Elijah Mikaelson e eu. escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 1
Capítulo 1:Eu Cinderela.


Notas iniciais do capítulo

Por favor coloquem a música My blood da Ellie Goulding.



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P.O.V. Erin.

Num instante eu estava em casa de pijamas assistindo The Originals e no outro eu estava dentro do seriado em pleno baile.

Olhei pra mim mesma e não usava mais pijama, usava um vestido maravilhoso.

Fiquei meio congelada e surtada, afinal não é todo dia que se é sugado pela televisão e vai parar dentro de um seriado de vampiros indestrutíveis.

Olhei em volta e reparei que o lugar estava todinho enfeitado, com flores nas mesas cobertas por toalhas brancas e haviam fitas de cetim vermelhas penduradas em todos os lugares assim como luzes natalinas que davam um toque lindo ao lugar, na escadaria estava estendido um tapete vermelho de veludo.

—Respira. Respira.

A cada passo que eu dava tinha que me lembrar de respirar se não infartava.

Vi ele se aproximar de mim e meu coração foi a mil, pensei:

"Pronto, agora é o fim"

Não pude deixar de reparar que ele estava lindo de terno e gravata borboleta, com uma flor branca na lapela.

Fechei os olhos e rezei pra ele ter piedade de mim e me matar rápido.

—Senhorita?

—Oi?

—Se sente bem?

—Não muito. Estou completamente apavorada agora, á propósito, por favor seja rápido tá bem?

—O que?

—Só quebre o meu pescoço e acabe logo com isso.

—Acha que eu vou matar você?

—E estou errada?

—Sim. Completamente.

—Ainda bem. disse colocando a mão no peito e respirando aliviada.

P.O.V. Elijah.

No momento em que a vi tudo parou. Ela era a moça mais bonita do baile, com um vestido azul com inúmeras anáguas encrustado de cristais.

Enquanto descia as escadas agarrada firmemente ao corrimão ouço a sussurrar para si mesma:

—Respire, respire.

Quando chegou ao térreo fui cumprimentá-la, mas ao perceber que eu me aproximava seu coração bateu tão depressa que achei que fosse parar.

Ela fechou os olhos bem apertados.

—Senhorita?

Seus lindos olhos castanhos se abriram e me fitaram.

—Oi?

—Sente-se bem?

—Não. Estou totalmente apavorada agora. Á propósito, seja rápido.

—O que?

—Só quebre o meu pescoço e acabe com isso logo.

Ela achou que eu a fosse assassinar?

Quando deixei claro que ela não corria perigo, a moça colocou a mão sob o peito e respirou aliviada.

Agora, olhando mais de perto pude notar a maquiagem clara em seu rosto que a deixava com um aspecto angelical e os cabelos castanhos levemente cacheados nas pontas eram tão brilhantes assim como seus olhos.

—Posso ter essa dança?

—Hum! Acho melhor não.

—Porque?

—Eu não sei valsar. E não quero pagar mico no meio dos vampiros granfinos.

—Posso te ensinar.

—Hum, tá bem.

Felizmente ela pegou o jeito rapidinho. Parecia que fazia isso a anos.

—Posso interromper?

—Claro.

—Gostaria de dançar comigo?

—Não.

Ela havia rejeitado Niklaus na cara dura.

—Desculpe, o que disse?

—Eu disse não. Á propósito, como vai a pequena Hope?

—O que?

—Sabe, sua filha, com a lobisomem vadia Hayley?

—Como sabe que é menina?

—Oh! Acho que ainda estamos na primeira temporada.

—O que?

—Nada esqueça, mas eu estou certa vai por mim. Vai ser uma menina chamada Hope.

—Como pode saber?

—Porque, de onde eu venho vocês são apenas personagens de um seriado de televisão.

—Não pode estar falando sério.

—Estou sim. Sobre vocês originais eu sei de muitas coisas, coisas que até vocês desconhecem.

—Por exemplo?

—Não foi a sua mãe que matou Tatia. Foi você Elijah, você bebeu o sangue dela e quando chegaram até sua mãe ela já estava morta. Ela foi atrás de vocês e os encontrou na floresta cercados de corpos drenados que o pequeno lobinho deixou. Foram 3 vilarejos inteiros destruídos em uma única noite e a coitada ficou horrorizada, deu um tapa na sua cara e você meteu os dentes nela.

—Eu não feri a Tatia!

—Sei que acredita nisso. Mas está errado, você a colocou junto com as suas outras vítimas atrás da porta vermelha.

