A Reunião dos Heróis escrita por MaçãPêra


Capítulo 3
Praia


Notas iniciais do capítulo

Oláaaaaa! Um novo cap pra vcs, dessa vez maior. Agradeço ao PercyPlay pelos comentários dos Caps anteriores. É aqui que o bicho pega! Aproveitem o cap!!



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P.O.V. Zeke

Acho que Ted possa ter exagerado um pouco na minha descrição. Ou então, eu que entendi errado.

Acordo com o sol batendo em meu rosto. Para ser sincero, eu não gosto muito do sol: quando ele não ajuda, só atrapalha. Fecho a cortina e volto a dormir. Só acordo duas horas depois, quando minha mãe avisa que iremos à praia.

Pego um calção de banho, uma camisa sem mangas e me dirijo ao banheiro. Ted está lá dentro.

— Saia logo daí! – grito, impaciente - Eu também quero usar o banheiro!

Ted abre a porta e me encara com seus olhos cor de âmbar. Ele é dois anos mais novo que eu, mas está quase do meu tamanho. Apesar de ser magro e não ter muito músculo, ele ainda é alto. Para um aluno do primeiro ano do Colégio Militar, ele não está no que chamamos de “Padrão”. Uma das regras do Colégio: os alunos não podem ter cabelo grande. Não precisamos necessariamente “raspar” a cabeça. Só não pode ser muito grande e tem que ficar arrumado. O oposto do cabelo de Ted. Seu cabelo castanho estava todo desarrumado...

Por que estou reclamando do cabelo dele?

Apesar de Ted não ser um nerd, ele é mais inteligente do que acha que é. Raciocina mais rápido que eu e sabe relacionar fatos, quase como um detetive. Ele gosta mais de livros de fantasia, tipo Harry Potter. Eu também gosto, mas prefiro distopias. Na escola ele tem mais afinidade com Português, História e as matérias de exatas. No horário de treino à tarde, ele faz atletismo.

Quanto à minha “dificuldade” de me socializar com algumas pessoas, eu realmente não sei como surgiu. Só sinto uma irritação quando desrespeitam os negros, homossexuais e as mulheres. A maioria dos garotos julga algum deles de forma preconceituosa, mas o que eu menos gosto é quando eles se acham superiores a uma mulher. O jeito como eles as tratam...

De vez em quando, Ted é assim. Mas não tanto, por isso ganhou meu respeito.

Não faço natação para chamar atenção. A culpa não é minha se a arquibancada da piscina fica cheia quando estou treinando... Eu realmente prefiro esportes mais individuais.

Uma coisa importante: Jogos Vorazes é vida.

— Pode entrar, já estou saindo – Ted fala. Sai do banheiro e me deixa entrar.

Coloco a roupa e faço tudo o que preciso. Saio do banheiro. Encontro Ted em seu quarto, olhando pela janela. Bato uma vez na porta com meu punho para chamar sua atenção. Ele dá um salto de susto e olha para mim, pálido e meio assustado.

— O que você quer? – ele pergunta, parecendo confuso.

— Você está bem? – Pergunto, preocupado. A cor estava voltando a seu rosto.

— Sim, sim... Foi só um susto que você me deu – ergo uma sobrancelha. Não acredito nem um pouco nisso, mas sei (por experiência própria) que o melhor é deixar pra lá.

— Aman... Mamãe está chamando para tomar café – aviso. Às vezes eu chamo minha mãe adotiva pelo nome — Amanda — eu ainda tento me acostumar.

— Já estou indo – diz ele.

Dirijo-me à cozinha, Ted vem logo atrás. Amanda mistura banana, mamão e leite no liquidificador, fazendo uma vitamina. Não é muito bom, mas minha mãe insiste em fazer.

Enquanto bebemos a vitamina, minha mãe pergunta qual dos nossos amigos irá à praia. Ted responde que a maior parte dos colegas que moram em nossa vila irá. Alguns levarão frisbees, bolas de vôlei, etc.

Quando terminamos, minha mãe pega a sacola de praia e vamos para o elevador. Moramos no décimo segundo andar, o último do prédio. O elevador chega e todos entram. Apert no botão do térreo.

Como minha mãe é militar, moramos em uma vila militar, que, por acaso, fica bem do lado do Colégio. Grande parte dos professores do Colégio também é militar. Por isso não fiquei muito surpreso quando encontro meu professor de português no sétimo andar. Professor Lock é um homem com cabelos loiros ondulados e olhos azuis. Ele entra no elevador usando uma roupa para corrida.

— Bom dia, Amanda, Ted e Zeke! – meu professor cumprimenta.

— Bom dia, professor Lock – respondemos ao mesmo tempo.

Ele é um professor legal, mas de vez em quando, eu o vejo dando em cima de Amanda. O que não é legal. Agora, os dois estão conversando sobre política e quem deveria ser eleito. Professor Lock fala mal da candidata nova que eu não lembro o nome, enquanto minha mãe dá sua opinião. Não presto atenção à conversa.

Chegamos ao térreo. Despedimo-nos do professor e vamos ao carro. Entro no banco da frente, ao lado de minha mãe, e Ted entra no banco de trás.

