Os Jogos Dos Deuses escrita por Tsumikisan


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Créditos desse capitulo ao namorado mais lindo do mundo



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— Wlad? Santo Poseidon! O que você está fazendo aqui? – Sofia guinchou, animada.

Ele nadou em direção da voz da garota e lhe deu um abraço apertado, não podendo evitar um sorriso de contentamento.

— Encontrei uma brecha. Podemos sair daqui então?! Quem mais está com você?

— O Nico e uma garota que você não conhece. O nome dela é Marina, ela está nos ajudando a salvar vocês.

— Grande retribuição. – Marina murmurou, passando a mão pelo braço ferido, mas esse já cicatrizava por conta da alta capacidade de cura que ela tinha dentro d’água.

—Foi mal. – Wlad se desculpou. – Então temos que buscar os outros! Sei onde todo mundo vai estar, só precisamos...

— Não é tão simples assim. – Nico disse sombriamente.

— Por que não? A saída é logo ali, não é mesmo?

Marina fez um som brusco pedindo silencio. Todos se calaram e puderam ouvir também, um som estranho e chiado, como uma televisão sem sinal. Parecia aumentar e ecoar por toda a caverna, a ponto deles terem que tampar os ouvidos para suportarem. O som foi tomando forma, parecendo algo próximo ao que deveria ser duas pessoas rindo. Os semideuses sacaram as espadas, entrando em uma posição já conhecida de batalha que Wlad ensinara-os no chalé de Poseidon. A escuridão pareceu esticar e se distorcer, abrindo espaço para o que pareciam dois pares de olhos.

— Nyx e Érebo. – Marina cerrou os dentes.

“Você não deveria dizer nomes com tanta facilidade, garota.” As vozes disseram em uníssono, mas era perceptível que havia uma mulher e um homem espreitando-os na escuridão. “Eles podem queimar sua língua.”

— Por que estão fazendo isso? – Sofia perguntou, nervosa. – O que vão ganhar com tudo isso?

“Papai tem razão. Esses humanos são os piores erros de criações já feitos. Um novo começo é o ideal. Pois tudo se origina no Caos e tudo acaba nele também.” As vozes ancestrais sibilaram, com um quê de arrogância na entonação.

— Mas olhe só, temos coisas boas também. Não é como se fossemos completamente inúteis. – Nico arriscou, mordendo o lábio.

“Hmm, eu gosto de hambúrguer. Humanos criaram isso, certo?” dessa vez apenas a voz feminina se sobressaiu. Ela parecia levemente interessada no que tinham a dizer.

“Quieta, irmã! É só mais um truque desses seres nojentos. Uma nova Era é o melhor para todos, já discutimos isso. Uma raça mais aprimorada dominará o planeta e teremos nosso prestigio de novo.” A voz masculina rosnou.

Wlad podia jurar que viu um dos pares de olhos se revirar, ironizando as palavras de Érebo. Talvez tivessem uma chance com Nyx, se pudessem ao menos convencê-la...

— E o que garante que a nova raça será melhor que a nossa? – ele perguntou. – Ou pior, vocês acabem criando um ser tão perfeito que supere os Deuses, até mesmo os primordiais!

“Silêncio!” Érebo se agitou. “Nosso pai sabe o que faz. Afinal, ele é o Inicio e o Fim de tudo.”

— Mas nós, humanos, somos idiotas certo? Apenas um bando de retardados que evoluiu um pouco. – Wlad sabia que estava se arriscando prolongando aquela conversa, mas tinha que tentar.

“Exatamente, Semideus. É por isso que precisamos de uma raça melhor para habitar a Terra. Algo que dê orgulho a nós, os Deuses.” Érebo riu e Nyx o acompanhou.

— Wlad, o que você está fazendo? – Sofia perguntou, apertando com força o cabo de sua espada.

