A Reunião dos Heróis escrita por MaçãPêra


Capítulo 4
O primeiro do grupo


Notas iniciais do capítulo

Oláaaaaaa, novamente!! Bem-vindos a mais um cap! Agradeço novamente ao PercyPlays pelos comentários. Apesar de não ser muita coisa, eu fico extremamente feliz quando alguém lê, pelo menos, o prólogo. Tivemos surpresa no cap anterior... PERCY. Ele foi o primeiro a aparecer na fic, e não vai ser o último, é claro....
Aproveitem!!



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P.O.V. Ted

Fiquei sem reação. O garoto não parecia estar muito são quando disse essas palavras, mas quando disse que seu nome era Percy Jackson, finalmente prestei atenção em como ele era.

Cabelo moreno cheio de areia e água salgada, agora ele estava de olhos fechados, mas quando ele deu a mensagem estranha, vi que ele tinha olhos verdes; ele era alto, da idade de Zeke. O que mais me chamou atenção foi sua camisa laranja, estava escrito: “Camp Half-Blood”, ou “Acampamento Meio-Sangue” em português.

Eu não podia acreditar em 100% que ele fosse realmente o Percy dos livros. Primeiro: ele quase morrera afogado! Percy Jackson não podia morrer afogado. Segundo: Ele falou aquela mensagem em Português, Percy é americano. Terceiro: Simples mortais não poderiam enxergar “Camp Half-Blood” em sua camisa, deveria ficar tudo borrado. Esse Percy pode ser uma farsa.

Sendo Percy ou não, ele estava quase morrendo, mas eu sabia exatamente quem podia ajudá-lo. Quando Zeke entrou no mar para impedir Percy de se afogar, eu encontrei minha mãe no meio da multidão. Contei a ela o que estava acontecendo e a guiei até onde Percy e Zeke estavam. Eu cheguei lá bem antes de minha mãe, a tempo de ouvir a mensagem maluca que o garoto tinha. Amanda só chegou segundos depois.

– Ele parece bem... – Amanda colocou a mão em sua testa – sua respiração está estável, mas ele pode ter uma hipotemia. É melhor chamarmos uma ambulância ou salva-vi...

Nesse momento, olhamos para a praia à procura de alguém mais experiente. O que vimos me causou arrepios: Não tinha ninguém na praia, ela tinha esvaziado misteriosamente.

– Então... Acho que devemos levar ele para o nosso apartamento. Você pode cuidar melhor dele lá – sugeriu Zeke.

Nossa mãe pensou por um tempo e voltou a olhar para a praia. Ela tomou uma decisão.

– Você tem razão... – então ela olhou para Percy – Vocês dois, carreguem ele. Eu vou pegar nossas coisas e vou para o carro.

Assentimos. Zeke ergueu Percy, apoiando suas costas nos braços, eu segurei Percy pela perna, e seguimos, lado a lado, na direção do carro. O filho de Poseidon vestia calça jeans, ela estava toda encharcada e muito pesada.

Eu fui no banco de trás com Percy, que estava deitado sobre meu colo. Ele dormia tranquilamente, como se nada tivesse acontecido. A cada cinco minutos, Percy tossia, cuspindo um pouco de água.

A viagem estava muito silenciosa. Só se ouvia o barulho do ar-condicionado. Até que:

–AAAAAAAAAAAAAAaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhh!!!!! – Exclamou Percy, de repente, levantando-se apressadamente e batendo a cabeça no teto com força. Minha mãe se assustou, quase batendo o carro. O garoto se afastou de mim até chegar à outra ponta do banco – Quem são vocês?!

– Tenha calma – pediu Amanda – encontramos você no meio do mar, quase se afogou. Você tem sorte de estar vivo.

– Afogar? – Percy estava confuso, franziu a testa – eu não me afogo.

– Não era o que parecia – contrariou Zeke – se eu não tivesse entrado na água para te salvar, teria morrido.

– Valeu então... – agradeceu Percy, tentando entender o que estava acontecendo.

– Estamos te levando para o nosso apartamento – expliquei – minha mãe é enfermeira, ela vai conferir se você tem algum problema sério.

Eu queria comentar sobre o que aconteceu na praia, mas o olhar que Zeke me deu pelo reflexo do espelho me dizia que agora não era o momento.

Chegamos à vila. Mamãe estacionou o carro. Percy estava tremendo um pouco, ele dissera que se sentia tonto e se apoiou em meu irmão. Subimos o elevador e entramos no apartamento.

