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Charles e Iselly chegaram à casa do Vasconcelos, ao tocar a campainha uma mulher abriu a porta e logo abriu um largo sorriso.

─Charles meu bebê ─ a mulher apertou as bochechas do menino ─ Que saudade. Quem é essa linda garota? Sua namorada?

─Oi Nany, sim essa é Iselly, minha namorada. Ise essa é Nany minha... Babá ─ ele as apresentou um pouco envergonhado.

Ise estava nervosa, mas isso passou quando a mulher a puxou para um abraço apertado.

Depois de alguns minutos os dois estavam a sós, caminharam até a sala de estar e Jeremy já estava esperando-os.

─Filho ─ o homem logo abriu os braços ─ Sua mãe não esta em casa.

─Que sorte ─ Ise sussurrou, Char sorriu e abraçou o pai.

─Pai essa é Iselly Diana Clare Chevette, minha namorada, Ise esse é Jeremy Vasconcelos, meu pai.

Senhor Vasconcelos sorriu, Iselly apesar de tudo ficou mais surpreendida pelo fato de Charles saber o nome completo dela.

─Então norinha, Charles disse que já conheceu a minha esposa, bom, não ligue pra ela. Sabe Samantha é uma mãe coruja e não gosta de dividir o que é dela.

─É eu percebi...

─Fique a vontade, só vou até o escritório rapidinho. Com licença ─ o pai de Charles disse e sumiu pelo corredor após uma porta.

O casal se encarou por um tempo sem saber o que fazer, até que o rapaz decidiu mostrar o quarto para a menina.

─Meu quarto aqui é um pouco diferente do colégio ─ avisou ─ Entre ─ ele abriu a porta, cujo tinha um cartaz com o nome dele, e deu passagem para ela entrar.

O quarto era enorme com uma grande janela, e pesadas cortinas azul pretório, uma cama de casal, havia duas portas, Charles indicou uma e disse que era o banheiro e a outra era um closet.

─Depois você diz “É um pouco diferente”─ a menina caçoou e pulou na cama ─Ela é bem macia, mas não tem o seu cheiro.

  ─Olha você já reconhece meu cheiro ─ Char riu ─ ele é bom? ─ perguntou ainda rindo e Ise revirou os olhos.

─Crianças o senhor Vasconcelos está esperando vocês na sala de jantar ─ Nany disse abrindo da porta.

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Selena, Jason, Ingrid, Geovanni, Mylena e Ewerton caminhavam pelo grande shopping de Londres, os seis estavam andando atrás “de uma coisa muito importante”, segundo Mylena, á horas e nada de encontrar a tal coisa.

─A gente poderia parar para comer alguma coisa ─ propôs Selena ─Daqui a pouco começa o jogo e a gente fica aqui andando.

─Verdade, vamos naquele restaurante ─ Jason apontou para um local próximo e caminharam até lá tranquilos.

Eles estavam lanchando e conversando até que Jason cutuca Mylena e mostra com a cabeça para duas pessoas que estavam na mesa ao lado. Ao olhar Lena¹ tentou se esconder atrás da bolsa, porém foi uma falha tentativa, pois seus pais já a tinha visto.

Ambos adultos caminharam até os jovens, e de braços cruzados o pai limpou a garganta.

─Mylena não sabia que sua escola estava em excursão em Londres.

─Oi pai ─ Mylena respondeu sem graça. Os seis ficaram brancos, pois pela cara do senhor Scartizini não poderia dar boa coisa.

─Oi tio, tudo bem? ─ Jason comprimento o homem.

─Olá Jason, passo bem ─respondeu indiferente.

─Com licença senhor, eu me chamo Geovanni ─ Geo se levantou para cumprimentar o pai da amiga, o garoto estava nervoso ─Hoje temos permissão para sair do colégio, e eu, sua filha e nossos amigos decidimos esfriar a cabeça, então sobrevoamos até Londres, um local diferente e até por que o nosso amigo Ewerton, é brasileiro e não conhecia a capital ─ o nerd mentiu e com isso todos entraram na onda.

─Oi, eu sou o Ewerton e é verdade a sua filha, uma excelente menina por sinal, quis fez a caridade de nos trazer até aqui ─ Ewer puxou saco, sendo meio irônico.