— Confie em mim. – Ele pediu em voz baixa. Depois gritou para os olhos: - Mas exatamente por sermos burros é que idolatramos vocês, seres superiores. Se houvesse uma raça tão superior assim, por que eles dependeriam de vocês? Apenas idiotas criam templos enormes em homenagem a seres que nem ligam para eles. Vocês gostam de templos, não é?

“Ah, eu tenho alguns em minha homenagem. São bem bonitos.” Nyx refletiu.

“Pois eu não! Todos temem a Escuridão, todos detestam minha presença! E vocês aprenderão a temer também, depois que eu acabar com vocês! Vamos, irmã!” Érebo vociferou, avançando sobre eles.

Mesmo que Nyx parecesse hesitar, eles eram uma força só, que se jogou contra os semideuses, fazendo-os baterem contra a parede com violência. Marina se sentiu sufocar na escuridão, não conseguia ver de onde os ataques vinham e nem poderia lutar contra eles de qualquer forma, por medo de machucar os amigos. Era como lutar com alguém invisível.

Ela sentiu que tudo estava perdido. Precisariam de um milagre para vencer aquela batalha. Por alguns segundos ela travou mais uma luta, só que interna, contra seu orgulho. Por fim, sentindo as dores vindo pelo corpo inteiro, orou silenciosamente para seu pai, pedindo desculpas por ter roubado a concha e ter fugido.

Pareceu que não ia funcionar. Mas talvez os outros estivessem pedindo ajuda também, pois algo mudou na água ao redor deles. Ela parecia se mover por conta própria, prendendo a escuridão e moldando-a. Marina sentiu a garganta desapertar e as dores pararem, com um arquejo de alivio. Os sons ao seu lado indicavam que os amigos também haviam sido libertados.

A água empurrou a escuridão, fazendo pressão ao redor dela. Aquilo ia contra todas as leis da ciência que eles conheciam, mas a melhor forma de explicar o que estava ocorrendo era dizer que a água havia formado casulos para prender a escuridão. Agora eles podiam ver claramente duas formas humanoides que deveriam ser Nyx e Érebo, confusos com a súbita mudança nos acontecimentos, olhando para os próprios semi corpos sem parecer entender o que exatamente eram.

Wlad aproveitou a oportunidade e avançou para a forma masculina, que deveria ser Érebo. Ele se movimentou com agilidade, erguendo a espada bem no alto e tentando atingir o Deus bem entre o ombro e o pescoço. Mas Érebo foi rápido e ergueu a mão, parando a lâmina com uma facilidade incrível. Mesmo assim a arma abriu um corte em sua mão, que começou a sangrar Icor dourado. Ele encarou o ferimento com surpresa e raiva, depois partiu para cima de Wlad, desferindo-lhe um soco no queixo.

Marina nadou até ele, impedindo que caísse e tentando ajudar da melhor forma que podia contra Érebo. Sofia e Nico estavam cuidando de Nyx, mas levavam a pior. A Deusa era rápida nos golpes e implacável na defesa. Mesmo lutando contra dois, ainda podia contar vantagem, chutando Sofia no estomago e acertando Nico com uma cotovelada, que lhe resultou em um corte profundo que vazava Icor na base da coluna. Wlad acertava Érebo com golpes duros, mas ele parecia não se importar, apenas atingindo-o com mais socos. Mesmo que pudessem ver os Deuses, os garotos ainda estavam em clara desvantagem.

Foi então que um segundo milagre ocorreu, mas Marina desconfiava que dessa vez não tinha nada a ver com a ajuda de Poseidon.

Nyx parou de repente, segurando Sofia pelo pescoço. Seus olhos se arregalaram e a boca se abriu numa expressão de choque. Nico aproveitou esse momento para cravar-lhe a espada no peito, abrindo uma ferida extensa que jorrava Icor. A deusa caiu de joelhos, murmurando:

— Hemera... Saiu de casa. Eu preciso voltar.

— Nyx! Não! – Érebo chamou, mas foi em vão.

A Deusa se dissolveu, se reduzindo a um pó cinza brilhante que foi levado pelo mar. Ela certamente não havia sido derrotada, apenas estava presa em seu palácio até Hemera voltar, como ditava a antiga historia.