Ela se virou e saiu andando subindo as escadas apressadamente. Quando ela corria o vestido parecia feito de água, os movimentos eram tão suaves e belos, ouço o salto dos sapatos batendo no chão de mármore da mansão.

Ouvi uma porta bater e ela começar a cantar.

—Senhor da glória, me dê uma luz. O que eu devo fazer agora? Não tenho pra onde ir, não sei como voltar pra casa e estou cercada de vampiros originais imortais psicóticos e ainda vai ficar pior.

—Com licença.

Subi as escadas atrás dela.

—Eu não tenho roupas, nem dinheiro, nem nada. Caí de paraquedas no meio deste caos total. Estou no meio de uma guerra de seres sobrenaturais e não tenho como sair.

Tudo o que posso fazer agora é rezar pra Deus ter piedade de mim.

—Senhorita? Posso entrar?

—Pode, a casa é sua afinal.

—Ouvi você dizer que não tem pra onde ir. Pode ficar aqui.

—Sob o mesmo teto que o híbrido do mal? Nem ferrando! Prefiro dormir em baixo da ponte, fico mais segura lá.

—Prometo que vou protege-la.

—Você não pode contra ele, um exército humano e de vampiros todos juntos não pode contra ele. Por tanto, não ouse fazer promessas que não pode cumprir e muito menos pra mim! Passei por isso a vida toda!

P.O.V. Erin.

Malditos originais! Filhos de uma rapariga!

Tenho que sair daqui enquanto ainda respiro.

Como eu sou a pessoa mais azarada da porra do mundo, cai e torci o meu pé.

—Ai! Ai! Que merda.

Fiquei sentada no gramado.

—Será que dá pra piorar?

Começa a chover um baita dilúvio.

—Já vi que dá! Que porcaria.

—Senhorita.

—Oi?

—Porque não entra e espera a chuva passar?

—Eu até faria isso, mas o meu tornozelo tá doendo pra caramba e não consigo caminhar.

—Se o problema é esse.

Ele veio chegando perto de mim e eu fui me afastando.

—Deixa eu te ajudar.

—Tá.

Elijah me pegou no colo e me carregou pra dentro.

—Valeu.

—Disponha.

—Pode me soltar agora.

—Oh!

Tive que rir da cara que ele fez.

—Qual a graça?

—A sua cara.

Comecei a tentar inutilmente me secar. Torci o cabelo que com certeza estaria um lixo amanhã.

—Que tal, um banho quente?

—Seria muito agradável, obrigado. Por tudo.

Dei um beijo na bochecha dele.

Tirei os sapatos que por acaso eram de cristal e os virei deixando a água que ficou empoçada lá dentro sair.

—São realmente de cristal?

—É. Parece que sim.

—Qual o seu nome?

—Erin.

—Erin?

—É. Erin Noble.

—É um prazer conhecê-la.

Ele beijou minha mão.

P.O.V. Elijah.

Eu a encontrei sentada na grama do jardim da frente.

—Será que dá pra piorar?

Começa a chover um verdadeiro dilúvio.

—Já vi que dá.

—Porque não volta pra dentro e espera a chuva passar?

—Eu até faria isso, mas torci meu tornozelo e não consigo levantar.

A pobre moça estava ferida.

Ela demorou pra aceitar minha ajuda,mas se rendeu.

Eu a carreguei pra dentro e ela me agradeceu dando-me um beijinho na bochecha que me fez ver estrelas.

Perguntei-lhe seu nome e ela respondeu:

—Erin. Erin Noble.

—É um prazer senhorita.

Erin se sentou no chão, torceu os cabelos encharcados, tirou os lindos e minúsculos sapatos de cristal e os virou de ponta cabeça deixando a água que se acumulou dentro deles sair.

Lhe ofereci um banho quente e ela aceitou.

Como ela não tinha nenhuma roupa além de seu vestido fui até o armário de Rebekah e peguei uma muda de roupas.

Chegando ao quarto onde estava percebi que ela procurava por alguma coisa.

—O que está procurando?

—Toalha, escova de cabelo e um secador.

—Vou buscar.

Trouxe tudo o que ela pediu.

—Obrigado. Me desculpe por dar tanto trabalho.

—Não é trabalho nenhum receber uma convidada com cordialidade.

Ela sorriu pra mim. E entrou no banheiro.

Quando saiu estava ainda mais bonita.

Usando uma blusa branca e um conjunto de moletom. Erin sentou-se na cama e ligou a televisão.


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