As Crônicas do Destino escrita por Ninah Alves


Capítulo 26
Capítulo 27 - Cuide de quem você ama


Notas iniciais do capítulo

N/a: Agradeço de coração os comentários do capítulo anterior.
Em breve responderei a todos.

Capítulo não está grande. Não vou forçar a minha mente, ultimamente não ando bem para escrever.

Espero que gostem e NÃO DEIXEM DE COMENTAR.



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Capítulo vinte e sete – Cuide de quem você ama

 

“Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o que, com freqüência, poderíamos ganhar, por simples medo de arriscar.”

(William Shakespeare)


 

[Pov Bella]

 

Uma semana havia se passado desde que Edward me pediu em namoro e eu não aceitei. Tudo bem... Eu não disse que sim e nem que não. Isso me deixa com a vantagem de que estou pensando em tal possibilidade.

Mas eu sinto que o magoei com isso. Sinto também que quando eu era somente a sua amiga colorida estávamos mais unidos, só que agora...

Não gosto nem de pensar que Edward não gosta de mim tanto quanto antes. Meu coração se comprime só em pensar em tal ato.

- Bella minha filha abre a boca – pediu a minha mãe na sua tentativa frustrada de ser enfermeira. Eu somente a olhei e abri a boca para que ela me desse à sopa.

Era um saco estar doente e ser tratada como um bebê. Mas por outro lado eu não preciso ir para a escola e ser apontada por todos como a ‘aluna nova que veio da Califórnia’.

Se alguém me perguntar o que aconteceu comigo eu não sei explicar. Os médicos só dizem que é uma virose mais nada. Só que eu tenho certeza que é muito mais do que isso. É emocional.

No dia seguinte a tudo que aconteceu na escola eu não consegui se quer levantar da cama. Meu corpo doía tanto que parecia que uma manada de elefantes havia me pisoteado. Minha garganta ardia, como se chamas tivessem nelas e meus olhos pareciam conter areia.

Virose por virose, eu estava mal e assim o médico me proibiu de ir à escola e de ver qualquer um dos meus amigos até que os exames de sangue chegassem de Port Angeles. Mas parece que ninguém acatou as ordens dele.

Alice e Ângela vinham todo dia depois da aula me trazer tanto a matéria quanto me visitar. Elas não sabiam de Edward, mas suspeitavam já que ele não saia daqui de casa.

Até dormir no quarto de hospedes, ele estava dormindo. Mesmo a minha mãe falando que não tinha necessidade.

Emmett e Jasper também vinham todos os dias me ver e sempre que minha mãe ou Edward não estava eles faziam uma bagunça no meu quarto colocando música alta para que eu ouvisse ou contando piadas.

Eu tinha feito ótimos amigos e nem sabia que tudo foi pelo meu mérito. Não tinha o dedinho de Rosalie ai e isso me deixava feliz, pois eu estava começando a sair da inércia e temer menos as pessoas. Sem falar que a timidez estava sendo aos poucos deixada de lado.

Minha mãe tinha conseguido um emprego em uma multinacional em Sealtte e agora quase não parava em casa. O horário da noite, como agora, era uma rara exceção e eu não ia reclamar que ela estava me dando comida na boca feito uma bebê, embora eu quisesse e muito fazer.

- Então é isso, boa menina... – terminou minha mãe contente ao ver que eu tinha tomando toda a sopa de legumes.

- Mãe cadê Edward? – ela uniu as sobrancelhas quando perguntei isso. Se ela não desconfiava do nosso namoro, ela tinha certeza.

- Deve estar no quarto de hospedes. Ele é um ótimo garoto e gosta muito de você – me sorriu carinhosamente e alisou um dos meus braços. – E você não vai me contar o que vocês realmente têm? – arregalei os olhos e creio que me denunciei.

- Mãe nós não temos nada! – eu me sentia até fraca para argumentar. Oh dor infernal no corpo.

- Sei... – ela não acreditava e isso já era de se esperar. – Quando você estiver pronta para me contar eu estarei aqui – anunciou depositando um beijo na minha testa. – Vou chamar Edward – ela levantou ainda com os olhos grudados em mim e saiu porta a fora.