–Aposto que você está com fome, Percy. Vou ir para um restaurante e vou trazer almoço para os três. Deite-se aí no sofá – Minha mãe adotiva apontou para o sofá da sala – Ted e Zeke, cuidem dele, me liguem se tiver algum problema. Tchau. – ela saiu do apartamento, deixando nós três sozinhos. Percy se deitou no sofá.

– Então... – começou Percy – Quem são vocês?

– Eu sou Ted – apontei para Zeke – E ele é Zeke.

– Prazer, meu no...

– Seu nome é Percy, nós sabemos – interrompeu Zeke. Percy olhou-nos, surpreso – você disse seu nome quando ainda estávamos na praia, não se lembra? – Perguntou.

– Eu não me lembro de ter falado nada... – Percy estava desconfiando de alguma coisa – Eu disse mais alguma coisa?

– Você disse... – Zeke olhou para mim – Que era Percy Jackson, filho de Poseidon, herói da profecia dos Sete.

Percy arregalou os olhos. Engoliu em seco e pegou discretamente algo de seu bolso. (N/Ted: nem tão discreto, pois eu percebi).

– Vocês, por acaso, já ouviram essas palavras de outro lugar? – Ele estava visivelmente nervoso, ele tinha tirado uma caneta esferográfica do bolso.

– Essa caneta realmente se transforma em espada? – perguntei apontando para a caneta na mão de Percy.

Foi tão rápido, que nem o vi tirando a tampa da caneta e apontando uma espada para minha garganta. Congelei no mesmo lugar, sem mexer um centímetro. Agora sim eu acreditava que ele, realmente, era Percy Jackson.

– Quem vocês realmente são, afinal? – Percy parecia prestes a arrancar minha garganta. Ele pensava que éramos monstros e o raptamos. Eu riria, se minha vida não estivesse sendo ameaçada.

– Calma lá, não somos monstros e muito menos seu inimigo – isso não bastou para Percy abaixar a espada – nós sabemos quem você é porque lemos seu livro – olhei para Zeke – Pegue eles da estante – pedi.

Zeke saiu da sala e voltou com uma pilha de cinco livros.

– Veja – pediu Zeke a Percy.

Percy olhou para o título do primeiro livro, notei que ele teve um pouco de dificuldade para ler. Mas, então, colocou a tampa da caneta na ponta da espada, transformando-a de volta em uma caneta.

– “O Ladrão de Raois” – ele leu. Pegou os outros livros e leu a capa de todos – “O Mar de Monstros”, “A Maldição do Titã”, “A Batalha do Labirinto” e “O Último Olimpiano”... Não, não, não... – ele pegou o primeiro livro e começou a folheá-lo. Ele estava tremendo novamente – essas são todas as minhas aventuras! Tudo o que passei desde meus 12 anos em uma série de livros! Nada daquilo foi real, então?!

Ele parecia desesperado. Gritava tão alto que o vizinho poderia ouvir. Nunca imaginei que Percy poderia perder o controle desse jeito. Eu não sabia o que fazer ou o que deveria falar. Zeke se sentou ao lado de Percy e pôs a mão em seu ombro.

– Não precisa ficar assim. Não é tão ruim quanto parece. Você, com certeza, é real. Além disso, você tem milhares de fãs ao redor do mundo! Tem até filme!

Percy levantou a cabeça, ele pareceu se acalmar agora. Também parecia interessado.

– Eu... Tenho filme? – Concordamos com a cabeça – Sabe... Foi um pouco difícil quando eu descobri que existia um outro acampamento para os romanos. Meu cérebro quase explodiu quando eu descobri da existência de magos egípcios e seus deuses. Logo depois de derrotar Gaia, eu pensei que ficaria tudo bem – ele voltou a ficar com um ar depressivo. Ficamos em silencio por um tempo. Percy pareceu envergonhado - Me desculpem. Eu estou preocupado com meus amigos, e principalmente com Annabeth.

Eu pensei um pouco no que ele falou e uma pergunta apareceu em minha cabeça.

– Espere aí... Será que os seus amigos também estão neste mundo, espalhados por aí?

Zeke e Percy pensaram sobre isso. Zeke acrescentou:

– Sim... Mas também acho que não só os personagens da Saga de Percy vão estar por aí...

– Tipo Harry Potter? – perguntou o semideus.

– Sim – concordou Zeke – Se eu estiver certo, então temos um problema.

– Qual seria? – perguntou Percy. Eu sabia do que meu irmão estava falando.

– Vilões – respondi – existem tantos vilões, quanto heróis. Eles podem estar em toda a parte.

Zeke concordou com a cabeça.

