As Crônicas do Destino escrita por Ninah Alves


Capítulo 25
Capítulo 26 - Amizade além dos limites


Notas iniciais do capítulo

N/a: Eu sei... vocês até pensaram que eu desisti da fic né? Mas eu não desisti. Só ESTOU SEM TEMPO e SEM INSPIRAÇÃO, mas hoje (05/09) surgiu a inspiração e eu escrevi esse capítulo.

De agora em diante outros personagens irão aparecer para dar mais corpo à trama, porque assim como está na sinopse dos personagens (com o nome e função de todos. Isso no 1° capítulo) eu vou seguir.

Então não estranhem se Edward e Bella ficaram uns capítulos sem APARECER.

Espero que gostem desse CAPÍTULO.

Agradeço de coração a todos os reviews do capítulo anterior. Em breve responderei a todos.

Beijos meninas e NÃO DEIXEM DE COMENTAR!



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Capítulo vinte e seis – Amizade além dos limites

 

 “A vida é uma sucessão contínua de oportunidades."

 (Gabriel García Marquez)

 

 

[Pov Ângela]

 

- Nessie está fazendo o que aqui? – inquiri subindo correndo os degraus que me levariam até onde ela estava sentada na arquibancada.

- Estou vendo a minha irmã treinar – alegou dando de ombros.

- Vou fingir que acredito em você Reenesme. Diga agora! – exigi a segurando pelo braço. Ela apenas me ignorou olhando para o lado e notei que ela estava a fitar um grupinho de garotos, do time.

- Não são para o seu bico – disparei rispidamente.

- Qual é o nome do moreno, forte, com os cabelos cerrados ao estilho militar e que tem um sorriso lindo? – suspirou ao terminar a pergunta.

- Jacob! – disse e me arrependi amargamente pelo o que tinha feito. – Ele é velho para você! – ralhei.

- Mais velho o que? Quatro anos? Ele deve ter uns dezoitos! Ah Angie pára de dar uma de irmã zelosa – caçoou com aquele jeito típico dela de achar que sabe de tudo.

- Eu sou zelosa, você que acha que pode fazer tudo nos auto dos seus quatorzes anos! – argumentei e ela cerrou os olhos.

- Não precisa espalhar que tenho quatorze anos – murmurou em repreensão.

- Ah como se ninguém pudesse adivinhar a sua idade Nessie, me poupe! – disparei. – Agora vá para a casa!

- Não vou! – teimosa, cruzou os braços e voltou a olhar para o grupinho de garotos. Emmett estava entre eles – Vou ficar até o seu treino terminar. Quero ser uma líder de torcida também e adoro ver as paisagens – eu rolei os olhos a perceber que ela se referia aos garotos do time, alguns estavam sem camisa. E bom... Era uma ótima paisagem. – Não acredito que você está namorando Emmett? Por que não me contou? – ela parecia mais velha quando ficava brava. Muitas das vezes eu tinha dúvidas se Nessie era a minha irmã. Nós éramos tão diferentes, em tudo.

- Eu não quero falar sobre isso! – comentei cansada. Eu já tinha sido e muito o centro das atenções hoje.

- Como não quer? Ele é seu namorado e é gostoso! – me sorriu maliciosamente e eu voltei a puxar o seu braço.

- Não quero tocar no assunto e pronto e acabou! Acho melhor você ir embora, aproveita e pega uma carona com a Alice. Caso contrário eu serei obrigada a ligar para a mamãe – ameacei, mesmo sabendo que não faria. Mas Nessie era de uma teimosia surreal que me dava nos nervos. – Agora vá! – apertei com tanta força que ela chegou a gemer. Tenho certeza que ficaria um tanto roxo. Ela desviou o olhar e parou as minhas costas. Encarei por alguns segundos até perceber que tinha alguém atrás de mim.

- Oi Nessie! – a voz rouca e sedutora de Emmett cortou o ar. Eu larguei Nessie e o fitei.

- Oie – respondeu timidamente. Parecia que ao menos ele a deixava com vergonha.

- Aconteceu alguma coisa? – inquiriu me fitando. Olhei de soslaio para Nessie que abaixou a cabeça. Se eu conhecesse a minha irmã, tão bem quanto conhecia, seria uma vergonha para ela falar da sua teimosia, ainda mais sendo Emmett o capitão do time e colega de Jacob. Na cabeça dela, logo, logo sua real identidade chegaria aos ouvidos de Jacob.