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Sol quente e céu sem nuvens. A praia está cheia, mas nossos amigos já tinham encontrado um lugar espaçoso com mesas e cadeiras para guardar nossas coisas. Quase todo o pessoal da vila que moramos está aqui: Gabriela, Ana, Lukas, Gabriel, Natallie, os irmãos Artur e Heitor, Bruno, Fernanda e Anita.

Todos concordam em jogar vôlei com a bola que Gabriel havia levado. Dividimos o grupo em dois times. Os líderes foram: eu e Gabriel (além de natação, eu também sou bom no vôlei). No meu time ficaram: Heitor, Ted, Bruno, Artur e Ana. No de Gabriel: Natallie, Lukas, Fernanda, Anita e Gabriela.

Começamos a jogar. Infelizmente, o meu time ficou em uma posição diretamente em frente ao sol. Do outro lado do time, Anita faz uma manchete que levantou muito a bola e vem na minha direção. Enquanto sigo o trajeto da bola com os olhos e me preparo para receber ela de toque, meus olhos ficam cegos com o sol. Pisco os olhos rapidamente. A bola está muito próxima, um pouco mais à direita de mim. Dou um passo desajeitado para o lado a fim de pegar a bola a tempo, mas acabo tropeçando e a bola bate em minha cabeça. Caío de cara na areia.

Todos riem. Eu odeio o sol, penso, mas começo a rir também. Minha cabeça dói um pouco, mas ainda dava para jogar. Tiro minha camisa e limpo a areia do rosto com ela. Amarro-a em minha testa.

— Ei! Isso não é justo! – reclama Gabriel, o líder do outro time – você está aproveitando que a maior parte do meu time é de garotas para distrair elas!

— Cara, a culpa não é minha se você só chamou garotas pro seu time... – me defendo. Gabriel fica quieto e voltamos a jogar.

Mesmo com esse detalhe apontado por Gabriel, o time dele está ganhando de 9 X 4. Em certo momento, Anita novamente faz uma manchete sem-jeito, o que leva a bola muito para o alto e vem em minha direção. Dessa vez eu estou mais preparado. Ajeito-me de modo que as mãos que receberão a bola com toque fiquem protegendo meus olhos do sol... Mas espere aí... Cadê o sol?

Uma enorme sombra cobre a praia, nuvens negras me impedem de ver o sol e o vento fica bem mais forte. Em desespero, algumas pessoas pegam seus pertences na areia para não serem levadas pelo mar, que enche rapidamente. Começa a chover — uma chuva forte. Um raio corta o céu e atinge a torre do salva-vidas, que começa a pegar fogo.

Pessoas gritam e correm para sair da praia. Meus amigos todos saem correndo para proteger suas coisas da chuva... Mas não todos. Percebo que Heitor ainda está na área do vôlei.

— Heitor! Volte logo! O que você está fazendo?! – chamo por cima da gritaria e do som dos relâmpagos.

Ao invés de responder, ele aponta para algo no mar. Olho bem para onde ele aponta: tem um corpo flutuando na água! Peço à Heitor que volte para onde o resto do pessoal foi.

Corro na direção do mar. A maré está muito forte, mas entro na água gelada e nado na direção da pessoa que se afoga. As ondas me empurram para trás e, com muita dificuldade, alcanço-o. É um garoto que parece ter minha idade, mas não tenho tempo para pensar nisso. Ele permanece imóvel, seus olhos estão fechados, ele já podia estar morto. Passo meu braço esquerdo em volta de sua cintura e começo a bater os pés, nadando de costas. Com o braço direito eu dava braçadas fortes, a fim de chegar mais rápido na praia.

Tenho que fazer o máximo de esforço que eu posso para combater a maré, que agora parece querer me levar para o fundo, até que Ted aparece e me ajuda a levar o garoto para longe da água. Deito na areia, ofegante e cuspo um pouco de água salgada.

— Ele está respirando! — anuncia Ted.

O garoto tenta respirar. Ele engasga a cada vez que o peito sube. Um dia, meu treinador de natação falou o que deveria ser feito nessas situações. Encontro o ponto exato onde eu devo pressionar no peito do garoto. Pressiono uma vez e ele cuspe bastante água. Repentinamente, o garoto ergue o corpo, quase batendo em minha testa, e fala com uma voz rouca:

— Você foi o escolhido. De algum jeito, você é especial. O mundo vai entrar em caos. Personagens de livros estão vindo à esse mundo! Heróis e vilões. Seu objetivo é reunir o maior número de Heróis para lutar contra o mal! Meu nome é Percy Jackson, filho de Poseidon, sou herói da Profecia dos Sete. Fui mandado para protegê-lo.

Então, Percy Jackson desmaia novamente.


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Notas finais do capítulo

Nesse momento, vcs devem estar com zilhões de perguntas na cabeça, não sei nem por onde começar! O primeiro personagem a aparecer TINHA que ser o Percy. A ironia é que ele quase afogou!! Isso vai ser explicado nos próximos caps... Tem coisa importante vindo por aí.....
Fiquem curiosos.
Comentem! :):)



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