Sai da cama com cuidado e fui até o banheiro fazendo a minha higiene pessoal. Eu estava péssima, com fundas olheiras e tão pálida que poderia ser confundida com um fantasma.

Ao voltar para o quarto percebo que meu celular estar a vibrar na cama. Corri para atendê-lo, quase caindo no meio do caminho. Acomodei-me na cama e logo o atendi. A voz doce e ao mesmo tempo eufórica de Rosalie me deixou feliz.

Como eu sentia falta daquela Barbie loira!

- Rose – atendi voltando a me cobrir.

“- Como vai a minha irmã preferida?”

- Rose eu sou a sua única irmã! – revirei os olhos.

“- Mas é a minha preferida!”

Eu podia notar pelo seu tom de voz que ela estava sorrindo do outro lado da linha.

“- O que está acontecendo com a minha maninha? O clima de Forks está sendo cruel com ela?”

- Odeio esse clima! – ralhei pegando um pedaço de papel para soar o nariz. – Tudo aqui é tão frio! Sinto falta da Califórnia, de você, do papai... – eu parecia uma garotinha de cinco anos fazendo reclamações.

“- Eu sei como deve estar sendo difícil para você Bella. Para mim também está. Não é fácil ficar sozinha na Europa. Como eu queria que você estivesse aqui!”

Como eu queria abraçar minha irmã e ficar horas conversando besteiras com ela.

- Eu estou morrendo de saudades Rose – disse já com os olhos marejados.

“- Eu também Bella. Não vejo à hora de te ver, ver a mamãe... Mas eu estou preocupada. Você anda comendo direito? Se agasalhando...”

- Rose eu estou bem – a interrompi.

“- Certeza?”

- Sim – a respondi e quando olhei para a porta meu mundo pareceu parar. Edward estava lá parado me analisando. Perdi o foco do que Rose estava a falar quando seus olhos encontraram os meus. Um leve sorriso surgiu em seus lábios perfeitos e vagarosamente ele se aproximou de mim, sentando na cama e alisando a minha face. Era tão bom estar perto dele. Era como se nada mais fizesse sentido. Como se a dor insuportável que eu sentia no corpo, por conta da virose, se dissolvesse. Como se o ambiente por si só esquentasse.

“- Bella você está me ouvindo?”

Rosalie me trouxe de volta a realidade ao me gritar do outro lado da linha.

- Sim. Eu estou! – disse sem desviar meus olhos dos de Edward.

“- Tenho que desligar mana, amanhã eu ligo novamente para saber como você está. Oks?”

- Oks – respondi na mesma empolgação que ela. – Te amo Rosalie.

“- Também te amo Bella!”

Ela desligou o telefone sem me dar chances de dizer ‘tchau’. Era melhor assim. Nós nunca fomos boas em se despedir.

- Oie – o cumprimentei ajeitando o meu cabelo que insistia em cair em meus olhos.

- Oi – seu sorriso acolhedor só me aqueceu mais. Edward me puxou para junto de si e eu depositei minha cabeça no seu peito. – Como você se sente hoje?

- Melhor agora com você por perto – ele afagava carinhosamente meus cabelos. Aquele simples gesto já estava me deixando sonolenta.

- Me dói ver você doente – sua voz saiu carregada de tristeza, como se ele tivesse culpa do meu estado.

- Pára de falar isso Edward – pedi voltando a encará-lo. – Eu vou ficar bem é só uma virose – confortei-o. – Só que se você ficar perto de mim pode acabar pegando a virose – sorri, mas ele continuava sério.

- Eu não me importo de pegar a sua virose contando que você esteja bem – fechei os olhos suspirando com certa dificuldade já que meu nariz estava entupido.

- Não diga isso – cerrei os olhos para demonstrar que ele estava sendo excessivamente protetor.

- Digo sim e sinto que tudo isso é por minha culpa – como assim culpa dele?

- Edward que história é essa? – confusa, sacudi a cabeça.

- Eu acho que é mais o lado emocional. Eu te deixei sozinha no primeiro dia de aula, e teve todo o lance com a Jessica e o nosso fim...

- Pára! – tapei sua boca. – Você não tem culpa de nada, oks? Eu só não estou acostumada com as baixas temperaturas de Forks, só isso – isso era só uma tese que eu vinha digerindo na minha mente, era mais para me convencer do que a qualquer outro.