Érebo soltou um grito raivoso, fazendo com que as extremidades da caverna inundada tremessem. Ele apontou para os semideuses e eles sentiram seus ombros pesarem, como se o Deus tivesse colocado mil pedras sobre eles. Wlad se adiantou, colocando o braço na frente de Sofia que tentava nadar para atacar. Ele olhou para os amigos e disse, em tom sério:

— Deixem comigo. Já perdi gente demais, não quero ver vocês morrendo também. Vão atrás dos outros.

— Mas Wlad! – Sofia protestou.

— Nós não podemos deixar você fazer isso! – Nico também parecia hesitar.

— Vocês estão recebendo uma ordem direta do líder do seu chalé. Vão e achem nossos amigos e quando voltarem eu já terei liberado a saída.

Os dois se entreolharam, parecendo querer discutir, mas Marina os pegou pelos braços e os puxou para o lado oposto ao que haviam entrado no momento em que Érebo ria, observando a cena.

— Quanta nobreza, cria de Poseidon. É uma pena que ela não vai adiantar de nada!

Ele atacou com voracidade, a mão fechada em punho atingindo a água bem a frente de Wlad. De alguma forma o semideus sentiu seu estomago sendo atingido com força, mesmo que Érebo não tivesse nem se aproximado. Antes que ele pudesse entender o que estava acontecendo, o Deus desferiu-lhe mais um poderoso golpe no abdômen, fazendo-o recuar com o impacto. A dor que sentia indicava uma certeza: ele estava muito ferrado. O máximo que ele poderia fazer era tentar se defender, ganhando tempo para os amigos. Esperava profundamente que seu sacrifício não fosse em vão e que eles conseguissem se salvar. No fim, pelo menos morreria como herói.

Érebo continuava com os golpes sem dó, acertando seu queixo e sua barriga com golpes seguidos. O herói mal conseguia acompanhar seus movimentos, sentindo apenas a dor em suas costelas, barriga e na lateral do rosto. O Deus não parecia seguir uma lógica em seus golpes, mas também não sentia dificuldades em acertar. Ele estava descontando toda a sua raiva pela perca de Nyx no garoto, se tornando menos preciso e mais bruto. Wlad tentava reagir, mas não conseguia. Tudo estava acontecendo rápido demais para que pudesse se defender de alguma forma. Quando armou um golpe de espada para atingir o Deus, simplesmente recebeu um soco no alto do braço que lhe tirou todo o equilíbrio. Mais uma sequencia de golpes atingiram Wlad, que sentia dores em tantos lugares que nem poderia contar. Se ainda não havia desmaiado, era graças aos efeitos curativos da água, mas estes não eram tão rápidos a ponto de lhe darem força o suficiente para contra atacar. Em algum momento seu corpo ficou mole e ele caiu de joelhos na areia, sem forças. Érebo se aproximou dele, já prevendo sua vitória e puxou o cabelo do semideus para que este olhasse para ele de baixo.

— Viu como é? Vocês são tão presunçosos. E ainda queria se tornar um Deus. Realmente, patético. – riu, socando-lhe mais uma vez na barriga, só que dessa vez com a própria mão. Wlad engasgou e sentiu o sangue escapar por entre seus lábios, misturando-se com a água. – Você vai morrer, semideus, e depois eu vou atrás dos seus amiguinhos e acabar com eles um a um. Em seguida vou acabar com aquela maldita da Hemera, para que enfim Nyx possa andar livremente comigo, para sempre!

Ele deu outra risada. Mas algo mudou no momento em que ele disse o nome de Hemera. Wlad sentiu um comichão na mão direita, a que com as ultimas forças segurava a espada. Sentia algo diferente dentro de si, como uma segunda presença, lhe dando forças e anestesiando as dores.

— Olha quem fala de presunção. – Wlad cuspiu. – Vocês, Deuses, realmente me tiram do sério. Acha mesmo que Caos acha você digno de governar esse planeta?