─Selena prazer em conhecê-los a Lena sempre diz ótimas coisas sobre os senhores.

─Então pai, essa é a Ingrid ela é um pouco tímida ─ Lena¹ apresentou a última, Ingrid acenou timidamente com a mão e um sorriso amarelo.

─Vamos voltar para o colégio, o passeio acabou.

─Deixas as crianças se divertirem ─ Samantha Vasconcelos apareceu ─ ah não esqueci que você é um velho rabugento que odeia a felicidade.

─Vasconcelos.

─Scartizini.

─Tanto tempo não?

─Pois é, sabe não gosto de me misturar com pessoas que estão abaixo de mim.

─Vai dar merda ─ Mylena sussurrou.

─Claro que vai, se quando você conheceu o Ian vocês discutiram, então imagina os pais de vocês.

─Isso vai ser melhor que o jogo do Brasil ─ Ewerton riu.

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Dante e Viktoria aproveitaram o dia para visitar as crianças do orfanato e de certa forma, tirar as imagens pornográficas da mente.

─Qual será o problema do diretor, tipo ele mostrou pornografia para os alunos.

 ─Acho que é falta de sexo. Mas eu ainda quero saber quem era aquelas duas pessoas.

─Dante para de ser curioso! Isso não tem nada a ver com a gente.

─Vai disser que você não sente nem um pouquinho de curiosidade ─ Dante brincou mais uma vez.

O casal entrou na casa e já foram puxados por algumas crianças para brincar.

─Vocês são amigos do tio Carson e o tio Ian? ─ uma das crianças perguntou.

─A gente vai à pizzaria de novo?

─Cadê o tio Ian e o tio Carson?

─Quem são vocês? Vocês também vai nos levar para o parque?

Tori e Dante foram bombardeados com perguntas das pequenas crianças.

─Oi, eu sou a tia Tori e ele é o tio Dante ─ Vik se apresentou ─A gente somos amigos dos tios Ian e Carson, mas não vamos para o parque e nem para a pizzaria.

─Ah que chato, queria comer pizza.

─Oi, eu sou a Sabrina, bom a Sophia pediu pra avisar para o tio Ian que o papai dela voltou para busca- lá ─ uma menininha disse segurando uma boneca velha ─ ela também pediu pra entregar isso pra ele ─ estendeu a boneca e Dante a pegou.

─Acho que esses dois foram marcantes para essas crianças.

─Com certeza.

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No Brasil

Todos estavam na casa de Guilherme, para não precisar contar tudo do inicio para os brasileiros, Tainá mostrou o jornal da Inglaterra, onde dizia sobre o Vasconcelos.

Sarah e Ian estavam sozinhos no quarto, o rapaz não dizia nada. Porém Sah começou a dar tapas nele.

─Ai! Para, isso machuca─ ele massageou a cabeça.

─Cartas? Cartas Ian? Sério? Não poderia ser pessoalmente ou um vídeo? Não me surpreendo do Charles desejar a sua morte. Por quê? Sério diz o porquê de tudo isso.

─Eu já te disse. Me desculpa, eu sei que poderia ter sido mais sensível, mas...

─Sem “mas”! Você mentiu pra todo mundo, fez todos acreditar que você estava morto e depois do nada começou a escrever cartas ─ Sarah esbravejava.

─Tá! Já entendi que você está chateada pelo fato de eu ter abandonado você, porém é complicado para mim. Nunca pensei que você iria vim atrás de mim.

─Como não iria vim atrás de você? Sabe teve uma vez que eu andei de moto com um cara muito chato...

─Muito obrigado pela consideração...

─Não me interrompa! ─ Sarah dá outro tapa na cabeça do moreno ─ele disse que era pra eu esperar o príncipe de cavalo branco, porém ele poderia ter sido mais especifico e falado que o príncipe estava de moto. Eu estava confusa e você sabia disso.

─Você gosta do meu melhor amigo ─ ele bufou.

─Quem disse isso? Vai disser que você nunca teve um amor platônico, além disso, você despedaçou o meu coração quando disse que o Ed só me via como uma aluna.

─Se ele é o seu “amorzinho” por que não volta pra ele ─ Ian se levantou da cama, estressado.