Bufei ao imaginar minha irmã com ele. Não, eu não deixaria. Ele é velho para ela! Não que Jake fosse desrespeitador, isso estava fora de cogitação. Ele era o cara mais legal, romântico até e respeitador que eu conhecia. Mas Nessie tinha que aprender a andar com pessoas da idade dela. Ela tinha que aprender a não influir no próprio futuro.

- Não aconteceu nada, eu já estava de saída – percebi que Nessie tremia. Ela se levantou carregando consigo a mochila e se afastou aos poucos. Observei que ela tropeçava nos próprios pés. Quando estava nervosa, ela tinha um problema sério com coordenação, mas não era desastrada.

Passei uma das mãos na testa e pensei que estava sendo rígida demais, já não bastava mamãe. Agora estaria eu fazendo a vez dela? Meu coração pulsou desordenado em meu peito. Eu brigava tanto com Nessie, passava horas a discutir as nossas diferenças para no final das contas descobrir que ela queria ser igual a mim.

Eu queria muito que Nessie fosse ela mesma, mas parecia que a cada dia ela fugia da realidade. Sempre, sempre se espelhando em alguém e isso não era legal.

- Ângela – Emmett me trouxe de volta a realidade. Eu ainda fitava as portas do ginásio que roçavam uma a outra, tamanha a intensidade que Nessie empregou para abri-las. Ela estava com raiva de mim...

- Raiva de mim!

- O que? – Emmett me olhou preocupado.

- Nada! – respondi.

- Você acabou de dizer: “Raiva de mim!” – comentou. – Quem está com raiva de você?

Eu queria muito contar, mas Emmett não precisava ser sempre a minha válvula de escape.

- Nada Emmett! – respondi secamente. Ele não precisava da minha rudeza, mas eu não estava bem. O deixei sozinho na arquibancada e corri para o vestiário. Seria difícil treinar estando mal desse jeito. Eu precisava chorar... Não! Eu já estava chorando. Sequei as lágrimas com as palmas das mãos e entrei no vestiário, por sorte estava vazio. Não precisava de nenhuma das meninas me atazanando. Já não bastava a minha vida estar toda errada.

Sim, errada!

Eu era uma líder de torcida por influência da minha mãe. E só porque ela ganhou vários títulos pela escola quer dizer que eu tinha que ganhar. Isso na cabeça dela. Estava namorando com o meu melhor amigo. Um namoro de mentira.

Tudo bem, eu estava solteira e Emmett também, mas não era justo fingir algo.

Ele me atraía. Não vou me contrariar quanto a isso. E o pior que me atraía tanto ao ponto de me deixar descontrolada.

Só que ele insistia nesse fingimento, mas no fundo acho que ele sabia do Ben. E eu não tinha entendido até aonde ele queria chegar com isso!

Sentei-me em um dos bancos e fiquei a fitar os pés. Por que as coisas tinham que ser tão complicadas para mim? Por que Reenesme tinha que ser tão teimosa? Por que minha mãe insistia tanto que eu prosseguisse como líder de torcida? Por que Ben Barnes tinha que ser tão burro ao não notar que eu gostava dele? Ele sentava ao meu lado na aula de cálculo e eu sentia os olhares furtivos dele para mim. Um dia ele chegou a dizer que eu era muito inteligente e bonita. Depois se corrigiu dizendo que era apenas uma colocação para o fato de eu ser uma líder de torcida. Mas ele parecia estar tão enfeitiçado pela Clair que qualquer coisa que eu fizesse para chamar sua atenção soaria como se eu fosse fácil e oferecida demais.

- Você vai me dizer o que está acontecendo? – me sobressaltei levando as mãos ao peito e ao olhar para trás vejo Emmett.

Ele me encarou e eu vi estampado em seu rosto a preocupação. Emmett se aproximou de mim e sentou de pernas abertas, me envolvendo com elas e com seus braços robustos. Eu arfei quando seu tórax encostou as minhas costas. Seu perfume doce já me adentrava as narinas e tudo que eu não precisava era que ele roçasse o queixo no meu pescoço.

- Emmett, por favor – implorei tentando me afastar dele.

- Me conta o que te preocupa Angie? É alguma coisa com a gente? – neguei imediatamente com a cabeça. – Então é com a Nessie? – eu só suspirei pesado e Emmett já sabia que aquilo soava com um sim.

Era estranho como ele me conhecia tão bem. Muito mais até que Alice. Acho que conviver com Emmett quase seis horas por dia me tornava mais íntima do que eu imaginava dele.

- Não precisa se preocupar – comuniquei. – Você se preocupa tanto comigo!

- Me preocupo porque eu gosto de você – Emmett puxou meu queixo, com delicadeza, para que o fitasse.