— Cale a boca! Eu vou matar todos vocês! – Érebo rosnou, mas havia certa insegurança em suas palavras.

— Passe por cima de mim primeiro!

Ele sentiu uma força incomum por toda a extensão de seu braço. Érebo o soltou como se o contato queimasse, mas Wlad estava preparado. Segurou o cabo firmemente com as duas mãos e avançou, atingindo o Deus bem na altura do peito com tanta força que a arma transpassou pelo corpo, a ponta aparecendo do outro lado pingando Icor dourado. Érebo olhou para aquilo como se não acreditasse. Uma luz dourada se espalhou pela lâmina, expandindo-se e formando uma supernova tão potente que Wlad teve que fechar os olhos. Sentia os próprios braços queimarem, como se a explosão tivesse atingido-o também. A presença que havia sentido antes sussurrou em seu ouvido:

“Não posso habitar seu corpo por muito tempo, semideus. Minha essência é muito forte. Mas você sobreviverá. Nos encontraremos em breve...”

Ele não tinha muita certeza se conseguiria sobreviver, mas conseguiu agradecer silenciosamente à voz antes de desmaiar.

–-//--

Michel entrou cautelosamente no que parecia ser uma caverna bem iluminada, com Ray logo atrás dele. Levaram bastante tempo para chegar ao local marcado, mas valeu a pena, pois o que viram lhes surpreendeu.

Parecia o semelhante a uma clareira, só que em uma caverna. A caverna se alongava e formava uma claraboia que exibia um céu azul belíssimo sem nem mesmo uma nuvem. Enquanto olhavam, alguns pássaros passaram lá em cima, cantando. Ray respirou fundo, sentindo pela primeira vez o ar fresco em muito tempo. Ali finalmente eles podiam sentir a presença de Zeus e suas forças voltando. Olhando um pouco para si mesmos, alias, notaram o quanto estavam acabados. Suas roupas estavam bem rasgadas e sujas, seus olhos estavam vermelhos e a pele estava pálida. Não tinham nem idéia de quanto tempo haviam passado ali, mas algo lhes dizia que era bastante. A sensação da luz do sol tocando-lhes a pele nunca havia sido tão maravilhosa

No centro da caverna havia uma mesa com seis bolsas bem posicionadas, com os dados bem grande em vermelho em cada uma: 1-8, 1, 3, 5-10, 11-13 e 12. Aquilo podia dar uma idéia de quem estava aliado a quem, o que deixou Michel surpreso. Ray olhou para ele com cara de indagação e o rapaz explicou:

— Onze treze? Rubens está com o Frost? Isso é no mínimo estranho.

— Não precisamos nos preocupar com isso. – Ela disse. – Quando eles chegarem, já estaremos bem longe.

Ele concordou e pegou a bolsa com o 1-8 vermelho escrito. Queria aproveitar um pouco mais do sol, ver o céu de que tanto sentia falta, mas sabia que não tinha muito tempo. Já estava começando a andar na direção em que haviam vindo. Haviam outros tuneis na caverna e a qualquer momento outros tributos poderiam surgir dali, prontos para atacar.

Michel notou que Ray ainda estava parada ali. Ela mexia na mochila maior, a com o número 1 gravado em vermelho. Tirou tudo que podia dali e parecia analisar o que valia a pena levar. Ele se aproximou dela, confuso.

— O que está fazendo? – perguntou.

— Pegando as coisas do Leo, ué. – ela revirou os olhos, como se parecesse obvio. – Já temos uma vantagem, podemos aumenta-la ainda mais. Vou pegar o que for necessário e deixar algumas coisas. Além de uma lembrancinha pra ele.

Ela tirou a caixa de Pandora da própria mochila e balançou na frente de Michel. Ele franziu o cenho, abrindo a boca para protestar o quanto aquilo era injusto, mas ela revirou os olhos e resmungou num tom de voz zangado:

— Você não precisa me ajudar, ta? Só vigia por ai, para que ninguém nos surpreenda.

