

Um leve tremor percorre o meu corpo e sei que estou corando, e isso me faz desviar o olhar por um instante, até voltar a fitá-lo e perceber que sua atenção ainda está totalmente voltada para mim. Mordo a parte interna do meu lábio inferior e sei que ele está querendo o mesmo que eu agora. Mas Haymitch simplesmente se levanta e em seguida me estende uma mão.

– Vem cá - ele diz e eu seguro sua mão. Começamos a caminhar pela terra que borda o lago. Até que, num piscar de olhos, Haymitch me puxa em direção ao lago e caímos juntos, após meu grito que foi interrompido quando entrei na água.

Quando volto a superfície, o primeiro som que ouço é a risada de Haymitch. Sinto-me furiosa por ele ter feito isso, mas quando o vejo se divertindo tanto com o ocorrido, acabo deixando minha raiva de lado e rio junto a ele, mas sem deixar de ainda jogar água na sua direção.

– Foi para isso que você me chamou? - pergunto e jogo água na sua direção. Ele joga de volta, ainda rindo.

Lembro que minhas sandálias podem escorregar dos meus pés a qualquer momento e que foi uma sorte não terem escorregado na queda. Então as tiro.

– Se não precisasse disso para voltar – digo, erguendo o par nas mãos - estaria jogando na sua cara agora mesmo!

Isso parece despertá-lo. Estou tentando voltar a borda quando ele me alcança e toma minhas sandálias, colocando-as na terra.

A água me cobre até um pouco acima da minha cintura, então me abaixo novamente para molhar meus cabelos que já estão voltando a secar. Fecho os olhos e quando os abro novamente, Haymitch está vindo na minha direção.

– Agora vou levar horas para arrumar esse cabelo – resmungo e Haymitch solta uma risada.

– Ta vendo? - ele diz. - Continua cheia de frescuras!

– Isso não é frescura – me defendo, mas ele parece não me ouvir.

– Quer saber? - ele indaga e curva a cabeça até encostar no meu pescoço. Seus lábios selam um rápido beijo que acaba me arrepiando e ele vai até o meu ouvido. - Eu prefiro assim – sua mão me segura pela cintura enquanto a outra vai até os meus cabelos, puxando-os de leve. Ele acaba me pegando um pouco desprevenida, mas não, não estou reclamando disso. Estou bem longe de reclamar disso.

Ele distribui os beijos pelo meu pescoço até encontrar os meus lábios. Então sinto suas mãos descendo até as minhas pernas, puxando-me para si. Envolvo sua cintura e ele me apoia numa rocha, voltando a me beijar ainda mais intensamente. Seguro os seus ombros, lutando para não cravar tanto as minhas unhas neles. Até que Haymitch interrompe o beijo lentamente e permanece com seu rosto bem próximo ao meu. É quando percebo que ele está movimentando uma mão até a minha calcinha, sob o tecido, tão lento e tão preciso. Haymitch inicia alguns movimentos contínuos e meus lábios entreabrem, enquanto começo a arfar. E quando percebe que estou prestes a atingir o orgasmo, Haymitch introduz um pouco mais o seu dedo, arrancando-me um gemido que estava evitando soltar. Mas parecia impossível.

Volto a abrir os olhos e vejo Haymitch levando sua mão a boca. Ele saboreia o dedo que até então me tocava e sorri maliciosamente para mim, enquanto ainda ofego um pouco.

– Quer voltar para casa? - sussurra e eu aceno a cabeça em resposta.

Vamos até a parte mais rasa do lago, onde podemos subir sem problemas. Pegamos nossas sandálias e, a passos rápidos, tomamos o rumo de volta a casa de Haymitch. Ele segura a minha mão e me guia de volta, e tudo se passa como flashes na minha cabeça.

Nos vejo entrando na sua casa aos beijos e ele me conduz até o banheiro do seu quarto. Ele liga o chuveiro e voltamos a nos beijar enquanto tiramos cada peça de roupa úmida que ainda estávamos usando. Mas o banho não parece bem o certo a se fazer no momento. Volta e meia começamos a rir e depois simplesmente desistimos.

Recobro os meus sentidos quando ele se deita sobre mim, na sua cama. Não há absolutamente nada nos separando agora. Nenhuma roupa. Nenhum tecido. Nada.

Suas mãos ocupam minha cintura e sinto-me quente nessa região. Nossos lábios se encontram e ele me beija lentamente, deixando nossas línguas saborearem o gosto um do outro. Sinto-o morder meu lábio e roçar seu quadril no meu, deixando-me perceber o quão excitado ele está. O quão excitada eu também estou.

Quando encontro seus olhos, ele não precisa dizer nada. Apenas aceno com a cabeça e permito-o que vá em frente. E quando sinto-o me invadir, mesmo que lentamente, não evito que minhas unhas cravem nas suas costas. Mas ele começa a investir, ainda de uma forma lenta, enquanto afrouxo o aperto que fizera nas suas costas há pouco. Haymitch apoia sua cabeça na curva do meu pescoço e sinto sua respiração ofegante contra a minha pele, no mesmo ritmo da minha, enquanto seus movimentos vão ganhando um pouco mais de velocidade, e eu o acompanho. Um gemido se forma na minha garganta e tento impedi-lo de sair, mas não consigo por tanto tempo. Logo os sons começam a sair entre os meus lábios e quando estou prestes a atingir meu clímax, volto a arranhá-lo, notando que ele consegue atingir quase ao mesmo tempo que eu.

Haymitch deixa seu peso cair sobre mim e eu o abraço. Ambos estamos ofegando bastante, além de estarmos suados também. Ele se levanta um pouco e olha para mim. Seu cansaço não esconde o sorriso que estampa seus olhos, assim como o meu também.

Seu olhar vai um pouco mais embaixo e ele leva seus lábios até o meu seio esquerdo, passando sua língua por ele. Seguro seus cabelos enquanto ele me mordisca.

Deitamo-nos um ao lado do outro. Haymitch entrelaça nossos dedos e me puxa para um beijo rápido. Sua mão vai até as minhas costas e me mantém bem próxima a ele.

– Sabe, Effie – ele começa. - Quando eu disse mais cedo que queria que você ficasse aqui pelo resto da vida, eu não estava brincando.

– Eu sei – murmuro. - Eu também quero, mas... Eu tenho coisas na Capital, Haymitch... Não é tão fácil assim.

– Eu sei disso. Mas é que... eu não quero me distanciar de você de novo e dessa vez passar mais de um ano sem te ver. Não depois de hoje – acrescenta e me dá um beijo arrancando-me um pequeno sorriso.

– Eu também não - respondo.

Haymitch me abraça e ficamos assim por um tempo. Ainda está claro, mas não faço ideia de que horas sejam agora. Só sei que não quero mesmo ir embora daqui, mesmo que eu ame a Capital, que eu ame tudo que eu tenho lá, acho que acabei de descobrir que meu maior medo é perder Haymitch novamente e nunca mais nos vermos de novo.


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Notas finais do capítulo

YAAAAAAAAAAAAAAAAAAY O/

É isso aí, gente! Dessa vez não vou prometer nada, até porque falta menos de um mês pra estreia e o cosplay que eu vou usar dia 18 nem ta pronto ainda, já o do dia 21 já ta finalizando fiuqwhefoqiuhefoiquwef mas não hesitem em puxar minha orelha, cobrar mesmo, porque isso, de certa forma, me incentiva pra caramba!

Espero que tenham curtido xD

Comentem e deixem a Lovett feliz!!!

PS: vou cuidar de responder a todos os comentários amanhã, se eu tiver tempo no trabalhoney! :D



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