Mr. Darcy em minha vida escrita por hatake


Capítulo 6
Perfeito em um domingo de manhã


Notas iniciais do capítulo

Sinto muito por andar sumida.
Estava com falta de criatividade e não quis escrever algo que comprometesse o andamento ou a qualidade da história...
Espero que possam me perdoar e boa leitura!



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O dia passou rapidamente, tanto Hannah quanto Wil estavam esgotados com a reviravolta incrível que haviam sofrido suas vidas.

A moça por mais que pensasse e refletisse não conseguia uma explicação lógica para a situação que vivia, e Darcy estava sentado há pelo menos duas horas no sofá encarando um ponto fixo na parede.

Sentindo que já era hora de sair deste torpor, Hannah levantou-se e foi preparar o pequeno quarto de hóspedes de sua casa para a ilustre visita. O quarto tinha apenas uma cama de casal, uma televisão pequena e um armário com roupas de cama. O quarto era ocupado por seus pais sempre que vinham visitá-la. Ela arrumou todas as coisas em uma parte do armário, desocupando um lado para que fosse usado por Darcy, só então se deu conta que o homem não possuía outras roupas além das que vestia, e estas não serviriam para serem usadas no dia a dia, o confundiriam com algum ator ou maluco fantasiado.

Ao se dar conta deste detalhe tornou-se imperativo sair e comprar roupas para Darcy. A situação já era difícil o suficiente tendo o que vestir.

A garota voltou à sala, encontrando Darcy na mesma posição em que havia o deixado.

— Sr. Darcy? - chamou suavemente.

O homem respondeu num sobressalto.

— Desculpe-me por assustá-lo Sr. Darcy. Não era minha intenção.

— Não se preocupe senhorita. Eu estava distraído. Não foi culpa sua. - o homem disse essas palavras já se levantando, afinal sua educação era de um cavalheiro, mesmo que houvesse dúvidas quanto à conduta da dama.

— Sr. Darcy? O senhor se importaria de ficar sozinho por um tempo?

O homem mostrou-se confuso.

— Sozinho? A senhorita pretende me abandonar a minha própria sorte?

A fala educada, expressão dura e olhos receosos fizeram o coração da pobre garota dar outro sobressalto. Somente aqueles com sensibilidade mais apurada conseguiram captar todo o emaranhado de sentimentos demonstrados por Darcy em cada passagem do livro, mesmo em seus momentos de silêncio, Hannah era um deles e presenciar isso pessoalmente foi demais para ela. Caso uma terceira pessoa estivesse presente assistindo a cena diria com toda convicção "Irremediavelmente apaixonada, irremediavelmente perdida!"

Pois era assim que Hannah se sentia ao olhar dentro daqueles dois pedaços do céu... Perdida, doce e inegavelmente perdida... Sentia-se flutuando a beira de um abismo.

A garota gastou alguns segundos para se recuperar e nesse tempo Darcy pensou que estivesse pensando alguma desculpa para deixá-lo. Como se ela fosse louca!

— Não pretendo abandoná-lo Sr. Darcy. Eu lhe fiz uma promessa.

O homem pareceu voltar a respirar.

—Mas acabei de perceber - continuou Hannah - que precisamos de alguns itens que eu não tenho em casa, por isso necessitarei sair para comprá-los.

— Ah, então é isso? - Darcy mais uma vez sentiu-se mal por duvidar de uma pessoa tão prestativa quanto aquela mulher.

— Prometo que não demorarei. Pode ficar a vontade... - Hannah já havia pegado sua bolsa e estava saindo - Sr. Darcy? - chamou da porta.

— Sim?

— De maneira nenhuma saia desta casa ou abra a porta para alguém que não seja eu. Tudo bem? É muito importante.

— Ora senhorita, eu não sou um menino. Sou perfeitamente capaz de entender a delicada situação que estou.

Mas nesse instante eu poderia dizer que é sim um menino, pensou Hannah ao analisar a adorável expressão de contrariedade naquele rosto de traços aristocráticos. Hannah fez um carinho na cabeça de Boruto que observava os dois curioso e saiu.

O caminho até o shopping foi tranquilo, Hannah pilotava tranquilamente sua Harley 883R e em poucos minutos chegou a seu destino.

Como não tinha certeza do tamanho que Darcy vestia, comprou apenas algumas peças básicas e cerca de meia hora depois voltava para casa.

Ao entrar, encontrou Darcy analisando o telefone, provavelmente tentando descobrir como este funcionava e Boruto deitado no sofá vigiando o homem estranho em sua casa.

— Sr. Darcy? - chamou-o - Estou de volta.

— Conseguiu encontrar tudo que precisava? - indagou solícito.

— Creio que servirá por agora. - disse-lhe mostrando as sacolas que trazia na mão - Foi um pouco difícil trazê-las na moto, mas dei um jeito. - sorriu.

— Moto? - pela enésima vez naquele dia o homem antes tão orgulhoso e certo de seu conhecimento mostrou-se confuso.

— Uma conversa para outro dia Sr. Darcy. Não se preocupe. - o tranquilizou.

A seguir a jovem o mostrou seu quarto e lhe entregou suas roupas.

— O senhor pode usar o banheiro social Sr. Darcy. O meu quarto é suíte, então fique a vontade.

Apesar de se mostrar confuso com tanta modernidade, em uma hora Darcy já havia tomado banho, colocado suas roupas novas e estava agora em seu quarto maravilhado com aquele objeto que chamavam de televisão. Hannah terminou seu banho e foi à cozinha preparar algo para comerem.

— Posso entrar? - a jovem batia a porta do quarto de Darcy.

Darcy não achava conveniente estar a sós com uma senhorita em seu quarto, mas aqueles tempos eram outros e ele estava na casa dela a final de contas, por isso viu-se obrigado a autorizar sua entrada.

— Vim chamá-lo para jantarmos Sr. Darcy. Vamos? - disse-lhe da porta.

— Certamente senhorita.

Comeram em silêncio e após a ceia leve Darcy recolheu-se para seu quarto. Hannah organizou as coisas, cuidou de Boruto e a seguir também foi dormir.

Hannah acordou sobressaltada naquela manhã de domingo. Tivera um sonho maluco com Darcy, personagem de Jane Austen. Rindo de si mesma, a moça foi para cozinha tomar seu café e cuidar de Boruto.

— Acho que estou precisando sair mais nino. – disse carinhosamente para o cão que aguardava ansioso por sua ração – Já estou até confundindo sonhos com realidade. – riu de si mesma.

— Bom dia! – uma voz grave a saudou.

Darcy vinha caminhando para mesa, trajando uma calça jeans e uma camisa de manga comprida de algodão azul escuro com alguns botões trocados. Vinha descalço e com os cabelos úmidos.

— Desculpe os meus trajes. – parecia envergonhado – Ainda não me acostumei com aqueles sapatos estranhos que me deu. – deu um meio sorriso ao terminar de falar.

Hannah estava boquiaberta. Duas vezes. Primeiro: não era um sonho! E segundo: como alguém poderia ser tão absurdamente perfeito às oito horas da manhã de um domingo? Era um crime.


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