— Aé? São... – ele cruzou os braços e olhou ao redor. – Treze túneis ao nosso redor e apenas seis grupos vindo até aqui. Como eu vou saber por onde eles estão vindo?

— Hm. Sei lá, fica vigiando daquele lado. – ela apontou para uma sessão de túneis. – E eu estou de frente para esses aqui, então vou ver se alguém esta chegando.

Michel suspirou e passou a mão pelo rosto, um tanto quanto sem paciência. Mesmo assim ele não queria nem poderia deixar Ray sozinha sem se culpar depois. Amava a irmã, mesmo que ela fosse meio cabeça dura as vezes. Por isso fez o que ela disse, se aproximando dos túneis com a espada em punho enquanto ela começava a vasculhar a mochila de Frost e Rubens.

Talvez apenas um minuto depois ele começou a ouvir passos vindos do túnel em que estava parado na frente. Aproximou-se cautelosamente, mantendo a espada de forma que pudesse atacar assim que alguém surgisse. Agora podia ouvir vozes também, se tornando cada vez mais altas:

— Senti a presença de Hemera desaparecer agora pouco, mas já está tudo bem. Ela esta na minha cabeça ainda.

— Isso é muito bizarro, cara. Tipo, você tem uma Deusa ai na sua cabeça.

— Ah, você se acostuma. Por exemplo, agora ela esta me dizendo que tem alguém ai na frente se preparando para matar a gente...

Michel se empertigou. Conhecia aquela voz. Um sorriso se espalhou pelo seu rosto, contradizendo o som de espadas sendo desembainhadas que ouviu. Ele ignorou esse fato e se aproximou, guardando a própria espada, erguendo os braços e ficando exposto a luz para que aqueles que chegassem pudessem vê-lo.

— Adri? – chamou. – É você?

— Michel! – a garota correu e o abraçou com força. Ele a abraçou de volta, aliviado por te-la encontrado.

Suas companhias não pareciam pensar o mesmo. Frost e Rubens olhavam para ele, desconfiados, mas Michel se limitou a acenar para eles. Adrila também estava bem contente por vê-lo e até mesmo Hemera se acalmou. Afastaram-se para poderem se ver melhor, mas a aparência da garota após o encontro com a Deusa estava mil vezes mais apresentável do que a do rapaz. Ela parecia irradiar o brilho do próprio sol ao seu redor.

— Que bom te ver! Os outros já chegaram? – Ela perguntou, olhando por cima do ombro dele.

— Não, apenas eu e Ray. Bem, não acho que ela vá gostar de ver vocês. Está tão mal humorada ultimamente... – ele suspirou.

— Tá, tá, reencontros são ótimos, é muito bom ver você, mas precisamos salvar o mundo aqui. – Frost comentou, com as mãos na cintura, fazendo com que Rubens revirasse os olhos.

— O que quer dizer? – Michel perguntou, arregalando os olhos.

— Sabemos um jeito de tirarmos todos daqui! – Adrila sorriu. – Vem, eu te conto quando estivermos reunidos.

Eles caminharam pelo lado oposto que Michel havia vindo. Um peso enorme parecia ter sido tirado dos ombros do rapaz ao saber que poderiam todos sair dali com vida. Estava bem confiante e precisava contar isso para Ray.

O canhão que veio em seguida estilhaçou toda a sua linha de pensamento. Eles apressaram o passo e entraram na caverna iluminada, com expressões de choque e horror no rosto.

Leo estava ajoelhado no chão, não exatamente em seus melhores dias. Tinha hematomas pelo rosto e braço inteiro, um dos olhos estava inchado e boa parte do cabelo e das sobrancelhas pareciam ter sidos consumidos pelas chamas da explosão, assim como as extremidades de suas roupas. Seu sorriso dava um ar de selvageria a cena, pois no momento em que o avistaram, ele retirava uma lança ensanguentada do corpo de Ray.


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