- O seu mal é ser preocupado demais – fechei os olhos para não encará-lo por muito tempo mais. A intensidade do seu olhar sob os meus já estavam me deixando entorpecida.

- Só me preocupo com quem devo – sua mão já torneava minha face. – Eu juro que não queria... – abrir os olhos e vi Emmett de olhos fechados e com a face contorcida em dúvidas. Ele ficava mais lindo quando fazia caretas.

- Não queria...?

- Estar tão envolvido assim com você! – dito isso ele me tomou em um beijo que ao mesmo tempo era vigoroso e delicado.

Nossas bocas se encaixavam perfeitamente e nossa respiração estava em total sincronia.

Aquele beijo quedou como uma droga para mim. Não que fosse uma droga beijar Emmett Cullen. Não! Isso estava fora dos padrões. Ele era um dos poucos garotos que tinha o beijo compatível com o meu, que me deixava rendida.

Mas era uma droga, porque era viciante e quando a gente começava era difícil de parar.

E isso me assustada!

Parar! Eu tinha que pará-lo para não ir mais adiante e me arrepender no futuro.

Levei minhas mãos aos largos ombros dele e o afastei com toda força que consegui juntar.

Olhar para os seus lábios, até então, inchados do nosso beijo não me ajudou muito.

Levantei de pronto do banco passando a mão no rosto.

Onde eu estou com a cabeça?!

- Ângela...

Emmett ia começar a protestar, mas eu segui em retirara a porta do vestiário.

- Droga! – vi que esta estava trancada.

- Eu tranquei! – o encarei furiosa. Por que ele tinha feito aquilo?

- Qual o problema quanto a isso? – apontei a porta. – O que você pretende?

- Se você soubesse das minhas intenções eu teria que te matar – totalmente confusa, arregalei os olhos. – Estou brincando Ângela! – suspirei em alívio. – Sabe que eu não vou fazer nada que você não queira – aquela afirmação tinha um duplo sentido. Se bem eu conhecia Emmett ele estava com...

- Segundas intenções Emmett! – disse em voz alta apontando o indicador a ele.

- Como?

- Você estava com segundas intenções quando nos trancou aqui dentro – à medida que o cutucava com o dedo ele andava para trás.

- Juro que não – uniu as mãos como se fosse rezar. – Só um pouco – comprimiu os dedos e franziu o cenho. – Você é a minha namorada Angie! – argumentou como se fosse óbvio. Ele não precisava ficar lembrando isso o tempo todo!

- Ok. Abra essa porta – ordenei.

- Não – oh teimosia! Ele está aprendendo com a Reenesme?

- Emmett se o treinador ou alguém do time nos ver aqui nós vamos ficar em detenção – informei.

- Ninguém vai nos ver aqui – disse com firmeza. – Todos estão ocupados com o treino e você está com medo de que? – engoli em seco quando ele me perguntou isso.

- Nada – tentei soar o mais convincente possível, mas julgo que deixei a desejar.

- Certeza? – ele se aproximava de mim. A cada passo meu para trás, ele avançava mais rápido a mim.

- Claro! – senti minhas mãos suarem. O que é isso Ângela você nunca temeu nenhum garoto?

- Angie eu queria muito um beijo seu – disse Emmett acabando com o espaço que existia entre nós e me puxando pela cintura. Eu amoleci na hora, minhas pernas já estavam para lá de bambas e minha respiração tão descompassada que me denunciava.

- Eu já te dei um beijo... Na verdade a gente está sempre se beijando... – me embolei. As mãos de Emmett já passeavam pelas minhas costas.

- Sim, sempre estamos – só senti o impacto e logo depois o barulho estrondoso que os armários do vestiário fizeram quando Emmett me imprensou contra eles.

- Emmett! – o reaprendi. Só que foi tarde demais, pois ele já me tomava intensamente à boca e sua mão livre já passeava por baixo da minha saia do uniforme.

Eu queria muito afastá-lo. Confesso que eu tentei... Tá bom eu não tentei. Não tentei nem uma fração de segundo, mesmo porque Emmett era mais forte, mais hábil e eu estava gostando muito dos seus toques em minha pele.

- Angie você me deixa louco – disse quando ele afastou a boca milimetricamente da minha. – Sabe o que isso quer dizer? – não o deixei continuar a falar e o tomei novamente os lábios.

Eu juro, eu saberia à hora de parar. Eram só uns amassos com o meu namorado emprestado no vestiário da escola.

 

 


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Notas finais do capítulo

N/a: Então o que acharam? Beijos para todos e DESCULPE A DEMORA!