–Tem uma coisa que não entendo – confessou meu meio-irmão – Como você está falando em português?

Pelo que vi, Percy nem percebera que estava falando em uma língua que não conhecia. Ele levou a mão até a boca, como se pudesse encontrar o idioma lá.

– Caramba! Só percebi isso agora! – ele tocou um dedo no pescoço, procurando por um botão que devolvesse seu idioma – eu nunca aprendi essa língua na escola. É muito estranho! Pelo menos eu ainda me lembro do Inglês – ele parecia aliviado ao perceber esse último fato. Aí ele percebeu outra coisa – espere aí... Se vocês falam português, então em que país estou?

– Não muito longe dos Estados Unidos. Bem-vindo ao Brasil! – falei.

– Isso está ficando cada vez mais estranho – comentou Zeke. Eu concordava com Zeke, coisas estranhas estão acontecendo. Tentei conseguir alguma informação com o filho de Poseidon.

– Percy... Qual é a última coisa que você se lembra, antes de você aparecer aqui?

Percy hesitou. Ele estava organizando seus pensamentos, devia ter muita coisa na cabeça dele.

– Pra falar a verdade... Está tudo um pouco embaçado. Mas eu me lembro de estar na floresta com Annabeth e... Não sei – concluiu.

– Hum... – dei um sorrisinho malicioso – e o que você e Annabeth estavam fazendo na floresta?

Percy corou e eu comecei a rir. Zeke me lançou um olhar desaprovador e eu parei.

– Nada mais? – ele perguntou. Percy negou com a cabeça.

Ficamos um tempo em silêncio, até Percy perguntar:

– Uh... Eu posso tomar banho? Acho que vai ser melhor para eu me recuperar, ainda estou um pouco tonto.

– Pode sim – permitiu Zeke – vou te emprestar uma toalha e umas roupas. Vou mostrar onde é o banheiro.

Zeke foi em direção ao seu quarto. O semideus se levantou e o seguiu. Eu fiquei parado, em minha posição no sofá.

Zeke estava estranho, ultimamente. Apoiando Percy quando este estava deprimido, ou oferecendo sua toalha e roupas para ele usar. Ele não costuma ser muito gentil com pessoas que ele acabou de conhecer. Talvez ele abra uma exceção para personagens...

Minha cabeça doía com a quantidade de informações para processar. A praia, Percy, a mensagem... Eu tinha a mensagem decorada em minha cabeça:

Você foi o escolhido. De algum jeito, você é especial. O mundo vai entrar em caos. Personagens de livros estão vindo á esse mundo! Heróis e vilões. Seu objetivo é reunir o maior número de Heróis para lutar contra o mal! Meu nome é Percy Jackson, filho de Poseidon, herói da Profecia dos Sete. Fui mandado para protegê-lo.

A primeira coisa que vem à minha cabeça: quando Percy disse essas palavras, ele estava falando comigo ou Zeke? Ele falou “Você foi o escolhido” ao invés de “Vocês foram os escolhidos”. Acho melhor não me preocupar com isso agora, tenho coisa demais para processar. Agora que estou me lembrando do que Percy dissera, confirmo o que Zeke disse sobre personagens de outras Sagas estarem nesse mundo.

Mas a pergunta que mais me incomoda em tudo isso é: O aviso de Percy é realmente dele? Ou alguém o usou para enviar a mensagem, como dá a entender em “Fui mandado para protegê-lo”?

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Um pouco mais tarde, Amanda chegou com nosso almoço. A comida estava ainda quente e muito boa. Eu, meu irmão e Percy ficamos conversando até o fim do dia. Falamos do acampamento, das Sagas e filmes de Percy, personagens, mostramos até algumas páginas do Facebook. Nós também jogamos no meu Xbox.

Mais uma coisa estranha: minha mãe começou a tratar Percy como se ele fosse um amigo da escola, ao invés do garoto que acabamos de conhecer. Ela perguntou se ele ia passar a noite em casa. Eu concordei. Eu tenho muito a investigar ainda. E não tínhamos nenhum lugar para enviar Percy (N/Ted: Nossa mãe não sabe o que realmente está acontecendo).

Quando terminamos o jantar, estávamos exaustos e fomos todos dormir. Amanhã eu e Zeke temos aula.

Hoje foi um dia cheio de surpresas, pensei, nem imagino o que vai ter amanhã...


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado!!
Que vcs acham que enviou Percy??
Qual vcs acham que vai ser o proximo personagem a aparecer??
Aguardem... Proximo cap vai ter um pouco mais de ação...
:):):):)



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