Os Próximos Três Dias - Hayffie escrita por F Lovett


Capítulo 12
Em pedaços


Notas iniciais do capítulo

Eita que dessa vez eu não demorei, né? dfiuhoqwefiuhqwoiefuhqwef

Bom, agora que terminou a semana de provas na facu, acredito que terei um pouco mais de tempo pra atualizar a fic com mais frequência, e postar mais ones porque ones são muito amor ♥

Bom, tem algo nesse capítulo que eu gostei de ter escrito porque mostra um pouco a força da Effie. Enfim, espero que gostem! :D

Boa leitura! ;)



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Estou abraçada a Haymitch há um bom tempo enquanto ele tenta me acalmar. Suas mãos fortes acariciam as minhas costas, mas ainda sinto meu corpo inteiro tremer com meu nervosismo. Mas o estranho de tudo isso é que não sinto a umidade nos meus olhos. Nada próximo a isso. É como se algo me dissesse que eu não deveria me preocupar, que não é nada demais, por mais que eu não faça ideia do que seja.

Mas ainda me sinto nervosa.

– Eu preciso ficar um pouco sozinha, tudo bem? – indago e Haymitch concorda sem problemas. Logo ele afrouxa o abraço e eu sigo até a cozinha, torcendo para que sua teimosia fale mais alto e ele acabe me seguindo. Mas ele não o faz e aproveito o espaço para pegar a carteira de cigarros que havia escondido no armário, próxima a alguns alimentos amontoados em seus sacos. Dali tiro dois cigarros e encontro o isqueiro numa gaveta de baixo. Dou uma última olhada na sala e Haymitch agora está sentado na beira do sofá. Então saio pela porta de trás. Acendendo o cigarro logo em seguida. Quando o coloco na boca é como estar reencontrando um velho amigo. A sensação de conforto retorna e eu fecho os olhos enquanto deixo a fumaça escapar por entre os meus lábios. Não é uma questão de dependência, e sim de uma necessidade momentânea.

Mas assim como começou, logo notei que já estava acabando e precisaria fumar o segundo antes que Haymitch viesse me procurar. E como se adivinhasse, ouço a porta abrir no momento em que acendo o isqueiro novamente. A chama mal aparece e logo some. Levo um susto, mas permaneço de costas.

– Não acredito que você está fazendo isso – posso notar que está chateado. Apenas seu tom de voz já me diz isso.

Fecho os olhos e baixo a cabeça. Sinto culpa, porém ao mesmo tempo não me arrependo. Ele sabia disso. Ele sabia que não seria assim tão fácil eu largar o cigarro. Ele sabia. Ele entendia.

Mas não era o que estava parecendo agora.

Ouço seus passos vindo em minha direção e é então que eu viro. Ele para no meio do caminho e me fita de uma forma estranha, com certo receio no olhar. Então fungo e percebo que estava chorando. Não cheguei a soluçar. Eram apenas as lágrimas que haviam escorrido pelo meu rosto sem que eu percebesse.

– Achei que estava tentando parar – ele diz ainda com a voz controlada, mas posso enxergar a fúria que ele tenta esconder. Eu o conheço o suficiente para reconhecer isso.

– Não é tão fácil quanto parece – retrucou com os braços cruzados. Não quero dar início a uma discussão. É a última coisa que quero neste momento.

– E você acha que vai superar como? Fumando ainda mais? – ele se altera e seu tom de voz aumenta. O problema é que Haymitch explode de vez e com muita facilidade. Ele não é do tipo de consegue se controlar.

– Olha só quem está falando em superar!

Haymitch abre a boca para retrucar, mas somos interrompidos pelos gritos de Katniss. Ela está nos chamando e podemos ouvir que vem de dentro da casa dela. E sem pensar duas vezes, corremos naquela direção. Haymitch segue na minha frente por conseguir correr mais rápido do que eu, mas ele continua segurando a porta depois que entra. “Modos” surpreendo-me quando percebo. Mas apenas lanço um rápido olhar de agradecimento.

Katniss está pálida e percebesse claramente que ela não sabe o que fazer. É quando finalmente vejo Peeta encolhido num canto da sala, batendo com a cabeça repetidas vezes contra a parede.

– O que aconteceu? – Haymitch pergunta e Katniss estende a mão, entregando-lhe um envelope. Olho-o rapidamente e um arrepio percorre o meu corpo ao ver a insígnia da Capital.

– Acabamos de receber isso – ela diz. – Foi direcionada a ele.

– Eu recebi uma dessa também – digo e Katniss franze o cenho na monja direção. – Acabei de receber quando chegamos na casa do Haymitch.

Agora uma ponta de alívio me atinge. Não deve ser algo ruim, então.

Como um impulso, me vejo indo na direção de Peeta, que ainda está no mesmo lugar, sussurrando algo desconexo e tentando esconder a cabeça entre os braços. Hesitantemente, me abaixo próxima a ele, mas ele não parece me notar. Então estico o braço até tocar seus cabelos molhados de suor. Ao sentir o toque ele se afasta bruscamente. Seus olhos transbordam o medo. Medo esse que eu vi por um bom tempo.

– Ei Peeta, sou eu. Effie – digo calmamente com o máximo de controle que tenho na voz. – Eu sei o que está pensando.

