Mr. Darcy em minha vida escrita por hatake


Capítulo 35
Despertar




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/625084/chapter/35

Preguiçosa Hannah se espreguiçava de olhos fechados. Não queria acordar. A noite havia sido tão perfeita que ela ainda não se sentia pronta para enfrentar a realidade.

Boruto dava breves latidinhas.

— Eu sei que você está com fome. Agüenta só mais um pouquinho. – resmungou.

Ao ouvir a voz de sua dona, o cãozinho se entusiasmou e pulou para cima da cama, cheirando os cabelos dela.

— Ei... Vá pedir comida para o Darcy.

Sem se preocupar com a reprimenda, Boruto continuava a cheirar sua dona, abanando alegremente a cauda.

Vencida pelo cão Hannah se levantou. Percebeu que vestia uma camisa de Darcy. Não se lembrava de tê-la vestido.

— Foi ele. – sussurrou com um sorriso.

Olhou as horas no despertador. Eram quase onze. Dormira demais, não era a toa que Boruto a tinha acordado. Ele devia estar com muita fome.

O Darcy deve ter perdido a hora para o trabalho, por isso se esqueceu de colocar ração para o Boruto, ela pensava enquanto ia para a cozinha seguida de perto pelo cãozinho.

Procurou a cafeteira, mas viu que não tinha café pronto.

— Deve ter saído bem atrasado. – disse divertida.

Com calma colocou ração para Boruto e preparou o café. Pegou a jarra e foi para a mesa, estava se servindo quando ouviu seu celular tocar.

— Alô. – disse atendendo com a mão desocupada, não tinha reconhecido o número.

— Bom dia. É a Hannah? – disse uma voz masculina do outro lado.

— Ela mesma. Posso ajudar?

— Oi Hannah. É o Pedro, aqui do café. Tudo bem?

— Tudo e você? – ela estava estranhando aquela ligação.

— Tudo bem também. Eu liguei para saber se estava tudo certo com o Darcy. Ele ainda não veio trabalhar.

— O quê? – com um baque a jarra de café se espatifou no chão.

— Alô? Tudo bem aí? – Hannah podia escutar a voz de Pedro no telefone.

Ela levou alguns segundos para poder responder.

— Tem certeza de que ele não foi trabalhar Pedro? – a cabeça de Hannah dava inúmeras voltas, várias hipóteses para ele não ter ido trabalhar. Havia uma em questão que ela não conseguia sequer pensar. Seu coração estava disparado.

— Absoluta. Estamos aqui no café esperando por ele.

— Deve ter acontecido algum contratempo Pedro. – ela se obrigou a responder – O carro estragou ou algo do tipo. Avise o Tom que ele não pode ir hoje, por favor. Eu vou tentar ligar para ele.

— Claro. Sem problemas. Qualquer coisa nos avise.

— Tudo bem. Até logo.

As mãos de Hannah tremiam enquanto encerrava a ligação.

Ansiosa, correu até a sala, pisando nos cacos de vidro no caminho. Ela nem percebeu. Seus olhos estavam fixos nas chaves do carro e da moto, perfeitamente dependuradas no porta-chaves.

— Por favor, meu Deus... – suplicou aflita.

Ainda com as mãos trêmulas, deixou o celular cair no chão enquanto discava o número de Darcy. Da sala pode ouvir o celular tocando no quarto dele.

Aflita, foi para o quarto. Estava exatamente da maneira que ele havia deixado na noite anterior. O terno para o jantar separado sobre a cama e o celular em cima do criado mudo. O tempo parecia ter parado enquanto ela pegava o celular e via as varias chamadas perdidas de Tom e dos outros funcionários do café.

— Não meu Deus... Por favor... Eu imploro... – ela pedia enquanto algumas lágrimas já caiam de seus olhos.

Sem coragem ela abriu a primeira gaveta do criado. Era ali que ele guardava a carteira e os documentos. Com o coração em frangalhos Hannah viu que estava tudo lá. Exatamente como ele deixava. E do lado da carteira, a chave de casa. As cópias dele. Uma dor insuportável rasgou seu peito. Sem forças, deixou-se cair sobre a cama. Abraçando o travesseiro dele, derramou-se em um choro sofrido.

Perdeu a noção do tempo. Deve ter adormecido, pois se assustou com o toque insistente da campainha. Teve esperanças.

— Hannah? Amiga? – ouviu a voz de Lúcia e seu coração se quebrou novamente.

Não teve ânimo para responder e alguns minutos depois ouviu a porta sendo aberta. Eles sempre deixavam uma chave reserva entre as folhas do arbusto da entrada.

— Hannah? – ouviu Lúcia chamar novamente – Meu Deus, cadê você? – a voz dela estava assustada.

— Hannah? – Lúcia entrava no quarto de Darcy – Meu Deus, o que aconteceu? – ela olhava alarmada as marcas de sangue no chão. – Você se machucou?

Só então Hannah pareceu se dar conta das pisadas de sangue pelo quarto. Atordoada fitou seus próprios pés. Eles estavam cobertos de sangue seco.

— Hannah? – Lúcia tentou chamar sua atenção mais uma vez. – Hannah? – repetiu sentando-se na cama.

— Ele foi embora Lúcia. – a voz de Hannah estava quebrada – Ele foi embora. – sussurrou antes de se jogar nos braços da amiga, caindo no choro novamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Não queiram me matar por favor...