Eu sentia falta do meu pai. Sentia falta de Rose. Da minha antiga e quieta vida. Da ensolarada Califórnia. Eu queria que tudo fosse como antes, mas não era possível. Se fosse possível eu não teria Edward! E isso era pior do que ficar doente.

Perder o meu pai foi à pior coisa que me aconteceu. Depois disso tanta coisa se sucedeu em minha vida que está sendo difícil assimilar até hoje.

- Tudo bem, eu não vou tocar mais no assunto – alegou Edward voltando a me puxar para que deitasse em seu peito.

- Eu espero – passei uma das mãos pela sua cintura o abraçando para depois tomar minha posição de antes.

 

XxX

 

- Bom dia! – Edward me acordava. Com tantos dias ele passando aqui em casa eu nem mais me preocupava com a minha aparência ao amanhecer, que certamente não era das melhores.

- Bom dia – disse bocejando.

- Trouxe seu café da manhã – me apontou a bandeja que continha uma vitamina e alguns brioches.

- Assim você me mima demais. Isso não é justo! – cruzei os braços e emburrei a face como se estivesse chateada.

- Ah não sabia que mimar a minha namorada é a minha especialidade?! – Edward que tinha terminado de cortar um brioche passava um pouco geléia de ameixa. – Desculpe por te chamar de namorada é que eu não me contive – ele evitava me olhar, estaria ele com vergonha de mim?!

- Sem problemas – disse dando de ombros. – Eu reclamo, mas gosto muito dos mimos do meu namorado! – informei levando a boca o copo da vitamina.

- Como?! – me encarou surpreso.

- Meu namorado é muito, muito atencioso... – comecei a sorver a vitamina de maçã com banana que estava muito gostosa. – E bom... – limpei a boca com o guardanapo. – Eu queria dizer isso há um tempo a ele, mas pensei que ele não ia aceitar as minhas desculpas pela demora em dizer o quanto eu o amo e que estou muito feliz por ele ter me pedido em namoro. Mas isso foi há uma semana atrás – finalizei degustando um brioche.

- Seu namorado ia ser muito burro se não aceitasse as desculpas – um sorriso lindo se instalou nos lábios de Edward. – Ele não seria digno de você. Uma garota tão linda que deixa cada dia dele mais feliz. Que faz com que Forks seja mais quente, só em saber que ela existe. Que faz o coração dele pulsar desenfreado quando a vê. E que não mede esforços para vê-la feliz, para que se sinta em casa, mesmo sabendo que lá no fundo... – ele levou uma das mãos ao meu coração. -... ela sofre um dilema. E ela sabe que ele sempre estará disposto a enfrentar tudo e todos por ela. Ela só não pode se esquecer disso – quando Edward finalizou, eu já chorava copiosamente.

- Então você não está chateado comigo? – perguntei tapando o rosto tamanha a vergonha de demonstrar mais uma vez fraqueza a frente dele.

- E porque estaria? – inquiriu retoricamente. – Eu deveria saber e tinha que ser mais atento também – não o podia ver, mas tenho certeza que ele fazia caretas ao se repreender. – Desculpe Bella! – tirou minhas mãos da minha face me fazendo olhá-lo. – Eu te amo e você sabe disso... Só não quero se apressado demais... Se você quiser esperar?!

- Não quero esperar. E com a sua namorada eu te proíbo disso! – apontei do indicador a ele.

- Vem cá minha Bella – tirou a bandeja que estava entre nós para me puxar para um abraço. – Eu queria tanto poder ficar a manhã inteira com você, não queria ir à escola – fez biquinho.

- Mas tem que ir. Quem vai me trazer as matérias? – brinquei.

- Interesseira! – me deu um beijo demorado na bochecha.

- Não sou interesseira. Só estou pensando no nosso futuro – argumentei.

- Hum... Sabe o que eu estou pensando agora? – neguei com a cabeça. – Pensando na sua surpresa para quando você ficar boa – segredou.

- Surpresa?! Mas você sabe que eu não gosto de surpresas – disparei.

- Mas dessa você vai gostar – disse mexendo no meu queixo.

- Ok. Se você diz eu confio em você! – o abracei com força.

 


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