– Você não sabe de nada – sua voz sai embargada, mas nem ele mesmo tem certeza do que que está dizendo. – Você não sabe!

– Eles não vão te prender de novo – digo, tentando fazê-lo me encarar, mas ele insiste em desviar o olhar. – É isso o que está pensando, não é? Que eles vão prender você naquele lugar horrível de novo?

Peeta não responde. Apenas abraça os próprios joelhos e mantém o olhar distante. Ponho uma mão sobre a dele.

– Eu também recebi uma carta daquela – continuo e isso parece prender sua atenção. – Nos vamos todos juntos à Capital ver o que é isso, tudo bem? Nós somos um time, lembra? – em resposta. Peeta assente com a cabeça. – Eu, você, Katniss e Haymitch. Somos um time.

– Uma família – ele diz quase num sussurro e não deixo de sorrir ao ouvi-lo.

– Isso. Uma família.

Ele para e faz uma careta.

– Effie, você está com um cheiro estranho.

– Ah – comento ao lembrar do cigarro. – Deve ser a fumaça.

– Você fuma – ele afirma. Pondero por alguns segundos e confirmo com um menear de cabeça.

– Cada um supera seus traumas da melhor forma que está ao seu alcance.

Ele parece entender.

– Eu preferia estar fumando do que machucando a Katniss – ele comenta por alto e sei que todos ouviram. Suspiro ao perceber seu pesar. Ele não tem culpa, mas nunca vai se livrar desse fardo.

Sinto uma vontade súbita de chorar, mas me contenho. Ao olhar para Peeta, vejo que está voltando ao normal.

– Obrigado – ele diz e isso confirma que ele voltou a ser o Peeta. Sorrio e me levanto, tendo que encarar, agora, Haymitch e Katniss surpresos e quase boquiabertos.

– Eu estive presa no mesmo lugar que ele – explico. – Esqueceram?

Katniss, surpreendendo que mais uma vez, se joga nos meus braços e me aperta. Ainda um pouco confusa perante a sua atitude, a abraço, porém com um pouco menos de força.

– Obrigada, Effie.

– De nada, minha garota.

Ela me larga e olha para Peeta, que agora já está de pé novamente.

– Espero que ainda estejam com fome – Peeta diz e então nos reunimos novamente.

Volto a casa de Haymitch com ele sentindo-me um pouco melhor. Agora que sei que a tal intimação não chegou apenas para mim me dá esperanças de que talvez seja algo bom. Mesmo vindo da polícia.

– Confesso que não esperava que você fosse fazer aquilo – ele diz em relação a minha “conversa” com Peeta. – Acho que nem eu teria conseguido.

– É que eu vi muita coisa, Haymitch. Não é fácil esquecer algo que te traumatizou. Na verdade é impossível.

– Eu sei disso – ele diz. – Sei muito bem.

– Somos um time cheio de traumas.

– Uma família cheia de traumas – ele corrige e isso me faz rir. Mas logo volto a ficar séria. Não consigo afastar os meus pensamentos daquela carta.

Sinto a mão de Haymitch segurar a minha e levá-la até os lábios.

– Nada de ruim vai acontecer a você enquanto eu estiver por perto. Eu prometo.

Olho nos seus olhos e sei que ele nunca falou tão sério. E ainda segurando a minha mão, Haymitch me puxa, fazendo-me sentar no seu colo. Suas mãos percorrem o meu corpo, apertando-me, enquanto nossos lábios se esbarram. Suas mãos descem mais um pouco até ele apertar a minha bunda, fazendo-me arfar em seus lábios. Seus dedos deslizam para dentro da minha calcinha e, segurando a renda, ele a rasga. Mordo seu lábio em protesto e isso o faz rir maliciosamente. Não satisfeita com isso, trato de lutar contra o botão da sua calça. Mas ele consegue ser mais rápido e a tira com facilidade. Voltando a me posicionar sobre ele, não demorou a senti-lo me invadir. Mas agora ele parece um pouco mais delicado, apenas de início, até perceber que não estou mais com as unhas cravadas nas suas costas. É quando ele me segura firmemente pela cintura e me induz a mover-me sobre ele. Arqueio as costas e jogo a cabeça para trás quando o sinto passear os lábios pelos meus seios, mordicando-os.

Afasto-me da realidade com uma facilidade que ate então não entendo como consigo. É algo que apenas Haymitch consegue me proporcionar. É algo apenas dele e sei que ninguém mais conseguiria esse feito.

Nossos corpos se esbarram com cada vez mais força e isso parece diverti-lo. E quando sinto o orgasmo mais próximo, não consigo segurar meus gemidos, o que o excita ainda mais. Continuo investindo até senti-lo estremecer, alcançando seu ápice. Haymitch joga a cabeça para trás, descansando no sofá e eu desabo em cima dele. Seu corpo está molhado de suor.

– Você ainda tem alguma dúvida de que o seu lugar é aqui?

Olho em seus olhos e percebo sua determinação. É o que ele realmente quer. É o que ele queria desde o princípio. Mas é aí que eu percebo que é o que eu também quero.


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Notas finais do capítulo

YEEEEEEY o/

No próximo todo mundo vai saber o que diabos aquele envelope quer dizer. Espero que tenham gostado, mores ♥

Comentem e deixem a Lovett feliz! :D