─Se eu quisesse voltar para ele eu nem teria saído da Inglaterra. Ian eu atravessei o oceano para chegar aqui e você ainda fica com esse ciúme infantil ─ foi à vez da morena se levantar

─Eu não estou com ciúmes. Você me tira do sério.

 ─Eu te tiro do sério? E você? Sempre que conversamos você só me deixa mais confusa. Quando recebi as cartas tinha certeza do que você sentia por mim, mas agora já não sei.

─O que você quer que eu diga? ─ ele perguntou realmente querendo saber a resposta.

─Só quero que você seja mais direto, e menos confuso.

─Mas eu tô confuso ─ Sarah respirou fundo e se sentou novamente ─ Sarah você é diferente, eu não quero te magoar e eu sei que se eu voltar pra Inglaterra eu vou ser preso, por causa da documentação falsa e desvio de dinheiro da empresa.

─Se esse é o problema eu posso fugir com você ─ propôs.

─Não, eu não quero essa vida pra você. É melhor você voltar pro colégio e continuar vivendo, sei lá se esquecer de tudo.

─Esquecer? Você acha que eu vou esquecer-me de você? Ian eu jamais vou te esquecer.

─Mas é melhor.

─Olha sua mãe pode pagar um advogado e quem sabe você nem vá preso, pois todos sabemos que você bateu a cabeça e estava com uns distúrbios.

Ambos se encararam e Sah puxou Ian para um abraço apertado e assim ficaram por alguns minutos.

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Na diretoria James e Anna estavam sentados á frente da mesa do pai da menina. O diretor encarava o menino de maneira assustadora.

─Fala logo ─ Anna sussurrou para Jay.

─Porque eu?

─Porque será? Fala logo.

─Tá bom ─ James limpou a garganta e falou em voz alta ─ Senhor diretor... Quer dizer Antônio... Não, é senhor Gallepereu, venho até sua sala para pedir a sua filha Annabelle em namoro ─ terminou de cabeça erguida, Anna estava com os olhos brilhando, mas o diretor não parecia nada feliz com que havia ouvido ─ o senhor concede?

─Porque eu deixaria minha filha namorar você?

Antes que James respondesse Gil entrou na sala.

─Senhor diretor, por acaso o senhor marcou uma reunião de pais?

─Não, por quê?

─É que tem alguns responsáveis aqui querendo falar com o senhor.

─Diga que estou ocupado.

─Ocupado? Ocupado? Diretor não me deixe esperando aqui não. Fala pra sua filha conversar com você depois ─ um homem respondeu entrando na sala.

James e Anna saíram de fininho e abandonaram o local.

Poucos segundos depois havia vários pais na pequena sala.

─Que história é essa que o senhor anda mostrando pornografia para minha filha? Não é pra ela ficar vendo isso que eu pago esse colégio.

─Pornografia? E eu pensando que a minha neta Selena ter saído sem permissão fosse algo grave.

─Claro que não o filho desta aqui ─ o senhor Nascimento apontou para a Vasconcelos ─ vivia fugindo do colégio, não ficou satisfeito fugiu foi do país.

─Seu velho feioso não fala do meu filho não.

─Concordo com ele, além de tudo seu filho forjou a própria morte ─ o senhor Scartizini disse apoiando o Nascimento.

─Diretor porque meu filho abaixou a rendimento? Geovanni sempre foi um ótimo aluno.

─É simples ele começou a andar com os filhos desses dois aí ─ Samantha retrucou apontando para os dois pais que conversavam ─ a filha dele é má companhia, uma menina chamada Mylena, medita que dói na alma e o filho do Nascimento? Nossa! Pior caminho na certa. Um garoto que só pensa em futebol, cola nas provas e ainda se aproveita dos outros alunos, sim.

─Com licença, mas fiquei sabendo que minha filha saiu do país, como assim? ─ o senhor Hathaway perguntou para o diretor ─ uma aluna disse que ela foi para o Brasil atrás de um menino, mas a Sarah não é assim.

─Mande a sua filha tirar as garrinhas do meu filho! ─ Vasconcelos disse com todo ciúme que tinha ─ Já basta à outra menina baixinha querendo roubar o meu Charles agora essa tal de Sarah, onde já se viu sair do país atrás de macho?

─Pelo menos a filha dele não fingiu que morreu ─ Nascimento voltou na mesma tecla.

─Seu filho não é nenhum santinho, então para de falar do meu.